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Bruno da Silva Antunes de Cerqueira editar

 
Bruno da Silva Antunes de Cerqueira. Brasília, junho de 2021.

Bruno da Silva Antunes de Cerqueira (Santa Rosa, Niterói, RJ, 1979) é um advogado, historiador, genealogista e indigenista brasileiro. É pesquisador e fundador do Instituto Cultural D. Isabel I a Redentora.

Infância e juventude editar

Nascido e criado no bairro de Santa Rosa, em Niterói, Bruno de Cerqueira é o segundo de três filhos do professor de idiomas, de música e de religião Antonio Antunes de Cerqueira e da professora primária e assistente social Leila Maria Souza da Silva, servidora do INSS. Sua mãe exerceu a chefia de gabinete da Deputada Tânia Rodrigues na Alerj nos anos 2000 e atuou como subcoordenadora de Políticas para as Pessoas com Deficiência do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

Cursou o ensino fundamental e o médio no Colégio do Instituto São José, das freiras sacramentinas de Nossa Senhora, uma congregação mineira fundada pelo missionário belga Pe. Julio Maria de Lombaerde. Fez a primeira comunhão na Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora, casa mãe dos padres salesianos do Brasil, e recebeu formação como catequista católico da Irmã Ruth Mattos de Moraes SDN; dedicou-se desde muito novo à defesa da Igreja Católica.

Vida acadêmica editar

 
Bruno de Cerqueira. Fevereiro de 2014.

Graduou-se em História na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (2004) e cursou a pós-graduação, lato sensu, em Relações Internacionais, no Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro/Universidade Cândido Mendes (2008), concluindo-a com a monografia “O curioso caso de Barack Obama: religião e política nos Estados Unidos do 21º século da Era Cristã”.

Lecionou História do Brasil para os jovens do Pré-Vestibular Comunitário Pe. Bruno Trombeta (PEPeBT), da Paróquia de Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado, entre 2005 e 2006.

Iniciou a graduação em Direito na PUC-Rio, em 2010, concluindo-a no Centro Universitário de Brasília (UniCEUB), onde apresentou, em 2016, a monografia “A demarcação territorial indígena e o problema do 'marco temporal': o Supremo Tribunal Federal e o indigenato do Ministro João Mendes de Almeida Junior (1856-1923)" — publicada pela Associação Nacional dos Procuradores da República, no âmbito do livro "Índios, Direitos Originários e Territorialidade".

É membro dos Institutos Históricos e Geográficos Militar do Brasil, do Distrito Federal, do Maranhão, de Pernambuco, de Goiana (PE), de Petrópolis e de Niterói, da Sociedade Brasileira de Teoria e História da Historiografia (SBTHH) e de entidades congêneres.

É, ainda, conselheiro vitalício do Instituto Interamericano de Fomento a Educação e Cultura e Ciência (IFEC); membro da Sociedade de Amigos do Museu Imperial (Sami), da Associação dos Antigos Alunos da PUC-Rio, da Associação Nacional dos Servidores da Funai (Ansef) e da Indigenistas Associados (INA).

Em 2021, coordenou com o Setor de Pesquisa do Museu Imperial, numa parceria institucional entre o MI, o IHP e o IDII, o congresso acadêmico De Isabel Christina a Condessa d´Eu: trajetórias”, que também contou com a participação do Musée Louis-Philippe du Château d´Eu.

Genealogia editar

Especialista em genealogia dinástica, auxiliou Madame Chantal de Badts de Cugnac (1944-2019) na elaboração do capítulo sobre a realeza brasileira na obra “Le Petit Gotha” em sua segunda edição (2002).

Foi diretor de publicações do Colégio Brasileiro de Genealogia de 2005 a 2007, tempo em que ajudou na implementação da nova página do Colégio na Internet e na atualização da “Carta Mensal” da instituição. É sócio titular da instituição, ocupando a cadeira de número 16, patroneada pelo Cons. Macedo Soares.

Monarcologia/monarcologia/monarquiologia editar

Desde muito jovem é um aficionado em genealogia, filologia, etimologia, monarcologia/monarquiologia e eclesiologia.

Com 12 anos de idade, descobriu o Movimento Parlamentarista Monárquico, chefiado pelo Deputado Cunha Bueno, e passou a nele militar com vistas ao Plebiscito de 1993, previsto no art. 2º. do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Embora não pudesse votar, Bruno fez imensa campanha pela forma monárquica e o sistema parlamentar de governo, convencendo vizinhos, familiares e conhecidos a sufragar a opção pela restauração do trono.

