Lopo de Castro

político brasileiro

Lopo do Amazonas Alvarez da Silva de Castro (Belém, 21 de setembro de 1911[nota 1]1º de agosto de 2000), mais conhecido como Lopo de Castro, foi um médico, empresário e político brasileiro, outrora prefeito de Belém e deputado federal pelo Pará.[1][2][3]

Lopo de Castro

Lopo de Castro
Deputado federal pelo Pará
Período 1955-1957
1964-1967
Prefeito de Belém
Período 1951-1953
1957-1961
Antecessor(a) Rodolfo Chermont
Celso Malcher
Sucessor(a) Celso Malcher
Moura Carvalho
Dados pessoais
Nascimento 21 de setembro de 1911
Belém, PA
Morte 1 de agosto de 2000 (88 anos)
[nota 1]
Alma mater Universidade Federal do Rio de Janeiro
Cônjuge Conceição Lobato de Castro
Partido PSP, ARENA, PDS, PPR, PPB
Profissão médico, empresário

Dados biográficos

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Filho de Liberato Magno da Silva Castro e Consuelo Alvarez de Castro. Médico formado em 1932 pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, regressou à capital paraense onde foi provedor da Santa Casa de Misericórdia do Pará, superintendente estadual da Legião Brasileira de Assistência e presidente da Associação Comercial do Pará. Filiado ao PSP e foi nomeado prefeito de Belém pelo governador Zacarias Assunção em 1951, exercendo o cargo por dezessete meses.[1][nota 2] Em 1954 foi eleito deputado federal, mas renunciou ao eleger-se prefeito de Belém em 1º de setembro de 1957 para um mandato de quatro anos.[4][5][6][nota 3][nota 4]

Em 1960 teve seu nome cogitado para concorrer ao governo paraense, mas permaneceu na prefeitura de Belém até o fim do mandato. Eleito segundo suplente de deputado federal em 1962,[3] foi efetivado quando o Ato Institucional Número Um cassou alguns parlamentares conforme determinava o Regime Militar de 1964.[nota 5] Apoiou a candidatura de Zacarias Assunção ao governo paraense em 1965, num pleito vencido por Alacid Nunes. Filiado à ARENA devido à imposição do bipartidarismo, figurou como suplente de deputado federal por esta legenda em 1966, 1970 e 1978.[6]

A partir de então não concorreu a qualquer cargo público e dedicou-se a administrar seus negócios que incluíam a Rádio Guajará, TV Guajará e o jornal O Estado do Pará.[3] Ocupou as presidências do Clube Assembleia Paraense, da Casa do Pará no Rio de Janeiro, da Orquestra Sinfônica do Pará, da Associação dos Municípios do Pará e da Junta de Alistamento Militar do estado, além de membro da Sociedade Brasileira de Geografia, da Associação Interamericana de Imprensa e procurador do estado de São Paulo.[1][3]

Notas

  1. a b Não foi possível determinar seu local de falecimento.
  2. Nomeado pelo governador em 15 de novembro de 1951, Lopo de Castro ficou no cargo até 8 de abril de 1953.
  3. Conforme o Jornal do Brasil, Lopo de Castro teve 37.676 votos (60,46%) contra Dionísio Bentes, que teve 24.645 votos (39,54%). Antes de assumir como prefeito, Castro renunciou ao mandato de deputado federal em prol de Rui Barata.
  4. Em 1959, sofreu um grave acidente de automóvel que o manteve afastado do cargo por seis meses, tendo sido substituído pela presidente da Câmara Municipal, Alice Antunes Coelho.
  5. Em 9 de abril de 1964 foram cassados Clóvis Ferro Costa e Sílvio Braga, resultando nas efetivações de Epílogo de Campos e Lopo de Castro.

Referências

  1. a b c «Biografia de Lopo de Castro no CPDOC/FGV». Consultado em 21 de agosto de 2020 
  2. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Lopo de Castro». Consultado em 21 de agosto de 2020 
  3. a b c d Rocque, Carlos (1997). Lopo de Castro e as Lutas da Coligação. Belem: Falangola. pp. 3–291 
  4. Redação (1 de setembro de 1957). «Eleição, hoje, do prefeito de Belém. Primeiro Caderno – p. 04». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 21 de agosto de 2020 
  5. Redação (7 de setembro de 1957). «O sr. Lopo de Castro eleito novo prefeito de Belém. Primeiro Caderno – p. 04». bndigital.bn.gov.br. Jornal do Brasil. Consultado em 21 de agosto de 2020 
  6. a b «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 21 de agosto de 2020