Universidade de Roma "La Sapienza"
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Universidade La Sapienza | |
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Sapienza – Università di Roma Latim:'Studium Urbis' | |
Lema | Il futuro è passato qui (O futuro passou por aqui) |
Fundação | 1303 (716 anos) |
Tipo de instituição | Pública |
Localização | Roma, ![]() |
Funcionários técnico-administrativos | 10 144 |
Reitor(a) | Luigi Frati |
Total de estudantes | 110 000[1] |
Campus | Urbano |
Página oficial | www.uniroma.it |
A Universidade de Roma "La Sapienza" (em italiano: Università degli Studi di Roma La Sapienza) é uma instituição de ensino superior italiana localizada em Roma. É uma das mais antigas e maiores universidades do mundo em número de estudantes, tendo cerca de 110 000[1]. É também conhecida como "Universidade de Roma I".
HistóriaEditar
No século XIV havia em Roma diversas instituições escolásticas, sem que, entretanto, qualquer delas fosse reconhecida oficialmente pela Igreja e, ao mesmo tempo, fosse externa à Igreja. Por meio da bula In Supraemae Praeminentia Dignitatis do papa Bonifácio VIII, em 20 de abril de 1303 nasce a primeira universidade romana, a Studium Urbis. O financiamento da empreitada veio por uma nova taxa sobre o vinho estrangeiro e contribuições de nobres romanos. O dinheiro foi usado para comprar o palácio onde hoje se encontra a Igreja de Santo Ivo, dentro do campus da universidade. Embora tenha permanecido fechada durante o pontificado de Clemente VII, os papas seguintes fizeram retomar a atividade de ensino e pesquisa, promovendo o surgimento de novas cátedras. No século XVII foi construída a nova sede, por Alexandre VII.
Após sucessivas reformas, durante o período de transição dos Estados Papais para o Reino de Itália pode-se verificar uma progressiva laicização da universidade. Em 1870, por fim, deixa de ser uma universidade pontifícia e torna-se a universidade da capital da Itália. A Junta Provisória do primeiro governo (1870) enquadra a universidade na nova legislação nacional.
La Sapienza experimentou diversas crises, em especial com a Primeira Guerra Mundial e início do Fascismo (1931). Os docentes deviam jurar lealdade ao Duce e os que se recusaram perderam a cátedra. Apesar de todas as crises, em 1935 a nova cidade universitária é inaugurada, obra do arquiteto Marcello Piacentini.
Desde então a Universidade de Roma La Sapienza vem se reafirmando continuamente como a mais importante instituição do sistema universitário italiano.
Controvérsia recenteEditar
Em 15 de janeiro de 2008 a Santa Sé cancelou a visita que Bento XVI faria à Universidade a convite do seu Reitor Renato Guarini[2] para a abertura do 705.º Ano Acadêmico, em razão do protesto de 67 professores e alguns estudantes.[3] A Santa Sé decidiu enviar o texto do pronunciamento à Instituição que foi lido na Assembléia de abertura.[4] Houve reações do Senado Acadêmico[5] e da imprensa[6] sobre o episódio.
OrganizaçãoEditar
Hoje conta com 21 faculdades, cento e trinta departamentos e institutos, cento e vinte e sete escolas de especialização. Divide-se em cinco ateneus federados, cada qual com um certo número de faculdades sob sua direção. São eles:
- o Ateneu Federado de Ciência e Tecnologia;
- o Ateneu Federado de Ciência Política Pública e Sanitária;
- o Ateneu Federado de Ciências Humanas, Arte e Meio-ambiente;
- o Ateneu Federado de Ciências Humanísticas, Jurídicas e Econômicas; e
- o Ateneu Federado do Espaço e da Sociedade.
Acadêmicos famosos de La SapienzaEditar
CiênciasEditar
- Fernando Aiuti, imunologista
- Lucio Bini e Ugo Cerletti, psiquiatras
- Corrado Böhm, cientista da computação
- Daniel Bovet, farmacologista, Nobel 1957
- Benedetto Castelli, matemático
- Andrea Cesalpino, médico e botânico
- Federigo Enriques, matemático
- Maria Montessori, médica e pedagoga
- Paola S. Timiras, bióloga
- Vito Volterra, matemático
FísicosEditar
- "Os rapazes da via Panisperna":
- Giovanni Battista Beccaria
- Marcello Conversi
- Giovanni Ciccotti
- Giovanni Jona-Lasinio
- Francesco Guerra
- Luciano Maiani
- Giorgio Parisi
- Nicola Cabibbo, Presidente da Pontifícia Academia de Ciências
HumanidadesEditar
- Luigi Ferri, filósofo
- Giovanni Vincenzo Gravina, jurisconsulto
- Umberto Cassuto, especialista em hebraico e estudos bíblicos
- Carlo Innocenzio Maria Frugoni, poeta
- Count Angelo de Gubernatis, orientalista
- Lina Bo Bardi, Arquiteta
- Maria Alcina Grasseschi von Strauss, Arquiteta Restauradora
- Predrag Matvejevic, escritor
- Santo Mazzarino, historiador
- Giuseppe Tucci, orientalista
- Mario Liverani, orientalista
- Paolo Matthiae, diretor da expedição arqueológica de Ebla
- Marcel Danesi, lingüista
- Giuliano Amato, professor de Direito e duas vezes Primeiro Ministro da Itália
- Diego Laynez, segundo geral da Companhia de Jesus;
- Giulio Mazzarino, político e cardeal
- Pierluigi Petrobelli, musicologista
Ver tambémEditar
Referências
- ↑ a b Università degli Studi di Roma "La Sapienza". «Chi siamo». Consultado em 12 giugno 2016 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ «Declaração do Reitor» (PDF) (em {{subst:((it))}})
- ↑ «Notícia em Corriere della Sera»
- ↑ «Discurso de Bento XVI enviado à Universidade»
- ↑ «Moção do Senado Acadêmico» (PDF)
- ↑ «Artigo em O Estado de S. Paulo»
Ligações externasEditar
- Página oficial (em italiano)