O Sukhoi Su-17 (Russo: Сухой Су-17) (OTAN: Fitter-B), denominação Su-20/Su-22 para exportação, é um avião russo de ataque ao solo. Foi o primeiro avião soviético com asas de geometria variável, sendo altamente exportado para países do Bloco do Leste, o qual continua em serviço até hoje. Foi exportado para países do Oriente Médio, América Latina e África com a denominação Su-20 e Su-22 referente a suas variantes. Foram produzidos ao todo 2 867 unidades entre 1969 e 1990, sendo 1 165 exportados a quinze países.[3][4]

Sukhoi Su-17\Su-20\Su-22
(OTAN: Fitter-B)
Sukhoi Su-17
Um Su-22 polonês
Descrição
Tipo / Missão Ataque ao solo
País de origem  União Soviética
 Rússia
Fabricante Sukhoi
Período de produção 1969–1990
Quantidade produzida 2 867
Desenvolvido de Sukhoi Su-7
Primeiro voo em 1965 (59 anos)
Introduzido em 1967
Tripulação 1 ou 2
Especificações (Modelo: Su-17M4)
Dimensões
Comprimento 19,02 m (62,4 ft)
Envergadura 9,34 m (30,6 ft)
Altura 5,12 m (16,8 ft)
Área das asas 36,6  (394 ft²)
Alongamento 2.4
Peso(s)
Peso vazio 12 160 kg (26 800 lb)
Peso máx. de decolagem 16 400 kg (36 200 lb)
Propulsão
Motor(es) 1 motor turbojato de pós-combustão Lyulka AL-21F-3
Empuxo:
  • Empuxo seco: 7 790 kgf (76 400 N)
  • Empuxo em pós-combustão: 11 196 kgf (110 000 N)
Performance
Velocidade máxima 1 860 km/h (1 000 kn)
Velocidade de cruzeiro 1 400 km/h (756 kn)
Velocidade máx. em Mach 1.70 Ma
Alcance bélico 1 150 km (715 mi)
Teto máximo 14 200 m (46 600 ft)
Armamentos
Metralhadoras / Canhões 2x Nudelman-Rikhter NR-30
Mísseis R-60, K-13
Bombas 4.000 kg em 10 pilones aeronáuticos. Compatível com Kh-23 Grom, Kh-25, Kh-29, Kh-58, bomba guiada por laser, bombas de fragmentação e arma nuclear de uso tático
Notas
Sukhoi,[1] Wilson[2]

Desenvolvimento editar

Protótipo editar

 
Su-17 a esquerda e Su-7 a direita

Devido a problemas nas características de decolagens e aterrissagens do Sukhoi Su-7B (STOL), a Sukhoi coloca em projeto um caça-bombardeiro com asas de geometria variável, tendo como elemento primo não modificar pesadamente o projeto do Su-7B. O desenvolvimento do protótipo denominado S-22I começou em 1963, possuindo como ponto central porções fixas das asas nas partes internas e moveis externamente, podendo mudar entre 30º e 63º, sendo posteriormente atualizada com um ângulo intermediário de 45º.[5] Com a parte interna das asas fixas, possibilitou a melhoria no centro da massa e pressão frente ao sistema de decolagem e aterrissagem, além de uso em baixas velocidades (TOLC). Ao passar por extensos testes em túneis de vento, foram colocados três variáveis nas asas dianteiras, com uma aba de inclinação na traseira.[3][4]

 
Dois Su-17 demonstrando ângulos de abertura das asas, caso de asas de geometria variável

No ano de 1965 o projeto conceitual passou ao protótipo físico, decorrendo por testes para funcionamento do sistema de asas. O S22l tornou-se o primeiro avião soviético com sistema de asas de geometria variável, sendo o projeto várias vezes melhorado pelos testes, para aprimoramento da segurança, STOL, velocidade de pouso em torno de 60 Km/h e APC. Com a aprovação do projeto, ocorre o início da produção em novembro de 1967, sobre o nome de Su-17 (designação S-32 pela fábrica).[3][4]