Foi membro atuante dos Círculos Monárquicos de Niterói e do Rio de Janeiro e fundou com seu padrinho de Crisma, Prof. Otto de Alencar de Sá Pereira (1932-2017), antigo assessor-chefe de S.A.I.R. Dom Pedro Henrique (1909-1981), o portal “Imperial & Real – Pela Monarquia Constitucional”, em 2000. Deste site, que foi tirado do ar em 2005, é que provém a maior parte das informações biográficas e genealógicas sobre os príncipes brasileiros que se encontram em diversos lugares da internet.

Entre 1998 e 2002, secretariou S.A.I.R. Dona Maria da Baviera (1914-2011), auxiliando-a na preparação de respostas a brasileiros, europeus e outros povos que sempre lhe escreviam.

Cerimonial, protocolo e política partidária editar

Em 2003, finalizando a graduação em História na PUC do Rio, Bruno entrou para a equipe da Chefia para Assuntos de Cerimonial da Presidência da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, enquanto estagiário. A chefe do Cerimonial era a Prof.ª Vera Jardim, servidora efetiva da Assembleia, formada em Sociologia pela UFF.

Nos anos seguintes, Bruno continuou a prestar serviços para o Cerimonial da Alerj, mas sem efetivação em cargo em comissão, razão pela qual se desligou da função. Em 2007, uma nova chefe foi nomeada para o Cerimonial da Alerj, e a antiga titular indicou-lhe a pessoa de Bruno para atuar como um subchefe, o que não se operou; foi exonerado da função comissionada de assessor em março de 2008.

Tendo se filiado ao Partido Verde em 2003, Bruno de Cerqueira atuou em 2011 como assessor da Vereadora Sonia Rabello de Castro, líder do PV na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. Sonia Rebello havia sido a procuradora-geral do Município do Rio de Janeiro que viabilizara juridicamente os programas “Favela-Bairro” e “Rio Cidade” do Prefeito Cesar Maia; também fora professora titular de Direito Administrativo da Uerj. Nesse período, Bruno coordenou os trabalhos técnicos da Comissão Especial de Patrimônio Cultural da CMRJ, presidida por Sonia Rabello e vice-presidida por Andreia Gouvêa Vieira.

Na Comissão de Patrimônio Cultural, Bruno Antunes de Cerqueira foi responsável, inclusive, por vistoriar o Antigo Museu do Índio do Rio de Janeiro, prédio localizado no Maracanã (Grande Tijuca), em que nasceu a museologia indigenista brasileira e onde foi formulado o Parque do Xingu. O prédio histórico, um dos maiores símbolos do indigenismo de Estado do Brasil, se encontra em abandono pleno, mas seu terreno hoje abriga a “Aldeia Maracanã”, de caráter multiétnico.

Neoabolicionismo e neoisabelismo editar

Quando se graduava em História na PUC-Rio, mesmo local em que Prof. Otto também havia se graduado, Bruno e ele idealizaram o Instituto Cultural D. Isabel I a Redentora, uma organização sem fins lucrativos que serviria à causa do “neoabolicionismo” e do “neoisabelismo”, sem se imiscuir nas problemáticas dos movimentos monarquistas do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Brasil em geral. O instituto foi fundado em 13 de maio de 2001 no salão nobre da Igreja do Rosário e São Benedito dos Homens pretos, na Cidade do Rio de Janeiro.

O neoabolicionismo é um movimento, ou um conjunto de iniciativas, para sermos mais modestos. Tal como os seus antecessores, nas décadas renhidas de lutas antiescravistas do Séc. XIX, mormente na de 1880, ele congrega individualidades e tendências díspares. Segundo o Prof.º Bruno, ele é a "psicanálise da Nação Brasileira", que nasce da intuição de que o Brasil da obra abolicionista abortada, em alguma medida, nos governa até hoje.

Para os neoabolicionistas, é necessário resgatar os abolicionismos e os abolicionistas e dar-lhes voz e vez na conscientização cidadã dos brasileiros; isto é, o movimento se vê como um profundo encontro de conhecimento e reconhecimento da nacionalidade brasileira e seus alicerces os mais recônditos e nebulosos — o principal dos quais, a escravidão.

