O Giro d'Italia (AFI[ˈdʒi.ro] em português Volta da Itália) é uma competição ciclista por etapas de três semanas de duração, disputada no mês de maio em Itália com um percurso diferente a cada ano. Em ocasiões também se disputa alguma etapa nos países vizinhos. É uma das três Grandes Voltas, a segunda em aparecer historicamente. Deixou de fazer parte do UCI ProTour, como as outras duas grandes voltas, para posteriormente se integrar no UCI World Ranking e UCI WorldTour.

Giro d'Italia
Nome oficial
a partir de
Giro d'Italia
Generalidades
Desporto
Fundado em
Número de edições
107 (em 2024)Visualizar e editar dados no Wikidata
Periodicidade
anual (mai.)
Tipo / Formato
Local(ais)
Categorias
Organizador
Web site oficial
(it + en + es + fr) Website oficial
Palmarés
Último vencedor
Mais vitórias
 Alfredo Binda (ITA)

 Fausto Coppi (ITA)  Eddy Merckx (BEL)    (5 vitórias)

Competições atuais
para a competição anterior ver :
Giro d'Italia de 2023

O primeiro Giro de Itália começou a 13 de maio de 1909 em Milão com um total de 8 etapas e 2 448 km.

Três ciclistas compartilham o recorde de vitórias nesta competição com cinco triunfos: Alfredo Binda (entre 1925 e 1933), Fausto Coppi (entre 1940 e 1953) e Eddy Merckx (entre 1968 e 1974).

O corredor com maior número de vitórias de etapas é Mario Cipollini, que na edição de 2003, superou o recorde de 41 vitórias que possuía Alfredo Binda desde os anos trinta.

Ver artigo principal: Giro de Itália Feminino

Desde 1988 existe um Giro de Itália Feminino, sendo das poucas corridas femininas a mais de uma semana junto à Grande Boucle e o Tour de l'Aude Feminino (estas já desaparecidas), ainda que sem relação com a de homens.

História editar

As origens editar

Ao igual que o Tour de France com o jornal L'Auto, a criação do Giro de Itália está unida a um jornal desportivo, La Gazzetta dello Sport.

A rivalidade com outro jornal italiano (o Corriere della Sera) que organizava o Giro da Itália em Automóvel e planeava organizar um Giro da Itália em bicicleta, levaram ao jornalista Tullio Morgagni a propor ao seu director Eugenio Camillo Costamagna a criação de uma corrida ciclista por etapas se inspirando no Tour de France. A Gazzetta, previamente já tinha começado a organizar corridas ciclistas como o Giro di Lombardia em 1905 e a Milão-Sanremo em 1907.

A 7 de agosto de 1908, com a liderança de Eugenio Camillo Costamagna, Armando Cougnet e Tullio Morgagni, o jornal anunciou o nascimento do Giro da Itália, cuja primeira edição seria em 1909, antecipando-se ao Corriere della Sera.[1][2][3]

Primeira edição editar

 
Luigi Ganna primeiro vencedor do Giro.

Com a participação de 127 corredores, a 13 de maio de 1909 às 2h53 se largou a primeira edição na praça de Loreto em Milão rumo a Bolonha. Foram 8 etapas para um total de 2 448 km, correndo-se uma etapa a cada dois ou três dias, já que La Gazzetta dello Sport era uma publicação trissemanal. O regulamento utilizado foi o mesmo que se usava na Volta a França, com uma classificação por pontos segundo a ordem de chegada nas etapas e não uma classificação por tempos. Quarenta e nove ciclistas conseguiram completar o percurso e o vencedor dessa primeira edição foi Luigi Ganna que somou 27 pontos. O seu grande rival Giovanni Rossignoli, finalizou terceiro com 40 pontos, mas se tivesse tomado em conta os tempos, Rossignoli teria vencido por mais de 37 minutos.

Antes da I Guerra Mundial editar

As primeiras edições foram sofrendo várias modificações: as etapas variaram de oito a doze, em 1911 a corrida começou e terminou em Roma, em 1912 correu-se por equipas e em 1914 deixou-se de usar o sistema de pontos para passar à classificação por tempo.

