Eduardo Girão

político brasileiro

Luís Eduardo Grangeiro Girão (Fortaleza, 25 de setembro de 1972) é um político brasileiro, filiado ao Partido Novo (NOVO).[1] Foi empresário, atuando nas áreas de hotelaria, transporte de valores e segurança privada. Em 2004, fundou a Associação Estação da Luz, entidade sem fins lucrativos de atuação na área social e responsável por produções audiovisuais do cinema brasileiro. Em 2017 assumiu a presidência do Fortaleza Esporte Clube.[2] Nas eleições de 2018, foi eleito senador pelo Ceará com 1.325.786 de votos.[3]

Luís Eduardo Girão

Foto oficial como Senador da República em janeiro de 2019
Senador pelo Ceará
Período 1º de fevereiro de 2019
até atualidade
Dados pessoais
Nome completo Luís Eduardo Grangeiro Girão
Nascimento 25 de setembro de 1972 (51 anos)
Fortaleza, CE
Partido PROS (2018-2019)
PODE (2019-2023)
NOVO (2023-presente)
Religião Cristianismo
Profissão Empresário
Ocupação politico

Senador pelo Ceará editar

Disputando pela primeira vez um cargo eletivo nas eleições estaduais no Ceará em 2018, concorreu a uma das duas vagas em disputa de senador pelo Ceará. Após disputa acirrada contra Eunício Oliveira (MDB), então presidente do Congresso Nacional e candidato à reeleição, Girão elegeu-se como o segundo mais votado - o primeiro foi o ex-governador Cid Gomes (PDT).[4]

Dentre as suas propostas, encontra-se a redução do número de deputados federais, de 513 para 300, objetivando gerar, assim, economia aos contribuintes.[5]

Em junho de 2019, votou contra o Decreto das Armas do governo, que flexibilizava porte e posse para o cidadão.[6]

Em março de 2021, foi autor de um requerimento pela instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI)[7], no Senado Federal, que investigasse a União, estados e municípios por eventuais irregularidades no uso de recursos federais destinados ao combate à pandemia de COVID-19 no Brasil. O requerimento obteve o apoio de 45 senadores e, em 13 de abril, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, criou oficialmente a CPI[8], unindo o requerimento de Girão ao pedido de CPI feito anteriormente pelo senador Randolfe Rodrigues, que previa investigação exclusiva sobre o governo federal.

Atividade parlamentar editar

Em novembro de 2020, Eduardo Girão assumiu a vice-presidência do Grupo Parlamentar Brasil-ONU[9], formado por deputados federais e senadores que deliberam sobre as relações do Congresso Nacional brasileiro com a Organização das Nações Unidas. Ele também integra outros grupos parlamentares dedicados a relações bilaterais entre países, como o Grupo Parlamentar Brasil - Emirados Árabes, Grupo Parlamentar Brasil - Coreia do Sul e o Grupo Parlamentar Brasil - Paraguai.

No Senado Federal, Eduardo Girão é membro titular das seguintes comissões[10]:

  • Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa;
  • Comissão de Assuntos Sociais;
  • Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania;
  • Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.

Também no Senado, Eduardo Girão integra o grupo Muda Senado, descrito pelos próprios integrantes como grupo de senadores que defende medidas duras de combate à corrupção na política brasileira, apoiam a Operação Lava Jato e lutam pela reforma do Poder Judiciário[11].

Críticas ao STF editar

Eduardo Girão critica com frequência decisões tomadas pelo Supremo Tribunal Federal. Em outubro de 2020, votou contra a indicação do então desembargador Kassio Nunes Marques[12] para assumir uma das vagas no tribunal. Em diferentes ocasiões, defendeu o que chama de CPI da Lava Toga[13], em referência ao requerimento pela instalação de uma comissão parlamentar de inquérito, mas direcionada a apurar supostos crimes cometidos por membros do Poder Judiciário. Em março de 2021, lamentou a decisão da Corte pela suspeição do ex-juiz da Operação Lava Jato, Sergio Moro.[14] No mesmo mês, defendeu publicamente o impeachment do ministro do STF Alexandre de Moraes[15].

Referências

  1. Guimarães, Levy (7 de fevereiro de 2023). «Senador Eduardo Girão anuncia filiação ao partido Novo». Política. Consultado em 7 de fevereiro de 2023 
  2. «Eduardo Girão, do PROS, é eleito senador pelo CE». globo.com 
  3. «Resultado da eleição para senador no Ceará». gazetadopovo.com.br 
  4. «Presidente do Senado, Eunício Oliveira não consegue se reeleger». G1. 7 de outubro de 2018 
  5. «Ex-presidente do Fortaleza, Luís Eduardo Girão lança pré-candidatura ao Senado nesta segunda». O Povo. 8 de julho de 2018 
  6. «Veja como votou cada senador sobre decretos de porte e posse de armas». O Tempo. 18 de junho de 2019. Consultado em 6 de janeiro de 2021 
  7. «RQS 1372/2021 - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 14 de abril de 2021 
  8. «Senado abre CPI da Pandemia para investigar ações do governo federal e repasses de verbas a estados e municípios». O Globo. 13 de abril de 2021. Consultado em 14 de abril de 2021 
  9. «Grupo Parlamentar Brasil-ONU é instalado». Senado Federal. Consultado em 7 de abril de 2021 
  10. «Senador Eduardo Girão - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 7 de abril de 2021 
  11. «Muda Senado: Quem é o grupo que quer mudar o Senado e o Judiciário». Congresso em Foco. 24 de novembro de 2019. Consultado em 7 de abril de 2021 
  12. null. «Seis senadores do Muda, Senado divulgam voto contrário a Kássio Nunes». Gazeta do Povo. Consultado em 7 de abril de 2021 
  13. «Próximo presidente do Senado deve aproximar população da Casa, diz Eduardo Girão». CNN Brasil. Consultado em 7 de abril de 2021 
  14. «Eduardo Girão critica decisão do STF sobre suspeição de Moro». Senado Federal. Consultado em 7 de abril de 2021 
  15. Povo, O. (3 de março de 2021). «Eduardo Girão pede impeachment do ministro Alexandre de Moraes pela decisão que prendeu Daniel Silveira». Politica. Consultado em 7 de abril de 2021