Uma Rosa com Amor

Uma Rosa com Amor é uma telenovela brasileira que foi produzida pela Rede Globo e exibida entre 23 de outubro de 1972 e 2 de julho de 1973, em 222 capítulos, substituindo O Primeiro Amor e sendo substituída por Carinhoso. Escrita por Vicente Sesso e dirigida por Walter Campos, foi produzida em preto-e-branco. Foi a 11.ª "novela das sete" exibida pela emissora.[1]
Uma Rosa com Amor | |||||||
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Informação geral | |||||||
Formato | Telenovela | ||||||
Gênero | Comédia romântica | ||||||
Duração | 45 minutos | ||||||
Estado | Finalizada | ||||||
Criador(es) | Vicente Sesso | ||||||
País de origem | Brasil | ||||||
Idioma original | português | ||||||
Produção | |||||||
Diretor(es) | Walter Campos | ||||||
Distribuição | Rede Globo | ||||||
Elenco |
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Tema de abertura | "Uma Rosa com Amor", Kris & Cristina | ||||||
Exibição | |||||||
Emissora original | Rede Globo | ||||||
Formato de exibição | Preto e branco | ||||||
Transmissão original | 23 de outubro de 1972 – 2 de julho de 1973 | ||||||
Episódios | 222 | ||||||
Cronologia | |||||||
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Programas relacionados | Uma Rosa com Amor (2010) |
Teve Marília Pêra, Paulo Goulart, Grande Otelo, Tônia Carrero, Marcos Paulo, Wanda Lacerda, Jacyra Silva, Ênio Santos, Gilberto Martinho, Monah Delacy, Felipe Carone, Lélia Abramo, Leonardo Villar e Yoná Magalhães nos papéis principais.
ProduçãoEditar
Uma Rosa com Amor marcou o estilo "comédia romântica" no horário das 19h da Rede Globo, tornando-se um dos maiores sucessos na década de 1970. A novela marcou a volta de Yoná Magalhães à Globo. Para quebrar a imagem das antigas heroínas que interpretou na emissora, a atriz teve que ficar loura, o que simbolizou uma nova fase na sua carreira profissional.
Grande parte do sucesso de Uma Rosa com Amor pode ser creditado à excelente química entre os atores Paulo Goulart e Marília Pêra, ambos fazendo sua primeira comédia em televisão. Segundo Paulo, os dois se divertiam muito durante as gravações e frequentemente não resistiam ao riso. Ele conta que, em cenas românticas, evitava olhar a atriz nos olhos, enquanto ela procurava olhar fixamente para o seu queixo, do contrário os dois começavam a rir.[2]
RemakeEditar
Em 2009, o texto de Uma Rosa com Amor foi comprado pelo SBT e adaptado por Tiago Santiago para ser produzido no ano seguinte, sendo seu primeiro trabalho na emissora.[3]
ExibiçãoEditar
Uma Rosa com Amor foi reprisada a partir de abril de 1980, às 10 horas da manhã, no programa feminino TV Mulher.[4]
EnredoEditar
Serafina Rosa Petrone é uma moça solitária, desastrada e aparentemente sem grandes atrativos físicos, que sonha encontrar o amor da sua vida, alimentando uma paixão secreta por seu chefe, o industrial Claude Antoine Geraldi. Para atenuar a carência e fazer crer que é cortejada, envia uma rosa para si mesma todos os dias.
Morando em um cortiço habitado por imigrantes italianos, no bairro do Bexiga, com os pais Amália e Giovanni, a irmã Terezinha e o irmão Dino, Serafina passa a ser notada pelo chefe quando este a pede em casamento, por mero interesse, pois é estrangeiro e vive ilegalmente no Brasil. Diante da perspectiva de ver a família e os amigos desamparados por causa da demolição do cortiço, a moça aceita encenar o falso casamento, sabendo que ele será desfeito após um determinado período. Com o casamento, o relacionamento dos dois se torna péssimo e passam a brigar constantemente. Para piorar a situação, a milionária Nara Paranhos de Vasconcelos, com quem Claude teve um caso, atrapalha de todas as formas a vida do casal com diversas maldades. Com um tempo, Claude e Serafina acabam se apaixonando.
