Marcos Cortez

futebolista brasileiro

Marcos Cortez, mais conhecido como Pavão[1][2] (Santos, 4 de janeiro[3] de 1929Santos, 7 de maio de 2006), foi um futebolista brasileiro que atuou como zagueiro.[3]

Pavão
Informações pessoais
Nome completo Marcos Cortez
Data de nascimento 4 de janeiro de 1929 (95 anos)
Local de nascimento Santos, São Paulo, Brasil
Nacionalidade brasileiro
Data da morte 7 de maio de 2006 (77 anos)
Local da morte Santos, São Paulo, Brasil
Apelido Pavão
Informações profissionais
Posição zagueiro
Clubes profissionais
Anos Clubes Jogos e gol(o)s
1950
1951–1960
1961–1963
Portuguesa Santista
Flamengo
Santos
n/d
357 (5)
70 (2)
Seleção nacional
1955–1956 Brasil 4

Carreira editar

Flamengo editar

Revelado em 1950 pela Portuguesa Santista, transferiu-se no ano seguinte para o Flamengo.

Sua estreia com a camisa rubro-negra aconteceu em 18 de março de 1951, na vitória por 4–2 sobre o São Paulo, pelo Torneio Rio-São Paulo daquele ano[4]. Dois meses mais tarde, em 27 de maio, marcou seu primeiro gol pelo novo clube, num amistoso em Sundsvália, na Suécia, em que o Flamengo venceu o Sundvall por 2–1.

Em seus dois primeiros anos como jogador do Flamengo, a conquista mais expressiva foi o bicampeonato do Torneio Início do Rio de Janeiro, em 1951 e 1952. Nesse período, porém, começou a se formar (com jogadores como o goleiro García, Joel, Rubens, Índio, Biguá e Dequinha) a equipe que conquistaria o segundo tricampeonato carioca, nos anos de 1953, 1954 e 1955.

A consagração definitiva veio no terceiro jogo da final do Campeonato Carioca de Futebol de 1955, contra o América. Depois de vencer o primeiro jogo por 1–0 e ser goleado por 5–1 no segundo, o Flamengo precisava vencer por três gols de diferença para ser campeão. O placar era de 3–1 quando Pavão, de longe do gol, acertou um violento chute na trave. Evaristo de Macedo pegou o rebote e Dida completou, garantindo o título[5].

Pavão também ajudou o Flamengo a conquistar o bicampeonato do Torneio Internacional do Rio de Janeiro, derrotando Deportivo La Coruña e Fluminense no título de 1954 e os argentinos Racing e Independiente em 1955.

Permaneceu no clube até 1959, disputando 357 jogos e marcando cinco gols.[3]

Santos editar

Em 1959, voltou para sua cidade natal e passou a defender o Santos, contratado pela quantia de 800.000 cruzeiros antigos. Estreou com o pé direito, conquistando o título do Torneio Rio-São Paulo de 1959.

Na primeira excursão do Santos pela Europa, Pavão foi titular em 21 jogos, dos 22 disputados pelo time santista.

Com a camisa alvinegra, foi ainda bicampeão paulista, nos anos de 1960 e 1961[3], jogando ao lado de Zito e Pelé. Contudo, encerrou a carreira profissional antes de o clube obter as suas maiores conquistas internacionais.

No total, foram 70 jogos pelo Santos, com dois gols marcados[6].

Seleção Brasileira editar

As conquistas pelo Flamengo renderam a Pavão a convocação para a Seleção Brasileira em 1955. Flávio Costa era o treinador da equipe que derrotou o Paraguai por 3–0 no Maracanã, pela Taça Oswaldo Cruz. Foi o único troféu que o zagueiro conquistou pela Seleção[7].

No ano seguinte, voltou a defender o Brasil em três amistosos na Europa. Primeiro, atuou na vitória por 1–0 sobre Portugal, em 8 de abril, no Estádio da Luz, entrando no lugar de De Sordi. Depois, foi titular na vitória por 1–0 sobre a Turquia, no dia 1 de maio, no Estádio Mithatpasa, em Istambul; e na derrota por 4–2 para a Inglaterra, dia 9 de maio, no Estádio de Wembley[8].

Títulos editar

Flamengo
Santos

Homenagens editar

Em 1955, quando o Flamengo era bicampeão carioca e buscava o tricampeonato, o cantor Roberto Silva gravou "Samba rubro-negro", de Wilson Batista e Jorge de Castro[10]. A música, sucesso entre os torcedores do clube, diz que "O mais querido/Tem Rubens, Dequinha e Pavão/Eu já rezei pra São Jorge/Pro Mengo ser campeão".[3] Nos anos 80, o cantor e compositor João Nogueira atualizou os versos para "O mais querido/Tem Zico, Adílio e Adão".[3]

Outra homenagem musical recebida pelo zagueiro, já décadas depois de ter encerrado a carreira, aconteceu no carnaval de 1995, no desfile da escola de samba Estácio de Sá. O samba-enredo composto em homenagem ao centenário do Flamengo dizia "Vou ver Fla-Flu, Fla-Vas, vou ver Diamante Negro, Fio Maravi­lha, Domingos da Guia, Zizi­nho, Pavão" [11].

Morte editar

Pavão morreu em 7 de maio de 2006, aos 77 anos, vítima de cirrose hepática, no Hospital Beneficência Por­tuguesa de Santos. Seu corpo foi enterra­do no Cemitério da Filosofia.[3]

Referências

  1. «Jogadores animais do Mengão: galo, biguá, onça, bode, pavão...». Ludopédio. Consultado em 23 de abril de 2024 
  2. «Pombo Sem Asa » Leão, Falcão, Pintinho, Cegonha…. Ganso e Pato dão continuidade à tradição de 'animais' na seleção » Arquivo». ge.globo.com. Consultado em 23 de abril de 2024 
  3. a b c d e f g «Pavão - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 23 de abril de 2024 
  4. Fla Estatística[ligação inativa]
  5. O Sabor dos Clássicos: Flamengo 4 x 1 America[ligação inativa]. FuteNews Brahma
  6. Morre o ex-zagueiro do Santos FC Pavão. Santos Futebol Clube - Site oficial
  7. Todos os jogos da Seleção - 1955. Futebol Cia.
  8. Todos os jogos da Seleção - 1956. Futebol Cia.
  9. Pavão Arquivado em 12 de setembro de 2011, no Wayback Machine.. Clube de Regatas do Flamengo
  10. Wilson Batista. Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira.
  11. Pavão foi ídolo na Vila e na Gávea[ligação inativa]. Almanaque Esportivo do Santos

Ligações externas editar