Gabriela Nestal de Moraes

oncologista, investigadora em bioquimica, biologia molecular e celular

Gabriela Nestal de Moraes é uma investigadora e biomédica no Rio de Janeiro, Brasil, que atua na área do câncer de mama.

Gabriela Nestal de Moraes
Nascimento Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação investigadora, pesquisa médica
Empregador(a) Instituto Nacional de Câncer

Percurso

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Entre 2004 e 2008, iniciou sua vida científica no curso de Ciências Biológicas, na modalidade médica, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em 2006, foi bolsista de Iniciação Científica da FAPERJ.[1][2][3]

Entre 2008 e 2010, realizou o Mestrado em Oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), sendo bolsista do CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), Brasil.

Entre 2010 e 2013, realizou o Doutorado em Oncologia pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA), com a tese: "Avaliação da survivina e XIAP e dos fatores de transcrição Foxo3a e FoxM1 como potenciais biomarcadores de quimiorresistência no câncer de mama". Sendo bolsista do Ministério da Saúde/ INCA, MS/INCA, Brasil.[4]

Entre 2013 e 2014, realizou um Pós-Doutorado no Instituto Nacional de Câncer (INCA) Brasil, sendo bolsista do Ministério da Saúde/ INCA, MS/INCA, Brasil.

Entre 2014 e 2015, realizou um Pós-Doutorado no Imperial College London (ICTEM), no Department of Surgery and Cancer, sendo bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, CNPq, Brasil.

Entre 2015 e 2016, realizou um Pós-Doutorado no Instituto Nacional de Câncer (INCA), Brasil, sendo bolsista do Ministério da Saúde/ INCA, MS/INCA, Brasil.[3]

É docente, desde 2016, no Instituto Nacional do Câncer (Inca) onde é a pesquisadora responsável pelo estudo sobre moléculas associadas ao tratamento do câncer de mama, de forma a desenvolver uma terapia para pacientes que não respondem à quimioterapia.[5] Mãe de uma filha, esteve em licença maternidade durante esse mesmo ano. [3]

Em 2017, recebeu o Prémio Para Mulheres na Ciência, criado em 1998, fruto de uma parceria entre a Fundação L’Oréal, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) para estimular a presença de mulheres em áreas da pesquisa em que elas foram, historicamente, desconsideradas.[6]

Em 2019, coordenou um projeto de pesquisa realizado no Instituto Nacional de Câncer (INCA), fazendo parte do Programa de Oncobiologia. O grupo de investigadores procurou entender porque é que algumas pacientes respondiam bem a tratamentos e outras não. A partir de células de laboratório e de biópsias de pacientes com câncer de mama procuraram ver a expressão, a localização e a função de algumas proteínas que estavam relacionadas com a resistência aos tratamentos, com a finalidade de compreender como é que se relacionam entre si, de maneira a que fosse possível interferir nesse processo, tornando-as novamente sensíveis aos tratamentos. A interferência, no caso, seriam possíveis medicamentos desenvolvidos para impedir o mecanismo de ação da proteína. O grupo estudou uma proteína chamada XIAP, tendo um papel decisivo na morte das células, em modelos de câncer de mama.[7]

No mesmo ano, fez parte da equipa editorial da revista Mulheres na Ciência, do British Council, projeto iniciado em 2018 que procurava fortalecer vínculos em torno de mulheres na ciência no Brasil e com o Reino Unido nos âmbitos individual e institucional.[8]

Em 2020, no contexto da pandemia de COVID-19, foi entrevistada pelo Nexo Jornal Ltda. falando sobre a desigualdade de género na ciência, fruto do isolamento social, reforçando a importância de não "romantizar" a maternidade e não criar pressões sobre cientistas com filhos para que sejam mais produtivos.[9]

Reconhecimentos e Prêmios

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Em 2017, foi uma das sete vencedoras do Prêmio Para Mulheres na Ciência, oferecido pela 12ª edição do Programa L’Oréal-ABC-UNESCO. As cientistas foram avaliadas pelo potencial de suas pesquisas e pela trajetória que já desenvolveram em suas áreas de atuação e foram premiadas com uma bolsa-auxílio de R$50 mil. Gabriela foi escolhida na categoria Ciências da Vida, por sua pesquisa sobre bases celulares e moleculares para uma nova terapia para o câncer de mama a partir de informações de pacientes que não respondem ao tratamento quimioterápico.[2][1][10][11][12]

Referências

  1. a b «Notas – Semana de 3 a 9 e agosto de 2017». FAPERJ. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  2. a b «conheça a trajetória de Gabriela Nestal, uma das vencedoras do prêmio Para Mulheres na Ciência 2017». Para Mulheres na Ciência. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  3. a b c «Gabriela Nestal de Moraes». Escavador. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  4. «Doutores - INCT». inct.cnpq.br. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  5. «Resistência tumoral ao tratamento». INCA - Instituto Nacional de Câncer. 4 de setembro de 2018. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  6. «A ciência ainda é terra de homens. Conheça 7 brasileiras que estão mudando isso». Super. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  7. «Portal do Programa de Oncobiologia - Notícias - OncoNews - Proteínas e câncer de mama: em busca de novos biomarcadores». oncobiologia.bioqmed.ufrj.br. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  8. «Mulheres na Ciência | British Council». www.britishcouncil.org.br. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  9. «Mães na quarentena». Nexo Jornal. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  10. «Conheça as sete cientistas vencedoras do prêmio Para Mulheres na Ciência - Grupo L'Oréal». www.loreal.com.br. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  11. «Para Mulheres na Ciência 2017: vencedoras são premiadas em cerimônia no Rio de Janeiro - Grupo L'Oréal». www.loreal.com.br. Consultado em 26 de outubro de 2020 
  12. «Pesquisadora do Rio Grande do Sul é uma das sete vencedoras do Prêmio Para Mulheres na Ciência». GZH. 22 de agosto de 2017. Consultado em 26 de outubro de 2020 

Ligações externas

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Em busca de novos biomarcadores do câncer de mama- com Gabriela Nestal