Carlo Galetti foi o primeiro a vencer duas vezes a corrida (1910 e 1911). Em 1912, Galletti foi quem menos tempo investiu em realizar o percurso, mas como se correu em forma de equipas, ganhou a equipa Atala (do qual era integrante), no que poderia ter sido a sua terceira vitória.

Em 1913, a Volta a França passou a utilizar a classificação por tempos. O Giro fez o mesmo um ano depois, em 1914, a última edição antes da suspensão devida à Primeira Guerra Mundial. Alfonso Calzolari foi o vencedor dessa edição, superando por quase duas horas ao segundo.

A era Binda editar

Depois da guerra, em 1919 voltou a disputa da corrida. O piemontes Costante Girardengo obteve a vitória em sete das dez etapas, conseguindo o primeiro dos seus dois Giros (em 1923 repetiu a vitória e ganhou oito etapas). Nessa edição de 1919 produziu-se o primeiro pódio estrangeiro com o belga Marcel Buysse que finalizou terceiro. Giovanni Brunero foi outro dos destacados da década de 1920, ao ganhar três Giros (1921, 1922 e 1926). Um facto particular e inédito até o dia de hoje, ocorreu em 1924 quando participou uma mulher, Alfonsina Strada. Numa época em que não estava bem visto que uma mulher competisse, Strada tinha corrido o Giro di Lombardia em 1917 e 1918 e em 1924 inscreveu-se no Giro. Ainda que não figurou nas primeiras posições, também não estava entre as últimas, até à oitava etapa quando foi desclassificada por chegar fora de tempo, ainda que se especulou que ante as críticas que se fizeram, a organização decidiu a tirar da corrida. Igualmente, permitiram-lhe seguir em corrida mas sem tempo e chegou ao final em Milão.[4]

Na década de 1920 viram surgir a um dos maiores ciclistas de todos os tempos, Alfredo Binda, quem ganhou cinco Giros; 1925, 1927, 1928, 1929 e 1933. Ao todo conseguiu 41 vitórias de etapa, ganhando 12 das 15 em 1927 e 8 consecutivas em 1929. A supremacia de Binda era tal que a La Gazzetta dello Sport em 1930 lhe pagou 22 500 liras para que não corresse o Giro, com o fim de manter o interesse da corrida.[5]

A maglia rosa editar

Armando Cougnet, director do Giro, decidiu em 1931 outorgar um símbolo que fizesse reconhecível a simples vista ao líder da corrida. Assim nasceu a maglia rosa, tomando a cor das páginas da La Gazzetta dello Sport. O primeiro maglia rosa foi Learco Guerra, vencedor da primeira etapa do Giro 1931 entre Milão e Mântua.[6] Em 1933, fizeram-se-lhe à corrida algumas modificações: pela primeira vez correu-se uma etapa contrarrelógio entre Bolonha e Ferrara e também coincidindo com a primeira incursão pelos Alpes começou-se a disputar o Grande Prêmio da montanha.

Os duelos Coppi-Bartali editar

 
Gino Bartali

Nos princípios da Segunda Guerra Mundial, Gino Bartali já era famoso, tendo vencido em 1936 e 1937. Em 1940 a participação estrangeira foi escassa, como já tinha começado a Segunda Guerra Mundial. A equipa Legnano do qual Bartali era integrante, contratou ao jovem Fausto Coppi de 20 anos como gregário. Toda a equipa devia trabalhar para Bartali, que tinha como rival a Giovanni Valetti da equipa Bianchi, vencedor das edições de 1938 e 1939. Nas primeiras etapas, Bartali perdeu quase 15 minutos, enquanto Coppi foi segundo em duas etapas e estava nos primeiros lugares da classificação. O técnico da Legnano, decidiu que Coppi não fosse mais gregário e luta-se pela corrida, devendo convencer a Bartali de que fosse o gregário ao mesmo tempo que o "mestre" do jovem Coppi.[3] Na 11.ª etapa com final em Módena, Coppi ganhou em solitário colocando-se a maglia rosa que manteve até o final em Milão. Com 20 anos, 8 meses e 25 dias, Fausto Coppi converteu-se no ciclista mais jovem a ganhar o Giro, recorde que ainda se mantém. Ao dia seguinte, a Itália declarou a guerra à França e o Giro sofreu a segunda interrupção da sua história.