Design - Características editar

 
Medidor laser óptico montado sobre a entrada de ar do turbojato

O Su-17 possui asas de geometria variável, sendo o primeiro avião soviético com essa característica, o que seria constante no desenvolvimento de outras aeronaves, caso do Sukhoi Su-24, Tupolev Tu-22M e Tu-160. Quatro pilones aeronáuticos ficavam embaixo das asas, sendo dois em de cada seção de mudança da geometria das asas, juntamente com wing fence para melhor sustentabilidade e estabilidade. A geometria variável possibilitava velocidade final mais alta em comparação a asa tipo delta, porém sacrificava o pouso e manobrabilidade em voo, além de serem apenas três posições de possíveis de uso.[4] A mudança de ângulo era feita manualmente pelo punho do piloto. Sobre a fuselagem central do avião existia 4 pilones aeronáuticos, tanto para armamentos quanto para tanques de combustível. Várias versões de motores estiveram presentes no Su-17, dependendo da versão apresentada, mas uma característica constante continuou sendo apenas um, com uma entrada Inlet para o turbojato, fazendo a fuselagem e estrutura ter forma de cilindro, similar ao MiG-21 e o antecessor Su-7B. Na frente há o tubo de Pitot, além do sistema de radar e uma nova canopy, com fuselagem dorsal para combustível e aviônicas adicionais.[3] Com a atualização do turbojato nas versões posteriores do Fitter C, ocorre uma otimização significativa na quantidade de armamentos, tamanho de tanques e raio operacional, melhorando em torno de 50% a eficiência.[4]

A evolução do modelo foi constante ao passar dos anos, tanto devido a melhoria de equipamentos, tecnologia quanto pela experiência adquirida em campo. Assim, o Su-17 possuiu várias versões com características diferentes, do motor a aviônica e fuselagem.

Variantes editar

Su-17 (Fitter-B) editar

Produzido com base no Su-7BM (Fitter A), essa variante foi a primeira versão do Su-17, sendo testado em 1966 por Vladimir Ilyushin, entrando em produção entre 1967 e 1973. Possuía um novo sistema de aviônica, possibilitando uso de piloto automático, motor AL-7F-1 e sistema de mísseis de ataque ao solo Kh-23.[3]

Su-17M - Su-20 (Fitter-C) editar

 
Su-17M pousando

Sendo produzido entre 1972 e 1975, no total de 253 unidades construídas, com motor AL-21F-3 para maior eficiência de consumo e menor tamanho, possibilitou modificações na fuselagem e aumento de raio de alcance de combate. Outro ponto foi o novo sistema de navegação mais moderno, APC, com rádios Spot-3 SIREN-10 de aviso e piloto automático Arábia 22-1, fatores que aumentaram a velocidade máxima e de subida. No sistema de armamentos, houve a introdução de novos sistemas de mísseis e bombas, Kh-25, Kh-29L, Kh-28 ar-radar e K-60 para ar-ar em pequenas distâncias[6] bombas FAB; além de uso de tanques adicionais de combustível de 1150 litros. Ocorreu a atualização na possibilidade de uso de ângulo das asas com geometria variável, de 30º ou 63º para a possibilidade de uso na posição intermediária de 45º graus. Essa versão foi exportada para países sobre o nome Su-20, sobretudo para Síria, Iraque e Egito.[3][7][6]

Su-17M2 - Su-22 (Fitter-D) editar

Com o desenvolvimento do MiG-23B e MiG-27 ocorre a necessidade de melhorias de equipamentos já ultrapassados no Su-17, sobretudo os sistemas de aviônica e armamentos. A variante Su-17M2 foi produzida entre 1974 e 1977, buscando melhorar os pontos antes ressaltados. Teve a frente da aeronave aumentada para introduzir o sistema de ataque laser Fon-1400, ataque terrestre ADO-17 e PBK-3-17, comunicação Gyelta-NM e de navegação DISS-7 Doppler. No caso do design, houve mudança do motor para o tipo Tumansky/Khatchaturov R-29BS-300, mesmo que equipava o rival Mig-23, além de aumento de capacidade de combustível de 4590 para 4705 litros. A versão de exportação teve o nome de Su-22, sendo exportados ao Iraque, Líbia, Peru, Iêmen e Angola, no total de 268 unidades produzidas. Essa versão possuía opção de mísseis R-13 ar-ar e bombas H-23 a H-25L, H-29L e 25L-W.[3][8]

