Toril Moi
Toril Moi (28 de novembro de 1953, Farsund, Noruega) é uma professora e crítica literária. Ela ocupa a cadeira James B. Duke Professor de Estudos de Literatura e Romance e Professora de Inglês, Filosofia e Estudos Teatrais na Duke University. Moi também é a Diretora do Centro de Filosofia, Artes e Literatura da Universidade Duke. Na graduação, ela frequentou a Universidade de Bergen, onde estudou no Departamento de Literatura.[1]
Toril Moi | |
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Nascimento | 28 de novembro de 1953 Farsund |
Cidadania | Noruega |
Alma mater | |
Ocupação | professora, historiadora literária |
Distinções | |
Empregador(a) | Universidade Duke, Universidade de Bergen, Biblioteca Nacional da Noruega |
Página oficial | |
http://www.torilmoi.com/ | |
Moi ocupou cargos como professora de francês na Universidade de Oxford e como Diretora do Centro de Pesquisa Feminista da Universidade de Bergen na Noruega. Ela viveu em Oxford, Reino Unido de 1979 a 1989. Moi mora na Carolina do Norte. Ela trabalha com teoria feminista e literatura feminista nas interseções de literatura, filosofia e estética e busca "encontrar maneiras de ler literatura com filosofia e filosofia com literatura sem reduzir uma à outra".
Em 2002 Moi foi condecorada com um doutorado honoris causa pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia.[2] Em 1998, ela ganhou o prêmio Duke's University Teacher of the Year e em 2008 ela ganhou o Dean's Award for Excellence in Mentoring of Graduate Students, ambos em Duke.[3] Em 2014, ela foi a palestrante Master-Mind Lecture da Academia Britânica.[4]
Ela é membra da Academia Norueguesa de Ciências e Letras.[5]
Teorias feministas
editarMoi se tornou conhecida por causa do livro Sexual/Textual Politics (1986), uma pesquisa da segunda onda do feminismo em que ela contrastou a escola de escrita anglo-americana mais empírica, com a ginocrítica dos proponentes franceses mais teóricos da Ecriture Feminine [fr]. Embora amplamente percebido à época como ataque à abordagem anglo-americana, Moi mais tarde destacaria seu respeito pela postura mais politizada anglo-americana, em oposição ao idealismo dos pós-estruturalistas.[6] O livro também exploraria o conceito de androginia e as ligações com o antiessencialismo da escola francesa.[7]
Sexual/Textual Politics foi seguido por novas explorações das feministas francesas contemporâneas, como Julia Kristeva, antes de Moi se voltar para seu estudo inovador de 1994 sobre Simone de Beauvoir.[8] Na década seguinte, no entanto, seu foco de atenção mudou para a filosofia da linguagem comum a partir do existencialismo.[9] Seu livro mais recente, Revolution of the Ordinary: Literary Studies after Wittgenstein, Austin, and Cavell (2017), articula uma abordagem inspirada na filosofia da linguagem comum para a tarefa da crítica literária.[10] O livro foi elogiado por críticos como Rita Felski, RM Berry, Robert Pippin e John Gibson. Escrevendo na Los Angeles Review of Books, V. Joshua Adams afirma que o livro de Moi "faz um argumento para rejeitar a abordagem da linguagem que o 'projeto de teoria' produziu" e que "além de desafiar as maneiras como os estudos literários pensam sobre a linguagem, Moi desafia a distinção entre literatura e vida."[11] Revolution of the Ordinary também faz importantes intervenções no campo da pós-crítica.[12]
Publicações
editar- Moi, Revolution of the Ordinary: Literary Studies after Wittgenstein, Austin, and Cavell (2017)
- ___, Sexual/Textual Politics: Feminist Literary Theory (1985; 2nd edition 2002)
- ___, Simone de Beauvoir: The Making of an Intellectual Woman (1994)
- ___, What Is a Woman? And Other Essays (1999)
- ___, Henrik Ibsen and the Birth of Modernism: Art, Theater, Philosophy (Oxford University Press 2006). [A Norwegian translation was published by Pax Forlag (Oslo) in May 2006)
- Moi ed., The Kristeva Reader (1986)
- ___ ed., French Feminist Thought (1987)
Ver também
editarReferências
- ↑ Moi, Toril (27 de dezembro de 2017). «Describing My Struggle». The Point. Cópia arquivada em 14 de agosto de 2020
- ↑ «Honorary doctors at NTNU» (em inglês). Norwegian University of Science and Technology
- ↑ «Toril Moi». Duke University | SCHOLARS@DUKE. Consultado em 26 de dezembro de 2021. Cópia arquivada em 26 de dezembro de 2021
- ↑ «Master-Mind Lectures». The British Academy video
- ↑ «Gruppe 4: Litteraturvitenskap» (em norueguês). Norwegian Academy of Science and Letters. Consultado em 25 de novembro de 2009. Arquivado do original em 27 de setembro de 2011
- ↑ Williams, Jeffrey J. (s.d.). «Jeffrey J. Williams with Toril Moi». The Conversant. Arquivado do original em 20 de abril de 2017
- ↑ J. Childers ed., The Columbia Dictionary of Modern Literary and Cultural Criticism (1996) p. 11-2
- ↑ E. Fallaize ed., Simone de Beauvoir (1998) p. 72
- ↑ M. Payne, Life.After.Theory (2004) p. 139
- ↑ Revolution of the Ordinary. [S.l.]: University of Chicago Press
- ↑ V. Joshua Adams (22 de novembro de 2017). «Out of the Quagmire of Words: Ordinary Language Philosophy and Literary Study». lareviewofbooks.org. Consultado em 7 de fevereiro de 2020
- ↑ «Our Lives in Language». The Oxonian Review (em inglês). 14 de junho de 2018. Consultado em 16 de abril de 2019
Bibliografia
editar- Eleutério, Rosangela Fernandes; Medeiros, Sérgio Luiz Rodrigues (2020). «Resenha de Traduções da Cultura: perspectivas feministas (1970-2010)». Revista de Letras. 1 (39): 37-39. ISSN 0101-8051
- Funck, Susana Bornéo; Schmidt, Rita Terezinha (2007). «Liberdade, justiça e igualdade para as mulheres: uma entrevista com Toril Moi». Revista Estudos Feministas. 15: 107–122. ISSN 0104-026X. doi:10.1590/S0104-026X2007000100007
- Oliveira, Amanda da Silva (2018). A voz das mulheres na literatura contemporânea latino-americana: possibilidades para a escrita do feminismo na América Latina (Doutorado em Letras). Porto Alegre: PUC-RS
- Oliveira, Luiz Manoel da Silva (2017). «Alice Munro, Margaret Atwood e Margaret Laurence: deslocamentos empoderantes da mulher e reconfiguração da escrita de autoria feminina canadense na década de 1970». Revista e-scrita: Revista do Curso de Letras da UNIABEU. 8 (1): 26–48. ISSN 2177-6288
- Zinani, Cecil Jeanine Albert (2011). «Crítica feminista: lendo como mulher». FronteiraZ. Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária (7): 64–74. ISSN 1983-4373
Ligações externas
editar- Sítio oficial
- «Duke University» (em inglês)