Ástato
Esta página cita fontes confiáveis, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Agosto de 2014) |
O ástato (também conhecido como astatínio) é um elemento químico de símbolo At e de número atômico igual a 85 (85 prótons e 85 elétrons), com massa atômica de aproximadamente [210] u. É encontrado no Grupo 17 ou VIIA da classificação periódica dos elementos. À temperatura ambiente, o ástato encontra-se no estado sólido. Há atualmente cerca de 31 gramas de ástato na Terra, sendo assim o elemento mais raro de que se tem notícia.
Foi sintetizado pela primeira vez em 1940 por Dale R. Corson, Kenneth Ross MacKenzie, e Emilio Gino Segrè.
Características principaisEditar
Este elemento altamente radioativo comporta-se quimicamente como os demais halogênios, especialmente como o iodo. O ástato tem caráter mais metálico que o iodo. Pesquisadores do Laboratório Nacional de Brookhaven identificaram as reações e as medidas elementares que envolvem o ástato. A maioria das características do ástato são conhecidos através dos seus isótopos sintéticos.
É o elemento mais pesado entre todos os halogênios, e apresenta cinco estados de oxidação: +7. +5, +3, +1 e -1. Forma compostos com outros halogênios, tais como, AtCl e AtI.
AplicaçõesEditar
O ástato tem importância somente no campo teórico e não é conhecida aplicação prática deste elemento, provavelmente por ele ser tão radioativo que vaporiza a si mesmo quando ajuntado em uma quantia apreciável.[1]
HistóriaEditar
O ástato (do grego "astatos", que significa "instável") foi primeiramente sintetizado em 1940 por Dale R. Corson, K. R. MacKenzie, e Emilio Gino Segre na Universidade da Califórnia, Berkeley, Estados Unidos, bombardeando o bismuto com partículas alfa.[2]
Ocorrência e obtençãoEditar
O ástato só existe na crosta terrestre como isótopos radioativos. A quantidade total de ástato na crosta terrestre é estimada em menos de 32 gramas, sendo considerado o elemento mais raro do mundo.[1] É encontrado em minerais de urânio e tório, porém em quantidades muito pequenas (traços). É resultante do lento decaimento do urânio e do tório, por pertencer a série radioativa destes elementos.
Os poucos microgramas de ástato sintéticos foram produzidos pelo bombardeamento do bismuto com partículas alfa de alta energia.
IsótoposEditar
Os isótopos do ástato (ou astatínio) variam do 191At ao 223At, e todos são radioativos. O isótopo de mais longa meia-vida é o 210At cuja meia-vida é de somente 8,1 horas. O de menor vida é o isótopo 213At com uma meia-vida de 125 nanossegundos.
PrecauçõesEditar
Por ser altamente radioativo deve ser manuseado, apenas, nas investigações científicas e em condições especiais. A quantidade de ástato na natureza é tão pequena que não oferece risco a saúde humana. Entretanto, quando injetado em animais, por ser um halogênio instala-se na glândula tiroide do mesmo modo que o iodo. Há indicações que seja altamente cancerígeno.
Referências
- ↑ a b Carlos Eduardo Ferreira (13 de julho de 2013). «Qual é a substância química mais rara do universo?». megacurioso.com. Consultado em 15/01/2017.
- ↑ Hans-Jürgen, Quadbeck-Seeger (2008). World of the Elements: Elements of the World. Hoboken, NJ: John Wiley & Sons. p. 74