 
Fausto Coppi

Depois do parêntese da guerra, o Giro voltou em 1946. Bartali continuava na equipa Legnano e Coppi corria pelo Bianchi. As diferenças políticas e religiosas entre ambos dividiram a Itália. A Democracia Cristã e os católicos estavam a favor de Bartali e a esquerda e os laicos a favor de Coppi, ainda que ambos tiveram uma relação cordial pese à rivalidade. O duelo de 1946 foi vencida por Bartali, conseguindo o seu terceiro Giro. Coppi tomou-se bicampeão em 1947 e nos anos seguintes ganhou 3 vezes mais, igualando o recorde de Binda. A bipolarização Coppi-Bartali foi rompida por Fiorenzo Magni que nesse período ganhou 3 Giros e pelo suíço Hugo Koblet, primeiro estrangeiro a se elevar ao mais alto do pódio em 1950.

O domino italiano desafiado editar

Depois do triunfo de Koblet em 1950, os estrangeiros conseguiram dominar várias edições. O luxemburguês Charly Gaul graças às suas condições de escalador o fez em duas oportunidades (1956 e 1959) e o francês Jacques Anquetil (quíntuplo vencedor da Volta a França) também em dois (1960 e 1964). Entre as vitórias de Anquetil, o italiano Franco Balmanion conseguiu os Giros de 1962 e 63 ainda que não ganhou nenhuma etapa.

Em 1966, Gianni Motta, ganhou a classificação geral e a classificação por pontos, que pela primeira vez começou-se a disputar. A partir de 1967 outorgou-se uma camisola identificativa ao líder dessa classificação, sendo os primeiros dois anos a maglia rossa e depois a maglia ciclamino. Esta última foi usada até a edição de 2009, voltando em 2010 à vermelha.

A era Merckx editar

 
Eddy Merckx em 1973.

No final da década de 1960 Felice Gimondi era o grande ciclista italiano do momento. Tinha vencido o Tour de France de 1965, o Giro em 1967 e a Volta a Espanha de 1968. Em 1967 um jovem Eddy Merckx foi nono no Giro e ganhou 2 etapas, preâmbulo de sua época dourada. Das sete edições corridas entre 1968 e 1974, Merckx ganhou 5, atingindo o recorde de Binda e Coppi. Só viu cortada a sua hegemonia por Gimondi em 1969 quando foi desclassificado por um controle antidoping positivo e pelo sueco Gösta Pettersson em 1971.

Em 1976 Gimondi ganhou o seu terceiro Giro. Com esse triunfo subiu-se ao pódio pela nona vez, sendo o ciclista com mais pódios na história. Em 1974, começou-se a entregar ao líder da classificação da montanha a maglia verde. Este distintivo foi usado até 2012, quando foi mudada pela azul.

Duelo Saronni-Moser editar

A fins da década de 1970 e princípios da década de 1980, os duelos entre Giuseppe Saronni e Francesco Moser reavivaram o Giro. Saronni conseguiu os triunfos em 1979 e 1983, enquanto Moser em 1984. Ambos conseguiram a classificação por pontos em quatro oportunidades e se mantêm à frente como os mais ganhadores desta classificação. No meio deste duelo Bernard Hinault levou-se três edições: as de 1980, 1982 e 1985.

A edição de 1988, esteve marcada por dois factos: o triunfo do estadunidense Andrew Hampsten, primeiro não europeu a ganhar a corrida e a ascensão ao Passo di Gavia e posterior descida até Bormio em condições climatológicas muito adversas. A chuva e uma tempestade de neve obrigou a vários ciclistas a descer em automóvel já que era-lhes impossível fazê-lo em bicicleta.

