Drácula, uma História de Amor
Drácula, uma História de Amor (ou simplesmente Drácula) foi uma telenovela brasileira produzida pela Rede Tupi, escrita por Rubens Ewald Filho e dirigida por Atílio Riccó. Com apenas quatro capítulos exibidos entre 28 e 31 de janeiro de 1980 na faixa das 19 horas, sucedendo Dinheiro Vivo, a trama foi interrompida devido ao encerramento do núcleo de teledramaturgia da emissora, que passava por uma grave crise financeira, afetando outras novelas em andamento. Ewald Filho reescreveu os primeiros capítulos da história e levou-a para a Rede Bandeirantes, que a transmitiu com o nome Um Homem muito Especial no mesmo ano.[1]
Drácula, uma História de Amor | |
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Informação geral | |
Formato | Telenovela |
Gênero | |
Duração | 40 minutos |
Estado | suspensa e cancelada |
Criador(es) | Rubens Ewald Filho |
País de origem | Brasil |
Idioma original | português |
Produção | |
Diretor(es) | Atílio Riccó |
Produtor(es) executivo(s) | Mario Ferreira da Silva |
Elenco | ver elenco |
Tema de abertura | "Classical Gas", Larry Fast |
Localização | Paranapiacaba, SP |
Exibição | |
Emissora original | Rede Tupi |
Formato de áudio | monaural |
Transmissão original | 28 – 31 de janeiro de 1980 |
Episódios | 4 |
Cronologia | |
Programas relacionados | Um Homem muito Especial |
Contou com as atuações de Rubens de Falco, Bruna Lombardi, Carlos Alberto Riccelli, Cleide Yáconis, Isabel Ribeiro, Paulo Goulart, Sandra Barsotti e Flávio Galvão nos papeis principais.[1]
Produção, exibição e cancelamentoEditar
A ideia inicial de produzir uma telenovela sobre o Conde Drácula partiu do diretor Walter Avancini, inspirado por uma apresentação temática sobre o personagem no Teatro da Broadway, em Nova Iorque, Estados Unidos. Assim, no início de 1980, o crítico de cinema Rubens Ewald Filho foi chamado por Álvaro de Moya, um dos supervisores da Rede Tupi, para escrever uma trama baseada na história do conde vampiro. Os atores que participariam da produção foram escolhidos por Avancini e as gravações ocorreriam na cidade de Paranapiacaba, no estado de São Paulo.[1]
A emissora, que passava por uma grave crise financeira, demitiu Avancini antes mesmo de a trama estrear e foi afetada por uma greve movida por artistas e técnicos devido ao não pagamento de seus salários. Ainda no mês de janeiro, o diretor do núcleo de novelas Antônio Abujamra comunicou a suspensão das gravações. Até aquele momento, Drácula, uma História de Amor teve dez capítulos escritos e apenas quatro deles puderam ir ao ar, na faixa das 19 horas, entre 28 e 31 de janeiro. Além dessa, outras tramas foram prejudicadas: Como Salvar Meu Casamento, iniciada em 1979, saiu do ar faltando exibir vinte capítulos para ser concluída, e Maria Nazaré, que chegou a ser gravada, sequer estreou.[1][2]
O pouco do que havia sido produzido do folhetim de Ewald Filho foi reprisado pela Tupi até os primeiros dias de fevereiro, sendo escaladas outras atrações para substituição no horário. Naquele mês, todo o elenco de dramaturgia da emissora foi demitido e o núcleo, desativado, tornando Drácula a última produção inédita do gênero no canal, que encerrou suas atividades em julho.[1][2]
SinopseEditar
Vladimir, o Conde Drácula, deixa a Transilvânia e vem para o Brasil à procura de seu filho Rafael, que havia sido levado ainda pequeno por Ana.
Vladimir reencontra o filho, mas se apaixona pela mulher dele, Cecília, que acredita ser a reencarnação de seu único amor do passado. Ainda enfrenta a poderosa Dona Marta Matos Lacerda, em uma relação misteriosa.
ElencoEditar
Ator/Atriz | Personagem[1] |
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Rubens de Falco | Vladimir (Conde Drácula) |
Bruna Lombardi | Cecília |
Carlos Alberto Riccelli | Rafael |
Cleyde Yáconis | Dona Marta Matos Lacerda |
Paulo Goulart | Jonathan |
Isabel Ribeiro | Ana |
Serafim Gonzalez | Tonico |
Yara Lins | Olívia |
Vic Militello | Iolanda |
Cláudia Alencar | Alcina |
Paulo Castelli | Fernando |
Arlete Montenegro | Beatriz |
Sandra Barsotti | Nina |
Marcos Plonka | Honorato |
Bárbara Fazio | Vera |
Amilton Monteiro | Rômulo |
CríticaEditar
Helena Silveira, do jornal Folha de S. Paulo, escreveu sobre a telenovela em sua coluna no dia 1.º de fevereiro de 1980: "Em dois capítulos já se criou um clima, uma atmosfera. Muito cedo para dizer se o vampiro não irá degringolar pelos abismos do ridículo. Mas o fato é que alguns dos personagens mais importantes já tiveram seu selo, sua marca registrada. (...) Enfim, a Tupi não está com uma pedra no meio do caminho. Está com uma montanha. É melancólico ver-se uma novela com certo carisma estrear cercada por insegurança. Em todo o caso, o próprio enredo não poderá deixar de ser sinistro".[2]
Versão da Rede BandeirantesEditar
Em 21 de julho de 1980, a Rede Bandeirantes estreou Um Homem muito Especial, uma nova versão de Drácula com os primeiros capítulos reescritos e grande parte da equipe que trabalhou na trama suspensa pela Tupi, entre eles Atílio Riccó como diretor, Walter Avancini como supervisor e integrantes do elenco original. Exibida até 7 de fevereiro de 1981 em 137 capítulos, a novela passou pela saída de alguns atores e pela troca de roteiristas.[2]