António Ribeiro

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António Ribeiro | |
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Cardeal da Igreja Católica | |
Patriarca de Lisboa | |
Atividade eclesiástica | |
Diocese | Patriarcado de Lisboa |
Nomeação | 10 de maio de 1971 |
Predecessor | Dom Manuel Cardeal Gonçalves Cerejeira |
Sucessor | Dom José da Cruz Cardeal Policarpo |
Mandato | 1971 — 1998 |
Ordenação e nomeação | |
Ordenação presbiteral | 5 de julho de 1953 |
Nomeação episcopal | 3 de julho de 1967 |
Ordenação episcopal | 17 de setembro de 1967 por Dom Manuel Cardeal Gonçalves Cerejeira |
Nomeado Patriarca | 10 de maio de 1971 |
Cardinalato | |
Criação | 5 de março de 1973 por Papa Paulo VI |
Ordem | Cardeal-presbítero |
Título | Santo António de Pádua na Via Merulana |
Brasão | |
Lema | Ex Fide in Fidem |
Dados pessoais | |
Nascimento | Celorico de Basto 21 de maio de 1928 |
Morte | Lisboa 24 de março de 1998 (69 anos) |
Nacionalidade | português |
Progenitores | Mãe: Ana Gonçalves Pai: José Ribeiro |
Funções exercidas | -Bispo-auxiliar de Braga (1967–1969) -Bispo-auxiliar de Lisboa (1969–1971) -Vigário Militar de Portugal (1971–1998) |
Títulos anteriores | Bispo Titular de Tigillava |
Sepultado | Panteão dos Patriarcas de Lisboa |
dados em catholic-hierarchy.org Cardeais Categoria:Hierarquia católica Projeto Catolicismo | |
António Ribeiro (Celorico de Basto, 21 de maio de 1928 — Lisboa, 24 de março de 1998) foi um cardeal português, o 15.º Patriarca de Lisboa, como Dom António II.
BiografiaEditar
Era filho de José Ribeiro (c. 1860) e de sua mulher Ana Gonçalves (c. 1904), ambos de São Clemente de Basto. Estudou no Seminário de Braga, na Pontifícia Universidade Gregoriana, em Roma, na Faculdade Teológica em Innsbruck e na Faculdade Teológica de Munique.[1]
VidaEditar
Foi ordenado em 5 de julho de 1953, na Arquidiocese de Braga. O então arcebispo de Braga, D. António Bento Martins Júnior, mandou-o estudar para Roma onde se doutorou na Pontifícia Universidade Gregoriana com a tese «A Doutrina do Evo em S. Tomás de Aquino. Ensaio sobre a duração da alma separada». Depois desta sua formação humanística, filosófica e teológica, António Ribeiro iniciou a sua atividade na Comunicação Social e no ensino. Entre 1959 e 1964 foi membro do corpo docente do Seminário de Braga e ficou responsável pelo programa «Encruzilhadas da Vida», transmitido aos sábados na RTP, em que debate temas de atualidade, frequentemente sugeridos pelos próprios telespectadores. Foi docente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, entre 1964 e 1966. Transita para o programa, também na RTP, intitulado "Dia do Senhor", entre 1964 e 1967, onde demonstrou as suas qualidades de comunicador, com um sentido crítico e uma capacidade de leitura cristã dos acontecimentos. Lecionou Filosofia Social, Filosofia Moral e Psicologia Social e foi director do Instituto Superior de Cultura Católica, entre 1965–1967 e Vigário-geral da arquidiocese de Braga, entre 1966 e 1967. Para além de trabalhar na área da Comunicação Social, foi assistente nacional e diocesano da Liga Universitária Católica e ainda das associações profissionais de médicos, farmacêuticos, juristas, engenheiros e professores.
EpiscopadoEditar
Inicialmente foi escolhido para suceder, na diocese moçambicana da Beira, ao bispo D. Sebastião Soares de Resende, mas o regime não permitiu que fosse para Moçambique. Foi então eleito bispo-titular de Tigillava e nomeado bispo-auxiliar de Braga, em 3 de Julho de 1967, foi consagrado em 17 de Setembro, pelo Cardeal Manuel Gonçalves Cerejeira, Patriarca de Lisboa, assistido por Francisco Maria da Silva, arcebispo de Braga, e por António de Castro Xavier Monteiro, arcebispo titular de Mitilene, bispo-auxiliar de Lisboa.[1]
Em 6 de Junho de 1969, é nomeado bispo-auxiliar de Lisboa. Promovido ao Patriarcado de Lisboa, o décimo-quinto patriarca de Lisboa com o nome de D. António II (nomeado aos 13 de Maio de 1971, por aniversário das aparições marianas de Fátima). Foi nomeado Vigário militar de Portugal, 24 de Janeiro de 1972.[1]
CardinalatoEditar
O Papa Paulo VI fê-lo cardeal no consistório de 5 de março de 1973, recebendo o barrete cardinalício e o título de Santo Antônio de Pádua na Via Merulana no mesmo dia.[1]
Posteriormente Paulo VI confiou-lhe a presidência do último Sínodo de Bispos do seu pontificado, a IV Assembleia Ordinária do Sínodo dos Bispos, no Vaticano, a 30 de setembro de 1997. Foi o enviado especial do Papa João Paulo II para a celebração do quinto centenário da evangelização de Angola, em Luanda, entre 22 e 27 de outubro de 1991 e enviado especial do Papa para a celebração do quinto centenário do Tratado de Tordesilhas, em Setúbal, Portugal, a 5 de setembro de 1994.[1] Presidiu à cerimónia de casamento do Duque de Bragança e chefe da Casa Real Portuguesa, D. Duarte Pio de Bragança com Isabel de Herédia, a 13 de maio de 1995, em Lisboa.
Morreu em 24 de março de 1998, devido ao estado avançado de um cancro, no Seminário de São José, em Caparide. O seu túmulo encontra-se no túmulo dos patriarcas na Igreja de São Vicente de Fora, em Lisboa. Um monumento comemorativo a ele foi erguido em Britelo, Basto, e um busto foi colocado em sua vila natal, Celorico de Basto, na praça que leva seu nome.[1]
ConclavesEditar
- Conclave de agosto de 1978 – participou da eleição do Papa João Paulo I
- Conclave de outubro de 1978 – participou da eleição do Papa João Paulo II
Referências
Ligações externasEditar
- «The Cardinals of the Holy Roman Church» (em inglês). www2.fiu.edu
- «Catholic Hierarchy» (em inglês). www.catholic-hierarchy.org
- «GCatholic» (em inglês). www.gcatholic.org
- «Site oficial da Igreja Católica Ortodoxa Hispânica». www.igrejaortodoxahispanica.com
- «Agência Ecclesia». www.agencia.ecclesia.pt
- Jornal Sol- Entrevista a Moita Flores
Precedido por Criação do titulus (1933) |
Bispo-titular de Tigillava 1967 — 1971 |
Sucedido por Józef Marek |
Precedido por: Manuel Gonçalves Cerejeira |
15.º Cardeal-Patriarca de Lisboa 1971 — 1998 |
Sucedido por: José da Cruz Policarpo |
Ordinário Castrense 1971 — 1998 |
Sucedido por: Januário Torgal Mendes Ferreira | |
Precedido por Peter Tatsuo Doi |
Cardeal-presbítero de Santo Antônio de Pádua na Via Merulana 1973 — 1998 |
Sucedido por Cláudio Hummes O.F.M. |