Su-17UM (Fitter-E) editar

Similar à essa versão Su-17UM, era a versão de treinamento com dois lugares, possuindo sistema de aviônica diferente, com maior fuselagem e alguns problemas de estabilidade comprovados. Teve o ângulo do nariz da aeronave modificado para melhor visão para treinamento. Possuí sistema de armas simples, HP-30.[3][9]

Su-17M3 (Fitter-H) editar

 
Su-17M3

O Su-17M3 (Fitter-H) teve sua introdução em 1976 possuindo novo sistema Klyon-P de alvo a laser e similaridades com o projeto de design do Su-17UM, mas no lugar do navegador, foram implantados sistemas eletrônicos e maior capacidade de combustível. Essa variante possuí sistema de detecção Vjuga 17, aviso de interceptação tipo Berjoza-L-15, sistema de disparo ASP-17B e possibilidade de usar mísseis ar-ar R-60. Essa versão foi produzida entre 1976 e 1984, foram construídas 488 unidades, sendo exportados para Líbia, Síria, Iraque, Peru, Iêmen, Vietnã, Afeganistão e Hungria.[3][10]

Su-17M4 (Fitter-K) editar

 
Su-17M4

A versão final foi o Su-17M4 (S-54, Fitter-K), com motor turbofan AL-31F, novo sistema de canhões TKB-687, ataque e navegação A&NS PrNK-54 e piloto automático 54-type Kljon, e uma extensão maciça de uso mísseis e possibilidades. Com os novos sistemas a radome foi remodelada, diminuindo a velocidade máxima da aeronave para Mach 1.7. Teve remodelamento da calda, com novas entradas de ar em baixa velocidade. Possui o sistema Orlan de laser/tv para mísseis guiados e assento ejetável K-36DM. Foram produzidos 231 unidades entre 1983 e 1990, e está ainda ativo na Força Aérea da Polônia.[3][7][11]

História Operacional editar

Guerra do Yom Kippur (1973) editar

Su-17 foram usados pela Força Aérea Síria na Guerra do Yom Kippur, sendo vários abatidos pela Força Aérea Israelense.[12][13]

Guerra Civil Angolana (1975-2002) editar

Su-17 esteve presente na Guerra Civil Angolana, no qual foram enviados pela URSS 12 Su-20M entre 1982 e 1983 para apoiar o Movimento Popular de Libertação de Angola, MPLA. Desses foram perdidos 10 até uma nova leva de 14 Su-22M-4K e 2 Su-22UM-3K serem incorporados entre 1989 e 1990, além de mais 6 da Bielorrússia e 11 da Eslováquia em 1999-2001. Foram aviões bastante ativos no uso contra a UNITA (União Nacional para a Independência Total de Angola) durante grande período do conflito.[12][14] Dois incidentes importantes ocorreram em 1987 e 1994, naquele um Su-20M número C510 foi abatido, e neste um Su-22 com base em Catumbela foi abatido por um sistema SAM disparado pela UNITA durante um ataque em Huambo.[15][16]

