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Portugal Portugal Vilar de Perdizes 
  Freguesia  
Símbolos
Brasão de armas de Vilar de Perdizes
Brasão de armas
Localização
Vilar de Perdizes está localizado em: Portugal Continental
Vilar de Perdizes
Localização de Vilar de Perdizes em Portugal
Coordenadas 41° 51' 16" N 7° 37' 59" O
Município Montalegre
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 25,56 km²
População total (2011) 460 hab.
Densidade 14,3 hab./km²
Outras informações
Orago São Miguel

A aldeia de Vilar de Perdizes (São Miguel) é uma freguesia portuguesa situada no concelho de Montalegre em Trás-os-Montes, junto à Serra do Larouco, fazendo fronteira com Espanha. Tem como freguesias vizinhas: Sarraquinhos, Meixide, Solveira e Santo André. Com uma área de 25,56km2 e cerca de 460 habitantes (2011). A sua densidade populacional é de 14.3 hab/km2.


População editar

História editar

O nome Vilar de Perdizes decompõe-se em duas partes: “Vilar” que advém do nome que designa uma vila agrária e “Perdizes” pelo facto de, nesta freguesia, esta espécie de animal ser bastante abundante. O povoamento desta aldeia recua até à época proto-histórica, ou seja, anterior ao povoamento romano. A paróquia de Vilar foi criada no século XII, englobando, também, Santo André, Solveira e Meixide. No entanto, em 1834, estas freguesias tornaram-se autónomas. Desde 1841, a aldeia de Vilar pertenceu ao concelho de Ervededo, até ao ano de 1853. Após este ano, passou a pertencer ao concelho de Montalegre até aos dias de hoje. Durante muitos anos, os habitantes de Vilar de Perdizes viveram do contrabando com as aldeias vizinhas espanholas. Passando, ilegalmente, pelas fronteiras, bens materiais que lhes permitissem a sua subsistência e alguma riqueza. As populações, afastadas de tudo, encontravam no contrabando uma forma de vida que lhes garantia o sustento, pois a agricultura tradicional não era suficiente. Assim, esta atividade era feita pelos membros que tivessem mais disponibilidade e que fossem mais audazes. Os produtos contrabandeados eram usados essencialmente para consumo próprio, embora por vezes se vendessem alguns na feira da vila de Montalegre. E, assim, esta aldeia, ficou conhecida como “a terra dos contrabandistas”.

Rota do contrabando editar

 
Fig.1 - Estátuas em homenagem ao contrabando

A Rota do Contrabando de Vilar de Perdizes tem 16,5 km de extensão, forma circular, nível de dificuldade médio e pode ser percorrido a pé ou de burro. Tem início e fim na aldeia de Vilar de Perdizes e um desvio para a aldeia galega de Videferre. O trajeto destina-se a relembrar os caminhos trilhados pelos contrabandistas até ao outro lado da fronteira. Desta forma, o visitante entre em contacto com a cultura local. A passagem para o outro lado da fronteira faz-se através de uma ponte de madeira sobre o rio, continuando-se depois por estradões até à aldeia de Videferre. Ao longo do percurso, podemos admirar diversos vestígios arqueológicos, onde são visíveis marcas da pré-história, do período romano e da época medieval (Penedo de Caparinho, Capela da Senhora das Neves e da Santa Marinha).

Personalidades editar

O Padre António Lourenço Fontes, foi a personalidade que mais marcou esta freguesia, e a projetou com o Congresso de Medicina Popular e das suas tradições locais.

Biografia do Padre Fontes editar

 
Fig.2 - Homenagem ao Padre Fontes

António Lourenço Fontes nasceu numa aldeia do Barroso em Montalegre chamada Cambeses do Rio, em 22 de fevereiro de 1940. Era filho de pai emigrado e tinha onze irmãos.

