Zila Mamede

escritora e bibliotecária brasileira


Zila da Costa Mamede (Picuí, 15 de setembro de 1928Natal, 16 de dezembro de 1985) foi uma importante poeta, jornalista e bibliotecária brasileira.

Zilda Mamede
Nascimento 15 de setembro de 1928
Picuí, Paraíba, Brasil
Morte 16 de dezembro de 1985 (57 anos)
Natal, Rio Grande do Norte, Brasil
Nacionalidade brasileira
Alma mater Colégio Imaculada Conceição
Ocupação poeta, jornalista e bibliotecária
Gênero literário ficção e não ficção

Nascida na Paraíba, mas radicada no Rio Grande do Norte.[1]

Biografia editar

Zila Mamede nasceu em 1928 no então distrito de Nova Palmeira, fundado por seu avô e por seu padrinho de batismo e que na época era subordinado ao município de Picuí.

Apesar de seu pai ser de Caicó e seu avô materno de Jardim do Seridó, ambas cidades do interior do Rio Grande do Norte, as duas famílias se juntaram na Paraíba, onde Zila viria a nascer.[1]

Ainda criança, por volta dos cinco, seis anos de idade, mudou-se para o interior do Rio Grande do Norte, mais precisamente para a cidade de Currais Novos, onde seu pai passou a ter uma fábrica beneficiadora de algodão. Durante os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial, Zila Mamede foi morar em Natal, capital do estado, onde seu pai se encontrava desde o início da chegada dos americanos para organização da base aérea de Parnamirim, a qual serviria aos aliados. Prima do Coronel Mendonça (José Jorge de Mendonça) da aeronáutica, que continua vivo a morar no bairro do Tirol.[2]

Foi após concluir seus estudos secundários que ela começou a ser apresentada à literatura. Isto se deu por obra de seu padrinho de batismo, o culto Francisco de Medeiros Dantas, quando ela passou algum tempo com ele entre as capitais João Pessoa e Recife. Zila começou a escrever aos 21 anos, ao retornar a Natal, após uma tentativa frustrada de ser freira.[2]

Entre 1955 e 1956, cursou biblioteconomia no Rio de Janeiro e fez ainda uma especialização nos Estados Unidos. Depois disso, voltou para Natal, onde reestruturou as duas maiores bibliotecas da cidade: a biblioteca central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, que hoje tem seu nome, e a biblioteca pública estadual Câmara Cascudo. Ela publicou livros sobre o assunto, foi membro do Conselho Federal de Biblioteconomia, trabalhou no Instituto Nacional do Livro, em Brasília, e seu nome tornou-se referência.

A Biblioteca Central Zila Mamede, da UFRN, possui hoje uma sala com objetos, livros e cartas da poetisa, localizada no Setor de Coleções Especiais.[1]

Morte editar

Zila Mamede morreu afogada enquanto nadava na praia do meio em 1985.

Produção literária editar

Zila escrevia com sutileza sobre suas paixões, mas abordava ainda temas relacionados ao sertão nordestino. Também era claro seu fascínio pelo mar, o que ela havia conhecido em 1939, em uma viagem a Pernambuco. Suas principais obras: Rosa de Pedra (1953); Salinas (1958); O arado (1959); Exercício da palavra (1975) e Corpo a corpo (1978).[2]

Em 1978, foi publicado o livro Navegos, que reúne as cinco obras listadas acima. Zila Mamede contou, durante a produção de seus poemas, com o apoio e amizade de grandes nomes da literatura brasileira, como Carlos Drummond de Andrade, que a incluía entre suas preferências literárias, e de João Cabral de Melo Neto.

Manuel Bandeira considerou seu primeiro livro, Rosa de Pedra, de 1953, um dos melhores livros de versos brasileiros. Por Salinas, de 1958, Zila recebeu o prêmio Vânia Souto Carvalho, em Recife. Já O arado, de 1959, teve prefácio de Luís da Câmara Cascudo.

A escritora também se dedicou à pesquisa sobre as obras de João Cabral de Melo Neto e Câmara Cascudo.

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Referências

  1. a b c UFRN. «Portal da UFRN». Portal da UFRN. Consultado em 21 de maio de 2021 
  2. a b c Castro, Marize Lima de (2 de dezembro de 2004). «Uma mulher entre livros: Zila Mamede e o silencioso exercício de semear bibliotecas». Consultado em 21 de maio de 2021 

Ligações externas editar

Biblioteca Central Zila Mamede - Universidade Federal do Rio Grande do Norte