Elias Gleizer

Renomado ator brasileiro

Ilicz Glejzer (São Paulo, 4 de janeiro de 1934Rio de Janeiro, 16 de maio de 2015), mais conhecido como Elias Gleizer, foi um ator brasileiro.

Elias Gleizer
Elias Gleizer
Nome completo Ilicz Glejzer
Nascimento 4 de janeiro de 1934
São Paulo, SP
Morte 16 de maio de 2015 (81 anos)
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Ocupação ator

Biografia editar

 
Túmulo de Elias Gleizer.

Filho de judeus poloneses que fugiram da perseguição na Europa, recebeu o nome de Ilicz, mas foi obrigado a trocá-lo por causa da dificuldade de se pronunciar. Gleizer entrou na carreira artística porque o pai, sapateiro, o obrigou a estudar violino. Aos 12 anos, tocava em uma orquestra juvenil amadora, quando foi convidado por um diretor para fazer teatro. Em 1956, ganhou o prêmio de melhor ator de um festival amador. Três anos depois, estreava na TV Tupi, onde ficou até 1978. Começou fazendo pontas e foi crescendo. Seu primeiro trabalho de destaque foi em José do Egito, em 1959[1] e a primeira novela veio em 1964, Se o Mar Contasse, de Ivani Ribeiro. Depois engatou uma série enorme de novelas e outros teleteatros, na TV Tupi. Fez nada menos que 25 trabalhos. Seu tipo bonachão, um corpo grande, aliados ao olhar doce, encaixam-se sempre em variados papéis. Dessas 25 novelas, fez, além de Se o Mar Contasse, O Mestiço, Olho Que Amei, A Outra, A Inimiga, A Ré Misteriosa, Os Irmãos Corsos, Presídio de Mulheres, Os Rebeldes, Antônio Maria, Nino, o Italianinho, Simplesmente Maria, A Fábrica, Signo da Esperança, Rosa dos Ventos, Salário Mínimo, Xeque-Mate e O Machão. Quando a TV Tupi foi fechada, Elias Gleizer foi para a TV Bandeirantes, onde trabalhou em Dona Santa e Sabor de Mel. No SBT fez Acorrentada e Uma Esperança no Ar. Foi quando ingressou na Rede Globo. E mais uma vez, engatilhou uma série de 25 participações em teledramaturgia. Seu tipo físico e seu jeito de atuar pareciam abrir-lhe caminhos. Entre seus papéis mais marcantes, estão o Jairo, de Tieta, o tio Zé de Sonho Meu, o Canequinha de Anjo de Mim, e, principalmente, o Vô Pepe de Era uma Vez, em 1998, onde acabou caindo nas graças do público infantil.

Em dezembro de 2010, foi agraciado com a comenda da Ordem do Ipiranga pelo Governo do Estado de São Paulo.[2]

Jamais se casou, nem teve filhos.

Internado desde o dia 6 de maio após sofrer uma queda em uma escada rolante resultando em fratura de cinco costelas e perfuração do pulmão, morreu em decorrência de complicações que levaram à falência circulatória após uma broncopneumonia.[3] Desde 2011, o ator sofria com um problema renal crônico e passou por várias internações desde então.

Seu corpo foi sepultado em 17 de maio de 2015, no Cemitério Israelita de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, na região metropolitana do Rio de Janeiro.[4]