Guerra do Afeganistão (1979-1989) editar

O Su-17 foi altamente usado na Guerra do Afeganistão (1979-1989), sendo utilizado tanto pela URSS quanto pelo governo do Afeganistão contra os Mujahideen. Devido as difíceis condições do Afeganistão, altas temperaturas durante o dia, elevada altitude e quantidade de areia, demonstraram serem em fatores determinantes em falhas nos componentes eletrônicos dos aviões. Isso foi constante também para modelos Su-24 e Su-25, fatores que trouxeram futuras modificações na aviônica destes posteriormente. O motor AL-21F provou-se confiável para as condições apresentadas, porém problemas de manobrabilidade e falta de blindagem complacente com fogo antiaéreo provou ser um problema do Su-17. O uso de MANPADS, caso de 9K32 Strela-2, FIM-43 Redeye e FIM-92 Stinger, pelos Mujahideen demonstrou-se efetivo contra o Su-17, tornando o flare um dispositivo eficiente e necessário para proteção do avião. Mesmo com a superioridade aérea das forças soviéticas e uso de mecanismos de defesa, o Su-17 foi forçado a operar em entre 3 500-4 000 metros de distância sobre o solo para não ter problemas com o fogo antiaéreo, utilizando-se de bombas não guiadas enquanto os ataques precisos ficavam para os Su-25. No final da guerra o Su-17 foi substituto pelo Mikoyan MiG-27.[12]

Foram abatidos 29 Su-17 no Afeganistão.[12]

Conflito entre Chade e Líbia (1978-1987) editar

Uso do Su-17 pela Líbia foi constante no Conflito entre Chade e Líbia. Um incidente importante ocorreu quando um Su-22MK foi abatido por um FIM-92 Stinger.[12]

Guerra Irã-Iraque (1980-1989) editar

Entre 1980 e 1989 o Iraque usou versões Su-20 e Su-22 juntamente com Su-7 na Guerra Irã-Iraque, como parte de táticas de apoio aéreo e ataque solo.[17] Foram abatidos cerca de 21 Su-20/22 por F-14 Tomcat, mais 18 por F-4 Phantom II e 3 por Northrop F-5 pela Força Aérea do Irã em todo o conflito.[18]

Incidente no Golfo de Sidra (1981) editar

 
Su-22M da Líbia

Um evento importante foi o Incidente no Golfo de Sidra (1981), no qual dois Fitters for abatidos por F-14 Tomcats usando AIM-9 Sidewinder na costa da Líbia em 19 de Agosto de 1981.[19]

Guerra do Golfo (1990-1991) editar

 
Su-22 Iraquiano danificado na Operação Tempestade no Deserto

Foram pouco usados na Guerra do Golfo, isso devido a superioridade aérea das forças da coalizão. Um incidente importante ocorreu quando dois Su-20/22 e um Su-7 foram abatidos por um F-15C dos Estados Unidos da América em um dos primeiros dias da campanha, quando a Força Aérea do Iraque tentava levar aeronaves ao Irã como local seguro. A maioria dos Su-17 foram destruídos em solo. Entre 20 e 22 de março, outros dois Su-20/22 foram abatidos por um F-15C na Operação Provide Comfort.[20] Com a queda do regime de Saddam Hussein, a força aérea Iraquiana foi totalmente destruída ou sem capacidade de manutenção das aeronaves existentes, não havendo mais Su-17 e variantes no inventário.[17][12]

Primeira Guerra da Chechênia (1994-1996) editar

Seu uso continuou na Primeira Guerra da Chechênia (1994-1996), sobretudo como avião de ataque e reconhecimento junto aos Su-24 e Su-25. Em 1998 a Rússia o retirou de sua força aérea, aposentando-o oficialmente.[12]

Guerra de Cenepa (1995) editar

 
Su-22 Fitter Peruano

A Força Aérea Peruana utilizou na Guerra de Cenepa em 1995, na qual 2 Su-22 Peruanos foram perdidos. O Equador alega que foram abatidos por Dassault Mirage F1 da Força Aérea Equatoriana.[21][22] Tal afirmação é negada pela Força Aérea Peruana, afirmando que um foi danificado devido a fogo antiaéreo da artilharia do Equador em uma missão de ataque ao solo em baixa altitude e outro foi por um problema de motor, causado um incêndio.[23][24][25] Ao total os Su-22 fizeram 45 sorties na zona de combate.

