Classe Courageous (porta-aviões)

A Classe Courageous foi uma classe de porta-aviões operada pela Marinha Real Britânica, composta pelo HMS Courageous, HMS Glorious e HMS Furious. Os três navios foram originalmente construídos como cruzadores de batalha da Classe Courageous, parte do Projeto Báltico de lorde John Fisher, 1.º Barão Fisher, durante a Primeira Guerra Mundial. Eles era muito rápidos, porém sua blindagem mínima e poucos canhões limitou sua utilidade a longo prazo para a Marinha Real, assim foram tirados de serviço pouco depois do fim da guerra. Foram considerados navios capitais pelo Tratado Naval de Washington de 1922 e foram incluídos na tonelagem total permitida ao Reino Unido. Foi decidido convertê-los em porta-aviões, em vez de desmontá-los, como era permitido pelos termos do tratado.

Classe Courageous

O Furious (direita) com o Courageous ou Glorious
Visão geral  Reino Unido
Operador(es) Marinha Real Britânica
Construtor(es) Estaleiro Real de Devonport
Estaleiro Real de Rosyth
Armstrong Whitworth
Predecessora HMS Eagle
Sucessora HMS Ark Royal
Período de construção 1921–1929
Em serviço 1925–1945
Construídos 3
Características gerais (Courageous e Glorious)
Tipo Porta-aviões
Deslocamento 27 420 t (carregado)
Comprimento 239,8 m
Boca 27,6 m
Calado 8,5 m
Propulsão 4 hélices
4 turbinas a vapor
18 caldeiras
Velocidade 30 nós (56 km/h)
Autonomia 6 630 milhas náuticas a 10 nós
(12 280 km a 19 km/h)
Armamento 16 canhões de 120 mm
Blindagem Cinturão: 51 a 76 mm
Convés: 19 a 25 mm
Anteparas: 25 a 76 mm
Aeronaves 48
Tripulação 1 217
Características gerais (Furious)
Tipo Porta-aviões
Deslocamento 26 900 t (carregado)
Comprimento 239,8 m
Boca 26,8 m
Calado 8,3 m
Propulsão 4 hélices
4 turbinas a vapor
18 caldeiras
Velocidade 30 nós (56 km/h)
Autonomia 7 480 milhas náuticas a 10 nós
(13 850 km a 19 km/h)
Armamento 10 canhões de 140 mm
6 canhões de 102 mm
Blindagem Cinturão: 51 a 76 mm
Convés: 19 a 25 mm
Anteparas: 25 a 76 mm
Aeronaves 36
Tripulação 1 206

O Furious já fora parcialmente convertido em porta-aviões durante a guerra, com sua reconstrução completa começando em 1921, antes mesmo da assinatura do tratado. Ele não recebeu uma superestrutura em uma tentativa de minimizar turbulências, porém isto não foi satisfatório e uma pequena superestrutura foi adicionada em 1939. Também não tinha chaminés, com seus gases sendo expelidos na popa, o que atrapalhava as operações de pouso e reduzia o número de aeronaves. O Courageous e o Glorious iniciaram suas conversões enquanto o Furious estava quase finalizado, com a Marinha Real aplicando nos dois primeiros muitas das experiências de projeto aprendidas com seu irmão. Ambos receberam uma superestrutura com chaminé, com a capacidade total de aeronaves sendo um terço maior.

Como o Furious foi o primeiro grande porta-aviões da Marinha Real, ele foi muito usado para avaliar a manuseio de aeronaves e procedimentos de pouso, incluindo o primeiro pouso noturno em um porta-aviões. Os três serviram na Frota Doméstica e na Frota do Mediterrâneo durante o período pré-guerra. A Segunda Guerra Mundial começou e o Courageous se tornou o primeiro navio de guerra britânico afundado, tendo sido torpedeado por um submarino alemão em setembro de 1939. O Glorious participou da Campanha da Noruega em 1940, porém foi afundado em junho por couraçados alemães. O Furious participou de várias campanhas, incluindo Noruega, Mediterrâneo, Norte da África e ataques contra o couraçado Tirpitz. Foi tirado de serviço em 1944, descomissionado em 1945 e desmontado.

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