Palmeiras de Goiás

município brasileiro do estado de Goiás

Palmeiras de Goiás é um município brasileiro do estado de Goiás, a estimativa da população em 2021 segundo o IBGE é de 29.915 habitantes.[5]

Palmeiras de Goiás
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Palmeiras de Goiás
Bandeira
Brasão de armas de Palmeiras de Goiás
Brasão de armas
Hino
Gentílico palmeirense
Localização
Localização de Palmeiras de Goiás em Goiás
Localização de Palmeiras de Goiás em Goiás
Localização de Palmeiras de Goiás em Goiás
Palmeiras de Goiás está localizado em: Brasil
Palmeiras de Goiás
Localização de Palmeiras de Goiás no Brasil
Mapa
Mapa de Palmeiras de Goiás
Coordenadas 16° 48' 18" S 49° 55' 33" O
País Brasil
Unidade federativa Goiás
Municípios limítrofes Norte: Nazário, Santa Bárbara de Goiás e Turvânia; Sul: Cezarina, Guapó, Indiara e Jandaia; Leste: Campestre de Goiás; Oeste: Palminópolis
Distância até a capital 72 km
História
Fundação 6 de julho de 1905 (118 anos)
Administração
Prefeito(a) Vando Vitor Alves (PSDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [1] 1 539,683 km²
População total (est. IBGE/2019[2]) 28 858 hab.
 • Posição GO: 43º
Densidade 18,7 hab./km²
Clima tropical com estação seca (Aw)
Altitude 596 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000[3]) 0,76 alto
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 359 001,499 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 16 060,55
Sítio https://palmeirasdegoias.go.gov.br/ (Prefeitura)
Lago Municipal de Palmeiras de Goiás

História editar

Sua história começou em 1800, quando a família do tenente Antônio Martins Ferreira de Andrade, procedente de São Paulo chegou à capital da capitania de Goiás (Cidade de Goiás) e requereu terras devolutas às margens do Rio dos Bois, que até hoje é um dos mais importantes rios do nosso estado. O governador da capitania era Fernando Delgado Freire de Castilho, que atendeu ao requerimento de Antônio Martins, que tão logo se apossou das terras, deu ao lugar o nome de Sítio das Palmeiras, devido aos milhares de coqueiros existentes na região.

Os Andrades doaram a São Sebastião, 800 alqueires de terras junto ao Córrego Azul, onde é hoje o distrito de Linda Vista, no município de Cezarina. Oriundo das minas de São Francisco de Assis, hoje, Anicuns, o padre Filipe chegou com a incumbência de escolher o local onde seria construída a capela. No local escolhido foi erguida uma cruz de madeira e uma missa foi celebrada na presença dos fazendeiros do lugar.

A família Andrade vendeu as terras à família Martins, que manteve o compromisso de doar os 800 alqueires ao Santo, bem como o de construir a igreja. De posse das terras, os Martins se dedicaram à lavoura com a ajuda dos escravos e esqueceram do compromisso, ficando a construção da igreja paralisada por dois anos. Quando lhes foi cobrado o compromisso, alegaram que construiria a igreja, mas em outro local, por que naquele patrimônio, havia contrabando de pinga e os escravos bebiam e não trabalhavam.

A mudança da sede da igreja aconteceu após entendimento entre o dono da terra e o padre José Maria, que escolheram o local onde morava o garimpeiro Jonas Alemão, desde 1794. Sobre Jonas, que na verdade, foi o primeiro habitante do lugar onde esta localizada hoje a cidade de Palmeiras de Goiás, há que se ressaltar que o mesmo era garimpeiro, porém, diferente de cidades como Goiás Velho e Pirenópolis, Palmeiras nunca foi de tradição mineradora de ouro ou pedras preciosas, mas historicamente há o testemunho de Jeronimo Rodrigues Peró através de seus manuscritos de que o alemão tinha muito ouro e que antes de sua morte em 1837, ele o acompanharia em uma viagem a Petrópolis para vendê-lo, mas sobreveio a Jonas uma pneumonia que acabou por ceifar-lhe a vida e do ouro não se sabe o destino já que esse era mudado de lugar de forma a não ser encontrado e quando no leito de morte Jonas tinha delírios e dizia que o ouro estava ali ou acolá mas ninguém o encontrou. Mas se havia o ouro e aqui nunca houve uma corrida do mesmo como explicar a sua origem? Uma das hipóteses é a de que quando Jonas aqui chegou ele já tinha o ouro. Teria vindo de Minas Gerais fugindo do pagamento da derrama imposta por Portugal e aqui "fez" que garimpava, Com a chegada dos Rodrigues dos quais era muito amigo e estes tinham amizade com a Família Real e como nessa época a Independência já era uma realidade então ele resolveu dispor do ouro.

Em 20 de maio de 1832 foi lavrada a escritura no “Livro de Ouro” de São Sebastião, ficando então transferido o patrimônio para o local onde é hoje Palmeiras de Goiás. Nessa mesma ocasião foi celebrada missa, realizou-se batizados e foi demarcado pelo padre Azevedo Coutinho, o lugar onde seria construída a igreja.