De Indurain a Pantani editar

Nos primeiros anos da década de 1990 Gianni Bugno, Claudio Chiappucci e Franco Chioccioli eram os grandes animadores da ronda italiana. Bugno ganhou em 1990 e Chioccioli em 1991, mas todos se viram eclipsados pelo espanhol Miguel Indurain. O navarro dominou a corrida italiana em 1992 e 1993 e quando se esperava o seu terceiro Giro em 1994, o russo Evgeni Berzin deu a surpresa se adjudicando a maglia rosa na quarta etapa e mantendo-a até o final, lhe ganhando as duas etapas contrarrelógio a Indurain. Depois do sucesso do suíço Tony Rominger em 1995 e o russo Pavel Tonkov em 1996, começou um ciclo de onze edições onde os italianos dominaram o Giro. Marco Pantani ganhou em 1998 e partiu como favorito em 1999, levando a maglia rosa até que faltando duas etapas foi excluído da corrida por ter altos níveis de hematocrito. Ivan Gotti ganhou nesse ano, sendo a sua segunda vitória depois do seu triunfo em 1997.

Nessa mesma década e princípios da década de 2000, brilhou nas chegadas em massa o sprinter Mario Cipollini. No período 1989–2003 conseguiu 42 triunfos de etapa e bateu o recorde de Binda que estava vigente desde a década de 1930.

Anos recentes editar

No período 1997–2007, duas vitórias para Ivan Gotti, duas de Gilberto Simoni, duas de Paolo Savoldelli, mais os triunfos de Garzelli, Cunego, Basso e Di Luca, marcaram a hegemonia italiana que não se dava desde que o primeiro estrangeiro ganhou em 1950. O ciclo italiano foi cortado por Alberto Contador em 2008.

Em 2003, no caso desportivo de Cipollini fez aparecimento outro sprinter italiano, Alessandro Petacchi. Petacchi ganhou seis etapas em 2003 e em 2004 nove.

Denis Menchov em 2009 foi o terceiro russo a ganhar a corrida e em 2010 Basso ganhou o seu segundo Giro. Contador ganhou o seu segundo Giro na estrada em 2011, mas perdeu-o nos escritórios do TAS depois da sanção pelo caso Contador e a vitória final foi para Michele Scarponi.

A edição de 2012 foi para Ryder Hesjedal, primeiro canadiano e segundo ciclista do outro lado do Atlántico a ganhar o Giro.

Em 2013 o italiano Vincenzo Nibali ganha o seu primeiro giro após dois pódios anteriormente (2º e 3º respectivamente).

Em 2014 o colombiano Nairo Quintana, na sua primeira participação na corrida, proclamou-se como o primeiro latino americano em ser campeão do Giro, sendo também o melhor jovem da corrida. Nesse mesmo ano o também colombiano Rigoberto Urán resultou sub-campeão do Giro pela segunda vez consecutiva.

Em 2015 o experimentado Alberto Contador ganha o seu segundo giro ante uma jovem promessa do ciclismo italiano Fabio Aru.

Vincenzo Nibali fez-se com o seu segundo triunfo na ronda italiana do 2016, numa edição de grande dureza na alta montanha.

Maglias de líder editar

 Ver artigo principal: Maglia

     maglias actuais.

O líder da classificação geral distingue-se por levar uma maglia rosa (maillot da cor do diário desportivo milanês La Gazzetta dello Sport que organiza a corrida), o líder da classificação da montanha, desde 2012 leva a maglia azul, (anteriormente foi a maglia verde). O líder da classificação por pontos ou da regularidade luzia a maglia rosso passione ou rossa (atualmente é ciclamino) e o líder da classificação para menores de 25 anos leva a maglia branca.

  No Giro 100, não se usa a maglia vermelha, foi substituída pela original maglia ciclamino.

Outras classificações editar

O Giro caracteriza-se também por ter uma multidão de classificações secundárias, a maioria delas sem malha distintiva devido à limitação da UCI de unicamente poder ter até 4 camisolas de classificações. Entre estas destacam as do Intergiro renomeado por Expo Milano 2015 (que tradicionalmente sim tem tido maillot azul que o identificava) e a de por equipas. Outras têm sido por exemplo Troféu Super Team, Traguardo Volante (metas volantes), Troféu Fuga Cervelo (mais quilómetros em fuga), Fair Play, Maglia Nera (último da classificação com o dorsal em negro), Azzurri d'Itália, Most Combative (combatividade).[7]

Catalogações dos portos editar

 
O Stelvio, um dos portos mais duros subidos no Giro e Cima Coppi em 6 ocasiões.