A sua juventude foi passada num seminário em Vila Real, em que ele descreve esse tempo como muito longo e que “deixa marcas vincadas como as negras batinas dos padres que por ali se moviam. Alguns poucos quase santos, outros, talvez a maior parte, mais que diabos". Em 1980, concluiu a licenciatura em História na Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Colaborou em várias obras, editou outras tantas e tem uma vasta colaboração em jornais e revistas regionais.

Exerceu funções de empregado e chefe pessoal nos Serviços Médico Sociais de Vila Real desde 1973 até 1990. Exerceu funções como Secretário na Câmara Municipal de Montalegre desde 1990 até 2000. Fundou e dirigiu o mensário de Notícias de Barroso desde 1971 até 2006 e depois reformou-se.

Foi pároco em várias freguesias do concelho de Montalegre e atualmente é pároco em Vilar de Perdizes, Meixide e Soutelinho da Raia. Fundou e é presidente do Centro Social Paroquial de Vilar de Perdizes, do qual dirige, juntamente com o centro de dia e cursos de formação: artesanato da lã e do linho (1986); Plantas aromáticas em 1998, apicultura (1985), de serigrafia, artes decorativas. Fez conferências por todo o país e no estrangeiro e organizou vários congressos internacionais de vários temas pelo qual ele é conhecido (religioso, medicina popular, etc.). Colabora permanentemente com a RTP, TVE, TVG e já participou em vários filmes da região e documentários para a BBC, TV da Holanda e França, UNESCO, etc. Em 2012 foi distinguido pelo Presidente da República com a Ordem de Mérito.

Padre Fontes sempre se mostrou muito interessado pelas tradições populares, lendas e medicina popular porque sabia que eram essas tradições pagãs que ajudavam o povo a lutar contra a vida árdua nos montes. E por isso ele participa em vários eventos populares para alertar as pessoas sobre bruxas, curandeiros e charlatães. Foi o padre Fontes quem fundou a tão conhecida “Sexta-feira 13” e, atualmente, o ponto alto continua a ser protagonizado por ele, a quem cabe fazer a tradicional queimada, uma bebida feita à base de aguardente, limão, maçã, canela e açúcar e que “esconjura todos os males”.

Património editar

Património religioso editar

Igreja Matriz de Vilar de Perdizes editar

 
Fig.3 - Igreja Matriz de Vilar de Perdizes

Este templo datado de 1200 terá sido fundado por um padre, um dos sete filhos da célebre Maria Mantela, de Chaves.

Diz a lenda que Maria Mantela teria difamado e maltratado uma pedinte com dois filhos gémeos pois, segunda a crença da época, uma mulher não podia ter dois ou mais filhos num só parto, a não ser que estes fossem filhos de pais diferentes. Como castigo, perante a sua atitude, Deus concedeu a Maria uma gravidez com sete filhos. Com receio por ser julgada e desrespeitada pelo marido, mandou uma criada lançar ao rio Tâmega seis dos seus sete filhos. A meio do caminho a criada é intercetada por Fernão Gralho, marido de Maria Mantela, que decide distribuir os recém-nascidos por seis amas, proibindo a criada de contar o sucedido à patroa. Sete anos depois, Fernão aproveita uma saída da esposa para juntar todos os seus filhos com roupas iguais. Quando Maria chega a casa é confrontada pelo marido e pedida para identificar o seu filho. Percebendo a lição, Maria cai a chorar nos braços do seu marido, que acaba por perdoa-la. Todos os seus filhos tornaram-se padres e cada um fundou uma igreja com invocação a santa Maria. Uma delas é a Igreja de Vilar de Perdizes. Na Igreja de Santa Maria Maior de Chaves, junto ao altar, um epitáfio dizia: “Aqui jaz Maria Mantela, com seus filhos à roda dela.”

