Usuário(a):JoaquimCebuano/Testes3
Filosofia anarquista é um tendência distintiva da filosofia, principalmente da filosofia política, que tem origem e se desenvolve juntamente com os desdobramentos históricos do movimento anarquista [1]. Segundo o filósofo Todd May, a filosofia anarquista é uma filosofia política tática que se produz numa imersão entre o dever ser e o que é de cada circunstância geohistórica, buscando analisar e criticar as condições concretas e institucionais dessas circunstância e entrever futuros alternativos que possam ser realizados, o que é uma característica comum entre filosofias políticas socialistas.[2]. Esse modo de filosofia política também reconhece o caráter contingente da história, e busca pensar reflexivamente a situação em que se encontrar e que lhe dá forma; o que o pensador vê de especialmente distintivo na filosofia anarquista é sua recusa de reduzir a análise política à um problema fundamental, e se recusa portanto à localizar um centro singular do poder e circunscrever sua intervenção à este. "O anarquismo é uma 'filosofia tática' porque reconhece a natureza multifacetada e difura do poder e se recusa à reduzir todas as instâncias particulares de opressão à uma forma básica".[3]
Apesar de não ter desenvolvido, e nem pretendido fazê-lo, um sistema de ideias fixo, completo e contido, os anarquistas elaboraram um corpo de ideias e críticas que serve à reflexão de um vasto arranjo de problemas de teorias e circunstâncias sociais, políticas e econômicas. Em razão de sua constituição teórica flexível e aberta, o anarquismo foi acusado de ser uma ideologia 'não-científica', 'utópica' e 'anti-intelectual' por diversas correntes da esquerda e direita.[3] Pensadores anarquistas, por outro lado, criticam a marginalização de escritos que serviram como auto-exprpessão teórica do movimento e articularam relevantes conceitos analíticos e normativos, frequentemente tachadas de mera propaganda por acadêmicos da história e ciências sociais, entre outras disciplinas.[4] Essas elaborações anarquistas, quando incluídas na história do pensamento filosófico, costumam ser referidas de maneira redutiva como "anarquismo clássico", que denominariam o conjunto de ideias de Pierre-Joseph Proudhon, Mikhail Bakunin e Peter Kropotkin, tratando-as como próximas o suficiente para serem tratadas como algo singular - essa abordagem, porém, é denunciada como mito acadẽmico por pesquisadores contemporâneos, como Nathan Jun, que enfatizam a diversidade de proposições anarquistas que sempre animaram os debates internos do movimento, como também os desdobramentos contínuos dessas ideias que não podem ser catalogadas sob o adjetivo de 'clássico'.[4]
Crítica ao "Anarquismo filosófico"
editarO termo 'anarquismo filosófico' (philosophical anarchism) foi popularizado no século dezenove pelos autores individualistas associados ao jornal Liberty, principalmente Benjamin Tucker. Apesar do nome, o anarquismo filosófico não se reduzia à uma teoria, denominava, mais precisamente, uma oposição de princípios ao Estado e o capitalismo, e suas manifestações coercívas. Entretanto, em contraste com o anarquismo propriamente, defendiam uma superação 'evolucionária' e pacífica do Estado capitalista, ao invés da estratégia revolucionária do restante do movimento. Apesar dessa origem, e, em grande parte, independentemente dela, o termo 'anarquismo filosófico' tem tido usos relevantes no debate filosófico anglofóno contemporâneo, associado fundamentalmente à teoria libertarianista, e pensadores como Robert Nozick e Robert Paul Wolff. Essa corrente foi resumida enquanto um "(...) ceticismo em relação à legitimidade e autoridade dos Estados", seja os Estados atualmente existentes, ou ao Estado por definição.[5]
O uso do termo na literatura acadêmica frequentemente implica um diferenciação entre o 'anarquismo filosófico' e o 'prático', associado ao movimento anarquista histórico. Essa distinção é criticada por filósofos anarquistas por criar uma exclusão do movimento anarquista do campo da filosofia política, e tratá-lo como uma atitude pré-teórica e indígna de atenção.[5] O que resulta disso é uma corrente teórica descrita como 'inerte' e desconectada da origem de sua terminologia.[5] A própria definição de 'anarquismo' como essencialmente uma oposição ao Estado é rejeitada por pensadores anarquistas como uma forma de reducionismo e esvaziamento, dado que o movimento anarquista propriamente dito se define por um projeto político positivo de superação de estruturas assimétricas de poder e práticas coercivas, manifestadas em um vasto arranjo de formas encontradas nas dimensões sociais, econômicas e políticas da humanidade.[5]
