Operário Futebol Clube (Mato Grosso)

 Nota: Não confundir com Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense.
 Nota: Não confundir com Esporte Clube Operário.

Operário Futebol Clube (cujo acrônimo é OFC) é uma agremiação esportiva da cidade de Várzea Grande, no estado de Mato Grosso, fundado em 8 de agosto de 2002. Suas cores são vermelho, azul e branco.

Operário FC
Nome Operário Futebol Clube
Principal rival Operário VG
Fundação 8 de agosto de 2002 (21 anos)
Mando de jogo em Estádio Dito Souza
Capacidade (mando) 2 600 torcedores
Presidente Izaurino Xavier de Lima Santos
Treinador(a) Rodolfo Quintino Kupper
Patrocinador(a) UNIVAG
Viveiros Mato Grosso
Unimed Cuiabá
Competição Mato Grosso Mato-Grossense - 2ª Divisão
Website operariofc.com
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
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Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

História editar

O clube foi fundado em 8 de agosto de 2002 pelos desportistas José Maria Fratuchelli (ex-presidente da Federação Mato-grossense de Motociclismo) e Alceu Provatti (ex-diretor do Clube Esportivo Operário Várzea-Grandense), para substituir o próprio CEOV nas competições após ser licenciado devido a muitas dívidas acumuladas. Com isso, o novo clube adquiriu as vagas nas competições que o antigo clube disputaria, além das cores, uniforme, escudo, hino e títulos. [1]

O Operário já começou tendo um grande desafio pela frente, participou da Copa do Brasil de 2003 e enfrentou o Palmeiras na primeira fase, sendo eliminado com duas derrotas (1x0 em Cuiabá e 5x1 em São Paulo). No Estadual, o Operário só voltou a final em 2005, enfrentando o Vila Aurora. A primeira partida foi no estádio Verdão em Cuiabá acabou empatada em 2 a 2. No segundo confronto, na cidade de Rondonópolis, o tricolor perdeu por 3 a 1. Esse resultado deu o vice-campeonato ao tricolor. O atacante Rinaldo do Operário foi artilheiro do campeonato com 16 gols ao lado de Moreno do Vila Aurora. Jogo de volta: [2]

Domingo, 3 de julho de 2005 Vila Aurora   3 – 1   Operário FC Estádio Luthero Lopes, Rondonópolis
18:00
  11' 1T' Carioca
  27' 1T' Carioca
  32' 1T' Peta
  Luizão Árbitro:  Carlos Eugênio Simon

Operário: Ernandes, Peta, Marcelo do Ó e Evandro; Baiano, Kiko, Betinho, Elias (Fernando) e Lucianinho; Rinaldo e Gil (Éder Grillo). Técnico: Carlos Henrique Pedroso, Mosca.

O 1º Título editar

Ainda em 2005, o primeiro título do novo/velho clube. Uma partida que entrou para história do futebol mato-grossense, reunindo mais de 20 mil pagantes no Verdão para o confronto contra o seu rival Mixto, o confronto dos dois times mais tradicionais do estado. Radiante, o time tricolor venceu a primeira partida no dia 19 de Novembro de 2005 por 1 a 0 com gol do lateral Fabiano. Nesta segunda partida, no dia 27 de Novembro de 2005, o tricolor precisava apenas do empate, e foi o que aconteceu, empatando em 2 a 2 e sagrando-se Campeão da II Copa Governador, atual Copa FMF. O capitão da equipe, o goleiro Ernandes ergue o troféu de campeão diante de sua torcida no estádio Verdão.

Domingo, 27 de novembro de 2005 Mixto   2 – 2   Operário FC Verdão, Cuiabá
18:30
Público: 20 000
Árbitro:  Maurício Aparecido Siqueira

Operário: Ernandes Pantaneiro; Polaco, João Bosco, Ataliba e Fabiano; Léo, Betinho, Guga e Fernando Vilanova; Ely e Miguel. Técnico: Carlos Henrique Pedroso, Mosca.

Grandes Feitos editar

Em 2006, o Fluminense foi o adversário na Copa do Brasil. O Tricolor jogou melhor do que na edição passada, mas mesmo assim foi eliminado na primeira fase. Veio o Estadual e com ele a base de 2005, e o técnico Mosca no comando. No meio da caminhada, o técnico Mosca pediu demissão e a diretoria contratou Carlos Rufino. Carlos Rufino continuou com a base de Mosca e mesclou seu trabalho. Sucesso absoluto e o tricolor trilhou rumo ao título Estadual.