Capela de Nossa Senhora das Neves editar

 
Fig.4 - Capela de Nossa Senhora das Neves

Trata-se de uma capela datada do ano 1600 e localiza-se no caminho dos peregrinos de Santiago de Compostela. Aquando a restauração da capela, foram encontrados escondidos atrás de um retábulo frescos datados de 1571. É possível reconhecer a imagem do Padre Eterno e a figuração do milagre da Nossa Senhora das Neves. A festa em Honra desta Santa realiza-se a 5 de Agosto.

Capela de Nossa Senhora da Saúde editar

A capela de Nossa Senhora da Saúde situa-se no meio da freguesia de Vilar de Perdizes, que na época, integrava também povos de Santo André e Solveira. Pode-se aceder por caminhos públicos e estava associada a cultos ancestrais por ser encruzilhada de caminhos e estar perto do Altar de Penascrita. Foi fundado em meados do século XVII pelo Reverendo Reitor Paulo de Araújo onde teria a sua sepultura e se celebrariam missas perpétuas todos os sábados. Por devoção pessoal, e não só, Paulo de Araújo escolheu a padroeira Nossa Senhora da Saúde. Nesse tempo era muito popular em Lisboa (associada à peste) e no Alentejo (associada à proteção de campos e gados) que eram locais de destino de muitos dos seus paroquianos. Celebra-se a maior festa do terceiro domingo de junho em homenagem a Nossa Senhora da Saúde, pelos povos galegos.

Capela de Santa Marinha editar

 
Fig.5 - Capela de Santa Marinha

Pequena capela situada num local despovoado, onde todos os anos se realiza a Festa de Santa Marinha, no 3º domingo do mês de setembro. É celebrada a missa e procissão com andores e, por volta da hora do almoço, faz-se uma grande merenda com animação que se estende pela noite fora.


Património arqueológico editar

Vilar de Perdizes é, sem dúvida, das freguesias do concelho de Montalegre com maior diversidade de vestígios arqueológicos. Aqui podemos visitar e apreciar diversos locais de interesse histórico. Temos presente os períodos: pré-histórico e romano.

Paço (Solar do Morgado) editar

 
Fig.6 - Paço (Solar do Morgado)

O Paço ou Solar do Morgado, situado em Vilar de Perdizes, é uma instituição de grande valor histórico que remonta para o século XVI, sofrendo algumas alterações no século XVIII. É um morgadio privado constituído por uma pousada, uma capela, uma botica ou farmácia e um hospital para os peregrinos que rumavam em direção a Santiago de Compostela. Foi esta uma das principais razões para a sua criação, apoiar os peregrinos. A capela tem um altar em talha dourada no interior e encontra-se em risco de cair. E o hospital, que também se encontra em ruínas, pode-se ler gravado na pedra “per agazalho dos romeiros de Santiago”. Este paço foi construído pelo abade António de Sousa, fidalgo da Casa do Duque de Bragança. Mas para além disso, este paço também tinha uma função militar e devia estar a serviço do rei, sofrendo vários ataques militares, alguns deles bastantes destrutivos, daí necessitar de reconstruções. O Paço de Vilar de Perdizes tem traços de arquitetura barroca, chão de madeira e paredes de granito. O seu proprietário, Alexandre Moniz de Bettencourt, é descendente de António de Sousa Pereira Coutinho, o último morgado do paço. Constitui um dos poucos, senão único, morgadio em Portugal que se sabe ter sido instruído por comenda pontifícia, reconhecido pelo papa Paulo VI.

Altar de Penascrita editar

 
Fig.7 - Altar de Penascrita

Em 1970 durante o rompimento da estrada que liga Vilar de Perdizes a Chaves para além de terem sido encontradas duas aras romanas dedicas aos deuses Júpiter e Larouco, foi descoberto um altar rupestre romano, denominado o Altar de Penascrita. É possível observar na superfície deste afloramento granítico uma cavidade retangular e numa das suas faces uma inscrição dedicada ao deus Larouco. Pensa-se tratar-se de um santuário dedicado a este mesmo.

