Juntos por el Cambio
Juntos por el Cambio[12] (em português: Juntos pela Mudança) (às vezes abreviado como JxC ou Juntos na província de Buenos Aires) é uma coalizão política argentina criada para participar nas eleições nacionais da Argentina de 2019. É uma ampliação da aliança Mudemos, que ganhou as eleições em 2015. Foi liderada pelo ex-presidente Mauricio Macri, mas depois da derrota nas eleições de 2019, sua liderança tem sido questionada.[13] Os principais partidos políticos integrantes são Proposta Republicana, União Cívica Radical, Coalizão Cívica ARI e Peronismo Republicano. É atualmente a maior coalizão de oposição na Argentina.
A coalizão competiu nas eleições de 2019 com a chapa integrada pelo então presidente, Mauricio Macri e o senador Miguel Ángelo Pichetto.[14] Macri não conseguiu se reeleger e ficou com 40,28% dos votos, ficando em segundo lugar, atrás da chapa da Frente de Todos, integrada por Alberto Fernández e Cristina Fernández de Kirchner, que ganhou no primeiro turno com 48,24% dos votos.[15]
HistóriaEditar
Em maio de 2019, o presidente da UCR, Alfredo Cornejo propôs aumentar a coalizão Cambiemos a outros dirigentes, como Roberto Lavagna, Miguel Ángel Pichetto, Juan Manuel Urtubey e Sérgio Massa.[16] Essa posição foi apoiada pela Convenção Nacional da UCR, que se reuniu no Parque Norte. Umas semanas depois, Pichetto declarou a imprensa que via como impossível integrar uma ampliação da até então aliança governante.[17] Urtubey, do Partido Justicialista, declarou que funcionários do governo nacional haviam lhe oferecido a candidatura à vice-presidente. Em 11 de junho de 2019, Mauricio Macri anunciou no Twitter que Pichetto o acompanharia na chapa presidencial.[18]
Na cidade de Buenos Aires, a UCR não participou de Cambiemos nas eleições de 2015 e 2017, onde fez parte da coalizão social-democrata Evolución Ciudadana apoiando a candidatura de Martín Lousteau[19]. Em 25 abril de 2019, Losteau também pediu uma ampliação de Cambiemos. Em 26 de junho, foi anunciada a incorporação da UCR em Buenos Aires e também do Partido Socialista (ambos faziam parte da coalizão Evolución Ciudadana) ao Juntos por el Cambio.
Por meio de Pichetto, a coalizão incorporou Lucila Crexell, senadora nacional pela província de Neuquén, originalmente do partido Movimiento Popular Neuquino, e o senador Carlos Espínola da província de Corrientes, que fazia parte do Partido Justicialista.[20]
Na Província de Buenos Aires, Juntos por el Cambio incorporou dissidentes do Frente Renovador (FR) e alguns ex-membros do espaço Alternativa Federal, que saíram dias após o anúncio da entrada de Pichetto na fórmula presidencial.
Falcões e PombasEditar
A mídia argentina usa o conceito de "falcões e pombos" (em castelhano: Halcones y Palomas) para diferenciar os membros com posições mais fortes e agressivas contra os moderados da coalizão. Os "falcões" são os com uma política econômica mais liberal e de tolerância zero contra o crime, enquanto as "pombas" estão associadas a aspectos centristas.[21]
PosicionamentosEditar
De acordo com a mídia, JxC é uma coalizão de centro-direita pois é liderada por Mauricio Macri[22][23][24][25]
Ele alinhou o país com o neoliberalismo e reabriu a Argentina aos mercados internacionais, suspendendo o controle da moeda, reestruturando a dívida externa e sugerindo soluções de livre mercado.[26][27]
O ex-presidente Mauricio Macri disse que buscaria reformas mais abrangentes para a Argentina se sua coalizão governista obtivesse uma vitória retumbante nas eleições legislativas de 2017. Macri disse a repórteres que os argentinos deveriam esperar reformas tributárias, educacionais e trabalhistas, sem fornecer detalhes. O líder vinha promovendo uma agenda de reformas de livre mercado para tentar reformular a economia da Argentina.[27]
Sua presidência foi criticada por não conseguir reformar a economia argentina,[28][29] ao mesmo tempo em que foi elogiado pelo seu legado anticorrupção[30] e abrir o mercado da Argentina para o exterior.
Partidos IntegrantesEditar
Juntos por el Cambio é integrado pelos seguintes partidos:[31]
Resultados eleitoraisEditar
Eleições presidenciaisEditar
Ano | Chapa | Primárias | Primeiro turno | Resultado | Nota | |||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Presidente | Vice-presidente | votos | % | votos | % | |||
2019 | Mauricio Macri | Miguel Ángel Pichetto | 8 121 689 | 31.80 | 10 811 586 | 40.28 | Não Eleito | Nas primárias apresentou uma lista única |
Eleições primárias de 2021Editar
Nas eleições primárias (PASO), realizadas em 12 de outubro de 2021, que decidem quais candidatos irão concorrer nas eleições legislativas, a coalizão JxC ficou em primeiro lugar, obtendo 40,5% dos votos válidos. A aliança venceu em 16 das 24 províncias.[33]
Eleições legislativasEditar
Ano | Bancada | % | Posição |
---|---|---|---|
2021 | 117 / 257 |
41,89 | 1ª |
Ver tambémEditar
Referências
- ↑ Minotti, Horacio (30 de julho de 2015). «Macri y el social liberalismo». infobae. Consultado em 24 de agosto de 2021
- ↑ «Conservative Mauricio Macri wins Argentina presidency». BBC News. 23 de novembro de 2015. Consultado em 24 de agosto de 2021.
