Fá d'Ambô
Fá d'Ambô | ||
---|---|---|
Falado em: | Ano Bom | |
Total de falantes: | 5.600[1] | |
Família: | Crioulo de base portuguesa Crioulos Afro-portugueses Crioulos do Golfo da Guiné Fá d'Ambô | |
Estatuto oficial | ||
Língua oficial de: | Nenhum Estado | |
Códigos de língua | ||
ISO 639-1: | --
| |
ISO 639-2: | --- | |
ISO 639-3: | fab
|
Fá d'Ambô, Fla d'Ambu, annabonense, annobonés ou annobonense (em língua portuguesa chamado Falar de Ano Bom e língua anobonense ou anobonesa) é um crioulo português falado na ilha de Ano-Bom, Guiné Equatorial. Se estima que existam até 9 mil falantes deste dialeto.
A origem deste crioulo se deve a Portugal[2]. Havendo descoberto a ilha no século XV desabitada, os colonizadores portugueses decidiram trazer escravos de Angola e São Tomé e Príncipe para povoar a ilha. Devido à miscigenação entre os portugueses e as escravas africanas, o português, que inicialmente se falava na ilha, começou a converter-se em um crioulo português chamado Forro. A Espanha, mediante o Tratado de El Pardo cedeu a Portugal alguns territórios na América do Sul e recebeu alguns territórios portugueses no Golfo da Guiné. A ilha de Ano Bom e o que hoje é a Guiné Equatorial passaram para a Espanha. A população de Ano Bom, incomodada sob o domínio espanhol, era hostil. Mas, com o tempo, a população se ajustou à nova cultura e ao castelhano, resultando daí outra miscigenação.
O dialeto se baseia no Forro em 82%, enquanto que uns 10% de seu léxico se baseia no castelhano. É falado por descendentes de mestiços entre africanos, portugueses e espanhóis; devido à similaridade entre o português e o castelhano não se sabe que origem têm certas palavras.
Referências
- ↑ Ethnologue
- ↑ «Fá d'ambô, língua crioula de base lexical portuguesa». Observatório da Língua Portuguesa. Consultado em 3 de agosto de 2015[ligação inativa]