Operação Scorched Earth (2009-2010) editar

A Força Aérea do Iêmen usou Su-17 para atacar posições dos Houthis. Foram vários incidentes relacionados ao Su-17 e outras aeronaves do Iêmen durante a operação, sendo duas quedas por falha mecânica e um por uma batida no ar com outra aeronave.[26] Posteriormente a operação, um Su-22 foi abatido por tribos contrárias ao governo de Ali Abdullah Saleh e dois caíram por motivos desconhecidos.[27][28][29]

Guerra Civil Síria (2011-presente) editar

Su-22 são usados na Guerra Civil Síria pela Força Aérea Síria.[30] Um Su-22 foi abatido por Jihadistas dos grupos Jabhat Al-Nusra e Ahrar Al-Sham perto do vilarejo de Tal Al-‘Eiss no sul de Alepo em abril de 2016; há indicativos de uso de MANPADS.[31][32][33]

Operadores editar

 
Operadores militares do Su-17:
  Operadores
  Ex-operadores
  Angola

Força Aérea Nacional de Angola opera 11 unidades de diferentes variantes em 2012.[34]

  Iêmen

Foram comprados 25 unidades de Su-22 e Su-22M4 pelo Iêmen do Norte. Devido aos intensos conflitos relacionados a separação do Iêmen e a atual Guerra Civil, os números de aeronaves existentes e operacionais são inexistentes.[35]

  Polónia
 
Su-22М4 da Força Aérea da Polônia

Estima-se que a Força Aérea da Polônia possui 6 Su-22M4K e 6 Su-22UM3K em estado operacional em 2014.[36][37] A Polônia recebeu 27 Su-20 no ano de 1974, estando operacionais em Powidz, substituindo os já ultrapassados Ilyushin Il-28. Entre os anos de 1984 e 1988 foram entregues 90 das variantes Su-20, Su-22M4K e 22UM3K.[38][39] Desde 2014, a Polônia está reformulando e atualizando 18 de seus Su-22 como projeto de melhoria de suas capacidades. O custo de atualização individual é estimado em 2,6 milhões de dólares por unidade, tendo em vista o serviço dessas aeronaves até 2024-2026.[37]

  Síria

A Síria comprou 15 Su-20K na época da Guerra do Yom Kippur, sendo comprados mais 70 unidades das variantes Su-22M3 e Su-22M4 posteriormente devido a Guerra do Líbano de 1982.[40][41] Com a Guerra Civil Síria, não existem possibilidades de conhecimento correto referentes a quantos Su-17 estão no inventário e operacionais.

  Vietname

Estima-se que a Força Aérea do Vietnã possua entre 45 e 150 de variantes Su-22M3, Su-22M4 e Su-22UM.[42] Sendo 53 operacionais.[43]

Ex-operadores editar

  Afeganistão

A República Democrática do Afeganistão possuía 60 unidades de Su–20M e Su–22M3K que foram implantadas pela URSS na década de 1980 na Guerra do Afeganistão (1979-1989), para substituir os Su-7 já obsoletos. Nenhum desses Su-20 e Su-22 sobreviveram ao Emirado Islâmico do Afeganistão.

  Alemanha Oriental
 
Fitter em Peenemünde na Alemanha

A Alemanha Oriental possuía cerca de 23 Su-22M4 e 4 Su-22UM3K em 1987. Com a unificação da Alemanha, a Deutsche Luftwaffe incorporou os Su-22 ao seu inventário, porém só foi usado para testes.[44]

  Argélia

Possui 32 aeronaves, sendo todas fora de operação.

  Armênia

Admite-se que possuem um número significativo, porém inexato.

  Azerbaijão

Possuem 2 aeronaves.

  Bielorrússia

A Bielorrússia recebeu Su-17 com o desmantelamento da URSS, porém todos já foram retirados de serviço.

  Bulgária

Possuía 18 Su-22M4 e 3 Su-22UM3 em 1983, sendo adquiridos mais 6 Su-22M4 em 1988. Foram colocados no aeroporto de Dobrich, sendo regimentos de reconhecimento e bombardeio. Em 1999 foram realocados para Bezmer para retirada de operação. A maioria das aeronaves foram retiradas em 2002, sobrando poucas ainda ativas em 2004. Atualmente todas foram retiradas de operação pela Força Aérea Búlgara.