Ao invés que no resto das Grandes Voltas e inclusive de muitas voltas por etapas, no Giro não tem existido a catalogação habitual dos portos (de maior a menor dificuldade: Especial, 1ª, 2ª, 3ª e 4ª) senão por cores (azul —porto mais alto; verde — porto final de etapa; e o resto de maior a menor dificuldade: vermelho, amarelo e cinza) pelo que às vezes tem tido certa confusão com respeito à dificuldade real dos portos. Por isso a partir do 2011 se introduziu a catalogação por números ainda que sem categoria Especial, com o que a maioria de portos estão numerados uma categoria por abaixo do que estariam em outras corridas que utilizam este tipo de catalogação.

Na cada edição, o porto a mais altitude que devam enfrentar os ciclistas se lhe denomina Cima Coppi e outorga mais pontos que os portos de 1ª categoria.

Diretores gerais editar

Desde seus inícios até a actualidade, o Giro de Itália tem tido seis diretores gerais:

Vencedores editar

[8]

 
Trofeo Senza Fine, entregado ao vencedor desde 1999.
Ano Vencedor Segundo Terceiro
1909   Luigi Ganna   Carlo Galetti   Giovanni Rossignoli
1910   Carlo Galetti   Eberardo Pavesi   Luigi Ganna
1911   Carlo Galetti   Giovanni Rossignoli   Giovanni Gerbi
1912   Atala*   Peugeot   Gerbi
1913   Carlo Oriani   Eberardo Pavesi   Giuseppe Azzini
1914   Alfonso Calzolari   Pierino Albini   Luigi Lucotti
1915–1918
Edições suspendidas pela Primeira Guerra Mundial
1919   Costante Girardengo   Gaetano Belloni   Marcel Buysse
1920   Gaetano Belloni   Angelo Gremo   Jean Alavoine
1921   Giovanni Brunero   Gaetano Belloni   Bartolomeo Aimo
1922   Giovanni Brunero   Bartolomeo Aimo   Giuseppe Enrici
1923   Costante Girardengo   Giovanni Brunero   Bartolomeo Aimo
1924   Giuseppe Enrici   Federico Gay   Angiolo Gabrielli
1925   Alfredo Binda   Costante Girardengo   Giovanni Brunero
1926   Giovanni Brunero   Alfredo Binda   Arturo Bresciani
1927   Alfredo Binda   Giovanni Brunero   Antonio Negrini
1928   Alfredo Binda   Giuseppe Pancera   Bartolomeo Aimo
1929   Alfredo Binda   Domenico Piemontesi   Leonida Frascarelli
1930   Luigi Marchisio   Luigi Giacobbe   Allegro Grandi
1931   Francesco Camusso   Luigi Giacobbe   Luigi Marchisio
1932   Antonio Pesenti   Jef Demuysere   Remo Bertoni
1933   Alfredo Binda   Jef Demuysere   Domenico Piemontesi
1934   Learco Guerra   Francesco Camusso   Giovanni Cazzulani
1935   Vasco Bergamaschi   Giuseppe Martano   Giuseppe Olmo
1936   Gino Bartali   Giuseppe Olmo   Severino Canavesi
1937   Gino Bartali   Giovanni Valetti   Enrico Mollo
1938   Giovanni Valetti   Ezio Cecchi   Severino Canavesi
1939   Giovanni Valetti   Gino Bartali   Mario Vicini
1940   Fausto Coppi   Enrico Mollo   Giordano Cottur
1941–1945
Edições suspendidas pela Segunda Guerra Mundial
1946   Gino Bartali   Fausto Coppi   Vito Ortelli
1947   Fausto Coppi   Gino Bartali   Giulio Bresci
1948   Fiorenzo Magni   Ezio Cecchi   Giordano Cottur
1949   Fausto Coppi   Gino Bartali   Giordano Cottur
1950   Hugo Koblet   Gino Bartali   Alfredo Martini
1951   Fiorenzo Magni   Rik Van Steenbergen   Ferdi Kubler
1952   Fausto Coppi   Fiorenzo Magni   Ferdi Kubler
1953   Fausto Coppi   Hugo Koblet   Pasquale Fornara
1954   Carlo Clerici   Hugo Koblet   Nino Assirelli
1955   Fiorenzo Magni   Fausto Coppi   Gastone Nencini
1956   Charly Gaul   Fiorenzo Magni   Agostino Coletto
1957   Gastone Nencini   Louison Bobet   Ercole Baldini
1958   Ercole Baldini   Jean Brankart   Charly Gaul
1959   Charly Gaul   Jacques Anquetil   Diego Ronchini
1960   Jacques Anquetil   Gastone Nencini   Charly Gaul
1961   Arnaldo Pambianco   Jacques Anquetil   Antonio Suárez
