Jesualdo Cavalcanti

político brasileiro
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Jesualdo Cavalcanti Barros (Corrente, 18 de fevereiro de 1940Teresina, 22 de fevereiro de 2019) foi um escritor e político brasileiro que representou o Piauí na Câmara dos Deputados.[1]

Jesualdo Cavalcanti
Jesualdo Cavalcanti
Jesualdo Cavalcanti
Deputado federal pelo Piauí
Período 1987-1991
Deputado estadual pelo Piauí
Período 1979-1987
1991-1994
Presidente da Assembleia Legislativa do Piauí
Período 1991-1993
Antecessor(a) Kleber Eulálio
Sucessor(a) Sebastião Leal
Prefeito de Corrente
Período 2013-2017
Antecessor(a) Benigno Ribeiro de Souza Filho
Sucessor(a) Gladson Murilo Mascarenhas Ribeiro
Vereador de Teresina
Período 1963-1964
Dados pessoais
Nascimento 18 de fevereiro de 1940
Corrente, PI
Morte 22 de fevereiro de 2019 (79 anos)
Teresina, PI
Partido PTB, ARENA, PDS, PFL
Profissão escritor

Dados biográficos editar

Filho de Sebastião de Souza Barros e Iracema Cavalcante Barros, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na Faculdade de Direito do Piauí (Teresina, 1966), tendo, ainda, cursos de pós-graduação em Administração de Empresas (1967) e Direito Público (1978). Fundou e dirigiu um escritório de consultoria e planejamento de administração municipal em Teresina (1967/1979). Integrou o conselho seccional piauiense da Ordem dos Advogados do Brasil, tendo exercido o cargo de primeiro secretário de sua diretoria (1976/1978).

Aposentou-se voluntariamente em março de 2002, para dedicar-se a pesquisas sobre a história do Piauí e ao Centro de Estudos e Debates do Gurguéia — Cedeg —, entidade voltada para a discussão em torno da criação do estado do Gurguéia.

Carreira política editar

Participou ativamente da política estudantil dos anos 1950 e 1960, quando presidiu por duas vezes o Grêmio Lítero-Cultural Desembargador Arimatéa Tito (Liceu Piauiense) e a União Piauiense dos Estudantes Secundários, bem como a vice-presidência da União Brasileira dos Estudantes Secundários. Presidiu também o Centro de Estudos da Mocidade Idealista do Piauí, que reunia jovens de sua geração em torno da discussão dos problemas do Piauí e do Brasil.

Ingressou na política partidária ao eleger-se vereador de Teresina pelo PTB em 1962, perdendo o mandato em 1964 com a eclosão do movimento militar de 1964 quando liderava a bancada de seu partido. Após dez anos recuperou os direitos políticos e filiou-se à ARENA sendo eleito suplente de deputado estadual em 1974 e ocupou o cargo de subsecretário de Indústria e Comércio no governo Dirceu Arcoverde. Eleito deputado estadual em 1978, ingressou no PDS sendo reeleito em 1982; afastou-se, porém, do mandato para exercer os cargos de secretário de Cultura e presidente da Fundação Cultural do Piauí no primeiro governo Hugo Napoleão, a quem seguiu na filiação ao PFL.[2][nota 1][nota 2]

Eleito deputado federal em 1986, foi signatário da Constituição de 1988 e em 1990 conquistou seu terceiro mandato de deputado estadual.[2][3] Exerceu a presidência da Assembléia Legislativa no biênio 1991/1993 assumindo o governo do estado no período de 8 a 12 de fevereiro de 1993 na administração Freitas Neto. Na sua gestão foi construído o terceiro pavimento do Palácio Petrônio Portela, tendo a assembleia passado por ampla modernização administrativa, inclusive com a implantação do Centro de Processamento de Dados.

Integrou o diretório nacional do PFL e presidiu seu diretório regional no Piauí (1990/1991), tendo sido um dos delegados à convenção nacional. Candidato a prefeito de Teresina em 1992, não passou do primeiro turno num pleito vencido pelo professor Wall Ferraz. Não concluiu seu derradeiro mandato parlamentar em razão de sua renúncia para assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, corte da qual foi presidente.[4]

Liderou a criação da Fundação de Ensino Superior do Sul do Piauí, no extremo sul do Estado, conseguindo recursos federais para a construção e equipamento do respectivo prédio, de que resultaram a instalação do campus avançado Jesualdo Cavalcanti (UESPI) e o funcionamento de cursos superiores em Corrente.

Retornou à vida política ao ser eleito prefeito de Corrente pelo PTB em 2012. Faleceu na capital piauiense em 2019 em razão de complicações na luta contra o câncer.[4]

Atividade como escritor e vida pessoal editar

É autor dos livros Tempo de Cultura (1985), O Estado do Gurguéia e outros temas (1995), Notícia do Gurguéia (2002), Tempo de Tribunal (2003), Memória dos Confins (1ª edição 2005, 2ª edição 2007), Tempo de Contar (2006), Dicionário Enciclopédico do Gurguéia (2008) e Gurgueia: Espaço, Tempo e Sociedade (2009). Eleito para a Academia Piauiense de Letras, tomou posse na cadeira número três no dia 6 de agosto de 2010.

Era casado com a professora Maria do Socorro Rocha Cavalcanti Barros e teve três filhos.

Notas

  1. Dirceu Arcoverde governou o Piauí entre 15 de março de 1975 e 14 de agosto de 1978.
  2. O primeiro governo Hugo Napoleão durou entre 15 de março de 1983 e 14 de maio de 1986.

Referências

Ligações externas editar