Cemitério de Agramonte
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O Cemitério de Agramonte é um cemitério da cidade do Porto, em Portugal.
História
editarFoi inaugurado em 1855, na zona ocidental da cidade. A capela do cemitério foi construída entre 1870 e 1874, projetada pelo engenheiro Gustavo Adolfo Gonçalves, e ampliada em 1906 pelo arquiteto José Marques da Silva. Neste cemitério, a exemplo do que acontece no Cemitério do Prado do Repouso, coexistem os cemitérios privativos de três Ordens Religiosas: Ordem do Carmo, de São Francisco e da Trindade. Os frescos em estilo bizantino foram obra do pintor italiano Silvestro Silvestri, em 1910.
No cemitério estão sepultadas diversas personalidades, como o Conde de Ferreira, o escultor Henrique Moreira, o arqueólogo António Augusto da Rocha Peixoto, a violoncelista Guilhermina Suggia e o cineasta Manoel de Oliveira. As sepulturas, com obras de António Soares dos Reis e António Teixeira Lopes, são uma coleção representativa do trabalho escultural português.[1]
Personalidades
editar- Aarão de Lacerda (1890-1947), escritor;
- Abigail de Paiva Cruz (1883-1944), pintora, escultora e ativista;
- Agostinho de Campos (1870-1944), escritor, jornalista e professor;
- Antero de Figueiredo (1866-1953), escritor;
- António Augusto da Rocha Peixoto (1866-1909), arqueólogo e etnólogo;
- António Carneiro (1872-1930), pintor, poeta e professor;
- António Nicolau d'Almeida (1873-1948), fundador do FC Porto;
- António Patrício (1878-1930), escritor e diplomata;
- Arménio Taveira Losa (1908-1988), arquiteto;
- Artur de Magalhães Basto (1894-1960), professor e historiador;
- Augusto de Castro (1883-1971), advogado, jornalista, diplomata e político;
- Berta Alves de Sousa (1906-1997), pianista e compositora;
- Carolina Michaëlis (1851-1925), escritora e professora;
- Clara de Resende (1855-1933), pintora;
- Cláudio Carneyro (1895-1963), compositor;
- Conde da Trindade (1805-1890), nobre;
- Diogo José Cabral (1864-1923), empresário, político e filantropo;
- Dominguez Alvarez (1906-1942), pintor;
- Edgar Cardoso (1913-2000), engenheiro civil;
- Emília Eduarda (1843-1908), atriz, poetisa, dramaturga, escritora e publicista;
- Emílio Biel (1838-1915), empresário e fotógrafo;
- Fernando Cabral (1928-2008), político;
- Ferrer Loureiro (1930-1994), empresário, político e engenheiro;
- Francisco da Silva Gouveia (1872-1951), escultor;
- Francisco José Resende (1825-1893), pintor, escultor e professor;
- Francisco Pinto Bessa (1821-1878), político;
- Gonçalo Sampaio (1865-1937), professor, antropólogo e botânico;
- Guilherme Braga (1845-1874), poeta;
- Guilhermina Suggia (1885-1950), violoncelista;
- Helena Balsemão (1850-1903), atriz;
- Helena Sá e Costa (1913-2006), pianista e professora;
- Henrique Moreira (1890-1979), escultor;
- Jaime Isidoro (1924-2009), pintor;
- Joaquim Ferreira dos Santos (1782-1866), empresário, comerciante e filantropo;
- José Frutuoso Aires de Gouveia Osório (1827-1887), médico e político;
- José Guilherme Pacheco (1821-1889), advogado e político;
- José Sardinha (1845-1906), arquiteto;
- Júlio Dinis (1839-1871), escritor e médico;
- Lino Henrique Bento de Sousa (1857-1921), comerciante e filantropo;
- Luís Costa (1879-1960), compositor, pianista e pedagogo;
- Madalena Sotto (1916-2016), atriz;
- Manoel de Oliveira (1908-2015), cineasta;
- Manuel Joaquim Alves Machado (1822-1915), empresário e filantropo;
- Miguel Ângelo Pereira (1843-1901), compositor e pianista;
- Miguel Veiga (1936-2016), advogado e político;
- Nicolau Medina Ribas (1832-1900), compositor e violinista;
- Pedro Blanco López (1883-1919), compositor, pianista e professor;
- Pedro de Oliveira (1823-1883), arquiteto;
- Ricardo Jorge (1858-1939), médico, investigador, higienista, professor e escritor pioneiro na Saúde Pública;
- Tomásia Veloso (1864-1888), atriz de teatro e cantora lírica;
Memorial às vítimas do Teatro Baquet
editarEm memória das vítimas do incêndio no Teatro Baquet em 1888, construiu-se no Cemitério de Agramonte um mausoléu memorial. Trata-se de uma gigantesca arca com materiais pertencentes ao próprio edifício do Teatro Baquet, pedaços de ferro torcidos pelo fogo e uma enorme coroa de martírios também em ferro, simbolizando a morte das cerca de 120 vítimas.[2]
Referências
- ↑ «Cemitério de Agramonte - Cemitérios - Câmara Municipal do Porto». www.cm-porto.pt. Consultado em 31 de janeiro de 2021
- ↑ «Tragédia do Teatro Baquet é lembrada em concerto no Cemitério de Agramonte»