1962   Franco Balmamion   Imerio Massignan   Nino Defilippis
1963   Franco Balmamion   Vittorio Adorni   Giorgio Zancanaro
1964   Jacques Anquetil   Italo Zilioli   Guido De Rosso
1965   Vittorio Adorni   Italo Zilioli   Felice Gimondi
1966   Gianni Motta   Italo Zilioli   Jacques Anquetil
1967   Felice Gimondi   Franco Balmamion   Jacques Anquetil
1968   Eddy Merckx   Vittorio Adorni   Felice Gimondi
1969   Felice Gimondi   Claudio Michelotto   Italo Zilioli
1970   Eddy Merckx   Felice Gimondi   Martin Van Den Bossche
1971   Gösta Pettersson   Herman Van Springel   Ugo Colombo
1972   Eddy Merckx   José Manuel Fuente   Francisco Galdós
1973   Eddy Merckx   Felice Gimondi   Giovanni Battaglin
1974   Eddy Merckx   Gianbattista Baronchelli   Felice Gimondi
1975   Fausto Bertoglio   Francisco Galdós   Felice Gimondi
1976   Felice Gimondi   Johan De Muynck   Fausto Bertoglio
1977   Michel Pollentier   Francesco Moser   Gianbattista Baronchelli
1978   Johan De Muynck   Gianbattista Baronchelli   Francesco Moser
1979   Giuseppe Saronni   Francesco Moser   Bernt Johansson
1980   Bernard Hinault   Wladimiro Panizza   Giovanni Battaglin
1981   Giovanni Battaglin   Tommy Prim   Giuseppe Saronni
1982   Bernard Hinault   Tommy Prim   Silvano Contini
1983   Giuseppe Saronni   Roberto Visentini   Alberto Fernández Blanco
1984   Francesco Moser   Laurent Fignon   Moreno Argentin
1985   Bernard Hinault   Francesco Moser   Greg LeMond
1986   Roberto Visentini   Giuseppe Saronni   Francesco Moser
1987   Stephen Roche   Robert Millar   Erik Breukink
1988   Andrew Hampsten   Erik Breukink   Urs Zimmermann
1989   Laurent Fignon   Flavio Giupponi   Andrew Hampsten
1990   Gianni Bugno   Charly Mottet   Marco Giovannetti
1991   Franco Chioccioli   Claudio Chiappucci   Massimiliano Lelli
1992   Miguel Indurain   Claudio Chiappucci   Franco Chioccioli
1993   Miguel Indurain   Piotr Ugriúmov   Claudio Chiappucci
1994   Eugeni Berzin   Marco Pantani   Miguel Indurain
1995   Tony Rominger   Eugeni Berzin   Piotr Ugriúmov
1996   Pável Tonkov   Enrico Zaina   Abraham Olano
1997   Ivan Gotti   Pável Tonkov   Giuseppe Guerini
1998   Marco Pantani   Pável Tonkov   Giuseppe Guerini
1999   Ivan Gotti   Paolo Savoldelli   Gilberto Simoni
2000   Stefano Garzelli   Francesco Casagrande   Gilberto Simoni
2001   Gilberto Simoni   Abraham Olano   Unai Osa
2002   Paolo Savoldelli   Tyler Hamilton   Pietro Caucchioli
2003   Gilberto Simoni   Stefano Garzelli   Yaroslav Popovych
2004   Damiano Cunego   Serhiy Honchar   Gilberto Simoni
2005   Paolo Savoldelli   Gilberto Simoni   José Rujano
2006   Ivan Basso   José Enrique Gutiérrez   Gilberto Simoni
2007   Danilo Di Luca   Andy Schleck   Eddy Mazzoleni
2008   Alberto Contador   Riccardo Riccò   Marzio Bruseghin
2009   Denis Menchov   Franco Pellizotti   Carlos Sastre
2010   Ivan Basso   David Arroyo   Vincenzo Nibali
2011   Michele Scarponi[9]   Vincenzo Nibali   John Gadret
2012   Ryder Hesjedal   Joaquim Rodríguez   Thomas De Gendt
2013   Vincenzo Nibali   Rigoberto Urán   Cadel Evans
2014   Nairo Quintana   Rigoberto Urán   Fabio Aru
2015   Alberto Contador   Fabio Aru   Mikel Landa
2016   Vincenzo Nibali   Esteban Chaves   Alejandro Valverde
2017   Tom Dumoulin   Nairo Quintana   Vincenzo Nibali
2018   Chris Froome   Tom Dumoulin   Miguel Ángel López
2019   Richard Carapaz   Vincenzo Nibali   Primož Roglič
2020   Tao Geoghegan Hart   Jai Hindley   Wilco Kelderman
2021   Egan Bernal   Damiano Caruso   Simon Yates
2021   Jai Hindley   Richard Carapaz   Mikel Landa
2023   Primož Roglič   Geraint Thomas   João Almeida