Em relação às aras encontradas, a ara dedicada a Júpiter encontra-se no Ecomuseu de Montalegre, já a do deus Larouco no museu dos Jerónimos em Lisboa.

Olas de Santa Marinha editar

Olas de Santa Marinha As Olas de Santa Marinha são formações rochosas circulares, cavadas pelas águas ao longo dos séculos que criam uma passagem por cima do rio Assureira e pelo interior de enormes rochas. Encontram-se na jusante de Santa Marinha e são muitos os aventureiros que as procuram e espeleólogos que procuram estudar cavidades naturais e subterrâneas. Este local tem também um passadiço que permite que os visitantes passem de um lado ao outro. É um passadiço que se encontra na rota do contrabando no final das olas e que permite o acesso a Galiza.

Castro da Mina editar

Povoado fortificado castrejo, localizado sobre a margem esquerda do rio Açoreira, elevando-se a uma altitude máxima de 736 metros. Possui duas imponentes muralhas concêntricas, complementando a defesa com um fosso escavado na rocha e com um torreão. Do lado Este, verifica-se ainda uma das entradas na segunda linha de muralha, com cerca de 2,70 metros de largura. As muralhas são construídas em aparelho pseudoisódomo, observando-se em alguns troços ambas as faces. No interior do recinto, à superfície, foram encontrados fragmentos de cerâmica doméstica castreja. Devido à ausência de material datável de época posterior, acredita-se que este povoado foi abandonado ainda durante a Idade do Ferro. Segundo os populares, no castro existe uma mina que conduz ao rio.

Penedo dos Rameseiros editar

 
Fig.8 - Penedo do Rameseiros

A cerca de 1km da aldeia de Vilar, perto da propriedade do Remeseiros e no meio de Giestas, encontra-se o Penedo de Rameseiros, um penedo granítico com uma inscrição em Latim com cento e cinquenta letras distribuída por cinco linhas. Várias tem sido as interpretações e transcrições desta inscrição, há autores que acreditam na ideia de local de culto, outros acreditam num pacto de arrendamento em época romana.

Penedo do Caparinho editar

 
Fig.9 - Penedo do Caparinho

O Penedo do Caparinho, atualmente rebatizado por Penedo do Matrimónio, está situado a cerca de 3 km de Vilar de Perdizes e foi descoberto por um pescador local em 1985. Nesse penedo estão representadas gravuras rupestres de uma figura feminina e uma figura masculina, ajoelhadas, com os braços erguidos e mãos grandes e também com os seus órgãos genitais expostos. Estas gravuras foram interpretadas como rituais associados à fertilidade e com conotação simbólica pré-histórica. À volta do penedo também se podem encontrar outras rochas gravadas utilizadas para vários fins. Uma rocha corresponde a um afloramento granítico onde foram feitas várias covinhas de várias dimensões e tamanhos. Outra foi usada para matéria de construção num muro, e outra encontra-se num muro de propriedade e parecem ser duas estelas.

Pegadas da burrinha de Nossa Senhora editar

 
Fig.10 - Pegadas da burrinha de Nossa Senhora

Junto a um caminho que conecta a aldeia de Vilar de Perdizes à ponte de Santo André, localizado a 500 metros da igreja de Vilar, estão identificadas um conjunto de gravuras rupestres com motivos quadrangulares com cruz centrada, cruciformes e outras em forma de ferraduras. Este conjunto está gravado “na face horizontal de um afloramento granítico e em dois monólitos colocados sobre o mesmo”. A disposição destas gravuras alterou-se ao longo dos anos pois sabia.se que estavam colocados em forma de um pequeno forno designado por “Forninho de Nossa Senhora”. Não se sabe ao certo o porquê destas gravuras, mas pensa-se que poderão ter sido gravadas para marcar território, para fazer rituais ou até mesmo por motivos lúdicos. Mas a maior parte das interpretações releva para a época medieval ou moderna, em que as gravuras serviam para marcas territoriais e podem ter sido gravadas em épocas diferentes.


