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Estado de Goiás
[[Ficheiro:|140px|Bandeira de Goiás]] [[Ficheiro:|95px|center|Brasão de Goiás]]
Bandeira Brasão
Lema: Terra Querida, fruto da vida
Hino: Hino de Goiás
Gentílico: goiano

Localização de Goiás no Brasil
Localização de Goiás no Brasil

Localização
 - Região Centro-Oeste
 - Estados limítrofes Mato Grosso do Sul (SO), Mato Grosso (O), Tocantins (N), Bahia (NE), Minas Gerais (L, SE e S) e Distrito Federal (L)
 - Regiões geográficas
   intermediárias
6
 - Regiões geográficas
   imediatas
22
 - Municípios 246
Capital  Goiânia
Governo
 - Governador(a) Ronaldo Caiado (UNIÃO)
 - Vice-governador(a) Daniel Vilela (MDB)
 - Deputados federais 17
 - Deputados estaduais 41
 - Senadores Jorge Kajuru (PSB)
Vanderlan Cardoso (PSD)
Wilder Morais (PL)
Área
 - Total 340 111,783 km² () [1]
População 2021
 - Estimativa 7 206 589 hab. (11º)[2]
 - Densidade 21,19 hab./km² (17º)
Economia 2021[3]
 - PIB R$ 269.628 bilhões ()
 - PIB per capita R$ 37.414,08 (11º)
Indicadores 2010/2015[4][5]
 - Esperança de vida (2015) 71,0 anos (11º)
 - Mortalidade infantil (2015) 19,3‰ nasc. (19º)
 - Alfabetização (2016) 93,5% (10º)
 - IDH (2021) 0,737 (10º) – alto [6]
Fuso horário
Clima Tropical monçônico (Am), tropical savânico (Aw) e subtropical de altitude (Cwa/Cwb) [[Classificação climática de Köppen-Geiger|]]
Cód. ISO 3166-2 [[ISO 3166-2:BR|]]
Site governamental [ ]

Mapa de Goiás
Mapa de Goiás

Goiás é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado a leste da região Centro-Oeste. Possui como limites: ao norte, com Tocantins. A leste e sudeste, com Minas Gerais. A nordeste, com a Bahia. A sudoeste, com Mato Grosso do Sul. E a oeste, com Mato Grosso. Compreende uma superfície de 340 111,783 km², com uma população de 7 206 589 moradores. A capital do estado é o município de Goiânia. Conta com 246 municípios. As cidades mais populosas constituem: Goiânia, Anápolis e Luziânia.[7]

Goiás pertence ao planalto Central. É formado por solos aplainados cuja altitude oscila de 200 a 800 metros. Paranaíba, Aporé, Araguaia, São Marcos, Corumbá, Claro, Paraná e Maranhão constituem os rios mais caudalosos.[7]

A economia está alicerçada em quatro setores. São eles: comercial, industrial (mineral, alimentícia, têxtil, mobiliário, metalúrgico, madeireiro), pecuário (especialmente bovinos e bubalinos) e agrícola (soja, arroz, algodão, cana-de-açúcar).[7]

Os bandeirantes e pecuaristas de São Paulo eram os primeiros a conquistar a região à procura de solos mais férteis. Em 1592 foram encontradas as primeiras minas de ouro, mas somente em 1727 o segundo Anhangüera (Bartolomeu Bueno da Silva) descobriu o riacho mais abundante, próximo ao qual criou o arraial de Santana. A extração do ouro alcançou o apogeu na segunda metade do século XVIII. Em 1748 foi fundada a capitania de Goiás, desincorporada da de São Paulo, que, em 1824, transformou-se em província. Simultaneamente, onde as minas se esvaziavam, a agricultura e a pecuária se tornaram as mais importantes fontes de renda, desde 1860. A construção de estradas e a navegação, no século XIX, possibilitaram a exportação dos produtos, enquanto o erguimento das novas capitais — Goiânia (1935) e Brasília (1956) ― facilitou a economia. Em 1988, o norte de Goiás foi emancipado, originando o estado de Tocantins.[7]

Etimologia editar

O termo, sob a ótica morfológica, está na posição de outras palavras indígenas de nomes geográficos ou de apelo frequente, como ananá/ananás/ananases, goitacá/goitacás/goitacases, cataguá/cataguás/cataguases, em que o prefixo, singular, possui o plural no segundo, que emprestado como singular, começa a apresentar plural reduplicado. Verdadeiramente, Aires do Casal (1754–1821) afirma que a denominação Goiás surgiu da designação dos índios goiases, que habitavam a atual cidade de Goiás, primeira capital do estado. No entanto, já Simão de Vasconcelos (1597–1671) alude a Goiases em 1668, da mesma forma que frei Gaspar Madre de Deus (1714–1800) a Goiases, como também o faz Cláudio Manoel da Costa (1729–1789). Em quaisquer casos, o tratamento de um designativo de povo indígena parece não ser duvidoso. Esta há quanto à significação tradicional e sua morfologia, quer procurados no tupi, quer em dialetos gês, algo por volta da ideia de “pessoas do mesmo grupo, familiares”.[8][9]

