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Vista do interior da Confeitaria Colombo.

A Confeitaria Colombo é uma confeitaria localizada no Centro da cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. É um dos principais pontos turísticos da Região Central da cidade. O site U City Guides elegeu a Confeitaria Colombo um dos 10 mais belos cafés do mundo.[1]

História

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A confeitaria foi fundada em 1894 pelos imigrantes portugueses Joaquim Borges de Meireles e Manuel José Lebrão, tendo um extenso rol de clientes célebres na sociedade brasileira.

A elite carioca a partir do final do século XIX, buscou se alinhar aos novos padrões culturais ditados pela Europa, principalmente pela França. Assim, a Confeitaria Colombo foi um desses empreendimentos que se inspirou nos padrões da sociedade europeia para a promoção de um novo estilo de vida cosmopolita. A partir do moldes da Belle Époque francesa o Rio de Janeiro pretendia se desvincular de seus traços coloniais para se adaptar a um novo ideal de progresso e modernidade que ganhava força no cenário internacional. A influência francesa se fazia notar nos cardápios da Confeitaria que durante muito tempo foram escritos em francês.[2] A Confeitaria sobreviveu como um marco deste período, por meio dela pode-se ter uma ideia de como foi a Belle Époque na então capital da República.

Entre 1912 e 1918, os salões do interior da confeitaria foram reformados, com um toque Art Nouveau, com enormes espelhos de cristal trazidos de Antuérpia, emoldurados por elegantes frisos talhados em madeira de jacarandá. Os móveis de madeira do interior foram esculpidos na mesma época pelo artesão Antônio Borsoi.

Em 1922, as suas instalações foram ampliadas com a construção de um segundo andar, com um salão de chá. Uma abertura no teto do pavimento térreo permite ver a claraboia do salão de chá, decorada com belos vitrais.

Entre os clientes famosos da confeitaria, estão Chiquinha Gonzaga, Olavo Bilac, Emílio de Meneses, Rui Barbosa, Villa-Lobos, Lima Barreto, José do Patrocínio, Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek, Alberto I da Bélgica e Isabel II do Reino Unido,[3] entre muitos outros.

Por um curto período de tempo a confeitaria chegou a abrigar a Academia Brasileira de Letras.[4]

Em 1983, a Confeitaria Colombo foi tombada pelo INEPAC como patrimônio cultural do estado do Rio de Janeiro.[5]

Em 2002, a confeitaria criou o Espaço Memória, onde mantém, em exposição, louças, baixelas, fotos, cardápios e embalagens de produtos que foram utilizados ao longo da história da confeitaria.[6]

Atualmente, o segundo andar é ocupado pelo restaurante Cristóvão, nome que, assim como o da confeitaria, homenageia o navegador Cristóvão Colombo.[7] A escolha das três caravelas: Santa Maria, Pinta e Nina, como símbolos da Colombo também viera da ideia de se homenagear o conquistador.[8]

Filiais

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Em 1944, a tradicional casa abriu uma filial em Copacabana, na esquina da Avenida Nossa Senhora de Copacabana com a Rua Barão de Ipanema, que funcionou até 2003, quando se mudou para o Forte de Copacabana[9]. O antigo endereço da filial de Copacabana é, atualmente, ocupado por uma agência do Banco do Brasil, nomeada Colombo em homenagem à confeitaria.

A Confeitaria Colombo também possuiu uma segunda filial no Barra Shopping, localizada na praça de alimentação Rio Antigo. Inaugurada em 1992, a loja possuía vitrais projetados por Burle Marx.[10] A filial foi fechada ainda na década de 1990.

 
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Manuel José Lebrão

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Manuel José Lebrão, um dos fundadores da Confeitaria Colombo, teve uma atuação importante em projetos filantrópicos no Brasil e em Portugal. Entre estes, financiou uma série de obras na região de Vila Nova de Cerveira (Portugal), sua terra natal, como a restauração da igreja do Sopo, a construção da Torre do Relógio de Sopo e a criação do Hospital de Vila Nova de Cerveira. Em sua homenagem foi erguido um busto em Vila Nova de Cerveira. No Brasil, recebeu homenagens da cidade de Teresópolis (Rio de Janeiro) aonde morara por alguns anos: uma rua e uma escola na cidade receberam seu nome.[11]

Galeria

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Ver também

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Referências

  1. "Top 10: Most BEAUTIFUL CAFES in the World," UCityGuides. Acessado em 11 de agosto de 2013.
  2. FREIRE, Renato e RODRIGUES, Antonio Edmilson Martins. Confeitaria Colombo:sabores de uma cidade. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2014.
  3. Confeitaria Colombo. Disponível em http://www.confeitariacolombo.com.br/site/espaco-memoria/. Acesso em 15 de setembro de 2016.
  4. (PDF) MENEZES, Lená Medeiros de. 'Nas trilhas de Lebrão: laços familiares e cadeia migratórias'. População e Sociedade CEPESE.Porto, vol.25,jun.2016,p.3-13.
  5. Página INEPAC Confeitária Colombo
  6. Confeitaria Colombo. Disponível em http://www.confeitariacolombo.com.br/site/espaco-memoria/. Acesso em 15 de setembro de 2016.
  7. Confeitaria Colombo. Disponível em http://www.confeitariacolombo.com.br/site/restaurante-cristovao/. Acesso em 15 de setembro de 2016.
  8. FREIRE, Renato e RODRIGUES, Antonio Edmilson Martins. Confeitaria Colombo:sabores de uma cidade. Rio de Janeiro: Edições de Janeiro, 2014.
  9. Seu restaurante .
  10. Sefaz, BR .
  11. (PDF) MENEZES, Lená Medeiros de. 'Nas trilhas de Lebrão: laços familiares e cadeia migratórias'. População e Sociedade CEPESE.Porto, vol.25,jun.2016,p.3-13.

Ligações externas

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