Freitas Neto

economista e político do Piauí

Antônio de Almendra Freitas Neto, ou apenas Freitas Neto, (Teresina, 13 de março de 1947) é um economista e político brasileiro filiado ao PSDB. Começou sua carreira como deputado estadual, foi governador do Piauí e ministro extraordinário das Reformas Institucionais.[1]

Freitas Neto
Freitas Neto
Ministro Extraordinário das Reformas Institucionais
Período 6 de abril de 1998
1º de janeiro de 1999
Presidente Fernando Henrique Cardoso
44.º Governador do Piauí
Período 15 de março de 1991
30 de março de 1994
Vice-governador Guilherme Melo
Antecessor(a) Alberto Silva
Sucessor(a) Guilherme Melo
Deputado federal pelo Piauí
Período 1983-1987
Senador pelo Piauí
Período 1º de fevereiro de 1995
1º de fevereiro de 2003
Deputado estadual pelo Piauí
Período 1975-1983
Presidente da Assembleia Legislativa do Piauí
Período 1977-1979
Antecessor(a) Bona Medeiros
Sucessor(a) Afrânio Nunes
45.º Prefeito de Teresina
Período 21 de março de 1983
1º de janeiro de 1986
Antecessor(a) Jesus Tajra
Sucessor(a) Wall Ferraz
Dados pessoais
Nome completo Antônio de Almendra Freitas Neto
Nascimento 13 de março de 1947 (78 anos)
Teresina, PI
Cônjuge Carlota Freitas (divorciados)
Cristina Miranda (atual)
Partido ARENA (1970-1979)
PDS (1980-1985)
PFL (1985-2001)
PSDB (desde 2001)
Profissão economista
Assinatura Assinatura de Freitas Neto

Dados biográficos

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Formação acadêmica

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Filho de Odilon Carvalho de Almendra Freitas e Maria Lídia Camarço de Almendra Freitas. Economista formado na Universidade Mackenzie de São Paulo, iniciou sua vida pública como sexto suplente de deputado estadual pela ARENA em 1970, ingressando no serviço público nos quadros do Fomento Industrial do Piauí (FOMINPI) em janeiro de 1971 e nomeado em junho desse ano diretor comercial da AGESPISA (Águas e Esgotos do Piauí S/A) no primeiro governo Alberto Silva. Em 1973 cursou gerência geral e financeira no Instituto Superior de Estudos Contábeis (ISEC) da Fundação Getulio Vargas no Rio de Janeiro.[2][3][4]

Carreira política

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Eleito deputado estadual via ARENA em 1974 e 1978, presidiu a Assembléia Legislativa do Piauí entre 1977 e 1979, durante os governos de Dirceu Arcoverde e Djalma Veloso.[5][nota 1] Secretário de Governo de Lucídio Portela, foi eleito deputado federal pelo PDS em 1982, porém licenciou-se mediante sua nomeação para prefeito de Teresina no primeiro governo Hugo Napoleão, a quem seguiu quando da fundação do PFL.[6][nota 2] Em 1986 foi candidato a governador do Piauí, mas perdeu para Alberto Silva.[7][nota 3] Em 1987 foi nomeado presidente da TELEPISA (Telecomunicações do Piauí S/A) pelo ministro das Comunicações, Antônio Carlos Magalhães, e a seguir foi eleito presidente do diretório estadual do PFL no Piauí.[3]

 
Estatuto do Servidor Público do Piauí, sancionado no governo Freitas Neto para adequar à Constituição brasileira de 1988 e à Constituição do Piauí. É inspirado na lei federal n.º 8.112/1990.
 
Placa de reforma do Arquivo Público do Estado do Piauí no governo de Freitas Neto.