Foram dois jogos contra o Barra do Garças na final, e nas duas partidas deu Operário. E o tricolor levantou o troféu de campeão, o 1º como Operário FC e o 14º título Estadual, juntando com os demais conquistados pelo Operário VG. Rinaldo foi artilheiro do campeonato mais uma vez, mas dessa vez isolado com 14 gols. [3]

Primeira partida da final – Operário 2 x 0 Barra das Garças
Quarta-feira, 24 de maio de 2006 Operário FC   2 – 0   Barra do Garças Verdão, Cuiabá
20:30
  17' 1T' Wender
  30' 2T' Wender
Árbitro:  Jamil Rodrigues

Operário: Ernandes, Simoney (Éder Grillo), Maurício Canhão, Ataliba e Fabiano; Édson Nascimento (Fábio Pastor), Rafael e Wender; Odil, Ronaldo Paulista (Luiz Fernando) e Rinaldo. Técnico: Carlos Rufino.

Segunda partida da final – Barra das Garças 1x2 Operário
Domingo, 28 de maio de 2006 Barra do Garças   1 – 2   Operário FC Zeca Costa, Barra do Garças
15:00
  17' 2T' Rinaldo   17' 1T' Alexandre
  23' 1T' Odil
Público: 4 000
Árbitro:  Luiz Alberto Dip

Operário: Ernandes, Fábio Pastor, Maurício Canhão, Ataliba e Fabiano; Rafael, Wender, Gugo (Luiz Fernando) e Odil (Simoney); Ronaldo Paulista (Tony) e Rinaldo. Técnico: Carlos Rufino.

Brasileiro da Série C editar

O ano de 2006 ainda reservava a estreia do Tricolor na Série C do Brasileirão. O Operário caiu no Grupo 3, junto com o conterrâneo Mixto e com Araguaína do Tocantins e Ulbra-RO, terminando na liderança do grupo. Porém, na segunda fase caiu no grupo com Maranhão do estado homônimo, Ananindeua e Tuna Luso, ambos do Pará e foi eliminado. No total, Foram 12 partidas sendo: 14 pontos ganhos, 3 vitórias, 5 empates e 4 derrotas, terminando em 31º lugar na classificação geral. [4]

Proposta de fusão com o CEOV editar

Apesar de ter-se como líquida a herança do patrimônio histórico e cultural do antigo Operário CEOV ao atual Operário FC, surgiu um movimento no arbitral do Campeonato Mato-grossense da 2ª Divisão de 2009 de um grupo de empresários e cartolas para o reerguimento do tradicional CEOV. Com isso Várzea Grande passaria a ter dois clubes com a mesma camisa, o mesmo escudo, o mesmo hino. Com a derrocada do CEOV, surgiu uma sinalização no sentido de unificar-se os dois grupos[5].

2011: O Primeiro Rebaixamento e Venda editar

Depois de alguns anos de altas conquistas, o clube começa a perder o fôlego. Um clube sem presidente e tocado apenas por colaboradores foi o retrato do Operário, ao ser rebaixado no Estadual de 2011. A um mês abandonado por Daniel Terroso, indicado para presidir o Tricolor várzea-grandense no início da temporada, a equipe cai sem apresentar um futebol convincente. No início, a diretoria sob comando de Terroso, que chegou a prometer uma "revolução" no clube, demonstrava animação. Chegou até a anunciar o ex-jogador Beto Cuiabano, natural de Várzea Grande, como gerente de futebol, mas para a imprensa, o ex-jogador negava que tenha aceitado o cargo. Ele cobrava seriedade e comprometimento da diretoria tricolor, que com o passar do tempo demonstrou total amadorismo.

Decepcionados com o pífio desempenho do time na atual temporada e com o descrédito vindo com o rebaixamento, os principais colaboradores do clube-empresa Dudu Campos, vereador Maninho de Barros, o empresário Azama e Hirideu Cipriano já falam em reativar o Clube Esportivo Operário Várzea-grandense para disputar o Estadual da Segunda Divisão.

Após essa dissolução, o clube foi repassado ao empresário Aílton Azambuja confirmou a participação do clube no Campeonato Estadual da Segunda Divisão, torneio disputado no mês de julho do mesmo ano. Ele reafirmou à sua disposição de não abrir mão do direito da equipe em representar Várzea Grande na principal competição de acesso, já que na cidade há um movimento para a reativação do tradicional Clube Esportivo Operário Várzea-grandense (CEOV), apelidado no meio como "Chicote da Fronteira". Após este anúncio, o time foi vendido ao empresário carioca Sebastião Viana, que já chegou pagando algumas dívidas do clube e preparando para a disputa da divisão. [6] Neste início de reconstrução de sua história, o Operário Futebol Clube ficará longe de suas origens, raízes. O novo presidente do clube Sebastião Marques Viana confirmou a cidade pantaneira de Poconé, a 100km de Várzea Grande, como base para a reta final de sua preparação para o Campeonato Mato-grossense da Segunda Divisão, marcado para ser aberto no dia 2 de julho.