Esboço do pensamento anarquista
editarScientific Anarchism Author(s): Herbert L. Osgood
Anarchism and
Political Modernity Nathan Jun
Anarchy in Political Philosophy Francis Dupuis-Déri
A L iving S pirit
of R evolt The Infrapolitics of Anarchism Žiga Vodovnik
ANARCHIST STUDIES AND POLITICAL THEORY:
between Proudhon and Foucault Nildo Avelino
teoria politica del anarquismo april carter
estado y poder politico en el pensamiento moderno
Daoismo e o Anarquismo
editarDaoism and Anarchism Critiques of State Autonomy in Ancient and Modern ChinaLE DÉSERT DE LA CRITIQUE DÉCONSTRUCTION ET POLITIQUE - renaud garcia
Reinventing Resistance: Constructive Activism in Gustav Landauer's Social Philosophy James Horrox
Proudhon
editarTeoria do conhecimento
editarProudhon, Pragmatist Irène PereiraJoão Ribeiro de Almeida Borba Relativismo e ceticismo na dialética serial de Proudhon
Justice, Order and Anarchy The international political theory of Pierre-Joseph Proudhon Alex Prichard
Anarquismos e Governamentalidade: poder e governo em Proudhon e Foucault Nildo Avelino
The Ethical Foundations of Proudhon’s Republican Anarchism Alex Prichard - anarchism and moral phil
'Anarquismo Epistemológico'
editarMarxismo e anarquismo
editarMaximilien Rubel MARX THÉORICIEN DE L’ANARCHISME
Miguel Bakunin
editarLiberté et histoire chez Michel Bakounine : Jean-Christophe Angaut
MIKHAIL BAKUNIN: T HE P HILOSOPHICAL B ASIS OF H IS A NARCHISM P AUL M C L AUGHLINA CONSTRUÇÃO DA “TEORIA” SOCIAL COMO CONSTRUÇÃO DE RELAÇÕES SOCIAIS: O MATERIALISMO HISTÓRICO DE MIKHAIL BAKUNIN Fabrício Pinto Monteiro
Anti-teologismo
editarHegelianismo
editarSchelling
editarSCHELLING “AFTER” BAKUNIN: IDEALISM, ANARCHISM, POST-ANARCHISM Jared McGeough ===Os situacionistas e o Anarquismo==Spectacular Capitalism Guy Debord and the Practice of Radical Philosophy Beyond Black and Red: The Situationists and the Legacy of the Workers’ Movement Jean-Christophe Angaut
Socialisme ou barbarie
editarLooking for the Proletariat Socialisme ou Barbarie and the Problem of Worker Writing
Socialisme ou Barbarie or the Partial Encounters between Critical Marxism and Libertarianism Benoît Challand
Castoriadis
editarTarinski - short introduction to the political legacy of castoriadis
Castoriadis and Critical Theory Crisis, Critique and Radical Alternatives Christos Memos
Kropotkin
editarTESES DA TEORIA POLÍTICA ANARCO-COMUNISTA – REFLEXÕES A PARTIR DO PENSAMENTO DE KROPOTKIN Wallace dos Santos de Moraes Alchemy in Garens: Kropotkin and Reclus, 1877- 1881 Dana Ward
Anarché
editarAn-archy between metapolitics and politics - Miguel Abensour - the anarchist turn
ANARQUISMO E ONTOLOGIA 1 ANARCHISM AND ONTOLOGY Salvo Vaccaro
Anarquismo analítico
editarAnarchism and Analytic Philosophy Benjamin Franks
Judith Butler e o Anarquismo
editarCatherine Malabou
editarUnchaining Solidarity On Mutual Aid and Anarchism with Catherine Malabou
Pós-anarquismo
editarResearch Methods and Problems: Postanarchism Saul Newma Postanarchism today: Anarchism and political theory 81 SAUL NEWMAN - the anarchist imaginationAre Postanarchists Right to Call Classical Anarchisms ‘Humanist’? Thomas Swann - anar and moral phil
Is Post-Structuralist Political Theory Anarchist? Todd May
Ética
editarAnarchism and Ethics - Benjamin FranksAnarchism and the Virtues Benjamin Franks
Deleuze e o Anarquismo
editarDeleuze and Anarchism
Contemporary Anarchist Studies - Anarchism from Foucault to Rancière 11 T O D D MA Y 2 Anarchism, postmodernity, and poststructuralism
Nietzsche e o Anarquismo
editar= I Am Not A Man, I Am Dynamite! Friedrich Nietzsche and the Anarchist Tradition
A Well-Being Out of Nihilism: On the Affinities Between Nietzsche and Anarchist Thought Jones Irwin - anar and moral phil
nietzsche e o anarquismo 1 daniel colson*
Nietzsche cml 1lnarc Psychology for Free Spirits, Ontology for Social War Shahin 0J
Foucault e o Anarquismo
editarGodwin proto-anarquista
editarStirner e o Anarquismo
editarAnarchism and Authority A Philosophical Introduction to Classical Anarchism
Filósofos anarquistas e de inspiração libertária
editarReferências
editarBibliografia
editar- Jun, Nathan (2010). «Anarchist Philosophy: Past, Problems and Prospects». Anarchism and Moral Philosophy. [S.l.]: Palgrave Macmillan. pp. 45–66