Lourenço de Jesus Maria José Vaz de Almada

 Nota: Para outros significados de Lourenço de Almada, veja Lourenço de Almada (desambiguação).

Lourenço de Jesus a de Maria José Vaz de Almada (Santa Engrácia (Lisboa), 14 de Dezembro de 1897 - Alvalade (Lisboa), 7 de Março de 1978), 6º conde de Almada e conde de Avranches, foi um engenheiro e historiador português.

Lourenço Vaz de Almada
Nome completo Lourenço de Jesus Maria José Vaz de Almada
Nascimento 14 de Dezembro de 1897
Lisboa, Reino de Portugal
Morte 7 de Março de 1978
Lisboa, República Portuguesa
Causa da morte Enfarte do miocárdio
Nacionalidade Portugal Portugal
Progenitores Mãe: Maria José dos Anjos de Almeida Correia de Sá
Pai: Luís Vaz de Almada
Casamento dos progenitores Helena Luísa da Câmara Viterbo
Filho(a)(s) Luís Francisco de Almada
Ocupação Engenheiro
Empregador(a) Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses
Cargo Chefe de Compras

Era proprietário do senhorio dos Lagares d´El-Rei, em Lisboa, onde morava,[1] e dum terço do Paço de Lanheses, onde lhe fez algumas remodelações arquitectónicas[2] tal como tinha feito na sua referida morada da capital.[3]

Biografia editar

Foi baptizado a 16 de Dezembro de 1897 na Igreja de Santa Engrácia de Lisboa, tendo como padrinhos Salvador de Almeida Correia de Sá, conde de Lavradio, e Nossa Senhora da Conceição tendo como oferenda a D. Leocádia de Santana e Vasconcelos Moniz de Bettencourt casada com o seu tio D.Miguel Vaz de Almada.

Exercendo o papel de lugar-tenente de D. Duarte Nuno de Bragança e representando D. Aldegundes de Bragança, condessa de Bardi, legítimos herdeiros do ramo "legitimista" à coroa do Reino de Portugal, atribuído aos descendentes directos de D. Miguel I de Portugal, foi um dos monárquicos que esteve, em 1922, em Paris, para fazer parte da negociação a que deu origem ao chamado Pacto de Paris, num processo de conciliação dos dois ramos da família do Ducado de Bragança, que pretendia unir pedristas e miguelistas.[4] Tendo este acordo sido bastante mal recebido pelos seus pares e causando-lhe bastante desgosto[5] mas que a História, que se lhe seguiu, lhe deu razão.

Foi vereador da Câmara Municipal de Lisboa e acompanhou D. Duarte Nuno de Bragança ao Brasil,[6] por ocasião do seu casamento real, e do qual resultou um livro.

Foi louvado pelos Caminhos de Ferro de Portugal, onde trabalhava, pelo zelo e dedicação que tiveram com a sua colónia de férias.[7]

Por essa ocasião foi o tutor dos filhos de Francisco de Assis de Almeida Mendia, seu colega de profissão, que entretanto tinha morrido viúvo.[8]

Publicações editar

  • «Relação dos feitos de Dom Antão de Almada: oferecida ao mui alto príncipe Senhor Dom Duarte, Duque de Bragança.» - 1940[9]
  • «Notas sobre a Viagem de sua Alteza Real o Senhor Duque de Bragança ao Brasil em 1942.» - 1943[10]
  • «Uma Figura Notável no Tempo dos Franceses : D. Lourenço José Boaventura de Almada, 1º conde de Almada (1758-1815).» - 1973[11]

Dados genealógicos editar

Filho de:

Casado, em 23 de Novembro de 1920, na Quinta Fonte do Anjo, nos Olivais, em Lisboa, com:

Tiveram:

  • Maria José Vaz de Almada
  • Maria Eugénia Vaz de Almada
  • Maria Henriqueta Vaz de Almada
  • Maria Rita Vaz de Almada
  • Luís Francisco de Almada (Lisboa, 9 de Dezembro de 1927 - Lanheses, 26 de Dezembro de 1998)[18]
  • Maria Helena Vaz de Almada
  • Álvaro Vaz de Almada
  • Maria da Rosário Vaz de Almada
  • Maria Isabel Vaz de Almada[16]

Precedido por
Luís Vaz de Almada
 
Conde de Almada

1919 - 1974
Sucedido por
Luís Francisco de Almada--̟

Ver também editar

Referências

  1. Anuário da Nobreza, III, tomo I, Edição I.P.H., Lisboa, 1985, pág. 63 e 196
  2. Quinta e Paço de Lanheses, SIPA, monumentos.pt
  3. Solar da Quinta dos Lagares d'El-Rei, IPA.00004068, SIPA, 27 de Julho de 2011
  4. Anuário de 1922, Respublica, José Adelino Maltez
  5. O Pacto Dymnastico - Algum Desacordo, Carta de Lisboa, O Paiz, edição 13735, 29 de Maio de 1922, pág. 4
  6. Nas teias de Salazar: D. Duarte Nuno de Bragança (1907-1976), entre a esperança e a desilusão, por Paulo Drumond Braga, Penguin Random House Grupo Editorial Portugal, 26/12/2017
  7. Boletim da C. P., nº 335, Maio de 1957, pág. 60
  8. Acórdão DD48, de 27 de Junho, Diário do Governo - 1.ª Serie, nº 147, de 27.06.1966, pág. 1126
  9. Relação dos feitos de Dom Antão de Almada, Relação dos feitos de Dom Antão de Almada, Lit. Nacional, Porto, 1940, pesquisa na Biblioteca Nacional de Portugal
  10. Notas sobre a Viagem de sua Alteza Real o Senhor Duque de Bragança ao Brasil em 1942, Gama, Lisboa, 1943, pesquisa na Biblioteca Nacional de Portugal
  11. [https://catalogo.bnportugal.gov.pt/ipac20/ipac.jsp?session=F6R73105U9090.16877&profile=bn&source=~!bnp&view=subscriptionsummary&uri=full=3100024~!191619~!3 Uma Figura Notável no Tempo dos Franceses : D. Lourenço José Boaventura de Almada, 1º conde de Almada (1758-1815), , Sep. Independência, nº 29, Lisboa, 1973, pesquisa na Biblioteca Nacional de Portugal]
  12. Albano da Silveira Pinto, Resenha das famílias titulares Grandes de Portugal, Empreza Editora de Francisco Arthur da Silva, Lisboa, 1883. Pág. 650.
  13. Arquivo Histórico do Ministério das Obras Públicas, Código de referência; PT/AHMOP/PI/003/082
  14. Seu assento de baptismo refere que foi baptizado na freguesia de Santo André e Santa Marinha de Lisboa, no dia 6 de Abril de 1863, tendo como padrinho Jacinto António de Sequeira, morador no seu palácio à Cruz de Santa Helena, em São Vicente de Fora, e nossa senhora com a oferenda da sua tia D. Isabel Pinto da França
  15. Maria José de Almeida Correa de Sá, roglo
  16. a b c Últimas Gerações Entre-Douro e Minho, por José de Sousa Machado, Tipografia de «Paz», Braga, 1931, tomo I, pág. 17
  17. Helena Luiza da Câmara Viterbo, Roglo
  18. D. Luiz Francisco de Almada, Roglo

Ligações externas editar

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