Património natural editar

Em Vilar de Perdizes, sobressaem na paisagem as áreas de cereais de sequeiro, matos, bosques, soutos e vinhais. Mais próximos da aldeia, encontram-se os lameiros e as tradicionais hortas com os seus muros, bons nichos ecológicos para a fauna. É possível observar aves como o pega-rabuda (também designado por “pica pica”), o tartaranhão-caçador ou a petinha-das-árvores. Nas hortas e pastagens são frequentes mamíferos como a doninha e anfíbios como o sapo-comum, provavelmente, presa da maior espécie de cobra do país, a cobra-rateira.


Património cultural editar

  • Rancho Folclórico e Etnográfico de Vilar de Perdizes
  • Museu Etnográfico – Aqui podem-se ver objetos relativos à riqueza das tradições locais.

Atividades Culturais editar

  • Auto da Paixão, realiza-se ao vivo com pessoas da aldeia que interpretam as personagens da Paixão de Cristo.
  • Congresso Medicinal Popular

O Congresso de Medicina Popular, na aldeia de Vilar de Perdizes, junta curandeiros, bruxos, cartomantes e videntes, fornecendo aos visitantes sessões de tarot, cartomancia, astrologia, massagens, fotografias da aura e ervas para os males do corpo e da alma.

Impulsionado pelo Padre Fontes, nasceu após este ter terminado o livro “Crenças e Tradições de Barroso”, tendo baseado grande parte do seu conteúdo na magia, superstição e curandeiros da aldeia de Tourém. Quando se apercebeu que esta cultura se estava a perder para a ciência, decidiu fazer algo para o contrariar e, em 1983, realizou-se o primeiro Congresso, que se revelou um êxito e foi alvo de aclamações e pedidos de repetição pelos visitantes.

Os congressos atraem, também, investigadores, especialistas de medicinas alternativas e doenças da mente e do espírito, que debatem temas como o exorcismo, tanatologia (estudo científico da morte), reumatismo, ataques de pânico, medicinas alternativas e novas plantas medicinais.

Aliado ao interesse que este assunto suscita, por trás da realização dos congressos, está, também, a intenção de dar a conhecer Vilar de Perdizes e as suas potencialidades turísticas, culturais, paisagísticas e gastronómicas. É um evento importante para o desenvolvimento da aldeia, cujo sucesso reside, segundo o Padre Fontes, “no facto de abordar temas relacionados com o oculto e o místico, condenáveis pela igreja, ciência e poder, porque o desconhecido atrai gente”.

Numa aldeia onde “há médico duas vezes por semana”, a medicina popular é de extrema importância e bastante vincada entre os costumes da sua população. O Padre Fontes afirma que o Congresso é “uma escola aberta a toda a mentira e toda a verdade”, misturando o sagrado com o profano, o religioso com o mítico, explorando o mundo oculto, onde, mesmo lutando contra o pedido do Bispo de Vila Real de se acabar com este evento, se pretende confrontar ideias, formas de estar, conhecimentos e tradições.

Festas e romarias editar

  • Festa de São Miguel - 28 de setembro.
  • Festa de Nossa Senhora de Fátima - 13 de maio.
  • Festa de Nossa Senhora da Saúde - 3º. domingo de junho.
  • Festa de Nossa Senhora das Neves - 5 de agosto.
  • Festa de Santa Marinha - 3º. domingo de setembro.
  • Festa de Santo António - 13 de junho.
  • Festa de S. Pedro – 29 de junho.
  • Feira Mensal - 1º sábado de cada mês.

Pratos típicos editar

Petiscos variados, entradas à base de presunto e chouriço regional, caldo de feijão, cabrito barrosão assado no forno.

Galeria editar

Ligações Externas editar