* O Giro de Itália de 1912 disputou-se por equipas. A equipa Atala estava formado por Carlo Galetti, Giovanni Michelotto, Eberardo Pavesi e Luigi Ganna.

Vencedores por países editar

[10]

País Vitórias 2º lugar 3º lugar Total
  Itália 69 67 71 207
  Bélgica 7 6 3 16
  França 6 6 4 16
  Espanha 4 6 10 20
  Rússia 3 3 0 6
  Suíça 3 2 3 8
  Colômbia 2 4 1 7
  Reino Unido 2 2 1 5
  Luxemburgo 2 1 2 5
  Países Baixos 1 2 3 6
  Suécia 1 2 1 4
  Estados Unidos 1 1 1 3
  Austrália 1 1 1 3
  Equador 1 1 0 2
  Eslovênia 1 0 1 2
  Irlanda 1 0 0 1
  Canadá 1 0 0 1
  Letônia 0 1 1 2
  Ucrânia 0 1 1 2
  Venezuela 0 0 1 1
  Portugal 0 0 1 1
TOTAL 106 106 106 318

* O Giro de Itália de 1912 disputou-se por equipas e ganhou-o uma equipa italiana. Conta-se no total: primeiro Atala (Itália), segundo Peugeot (França) e terceiro Gerbi (Itália).

Estatísticas editar

Vitórias de etapas por países (1909–2020) editar

Ref:[11]

Top 10
País Etapas
  Itália 1277
  Bélgica 163
  Espanha 114
  França 70
  Suíça 57
  Alemanha 38
  Austrália 37
  Reino Unido 32
  Colômbia 31
  Países Baixos 29
11 – 20
País Etapas
  Rússia 25
  Estados Unidos 14
  Noruega 13
  Dinamarca 12
  Luxemburgo 12
  Ucrânia 9
  Suécia 9
  Eslovênia 8
  Irlanda 8
  Chéquia 6
21 – 30
País Etapas
  Portugal 6
  Polónia 5
  Equador 5
  Eslováquia 5
  Venezuela 4
  Bielorrússia 4
  México 3
  Lituânia 3
  Letônia 2
  União Soviética 2
31 – 35
País Etapas
  Argentina 2
  Áustria 1
  Costa Rica 1
  África do Sul 1
  Uzbequistão 1
  Estónia 1

* Não se tomam em conta as etapas de Contrarrelógio por Equipas nem etapas Anuladas
Atualizado em 25 de Outubro de 2020