MemoRio e Protokollon editar

Em outubro de 2009, a princesa brasileira D. Isabel Maria Eleonora de Orleans-e-Bragança e o conde principesco renano Alexander de Stolberg-Stolberg se casaram na Igreja da Imperial Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro e Bruno Antunes de Cerqueira atuou como gestor das funções protocolares no evento, ao qual afluíram muitos membros das realezas e nobrezas europeias. Nas semanas anteriores ao casamento, Bruno havia idealizado um programa de turismo histórico-cultural do Instituto, chamado “MemoRio” (Memória do Rio), que visava levar estrangeiros a locais da Cidade e arredores que não costumavam entrar nos passeios regulares, tendo em vista que o turismo local não era voltado ao aspecto histórico. O “MemoRio” passou a ser um programa, com site próprio (www.memorio.com.br), dentro do IDII.

Na mesma época, Bruno idealizou outro programa para ajudar na manutenção do IDII, o Protokollon (programa de Relações Públicas e Internacionais, Cerimonial e Protocolo) (www.protokollon.com.br). xxxxxx

Casamento do Príncipe William com Kate Middleton editar

Em abril de 2011, Bruno Antunes de Cerqueira foi chamado a comentar o casamento do Príncipe William Arthur Philipp Louis da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (Príncipe William de Gales) com a Senhorita Catherine Elizabeth Middelton, no canal Globonews e demais mídias das organizações Globo, incluindo rádios.

Funai e indigenismo brasileiro editar

Aprovado em concurso público para o cargo de “Indigenista Especializado” (analista de política indigenista), tomou posse, em 2012, na Fundação Nacional do Índio (Funai), em Brasília.

Na Funai, trabalhou na Presidência, na Coordenação-Geral de Gestão Estratégica (CGGE) e na Coordenação-Geral de Identificação e Delimitação (CGID), onde respondeu, nesta última, pelo Serviço de Análise de Contestações — aos procedimentos de identificação e delimitação de terras indígenas.

Em novembro de 2015, ultimou o Manual de Redação Oficial da Funai", junto com o grupo técnico especialmente estabelecido para este fim. Na ocasião, publicou o Anexo II do Manual: “Dos títulos e tratamentos protocolares no âmbito da Redação Oficial”. Em 2016 compôs a Comissão Organizadora do Concurso Público para Provimento de Cargos na Funai, sendo responsável pela redação do conteúdo programático do cargo de indigenista especializado.

É membro do Quadro Permanente de Instrutores da Fundação, desde julho de 2014 e, entre 2017 e 2020, auxiliou a Coordenação de Desenvolvimento de Pessoal da Coordenação-Geral de Gestão de Pessoas (Codep-CGGP) na formação dos novos servidores da Funai, no âmbito das ações de capacitação do órgão.

Propôs, ainda, a existência de uma assessoria de Relações Públicas e Cerimonial para a autarquia, assim como de um Centro de Memória do Indigenismo e da Fundação, o que não prosperou.

Advocacia editar

Advogado regularmente inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Distrito Federal, desde 2018, atuou nas Comissões da Memória e da Verdade, de Direitos Humanos e de Relações Internacionais da OAB/DF. Propôs à seccional a criação da a Comissão Especial de Defesa dos Direitos dos Povos Indígenas (Ceddindigenas), tendo atuado como primeiro presidente dela, em 2021.

Canal “História do Brasil Como Você Nunca Viu” editar

Em 2019, Bruno e o colega de Codep-Funai, Haroldo Resende, idealizaram um canal no YouTube intitulado "História do Brasil Como Você Nunca Viu", que já realizou várias lives com especialistas em História do Brasil, como Maria de Fátima Moraes Argon, Francisco Doratioto, Flávio de Alencar etc.

Funerais da Rainha Elizabeth II editar

Em setembro de 2022, Bruno de Cerqueira participou de diversos telejornais da Rede Globo e programas de canais digitais que enfocaram a morte e os funerais da rainha britânica mais longeva da história, Elizabeth II.

Consultorias editar

Bruno Antunes de Cerqueira tem prestado consultorias para o Senado Federal, a Câmara dos Deputados e o Museu Imperial em diversas demandas informacionais, mormente no que se refere à história da Monarquia e da realeza brasileiras, do abolicionismo, do isabelismo, do indigenismo e da participação das mulheres na política oitocentista.