Problemas com o Operário "original" editar

O movimento de reativação do CEOV finalmente torna-se realidade em 2013. Ambos os clubes, coincidentemente estariam disputando a mesma Segunda Divisão do Estadual e passaria a ser clubes gêmeos, ocorrendo até mesmo o confronto entre eles. [7]

A partir daí, começou uma guerra entre os Operários sobre os direitos de uso da marca, já que o Operário FC utilizava do mesmo escudo, hino, uniforme, cores, estrutura e títulos. O CEOV, conseguiu uma liminar onde obrigava o Operário FC a não usar mais o seu nome, hino e história com pena de multa diárias.[8]. Mesmo assim, o Operário FC seguiu utilizando do nome, estrutura e etc alegando que tinha conseguido a patente da marca Operário.

Em 2015, a situação começa a se agravar e Sebastião Viana começa a pensar em colocar o clube a venda.[9] Mesmo com essa crise, depois de anos tentando retornar para a Primeira Divisão, o Operário sagra-se campeão da Segunda Divisão de 2015 ao vencer o Araguaia. Porém, no Mato-Grossense de 2017 novamente o Tricolor foi rebaixado.

O Novo Operário FC editar

Em 2017, novamente o presidente Sebastião Viana quer vender o clube, a para isso toma uma atitude diferente: decide vendê-lo através de uma postagem no Facebook. [10]. Novamente, o presidente não conseguiu compradores, e em 2018, depois de inúmeras derrotas na justiça para o Operário VG, o Operário FC começa o seu processo de desvincular a imagem do "Operário original". Para a disputa da 2ª Divisão], o Operário mudou de escudo e suas cores passaram a ser rubro-negras, inspirados do Flamengo, nome este que o clube pretende adotar em breve.[11][12]. Em 2018 o clube foi novamente campeão da 2ª divisão do Mato-Grossense, mas em 2019 foi novamente rebaixado.

Venda do Operário FC editar

O clube veio a ser vendido no ano de 2021 para um grupo de empresários e passando por uma reformulação de seu escudo.

Títulos editar

Estaduais
Competição Títulos Temporadas
  Campeonato Mato-Grossense 1 2006
  Copa FMF 1 2005
  Campeonato Mato-Grossense - 2ª Divisão 2 2015 e 2018
  Campeonato Mato-Grossense Feminino 3 2014, 2018 e 2019

Campanhas editar

Torneios estaduais editar

  Campeonato Mato-Grossense de Futebol

Ano 1ªD 2003 1ªD 2004 1ªD 2005 1ªD 2006 1ªD 2007 1ªD 2008 1ªD 2009 1ªD 2010 1ªD 2011 2ªD 2012
Pos. ND 10º 12º  
Ano 2ªD 2013 2ªD 2014 2ªD 2015 1ªD 2016 1ªD 2017 2ªD 2018 1ªD 2019 2ªD 2020 2ªD 2021 2ªD 2022
Pos.   11º     10º   ad ad

  Copa FMF

Ano 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2019
Pos.

Torneios nacionais editar

  Campeonato Brasileiro - Série C

Ano 2005
Pos. 31º

  Copa do Brasil

Ano 2003 2006 2007
Pos. 61º 54º 61º

Ver também editar

Referências

  1. Rodrigo Oliveira (9 de novembro de 2012). «OPERÁRIO-MT: TRÊS CLUBES EM UM». História do Futebol. Consultado em 18 de dezembro de 2019 
  2. «Campeonato Mato-Grossense 2005». Bola n@ Área 
  3. «Campeonato Mato-Grossense 2006». Bola n@ Área 
  4. «Campeonato Brasileiro Série C 2006». Bola n@ Área 
  5. "Fusão de forças pode reconstruir o Operário"[ligação inativa], Gazeta Digital, 12/12/2009
  6. Robson Boamorte (8 de junho de 2011). «Operário é vendido para empresário carioca». Repórter MT. Consultado em 18 de dezembro de 2019 
  7. Robson Boamorte (17 de maio de 2013). «CEOV é reativado e Segundona de MT terá Operário x Operário». GloboEsporte.com. Consultado em 18 de dezembro de 2019 
  8. «CEOV x Operário Ltda: Time empresa terá que trocar de cores e uniforme». GloboEsporte.com. 3 de julho de 2013 
  9. «Com futuro incerto, Sebastião Viana coloca Operário Ltda à venda». GloboEsporte.com 
  10. «Clube de futebol em MT é vendido em rede social: "Se não anunciar, não vende!"». GloboEsporte.com 
  11. «Operário confirma mudança de nome e participação no Mato-grossense do próximo ano». SóNotícias. 13 de outubro de 2018. Consultado em 18 de dezembro de 2019 
  12. «Operário vai mudar de nome em 2019». 24Horas. 31 de julho de 2018. Consultado em 18 de dezembro de 2019 

Ligações externas editar