Espanhóis
O povo espanhol é um grupo étnico com 46 524 943 de indivíduos que habita o território da Espanha (conforme estimativa de 2016) e que também é residual em grande parte da América latina (se considerar os hispano-americanos como povos culturalmente distintos pela distância ao território europeu). O povo tem várias origens étnicas, devido à longa história de invasões e migrações.
Espanhóis |
---|
![]() |
Bandeira da Espanha |
![]() |
Mapa da diáspora espanhola ao redor do mundo. |
População total |
≅ 48 milhões |
Regiões com população significativa |
Línguas |
Castelhano (ou espanhol), catalão, galego, basco, aragonês e asturo-leonês |
Religiões |
Predominantemente Católicos |
Grupos étnicos relacionados |
Italianos, Portugueses, Franceses, Hispano-americanos. |
A língua mais falada pelos espanhóis é o espanhol ou castelhano, uma língua românica que evoluiu a partir de um dialeto medieval do latim falado na atual Região histórica de Castela. Na Espanha coexistem com a língua espanhola outros idiomas, como o catalão, basco e galego, que são reconhecidos e possuem status oficial nas suas comunidades. Existem também outras línguas faladas no território espanhol, mas que não são reconhecidas em suas comunidades autônomas. Essas línguas são o aragonês e as variedades do asturo-leonês.
Além disso, vivem na Espanha 4 982 183 estrangeiros (em 31 de Dezembro de 2015); que são provenientes principalmente da Romênia, Marrocos, Reino Unido, Itália e China. Juntas, essas cinco nacionalidades representam 50% da população imigrante na Espanha.[3]
Grupos ÉtnicosEditar
Estudos genéticos, autónomos e de marcadores de haplogrupos, mostram claramente que os espanhóis estão intimamente relacionados com o resto da Europa, e em particular com as populações da costa atlântica: França, Grã-Bretanha, Irlanda, e seu vizinho ibérico, Portugal.[4] Por outro lado, de acordo com um estudo publicado no American Journal of Human Genetics 30% da população espanhola tem características genéticas comuns com as populações do Oriente Médio e Magreb.[5] Como nação ocidental, a Espanha possui fortes laços culturais com o resto do mundo Ocidental remontando a herança comum medieval e romana, mas tem particularmente fortes relações culturais com a América Latina e os países da Europa latina, especialmente a Itália, Portugal e França.
Fora da Europa, a América Latina tem a maior população de pessoas de ascendência espanhola. Estes incluem pessoas com total ou parcial ascendência espanhola.
Outras regiões do mundo, com pequenas populações de descendentes de espanhóis estão as Filipinas e as Ilhas Marianas.
ImigraçãoEditar
A população da Espanha está se tornando cada vez mais diversificada, devido à imigração recente. Espanha é agora um dos países com as mais altas taxas de imigração per capita no mundo e o segundo mais alto na migração absoluta no mundo (depois dos EUA)[6] e imigrantes representam agora cerca de 10% da população. Desde 2000, a Espanha absorveu mais de 3 milhões de imigrantes, e milhares a mais chegam a cada ano.[7] A população imigrante em 2006 ultrapassou quatro milhões e meio.[8] São provenientes principalmente da Europa, América Latina, China, Filipinas, Norte de África e África Ocidental.[9]
CiganosEditar
Espanha é o lar de um subconjunto de ciganos falantes de caló. Os ciganos são um grupo nômade antigo, que cruzou a Ásia Ocidental, Norte da África e a Europa para se instalar na Península Ibérica, no século XV.
Os ciganos espanhóis, por uma série de razões históricas e culturais não são considerados estrangeiros na Espanha, mas de etnia diferente. Ciganos desempenham um papel importante no folclore andaluz, em especial na música e cultura. Não existem estatísticas oficiais sobre a população cigana na Espanha. As estimativas variam de 600 000 a 700 000, de modo que a Espanha, juntamente com a Romênia e a Bulgária, é o lar de uma das maiores comunidades ciganas da Europa. Mais de 40% dos ciganos espanhóis vivem na região da Andaluzia. Muitos ciganos espanhóis também vivem no sul da França, especialmente na região de Perpignan.
IdiomasEditar
O idioma proeminente na Espanha é o castelhano (também chamado e mais conhecido internacionalmente como espanhol), que é falado por quase toda a população do país. Outros idiomas têm importância maior em algumas regiões: basco (euskera ou euskara) no País Basco e em Navarra; catalão na Catalunha e nas Ilhas Baleares e em diassistema, como variante deste primeiro, o valenciano, na Comunidade Valenciana; e por fim o galego na Galiza (em diassistema com o português em ambas as margens do rio Minho).
O espanhol ou castelhano é oficial em todo o país; os outros adquiriram o status de idiomas co-oficiais nas suas respectivas regiões a partir de 1978, como consequência da Transição espanhola para a democracia e têm grande relevância local, tendo inclusive diversas publicações como jornais diários nestes idiomas e, especialmente para o catalão, o basco e o galego, há significante produção e publicação de livros e indústria midiática.
Referências
- ↑ Números da população a partir de 1 de Janeiro de 2016 Instituto Nacional de Estatística. 28 de abril de 2016. Acessado 8 de maio de 2020 (em castelhano)
- ↑ «Explotación estadística del Padrón de Españoles Residentes en el Extranjero a 1 de enero de 2015» (PDF). Consultado em 18 de março de 2015
- ↑ Extranjeros residentes en España a 31 de diciembre de 2015, Gobierno de España, Ministerio de Empleo y Seguridad Social. Observatorio permanente de la Inmigración.
- ↑ McDonald, J. D. (2005). «Y Haplogroups of the World» (PDF). Consultado em 17 de outubro de 2009. Cópia arquivada (PDF) em 28 de julho de 2004
- ↑ Uno de cada tres españoles tiene marcadores genéticos de Oriente Medio o el Magreb
- ↑ «Eurostat — Population in Europe in 2005» (PDF). Consultado em 3 de novembro de 2016. Arquivado do original (PDF) em 19 de agosto de 2008
- ↑ Spain: Immigrants Welcome
- ↑ Instituto Nacional de Estadística: Avance del Padrón Municipal a 1 de enero de 2006. Datos provisionales
- ↑ Tremlett, Giles (26 de julho de 2006). «Spain attracts record levels of immigrants seeking jobs and sun». The Guardian. London. Consultado em 25 de abril de 2007