Obras, publicações e contribuições editar

Publicou o livro “D. Isabel I a Redentora, textos e documentos sobre a Imperatriz exilada do Brasil em seus 160 anos de nascimento” (IDII, Rio de Janeiro, 2006) e o capítulo “Descendência de D. Pedro IV, Rei de Portugal e Imperador do Brasil”, na reedição da “História Genealógica da Casa Real Portuguesa”. vol. XV, de Dom Antonio Caetano de Sousa (QuidNovi e Academia Portuguesa da História, Lisboa, 2008).

No âmbito de uma parceria entre a editora paulista Linotipo Digital e o IDII, participou da republicação da obra “O Imperador no exílio”, de Affonso Celso de Assis Figueiredo Junior, Conde de Affonso Celso (1860-1938), saída em 1893. A obra foi lançada na Academia Brasileira de Letras, casa que Affonso Celso fundou e presidiu, em 17 de outubro de 2013, na presença de seus descendentes. Em 02 de dezembro de 2013 ocorreu novo lançamento, na Academia Cearense de Letras, em Fortaleza, mesma data em que o Ceará comemorava os 100 anos da estátua de D. Pedro II, localizada em frente à Catedral Metropolitana de São José. Na reedição, Bruno Antunes de Cerqueira apresenta uma breve biografia do grande brasileiro Affonso Celso.

Em dezembro de 2015, publicou o capítulo “Outeiro da Glória e Glória do Outeiro: brevíssima história de uma das mais antigas e importantes confrarias marianas do Brasil”, no livro de arte “Outeiro da Glória: marco na história da Cidade do Rio de Janeiro” (Rio de Janeiro, ArtePadilla, 2015).

Entre 2016 e 2018 participou da coordenação dos eventos dos 170 anos de nascimento da Redentora, que entre outras iniciativas lançou a biografia "O Príncipe Soldado: a curta e empolgante vida de D. Antonio de Orleans e Bragança" (1881-1918), da historiadora paulista Teresa Malatian.

Em 28 de setembro de 2019 (dia da Lei do Ventre Livre), lançou com a historiadora e arquivista Fátima Argon, pesquisadora aposentada do Museu Imperial, o livro "Alegrias e Tristezas: estudos sobre a autobiografia de D. Isabel do Brasil", na própria residência isabelina em Petrópolis — chamada de Palacio da Princeza, no século XIX.

No primeiro semestre de 2019, criou o canal de YouTube  "História do Brasil Como Você Nunca Viu", em parceria com Haroldo Resende, psicólogo e gestor de Recursos Humanos. No mesmo ano, foi voluntário do pré-vestibular da Rede Emancipa, em Ceilândia (DF).

Lançou em 02 de setembro de 2022, com outros pesquisadora, o livro “Pedro I – Compositor Inesperado”, pelo Instituto Cravo Albin, no Rio de Janeiro, assinando o capítulo “A arte musical e a Casa de Bragança: uma longa conexão”.

Foi convidado a comentar os funerais de Elizabeth II do Reino Unido (1926-2022) na Rede Globo, igualmente em setembro de 2022.

O Instituto Cultural D. Isabel I a Redentora editar

Em 2000, idealizou com o Prof. Otto de Sá Pereira o Instituto Cultural D. Isabel I a Redentora, fundando-o em 13 de maio de 2001, juntamente com outros historiadores, cientistas sociais, advogados, artistas etc.

Em junho de 2010 executou o treinamento de equipe de Protokollon — programa do IDII para Relações Públicas e Internacionais, Cerimonial e Protocolo — com ênfase em receptivo para Chefes de Estado, junto ao staff do Copacabana Palace.

Honrarias editar

Em 12 de maio de 2004 recebeu da Casa do Artista Plástico Afro-Brasileiro, no Cordão do Bola Preta, o “Diploma de Sabedoria Nelson Mandela”, descrito na ocasião pela entidade concedente como uma espécie de titulação de “Preto Velho”.

Em 1º de julho de 2022, no âmbito das celebrações do Bicentenário da Independência do Brasil, e sendo um de seus mais empenhados colaboradores, recebeu a “Medalha Biblioteca Nacional – Ordem do Mérito do Livro”, sendo representado no ato pelo Pe. Stannly Cunha dos Santos.

 
Outorga da medalha do mérito "D. Pedro, o Libertador". 14 de setembro de 2022.

Ainda em 2022, logo após o lançamento do livro "Pedro I – Compositor Inesperado", foi condecorado com a medalha do mérito “D. Pedro, o Libertador”, do Conselho de Minerva da UFRJ, em solenidade no Outeiro da Glória.

Referências