Nara é uma mulher exagerada e maledicente, que mantém a família num alto padrão de vida. Vivendo na companhia das amigas também ricas, a vaidosa Ercy e a neurótica Alzira, mora com o pai, o ambicioso Egídio, e é ex-esposa de Carlos de Vasconcelos, homem sedutor e oportunista que não aceita o divórcio e a abandonou sozinha com seus dois filhos: Beto, um bon-vivant que se apaixona por Terezinha; e a sonhadora e compreensiva Raquel. Ambos foram criados pela sábia Carmem, governanta da família há mais de 20 anos.
A trama também conta a história da atriz Roberta Vermont, que mantém um caso com o ator iniciante Sérgio, mostrando pela primeira vez na televisão um romance entre uma mulher madura e um homem mais jovem. Sérgio tem vergonha da condição social da sua mãe, a costureira Joana Carioca, que mora no cortiço do Bexiga. Roberta é fina, elegante e um pouco inconsequente, que precisa ser freada, muitas vezes, pela sua amiga, a espevitada Alabá.
A família Rosa Batateira é outro núcleo importante da trama. Tradicional família paulistana, tem como matriarca a compreensiva Catarina, empresária séria, determinada e mãe de três filhos: o sofisticado Antoninho, braço-direito da mãe; Milton, jovem e responsável executivo que se envolve com Terezinha, disputando a sua atenção com Beto, seu amigo de infância; e Cleide, a filha mais nova que, contrariando a todos, sonha em ser modelo.
Hugo Lombardi é um diretor de televisão, sobrinho de Catarina e melhor amigo de Roberta. Apesar de dedicado e atraente, é um pouco atrapalhado quando se trata de conquista amorosa. Envolve-se com Alabá no começo da trama mas acaba se apaixonando por Janete, moça romântica que mora no cortiço do Bexiga com o irmão Colibri, e passa a disputá-la com o primo Antoninho, também apaixonado por ela. Melhor amiga de Serafina, Janete trabalha como secretária de Frazão, industrial bonachão e melhor amigo de Claude.
Outros ilustres moradores do cortiço do Bexiga são: Pimpinoni, velho tintureiro, amigo de Serafina, que cativa a todos com as suas marionetes e ajuda a amiga a enxergar a vida com poesia; o fanhoso Afrânio, garçom apaixonado por Serafina; a piedosa Pepa; e as fofoqueiras Genô e Antonieta, costureiras amigas de Joana.[5]
ElencoEditar
Ator[6] | Personagem |
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Marília Pêra | Serafina Rosa Petrone |
Paulo Goulart | Claude Antoine Geraldi |
Yoná Magalhães | Nara Paranhos de Vasconcelos |
Grande Otelo | Pimpinoni |
Tônia Carrero | Roberta Vermont |
Marcos Paulo | Sérgio Camargo |
Lélia Abramo | Amália Petrone |
Felipe Carone | Giovanni Petrone |
Wanda Lacerda | Joana Camargo (Joana Carioca) |
Gilberto Martinho | Carlos de Vasconcelos |
Leonardo Villar | Frazão |
Jacyra Silva | Alabá |
Ênio Santos | Egídio Paranhos |
Monah Delacy | Catarina Rosa Batateira |
Ary Fontoura | Afrânio |
Henriqueta Brieba | Pepa |
Nélson Caruso | Antônio Rosa Batateira (Antoninho) |
Sônia Dutra | Janete |
Jorge Cherques | Hugo Lombardi |
Dinorah Marzullo | Carmem |
Beth Barcellos | Raquel Paranhos de Vasconcelos |
José Augusto Branco | Milton Rosa Batateira |
Nívea Maria | Tereza Petrone (Terezinha) |
Roberto Pirillo | Roberto Paranhos de Vasconcelos (Beto) |
Tamara Taxman | Ercy Andrade |
Jacqueline Laurence | Alzira |
Alberto Pérez | Dr. Freitas |
Heloísa Helena | Dona Genoveva (Genô) |
Selma Lopes | Dona Antonieta |