Existe uma semelhança aproximada entre os nomes do estado e da fruta, ambos oriundos da língua tupi. Apesar disso, há muitos autores leigos e desinformados no assunto que pensam que o topônimo Goiás tenha vindo do fruto da goiabeira, nome popular da espécie Psidium guajava L. Essa desinformação começa a confundir a unidade federativa brasileira com a mirtácea.[10]

O nome Goiás, quando utilizado no meio de uma frase, dispensa o emprego de artigo, similarmente ao que acontece na designação dos estados de Mato Grosso, de Mato Grosso do Sul, de Alagoas e de Minas Gerais.[11][12][13][14][15]

História editar

 Ver artigo principal: História de Goiás

Povos indígenas e período colonial editar

 
Município de Goiás em 1830.
 
Gravura do século XVIII, mostrando bandeirantes.
 
Divisão administrativa do Brasil após a Guerra dos Emboabas.

Durante o descobrimento do Brasil pelos portugueses, vários povos indígenas povoavam o território dos atuais estados de Goiás e Tocantins. Entre eles incluem os caiapós e os quirixás ou crixás (na região onde fica a atual cidade de Crixás). Os goiás ou guaiás (na área da atual cidade de Goiás). Os javaés (na ilha do Bananal) e os craós (no atual estado de Tocantins).[16]

A conquista de Goiás deu-se, de um lado, com a entrada de bandeirantes paulistas à procura de ouro e indígenas para escravização. E, de outro, com a migração de pecuaristas da Bahia e do Maranhão em busca de pastagens mais férteis. A bandeira do paulista Sebastião Marinho atingiu as cabeceiras do Tocantins e encontrou ouro (1592). Em seguida, cerca de vinte bandeiras penetraram em Goiás no decorrer do século XVII, boa parte delas vinda de São Paulo. Sobressaíram a de Bartolomeu Bueno da Silva, o Velho, em 1682, que voltou para São Paulo com pouco ouro, mas enorme quantidade de indígenas presos. E a de seu herdeiro homônimo, que regressou às margens do rio Vermelho, já havia se encontrado com seu pai, e descobriu ouro em 1722. Começou naquela época a legítima conquista do território: Bartolomeu Bueno da Silva, o Novo, obteve, como presente do rei de Portugal, terras no norte goiano. Ele esteve junto de seu cunhado João Leite da Silva Ortiz.[17] Os dois se ocuparam da extração mineral e criaram, em 1726, o primeiro povoado goiano, o arraial da Barra, atual Buenolândia. Três anos depois, em 1729, Bueno da Silva criou o arraial de Santana, onde foi instituído o primeiro governo da região, sendo designado superintendente das minas de Goiás.[18][17]

O progresso foi ligeiro: as povoações se proliferavam, a população aumentava, os pecuaristas ampliavam os seus rebanhos. Em 1744, o território foi desmembrado do governo de São Paulo por Dom João V e em 9 de maio de 1748 era fundada a capitania de Goiás. Para esta, foi designado governador Dom Marcos José de Noronha e Brito. No começo do século XIX, com o fim do ouro descoberto nos rios, reduziu a população de várias povoações goianas.[17]

Período imperial e republicano editar

 
Mapa da Província de Goiás, 1874. Arquivo Nacional.
 
Cartaz publicitário anunciando a venda de lotes em Goiânia, à época da construção da cidade.

Em 1821, as capitanias foram elevadas a províncias e começou o processo de designação dos governantes. Naquela época, a parte norte da província de Goiás fez irromper o movimento separatista, refreado por Caetano Maria Lopes Gama. O movimento foi incompletamente fracassado e seu chefe designado primeiro presidente da província pelo imperador do Brasil, D. Pedro I, assumindo o poder em 13 de dezembro de 1824. Nessa época, a condição financeira da província era bastante complicada. No entanto, alguns governantes, como Miguel Lino de Moraes (1827–1831) e José Vieira de Couto Magalhães (1863–1864), empenharam-se para desenvolver as condições. E expandiram a agricultura, a pecuária e a navegação fluvial.[17]

 
Pedro Ludovico assina, em 1937, o decreto que transfere da capital de Goiás.