  Egito

Em 1972 o Egito possuía 8 Su-20, estando presentes na Guerra do Yom Kippur. Com o passar do tempo os Su-20 foram sendo retirados e vendidos, caso de 2 para o EUA e mais 2 para a Alemanha Ocidental para serem testados.

  Eslováquia

A Força Aérea da Eslováquia herdou 21 aeronaves com a divisão da Tchecoslováquia em 1993, sendo 18 Su-22M4 e 3 Su-22UM3K. Foram vendidos 10 Su-22M4 e 1 Su-22UM3K para Angola entre 1999 e 2000,[45] sendo os restantes guardados, colocados em museus ou usados para treinamento.[46]

  Hungria
 
Su-22M3 exposto no Museu Aeronáutico de Szolnok na Hungria

A Força Aérea Húngara mantinha 12 Su-22M3 e 3 Su-22UM3 no ano de 1983. Duas aeronaves de um tripulante e uma de treinamento caíram em incidentes. Com a reformulação da Força Aérea Hungara, todos os Su-22 forma retirados de serviço em 1997.[47]

  Irão

A Força Aérea do Irã recebeu em torno de 22 Su-20 e 22 do Iraque em 1991. Eles ficaram não operacionais por muitos anos, apenas em 2013 entrando em um programa de reformas.[48][49]

  Iraque

A Força Aérea Iraquiana possuía em torno de 160 Su-20, Su-20M, Su-22M3 e Su-22M4 comprados para a Guerra Irã Iraque. Pelo menos metade foram destruídos ao proceder do conflito. Com a Guerra do Golfo, 24 fugiram para o Irã na tentativa de achar um local seguro, sendo dois abatidos por mísseis AIM-7 Sparrow disparados por F-15C dos EUA. Ao proceder da Guerra do Iraque, todos os Su-20 e Su-22 Iraquianos que restavam foram destruídos, deixando a Força Aérea Iraquiana sem qualquer aeronave em seu inventário.[12][17]

  Líbia
 
Su-22M3 da Líbia

A Força Aérea da Líbia operava pelo menos 40 Su-22, sendo variantes Su-22M3 e Su-22UM3K, no ano de 2011 quando começou a Guerra Civil Líbia (2011).[50]

  Peru
 
Su-22 da Força Aérea Peruana

O Peru foi o único país da América Latina a possuir exemplares de Su-22MK e Su-22UM3K em seu inventário, contabilizando 30 aeronaves. Estavam no quadragésimo décimo primeiro esquadrão de bombardeio da Força Aérea Peruana na base Militar de La Joya. Utilizavam mísseis R-3SZ e R-13 para combate aéreo e possuíam adaptações de equipamento, como a tentativa de fazer um sistema de reabastecimento aéreo e outros tipo de sistemas de aviônica.[51] Todos os Su-22 do Peru foram retirados do inventário.

  Chéquia

Com a divisão da Tchecoslováquia, a República Tcheca recebeu 31 Su-22M4 e 5 Su-22UM3K. Todas as aeronaves foram retiradas de operação em 2002.

  Rússia
 
Su-17 da Força Aérea Russa

Todos os exemplares de Su-17 e variantes da Força Aérea Russa foram retirados de operação no ano de 1998, sendo oficialmente aposentado.[12][52]

  Turquemenistão

Um número desconhecido de Su-17 estão no inventário da Força Aérea do Turquemenistão, porém nunca ficaram ativos.

  Ucrânia

A Força Aérea da Ucrânia possuía 30 Su-17 em seu inventário em 1992, tendo recebidos durante a existência da URSS.[53] As aeronaves foram retiradas de operação com o tempo, restando apenas uma unidade em operação para treinamentos em Zaporizhzhya.[54]

  Uzbequistão

Um número desconhecido de aeronaves estavam no inventário do Exército do Urberquistão, estando todos guardados em Chirchiq.[55]

Especificações (Su-17M4) editar

 
Desenho de linha do Sukhoi Su-17M4

Informações retiradas de Sukhoi,[1] Wilson[2]