Aurimar Rocha | Mr. Darley Smith |
Rosita Thomaz Lopes | Mrs. July Smith |
Fernando José | Oscar |
Cléa Simões | Elisa |
Paulo Padilha | Alfredo Gurgel |
Paulo Ramos | Haddad |
Márcia Couto | Cleide Rosa Batateira |
Luiz Fernando Guimarães | Colibri |
Elisa Fernandes | Ninica |
Herivelto Martins Filho | Dino Petrone |
Haroldo Botta | João (Joãozinho) |
MúsicaEditar
O tema de abertura da novela, Uma Rosa com Amor – composto por Antônio Carlos & Jocafi e interpretado por Kris & Cristina –, precisou ser regravado para atender a exigências da Censura Federal, que vetou a expressão “pega pra capar”. Na nova versão, os autores escreveram: “É um saco sem tamanho nesse velho bafafá”. A versão original, no entanto, já havia sido lançada na primeira edição da trilha sonora.[7]
NacionalEditar
Uma Rosa com Amor - Nacional | |
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Trilha sonora de Vários intérpretes | |
Lançamento | 1972 |
Gênero(s) | Vários |
Formato(s) | LP |
Gravadora(s) | Som Livre[8] |
Produção | João Araújo[8] Eustáquio Sena[8] |
Capa: Yoná Magalhães, José Augusto Branco, Marília Pêra, Paulo Goulart, Leonardo Villar, Ênio Santos e Felipe Carone[9][8]
- Minhas Razões - Antônio Carlos & Jocafi
- Do Amor Fazer Novas Lendas - César Costa Filho
- Vou Disparar - Osmar Milito e Quarteto Number One
- Elisabeth - Paulinho Soares
- Marionetes - Coral Som Livre
- Buona Sera Serafina - Felipe Carone
- Uma Rosa Com Amor - Kris & Cristina
- Bate Boca - Paulinho Soares
- Burguês Fino Trato - Djalma Dias
- Chuchu Beleza - Maria Alcina
- A Rosa - Moacyr Franco
- Amor Não é Coisa Pra Negócio - Tom & Dito
- Bom de Bico - Luiz Carlos Sá
- Meu Silêncio - Marcio Lott
InternacionalEditar
Uma Rosa com Amor - Internacional | |
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Trilha sonora de Vários intérpretes | |
Lançamento | 1972 |
Gênero(s) | Vários |
Formato(s) | LP |
Gravadora(s) | Som Livre[8] |
Produção | João Araújo[8] Eustáquio Sena[8] |
Capa: Logotipo da novela[9][8]
- Il Etait Une Fois... La Revolution - Free Sound Orchestra
- Crocodile Rock - Elton John
- You Are The Sunshine of My Life - Stevie Wonder
- Ben - Michael Jackson
- Clair - Spirit of Freedom
- Love Song - Jackson 5
- La La La - El Chicles
- Tell Me Once Again - The Light Reflections
- Superwoman - Stevie Wonder
- Amour Et Liberté - Tony Rallo Orchestra
- Oh Girl - The Chi-Lites
- Un Amore Sbagliato - Tony Cucchiara
- This World - Zingara
- When You Told Me - P. J. Ross
Referências
- ↑ «Uma Rosa com Amor». memoriaglobo. Consultado em 28 de agosto de 2022
- ↑ AdoroCinema, Uma Rosa com Amor, consultado em 28 de agosto de 2022
- ↑ «Há sete anos, terminava Uma Rosa com Amor». observatoriodatv.uol.com.br. Consultado em 28 de agosto de 2022
- ↑ AdoroCinema, Segredos de filmagem de Uma Rosa com Amor, consultado em 28 de agosto de 2022
- ↑ «A comédia romântica que determinou um estilo para o horário das 19h». Museu da TV, Rádio & Cinema. 3 de maio de 2021. Consultado em 28 de agosto de 2022
- ↑ «Ficha técnica». Memória Globo
- ↑ Xavier, Nilson. «Uma Rosa com Amor trilha nacional (1972)». Teledramaturgia. Consultado em 28 de agosto de 2022
- ↑ a b c d e f g h «Uma Rosa com Amor - Trilha Sonora». Teledramaturgia. Consultado em 19 de junho de 2013
- ↑ a b «Trilha Sonora de 'Uma Rosa com Amor'». Memória Globo. Consultado em 2 de janeiro de 2010