Claudemir Vítor
Claudemir Vítor Marques, mais conhecido como Vítor (Mogi Guaçu, 28 de setembro de 1972), é um ex-futebolista brasileiro.[1] É um dos jogadores brasileiros que participaram de mais conquistas de Libertadores, com três, defendendo São Paulo, Cruzeiro e Vasco[2] — ele não estava inscrito na edição de 1992[3][4], embora já fizesse parte do elenco profissional.
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Claudemir Vítor Marques | |
Data de nascimento | 28 de setembro de 1972 (52 anos) | |
Local de nascimento | Mogi Guaçu, São Paulo, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Altura | 1,77 m | |
Pé | destro | |
Informações profissionais | ||
Posição | lateral-direito | |
Clubes de juventude | ||
–1990 |
Guarani Ponte Preta São Paulo | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1990–1993 1993 1994 1995 1996–1997 1998 2000–2001 2002 2002 2003 2003–2004 2004 2005 2006 2007 2009 |
São Paulo Real Madrid São Paulo Corinthians Cruzeiro → Vasco da Gama (emp.) Botafogo Kocaelispor Inter de Limeira Osasco FC Ceará Mogi Mirim Juventus-SP Inter de Limeira Primavera Guaçuano |
50 (2) 79 (1) 40 (2) | 143 (3)
Seleção nacional | ||
1992–1993 | Brasil | 2 (0) |
A principal característica de Vítor era sua velocidade.[5] Ele surgiu no São Paulo pouco depois de Cafu, também lateral-direito. Com dois jovens promissores para a mesma posição, Cafu acabaria deslocado para a meia direita.[5] Vítor marcou um dos cinco gols são-paulinos na goleada por 5 a 1 sobre a Universidad Católica, do Chile, na primeira partida da decisão da Libertadores de 1993. Essa época coincidiu com uma grande fase em sua carreira, incluindo suas duas única partidas com a camisa da seleção brasileira, em novembro de 1992, contra a Polônia, e em março de 1993, contra o Uruguai.
Pouco depois foi emprestado ao Real Madrid, que só o teria aceitado por não conseguir trazer Cafu. Anos mais tarde, a imprensa que cobre o clube madridista consideraria Vítor a quinta pior contratação da história do clube.[2] O próprio Vítor admite que não passou por boa fase na Espanha. Em entrevista ao Uol Esporte em 2011 declarou: "Eu estava muito bem no São Paulo e fui para o Real. Cheguei lá no início da temporada deles. Colocaram-me para fazer só treino físico. Mas eu já estava voando. Isso me prejudicou. Eu entendo que foi o momento errado de ir para o Real. Fiz poucos jogos, sofri lesão e praticamente não teve ninguém para me tratar. Me recordo de fazer sozinho exercício de recuperação na academia sem nenhum médico do clube por perto. O Cerezo tinha até me aconselhado: 'Fica até o fim do ano no São Paulo e vai para o Real só depois.' Mas não me arrependo. Foi muito positivo para mim."[2]
Menos de seis meses depois estava de volta ao Morumbi, onde disputou a temporada de 1994, mas no início do ano seguinte foi emprestado ao Corinthians, onde foi saudado por causa da semelhança física com o ex-lateral-direito corintiano Zé Maria.[6] No Parque São Jorge conquistou os títulos paulista e da Copa do Brasil daquele ano.[6] De lá foi para o Cruzeiro, onde sagrou-se campeão da Libertadores de 1997. No ano seguinte, em novo clube, o Vasco, novamente foi campeão da Libertadores. Ficou marcado com a torcida vascaína pelo drible que levou de Raúl, do Real Madrid, no lance gol que deu aos espanhóis o título da Copa Intercontinental. Acabou voltando ao Cruzeiro na temporada seguinte.
Depois de uma passagem pelo Botafogo em 2000 e de uma temporada no Kocaelispor, da Turquia, nos seus últimos anos de carreira Vítor atuou em times menores, como Inter de Limeira, Osasco FC, Ceará, Mogi Mirim, Juventus-SP e Primavera. Seu último clube foi o Guaçuano, equipe de sua cidade natal, onde encerrou sua carreira, em 2010, quando seu contrato não foi renovado.
Depois de parar de jogar, Vítor passou a trabalhar em projetos sociais voltados a crianças carentes da cidade de Artur Nogueira, no interior do estado de São Paulo.[7]
Títulos
editar- São Paulo[4]
- Campeonato Paulista: 1991[8] e 1992[9]
- Campeonato Brasileiro: 1991
- Libertadores: 1993
- Campeão Mundial Interclubes: 1992
- Recopa Sul-Americana: 1994
- Copa Conmebol: 1994
- Corinthians
- Cruzeiro
- Vasco da Gama
Referências
- ↑ - Perfil do ex-lateral Vítor[ligação inativa]
- ↑ a b c Bruno Thadeu (22 de agosto de 2011). «Ex-lateral Vitor recorda briga com Tonhão e diz ter ido ao Real Madrid em fase errada». Uol Esporte. Consultado em 22 de agosto de 2011
- ↑ «S. Paulo, favorito, teme surpresa no Equador». São Paulo: S.A. O Estado de S. Paulo. O Estado de S. Paulo: Esportes, p. 1. 3 de junho de 1992
- ↑ a b Michael Serra (23 de dezembro de 2014). «Ranking histórico: Todos os campeões». São Paulo F.C. Consultado em 26 de dezembro de 2014
- ↑ a b Alexandre da Costa (2005). Almanaque do São Paulo Placar. [S.l.]: Editora Abril. 450 páginas
- ↑ a b Celso Dario Unzelte (2005). Almanaque do Corinthians Placar. [S.l.]: Editora Abril. 726 páginas
- ↑ - Que fim levou? - Vítor (ex-lateral de São Paulo, Vasco, Cruzeiro e Corinthians[ligação inativa]
- ↑ Teixeira, Iuri Furtado Medeiros (15 de dezembro de 2021). «São Paulo celebra 30 anos da conquista do Campeonato Paulista de 1991». Gazeta Esportiva. Consultado em 29 de março de 2024
- ↑ «São Paulo: Torcedores relembram bicampeonato paulista de 1992». R7.com. 3 de abril de 2022. Consultado em 29 de março de 2024
- ↑ Lacerda, Victor Augusto Boni (6 de agosto de 2020). «Há 25 anos, Corinthians conquistava o Campeonato Paulista na despedida de Viola». Gazeta Esportiva. Consultado em 6 de abril de 2024
Ligações externas
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