Características Gerais editar

  • Tripulação: 1 (piloto)
  • Comprimento: 19,02 m (62 ft 5 in)
  • Envergadura: 9,34 m (30 ft 7 in)
    • Aberta: 13,68 m (44 ft 11 in)
    • Fechada: 10,02 m (32 ft 10 in)
  • Altura: 5,12 m (16 ft 10 in)
  • Área alar: 36,6 m² (394 ft²)
    • Aberta: 38,5 m2 (414 sq ft)
    • Fechada: 34,5 m² (370 ft²)
  • Peso vazio: 12 160 kg (12,2t) (26 810 lb)
  • Peso c/ carga máx.: 16 400 kg (16,5t) (36 155 lb)
  • Motor: 1 turbojato Lyulka AL-21F-3 pós-combustão

Performance editar

  • Velocidade máxima:
    • Nível do Mar: 1 400 km/h (755 knots, 870 mph)
    • Altitude: 1 860 km/h (1 005 knots, 1 156 mph, Mach 1,7)
  • Velocidade de cruzeiro: 770 km/h.
  • Raio de ação: 1 150 km (620 nmi, 715 mi) com 2 000 kg (4 400 lb) de carga.
  • Alcance de travessia: 2 300 km (1 240 nmi, 1,430 mi)
  • Teto de serviço: 14 200 m (46 590 ft)
  • Taxa de subida: 230 m/s (45 275 ft/min)

Armamentos editar

  • 2 canhões 30 mm Nudelman-Rikhter NR-30, 80 projeteis.
  • Dois pilones aeronáuticos sobre as asas para mísseis R-60 (AA-8 'Aphid') ou mísseis ar-ar K-13 (AA-2 'Atoll') para autodefesa.
  • Capacidade de 4 000 kg (8 800 lb) e total de dez pilones aeronáuticos na aeronave, para bombas não guiadas, foguetes, bombas de fragmentação, cahões SPPU-22-01, ECM, napalm e armas nucleares. Compatível com mísseis guiados Kh-23 (AS-7 'Kerry'), Kh-25 (AS-10 'Karen'), Kh-29 (AS-14 'Kedge'), e Kh-58 (AS-11 'Kilter') além de bombas a laser e eletro-ópticas.

Ver também editar

Referências

  1. a b Sukhoi. «Sukhoi Su-17M4» 
  2. a b Wilson 2000, p. 130.
  3. a b c d e f g h i j Sukhoi. «Sukhoi Museum - Su-17». Arquivado do original em 26 de janeiro de 2008 
  4. a b c d e «Sukhoi - Su-17». Airwar.ru 
  5. Green, William and F. Gordon Swanborough. The Great book of Fighters. St. Paul, Minnesota: MBI Publishing, 2001. ISBN 0-7603-1194-3.
  6. a b «Su 17M Airwar.ru» 
  7. a b «Su-17 Military Factory» 
  8. «SU-17M2 Airwar.ru» 
  9. «SU-17 UM Airwar.ru» 
  10. «SU-17 M3 Airwar.ru» 
  11. «SU-17 M4 Airwar.ru» 
  12. a b c d e f g h i «Su-17 Air Vectors.net» 
  13. Ejection-history.org.uk. «Syrian - Losses & Ejections». Arquivado do original em 15 de dezembro de 2010 
  14. «Acig - African Migs» 
  15. «ASN Wikibase Occurrence # 58437». Aviation-safety.net 
  16. «Ejection Year 1994». Ejection-history.org.uk. Arquivado do original em 7 de janeiro de 2018 
  17. a b c «Iraq Air Force Equipament» 
  18. Cooper and Bishop, 2004, pp. 85–88.
  19. «New York Times - Us Reports Shooting two libya jets» 
  20. Herbert A. Friedman (Ret.). «Operation Provide Comfort». Psywarrior.com 
  21. «Ministerio de Defensa Nacional» 
  22. «AeroFlight» 
  23. Diario "El Mundo", edición N° 114 del 4-5 de Marzo de 1995, p. 2
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Bibliografia editar

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