Mais vitórias gerais editar

Ciclista Vitórias Anos
  Alfredo Binda 5 1925, 1927, 1928, 1929, 1933
  Fausto Coppi 5 1940, 1947, 1949, 1952, 1953
  Eddy Merckx 5 1968, 1970, 1972, 1973, 1974

Mais pódios editar

Ciclista Total
  Felice Gimondi 3 2 4 9
  Fausto Coppi 5 2 0 7
  Gino Bartali 3 4 0 7
  Gilberto Simoni 2 1 4 7
  Alfredo Binda 5 1 0 6
  Giovanni Brunero 3 2 1 6
  Jacques Anquetil 2 2 2 6
  Francesco Moser 1 3 2 6
  Eddy Merckx 5 0 0 5
  Fiorenzo Magni 3 2 0 5
  Vincenzo Nibali 2 1 2 5
  Giuseppe Saronni 2 1 1 4
  Charly Gaul 2 0 2 4
  Italo Zilioli 0 3 1 4
  Bartolomeo Aimo 0 1 3 4
  Bernard Hinault 3 0 0 3
  Carlo Galetti 2 1 0 3
  Costante Girardengo 2 1 0 3
  Franco Balmamion 2 1 0 3
  Giovanni Valetti 2 1 0 3
  Paolo Savoldelli 2 1 0 3
  Miguel Indurain 2 0 1 3

Mais vitórias de etapas editar

Nome País Vitórias
1 Mario Cipollini   Itália 42
2 Alfredo Binda   Itália 41
3 Learco Guerra   Itália 31
4 Costante Girardengo   Itália 30
5 Eddy Merckx   Bélgica 25
6 Giuseppe Saronni   Itália 24
7 Francesco Moser   Itália 23
8 Fausto Coppi   Itália 22
8 Roger De Vlaeminck   Bélgica 22
10 Franco Bitossi   Itália 21
11 Giuseppe Olmo   Itália 20
11 Alessandro Petacchi   Itália 20[12]
11 Miguel Poblet   Espanha 20

Mais dias de líder editar

Nome País Dias
1 Eddy Merckx   Bélgica 76
2 Alfredo Binda   Itália 61
3 Francesco Moser   Itália 57
4 Giuseppe Saronni   Itália 51
5 Gino Bartali   Itália 50
6 Jacques Anquetil   França 36
7 Fausto Coppi   Itália 31
8 Bernard Hinault   França 31
9 Miguel Indurain   Espanha 29
10 Charly Gaul   Luxemburgo 27

Mais participações editar

# Nome País Participações Edições
1 Wladimiro Panizza   Itália
18
(1967 e 1969–1985)
2 Pierino Gavazzi   Itália
17
(1973–1988 e 1990)
3
Roberto Conti   Itália
16
(1987–1998 e 2000–2003)
Franco Bitossi   Itália
16
(1963–1978)
Aldo Moser   Itália
16
(1955–1962, 1964–65, 1967, 1969–73)
Andrea Noé   Itália
16
(1994–2008 e 2011)
7 Gilberto Simoni   Itália
15
(1995 e 1997–2010)
8
Mario Cipollini   Itália
14
(1989–1992 e 1995–2004)
Stefano Garzelli   Itália
14
(1997–2005, 2007, 2009–2011 e 2013)
Alessandro Petacchi   Itália
14
(1998–2000, 2002–2007, 2009–2011 e 2014–2015)

Outra estatísticas editar

Classificação por pontos

Classificação da montanha

Mais etapas ganhadas

Mais etapas ganhadas numa edição

Mais etapas consecutivas ganhadas

Giro mais longo

Giro mais curto

Etapa mais longa

  • 430 km em 1914 (Lucca-Roma)

Etapa mais curta (excluídas as contrarrelógio)

  • 31 km em 1987 Sanremo-Sanromolo

Ganhador mais jovem

Ganhador com mais idade

Maior diferença do 1º ao 2º

Menor diferença do 1º ao 2º

Falecidos na prova editar

Ver também editar

Referências

Ligações externas editar

 
O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Giro d'Italia