Todos os habitantes da região ajudaram na construção da igreja: uns cumprindo promessas, outros por devoção e alguns para ganhar dinheiro, mas, apesar de todos os esforços, a obra só foi concluída em 1843.

Dois sinos foram doados por dona Joana e trazidos de Uberaba, nos lombos de burros, até sua fazenda que ficava a dez léguas do patrimônio.

No dia 11 de julho de 1844, o povo de São Sebastião do Alemão, acompanhado do padre José Maria, foi até a fazenda de dona Joana e trouxe os sinos nas costas.

Ao chegarem da longa e cansativa viagem, realizaram batizados, inauguraram os sinos e fizeram festas.

O responsável pela formação do povoado que agora se chamava São Sebastião do Alemão, foi Filipe de Oliveira, em 1850.

De povoado a vila editar

Com a vinda de Tobias Monteiro e sua família, procedentes da Bahia, o povoado de São Sebastião do Alemão foi elevado à condição de freguesia em 9 de novembro de 1857, através da Resolução n° 08/57.

Nova família chega à freguesia. Trata-se da família Coimbra, cujos membros se estabeleceram como comerciantes. Com isso, novo impulso foi dado ao lugarejo e com esforços de Abel Coimbra, conseguiu-se elevar a freguesia à vila, de acordo com a lei nº 914, de 10 de dezembro de 1887, mas somente no dia 7 de fevereiro de 1892, é que foi solenemente instalada a vila, denominada Vila de São Sebastião do Alemão.

De vila a município editar

Com o progresso acentuado da vila São Sebastião do Alemão, esta foi elevada à condição de cidade, através da lei nº 260, de 6 de julho de 1905, alterando o nome para cidade de Allemão.[6] Até então, o município pertencia a Goiás Velho, (antiga capital do estado de Goiás), tornando-se portanto, independente política e administrativamente.

Um fato importante para que a cidade tivesse o seu nome trocado, foi determinado pelo grande número de palmeiras que existia no município. Portanto, através da lei nº 540, de 14 de junho de 1917, São Sebastião do Alemão passou a chamar-se Palmeiras. Porem, deve-se ressaltar, que o fator determinante para a mudança do nome foi devido constar nome a referência ao Alemão, pois na época tudo o que dizia respeito à Alemanha era motivo de discriminação e preconceito, principalmente nos rincões brasileiros, devido à atuação daquele pais na Primeira Guerra Mundial. Outro fato interessante é que a Igreja Católica local não aceitou de início a retirada do nome de São Sebastião, usando em seus documentos e correspondências a denominação "São sebastião das Palmeiras". Livro Dez Lírios e uma Palmeira de Josélio Gomes e os manuscritos de Sebastião Rodrigues Peró.

Posteriormente, por força do Decreto-Lei estadual nº 8305, de 31 de dezembro de 1943, Palmeiras passa a chamar-se Mataúna.[7]

De conformidade com o artigo 65 das Disposições Transitórias da Constituição Estadual, em 1947, o município volta a chamar-se Palmeiras, com o acréscimo “de Goiás”, devido à existência de outros lugares no Brasil, com o mesmo nome. A última denominação, e que se conserva até hoje, é Palmeiras de Goiás.

Palmeiras torna-se comarca editar

No dia 8 de maio de 1940, através do Decreto-Lei Estadual nº 3174, Palmeiras de Goiás é elevada à categoria de Comarca e passa a ser um Distrito Judicial sob a alçada de um Juiz de Direito.





Geografia editar

Localiza-se a latitude 16º48'18" sul e à longitude 49º55'33" oeste, estando a uma altitude de 596 metros. Sua população é de 28 858 habitantes, conforme estimativa do IBGE de 2019.[2]

Possui uma área de 1544,9 km². Vale ressaltar a hidrografia do município com mais de cem cursos d'água dentre eles os rios Capivari e dos Bois que hoje abastece a cidade. Quanto aos elevados destacam-se o Morro da Ladra e o Morro Mundo Novo que juntamente com a Serra da Jiboia, com 1080 mts de altitude, formam a Área de Proteção Ambiental da Serra da Jiboia com 25 mil hectares, criada pelo Decreto 5.176 de 2000, pelo filho da terra, o Governador Marconi Perillo.

Posição Município População
Mais de 30.000 habitantes
38   São Luís de Montes Belos 33 279
39   Pires do Rio 33 193
40   Palmeiras de Goiás 32 004
Mais de 20.000 habitantes
41   Alexânia 28 690
42   Itapuranga 28 522
 
Fonte da Praça São Sebastião

Pontos turísticos editar

Um dos principais pontos turísticos de Palmeiras de Goiás e o Lago Municipal, tem também a Serra da Jiboia[8] que foi declarada Área de Proteção Ambiental (APA), tem também a tradicional Cavalhadas, principal evento cultural do município, o evento foi promovido pela primeira vez em 1908 por José Pereira de Alcântara[9] (um dos fundadores da cidade).