Carreira editar

Televisão editar

Ano Título Papel Emissora
1959 José do Egito[5] Potifar Rede Tupi
1964 Se o Mar Contasse Ramirez
1965 O Mestiço Xavier
1965 Olhos Que Amei Nahor
1965 A Outra Sebastião
1965 Um Rosto Perdido Simone
1966 A Inimiga Frederico
1966 A Ré Misteriosa Batista
1966 Os Irmãos Corsos
1967 Presídio de Mulheres
1967 Os Rebeldes
1968 Antônio Maria
1969 Nino, o Italianinho Donato
1970 Simplesmente Maria José
1971 A Fábrica Ernesto
1972 Signo da Esperança Villaboim
1972 Dom Camilo e os Cabeludos Pepone
1973 Rosa dos Ventos Padre José Lara
1974 O Machão Comendador Stromboli
1975 Vila do Arco Porfírio Caetano das Neves
1976 Xeque-Mate Padre Inácio
1976 O Julgamento Doutor Ernesto Alemão
1978 Salário Mínimo
1979 Casa Fantástica
1980 O Meu Pé de Laranja Lima Padre Rosendo Rede Bandeirantes
1981 - 1982 Dona Santa Padre Ferdenuto
1982 Renúncia Tio Jacques
1983 Acorrentada Dr. Mesquita SBT
1983 Sabor de Mel Pacheco Rede Bandeirantes
1984 Livre para Voar Pedrão Rede Globo
1985 Uma Esperança no Ar Francisco Ferrão SBT
1987 Direito de Amar Manel Rede Globo
1988 Fera Radical[5] Donato Orsini
1989 Tieta Jairo
1990 Mico Preto Caroço
1991 Salomé Padre Nazareno
1992 Pedra sobre Pedra Juca Badaró
1992 Despedida de Solteiro Vitório
1993 Agosto Rosalvo
1993 Sonho Meu Tio Zé[6] (Mazurgski)
1994 Incidente em Antares Barcelona
1994 As Pupilas do Senhor Reitor José das Dornas SBT
1995 Explode Coração Augusto Rede Globo
1996 Anjo de Mim Canequinha
1997 Sai de Baixo Cova Rosa
1998 Era Uma Vez Giuseppe Giunquetti (Pepe)
1999 Chiquinha Gonzaga Bergamini
1999 Terra Nostra Padre Olavo
2000 Uga Uga Cego
2001 As Filhas da Mãe Dedé
2002 Brava Gente Joaquim Mendes
Esperança João Alfaiate
Sítio do picapau amarelo Rei Euristeus
2003-2006 Zorra Total Genário
2003 Sítio do picapau amarelo Berloque [7]
2004 Um Só Coração Padre Cícero
2004 Como uma Onda Velho Bartô
2005 Bang Bang Bispo
2005 A Diarista Sidnei
2006 Sinhá Moça Frei José
2006 Pé na Jaca Giácomo Lancelotti
2007 Malhação Tarcísio
2008 Guerra e Paz Dr. Alcebíades
2008 Casos e Acasos Aristides
2009 Caminho das Índias Sr. Cadore
2010 Tempos Modernos Abrãozinho Mota
2010 Passione Diógenes Santarém
2013 Flor do Caribe Manolo
2014 Boogie Oogie Padre Cláudio

Cinema editar

Ano Título Papel
1965 Quatro Brasileiros em Paris Policial[8]
1971 Diabólicos Herdeiros
2004 Didi Quer Ser Criança Seu Tião
2015 Doce Pátria Advogado[8]

Referências

  1. noticiasdatv.uol.com.br/ Morre Elias Gleizer: Tinha cara de vô, mas era especialista em padres
  2. «DECRETO Nº 56.506». Portal da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. 9 de dezembro de 2010. Consultado em 12 de março de 2018 
  3. Morre o ator Elias Gleizer
  4. «Corpo de Elias Gleizer é enterrado». 17 de maio de 2015. Consultado em 17 de maio de 2015 
  5. a b «Elias Gleizer». IstoÉ Gente (506) 
  6. Arripia, Fernanda (6 de novembro de 2012). «Elias Gleizer continua aguardando ser chamado pela Globo». O Fuxico. Consultado em 30 de maio de 2013 
  7. «Elias Gleizer no Sítio do Picapau Amarelo». Consultado em 20 de agosto de 2018 
  8. a b «Quatro Brasileiros em Paris». Cinemateca Brasileira. Consultado em 30 de maio de 2013 

Ligações externas editar

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