Em 1990 foi eleito governador do Piauí pela Frente de Recuperação do Piauí, quando derrotou em segundo turno o professor Wall Ferraz.[8] Em 1994 foi eleito senador,[9] licenciando-se em 1998 para assumir o cargo de ministro extraordinário das Reformas Institucionais a convite do presidente Fernando Henrique Cardoso.[10][nota 4] Em 2001 ingressou no PSDB levando consigo seu grupo político chegando à presidência do diretório estadual. Foi candidato a senador em 2002 e 2006 sem lograr êxito. Em 19 de março de 2007 foi nomeado secretário de Planejamento de Teresina pelo prefeito Silvio Mendes. Retornou ao cargo de secretário de Governo em 2014 a convite do governador Moraes Souza Filho.[11]

Em seu governo foi sancionada a nova lei do patrimônio histórico e cultural do Piauí, publicada no Diário Oficial do Estado do Piauí em 13 de novembro de 1992.[12][13] Eleito presidente do conselho deliberativo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) Piauí em novembro de 2018, tomou posse em janeiro do ano seguinte.[14][15]

Família

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Seu pai, Odilon Freitas, foi eleito deputado estadual em 1962 e 1966 e seu primo, Robert Freitas, foi eleito deputado estadual em 1986, 1990, 1994 e 1998 e prefeito do município de José de Freitas em 2004 e 2008. É primo também de Hugo Napoleão e Átila Lira, este último eleito deputado federal em 1986, 1990, 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018.[16][2]

Notas

  1. Sobre a mesa diretora da Assembleia Legislativa do Piauí, KRUEL (2006, p. 480) informa que Freitas Neto presidiu a casa tendo Carvalho e Silva como primeiro vice-presidente, Francisco Figueiredo segundo vice-presidente, Afrânio Nunes primeiro secretário, Juarez Tapety segundo secretário, Wilson Parente terceiro secretário e Carlos Augusto quarto secretário.
  2. Durante a passagem de Freitas Neto pela prefeitura de Teresina, Celso Barros foi convocado para exercer o mandato parlamentar, mas como este foi efetivado após a morte de Milton Brandão, a cadeira aberta pela licença de Freitas Neto foi destinada a Adalberto Correia Lima.
  3. Ressalte-se que, mesmo vencido, o PFL preencheu metade das vagas em disputa para o Senado Federal e para a Câmara dos Deputados e ocupou 16 das 30 cadeiras na Assembleia Legislativa. Nas eleições municipais de 1988 elegeu o maior número de prefeitos e vereadores em todo o estado, pavimentando assim o caminho para uma nova investida rumo ao Palácio de Karnak, sede do executivo piauiense.
  4. Durante a passagem de Freitas Neto pelo Ministério Extraordinário das Reformas Institucionais, Elói Portela foi convocado a exercer o mandato de senador.

Referências

  1. FHC dá posse ao ministro da Reforma Institucional http://www1.folha.uol.com.br/fol/pol/ult160498016.htm
  2. a b BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Freitas Neto no CPDOC». Consultado em 4 de agosto de 2022 
  3. a b SANTOS, José Lopes dos. Política e Outros Temas. Teresina: Gráfica Mendes, 1991. v. II
  4. BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições 1945 a 1992». Consultado em 24 de janeiro de 2024 
  5. KRUEL, Kenard (2006). Djalma Veloso - o político e sua época. 1 ed. Teresina: Zodíaco. 746 páginas.
  6. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Freitas Neto». Consultado em 4 de agosto de 2022 
  7. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais – 1986». Consultado em 4 de agosto de 2022 
  8. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais – 1990». Consultado em 4 de agosto de 2022 
  9. BRASIL. Senado Federal. «Biografia do senador Freitas Neto». Consultado em 4 de agosto de 2022 
  10. «Governo cria Ministério da Reforma Institucional». 2 de abril de 1998 
  11. Patrícia Andrade (4 de abril de 2014). «José Filho recebe faixa de governador do PI e dá posse a cinco secretários». g1.globo.com. G1 Piauí. Consultado em 4 de agosto de 2022 
  12. Diário Oficial do estado do Piauí, edição número 215 de 13 de novembro de 1992.
  13. [1]
  14. Yala Sena (19 de novembro de 2018). «Freitas Neto é eleito presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae no Piauí». cidadeverde.com. Cidade Verde. Consultado em 5 de agosto de 2022 
  15. Redação (12 de janeiro de 2019). «Freitas Neto assume a presidência do Sebrae no Piauí na próxima quarta-feira». cidadeverde.com. Cidade Verde. Consultado em 5 de agosto de 2022 
  16. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Átila Lira». Consultado em 4 de agosto de 2022 


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