Desastre aéreo em 1952 editar

 Ver artigo principal: Explosão do Douglas DC-3 PP-ANH

A explosão do Douglas DC-3 PP-ANH foi um desastre aéreo ocorrido em 12 de agosto de 1952. A aeronave, prefixo PP-ANH, do consórcio Nacional-Viabras realizava a linha aérea Jataí-Goiânia-Belo Horizonte-Rio incendiou-se e explodiu em pleno ar, durante tentativa de pouso de emergência nas proximidades de Palmeiras de Goiás. A explosão mataria todos os seus 24 ocupantes,[10] entre os mortos, estava o filho do então governador de Goiás, Pedro Ludovico Teixeira, Antônio Borges Teixeira.

Infraestrutura editar

Educação editar

Na área da educação, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) obtido por alunos do 5º ano das escolas públicas de Palmeiras de Goiás foi de 6,4 em 2021, enquanto que do 9º ano foi de 5,1 (numa escala de avaliação que vai de nota 1 a 10). Em 2010, 96,7% das crianças entre sete e 14 anos estavam matriculadas em instituições de ensino.[11] O município contava, em 2021, com 21 matrículas nas instituições de educação infantil e ensinos fundamental e médio da cidade.[12]

Comunicações editar

O código de área (DDD) do município é 064[13] e o Código de Endereçamento Postal (CEP) da cidade vai de 76194-970, 76194-959 e 76190-000.[14] O serviço postal é atendido por uma agência da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, localizada na rua Humberto Martins Ribeiro, Centro.[15] A cidade também é amplamente coberta pelo serviço de telefonia móvel 4G.[16]

Crescimento populacional
Censo Pop.
19006 826
19207 73613,3%
194015 12695,5%
195016 93211,9%
196017 3812,7%
197024 04238,3%
198022 536−6,3%
199116 635−26,2%
200017 8227,1%
201023 33831,0%
202231 85836,5%
Fonte: IBGE[17][18][19][20][21][22] [23][24]

Ver também editar

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. a b «IBGE Cidades». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 28 de dezembro de 2019 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  5. IBGE. «Panorama: Palmeiras de Goiás». cidades.ibge.gov.br. Consultado em 9 de outubro de 2021 
  6. GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS (6 de julho de 1905). «LEI N° 260, DE 06 DE JULHO DE 1905.». legisla.casacivil.go.gov.br. Consultado em 9 de outubro de 2021 
  7. GOVERNO DO ESTADO DE GOIÁS (31 de dezembro de 1943). «DECRETO-LEI N° 8.305, DE 31 DE DEZEMBRO DE 1943». legisla.casacivil.go.gov.br. Consultado em 9 de outubro de 2021 
  8. pagina_decretos gabinete civil página decretos acessado em 22 de abril de 2015
  9. agencia agm Agencia do Estado Agencia do Estado cavalhadas de palmeiras de goias completam 106 anos acessado em 22 de abril de 2015
  10. aviation safety aviation safety em Ingles acessado em 22 de abril de 2015
  11. IBGE. «Panorama de Palmeiras de Goiás (GO)». Consultado em 21 de maio de 2020 
  12. https://cidades.ibge.gov.br/brasil/go/palmeiras-de-goias/panorama  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  13. Códigos DDD. «DDD de Palmeiras de Goiás». Consultado em 1 de outubro de 2023 
  14. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP» 
  15. Correios. «Agências». Consultado em 1 de outubro de 2023 
  16. Tele Síntese. «Oi ativa 4G em 151 cidades ainda este ano». Consultado em 27 de janeiro de 2020 
  17. IBGE. «Tabela 1286 - População e Distribuição da população nos Censos Demográficos». SIDRA IBGE. Consultado em 16 de novembro de 2011 
  18. Arrais, Tadeu e Pinto, José. «Integrar para segregar: uma análise comparativa do tecido urbano-regional de Goiânia e Brasília». X Coloquio Internacional de Geocrítica. Consultado em 4 de setembro de 2011 
  19. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «Sinopse do Censo Demográfico 2010 - Goiás». Consultado em 4 de setembro de 2011 
  20. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. «Dados: Goiás - IBGE Censo 2010». Consultado em 4 de setembro de 2011 
  21. Armazém de Dados da Prefeitura do Rio de Janeiro. «População residente das capitais, segundo os municípios». Consultado em 4 de setembro de 2011 
  22. Fórum EJA Mato Grosso. «Diagnóstico da EJA no Estado de Goiás» (PDF). Consultado em 4 de setembro de 2011 
  23. IBGEAté 1991, dados extraídos de Estatísticas do Século XX, Rio de Janeiro : IBGE, 2007 no Anuário Estatístico do Brasil,1994, vol 54, 1994. IBGE http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=CD77. Consultado em 25 de setembro de 2016  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  24. https://g1.globo.com/go/goias/noticia/2023/06/28/populacao-de-palmeiras-de-goias-go-e-de-31-858-pessoas-aponta-o-censo-do-ibge.ghtml  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
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