Com a declaração da república, Goiás foi comandada por uma junta até a investidura do novo governador, Rodolfo Gustavo da Paixão, em 24 de fevereiro de 1890. Conflitos internos entre os grupos políticos adversários convulsionaram a população e impossibilitavam o progresso do estado. Os revoltosos de 1924 vieram até Goiás e ocorreram vários conflitos contra as tropas regulares da região. A vitória da revolução em 1930 provocou relevantes mudanças. O interventor federal Pedro Ludovico Teixeira (1930–1945) outorgou o decreto da transferência da capital para Goiânia. Esta cidade foi por ele erguida e fundada em 5 de julho de 1942. Nasceu a nova capital do estado, ocorreram a finalização da Estrada de Ferro de Goiás (começada em 1911), a fundação de colônias agrícolas e a construção de Brasília (desde 1956). Todas essas transformações trouxeram desenvolvimento ao estado.[17]

Eram governadores, dentre outros, Jerônimo Coimbra Coelho (1947–1950), Mauro Borges Teixeira (1961–1964), Otávio Laje Siqueira (1965–1971), Íris Resende Machado (1983–1986) e Henrique Santillo (1987–1990). Em 1958, a parte centro-norte de Goiás foi elevada à categoria de estado de Tocantins. Íris Resende, que se reelegeu em 1990, tomou posse pela segunda vez do governo do estado em 1991, continuando até abril de 1994. Agenor Rodrigues de Resende concluiu seu mandato. Elegendo-se governador Luiz Alberto Maguito Vilela em novembro de 1994, foi empossado do governo do estado em janeiro de 1995.[17]

Geografia editar

Demografia editar

Governo e política editar

Subdivisões editar

Economia editar

Infraestrutura editar

Cultura editar

Ver também editar

Notas

Referências

  1. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação». Consultado em 29 de agosto de 2021 
  2. IBGE, IBGE (27 de agosto de 2021). «Estimativa Populacional 2021» (PDF). ibge.gov.br. Consultado em 28 de agosto de 2021 
  3. «Sistema de Contas Regionais: Brasil 2021» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 17 de novembro de 2023 
  4. «Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2015» (PDF). IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2016 
  5. «Sinopse do Censo Demográfico 2010». IBGE. Consultado em 2 de dezembro de 2016. Cópia arquivada em 20 de junho de 2022 
  6. Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil. Pnud Brasil, Ipea e FJP. «Atlas Brasil: Ranking». Consultado em 27 de março de 2023 
  7. a b c d «GOIÁS». www.brasil.gov.br. Consultado em 2 de janeiro de 2023. Cópia arquivada em 31 de janeiro de 1998 
  8. Girardi, Giovana (fevereiro de 2007). «Índios, santos e geografia». Revista Galileu. Consultado em 28 de setembro de 2013. Cópia arquivada em 29 de outubro de 2013 
  9. Houaiss, Doles & Barbosa 1993, p. 5365.
  10. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.855
  11. «Dicionário Online - Dicionário Caldas Aulete - Significado de goiano». www.aulete.com.br. Consultado em 10 de maio de 2021. Cópia arquivada em 10 de maio de 2021 
  12. «Dicionário Online - Dicionário Caldas Aulete - Significado de mato-grossense». www.aulete.com.br. Consultado em 10 de maio de 2021. Cópia arquivada em 10 de maio de 2021 
  13. «Dicionário Online - Dicionário Caldas Aulete - Significado de sul-mato-grossense». www.aulete.com.br. Consultado em 10 de maio de 2021. Cópia arquivada em 1 de abril de 2019 
  14. «Dicionário Online - Dicionário Caldas Aulete - Significado de alagoano». www.aulete.com.br. Consultado em 10 de maio de 2021. Cópia arquivada em 5 de fevereiro de 2020 
  15. «Dicionário Online - Dicionário Caldas Aulete - Significado de mineiro». www.aulete.com.br. Consultado em 10 de maio de 2021. Cópia arquivada em 17 de janeiro de 2020 
  16. Arruda 1988, p. 3737.
  17. a b c d e f Mascarenhas et al. 1998, pp. 2740–2741.
  18. «História – Município de Goiás». Consultado em 18 de março de 2023. Cópia arquivada em 5 de janeiro de 2023 

Bibliografia editar

  • Arruda, Ana (1988). «Goiás». Enciclopédia Delta Universal. 7. Rio de Janeiro: Delta 
  • Houaiss, Antônio; Doles, Dalísia Elizabeth Martins; Barbosa, Francisco de Assis (1993). «Goiás». Enciclopédia Mirador Internacional. 10. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações Ltda 
  • Mascarenhas, Maria Amélia; Biasi, Mauro De; Coltrinari, Lylian; Moraes, Antônio Carlos de Robert de (1998). «Goiás». Grande Enciclopédia Larousse Cultural. 11. São Paulo: Nova Cultural 

Ligações externas editar