O conservador Macri é eleito presidente da Argentina
- ↑ Right and Center-Right in Contemporary Argentina: The PRO Party Case Arquivado em 3 de março de 2016, no Wayback Machine., Paper presented at XXIInd. World Congress of Political Science, Research Committee 23: Elections, Citizens and Parties, Madrid, July 8 to 12, 2012
- ↑ Sergio D. Morresi & Gabriel Vommaro, The Difficulties of the Partisan Right in Argentina: The Case of the PRO Party, Draft, March 2013
- ↑ «Del Frente Progresista a Juntos por el Cambio: "Creemos que Rodríguez Larreta expresa la socialdemocracia"». 25 de junho de 2021. Consultado em 24 de agosto de 2021.
Acreditamos que Rodríguez Larreta expressa a social democracia
- ↑ «Peña: "Cambiemos es socialista y popular"». Política Argentina (em espanhol). 16 de junho de 2016. Consultado em 3 de outubro de 2021.
Con más precisión, el funcionario macrista detalló: "El radicalismo está en la socialista y en el PRO estamos en la popular". Para Peña, dentro del gobierno de Mauricio Macri "hay gente liberal, otra que viene de la izquierda".
- ↑ «El Partido Socialista bonaerense se sumó a Juntos por el Cambio» (em espanhol). Consultado em 3 de outubro de 2021
- ↑ «Macri, ante el desafío de salir del corto plazo». La Nacion. 16 de março de 2016. Consultado em 24 de agosto de 2021.
O desafio de Macri de sair do curto prazo
- ↑ «Cambio profundo». El País. 23 de novembro de 2015. Consultado em 24 de agosto de 2021.
Mudança profunda
- ↑ «Margarita Stolbizer se metió de lleno en Juntos por el Cambio de la mano de Facundo Manes». Télam (em espanhol)
- ↑ Cayón, David (15 de junho de 2021). «"Juntos": la coalición del PRO, la UCR y Carrió tiene nuevo nombre en la provincia de Buenos Aires». Consultado em 25 de setembro de 2021
- ↑ «El nuevo frente oficialista se llamará Juntos por el Cambio». Clarín. 12 de junho de 2019
- ↑ «Frigerio puso en duda el liderazgo de Macri en Juntos por el Cambio». Ámbito. 8 de novembro 2020
- ↑ «Miguel Ángel Pichetto será el vice de Mauricio Macri en la fórmula de Cambiemos». infobae. 11 de junho de 2019. Consultado em 30 de agosto de 2021
- ↑ «Elecciones 2019: finalizó el escrutinio definitivo y Alberto Fernández se impuso con el 48,24%». La Nación. 28 de agosto de 2020
- ↑ «Cornejo propuso amplicar Cambiemos con Lavagna, Massa, Pichetto y Urtubey»
- ↑ «La UCR empuja la ampliación de Cambiemos, pero todavía no inició el diálogo formal con el PRO»
- ↑ «Juan Manuel Urtubey: "Desde el Gobierno me ofrecieron acompañar a Macri"»
- ↑ «Horacio Rodríguez Larreta suma a la UCR y al socialismo de Roy Cortina en Juntos por el Cambio de la Ciudad». Perfil. 13 de junho de 2019. Consultado em 19 de setembro de 2021
- ↑ Dinatale, Martín (19 de junho de 2019). «Pichetto hace su trabajo político: sumó al oficialismo a los senadores opositores Crexell y Espínola». Consultado em 19 de setembro de 2021
- ↑ Llorens, Francisco (7 de abril de 2021). «Halcones y palomas: en Juntos por el Cambio cierran filas detrás del comunicado». Consultado em 19 de setembro de 2021
- ↑ «Conservative Mauricio Macri wins Argentina presidency». BBC. Consultado em 23 de novembro de 2015
- ↑ Politi, Daniel (22 de outubro 2017). «Argentina's Leader, Mauricio Macri, Bolstered by Election Results (Published 2017)». NYTimes.com
- ↑ Romero, Simon; Gilbert, Jonathan (22 de novembro 2015). «In Rebuke to Kirchner, Argentines Elect Opposition Leader Mauricio Macri as President (Published 2015)». NYTimes.com
- ↑ Watts, Jonathan; Goñi, Uki (23 de Novembro de 2015). «Argentina shifts to the right after Mauricio Macri wins presidential runoff». www.theguardian.com (em inglês)
- ↑ «Mauricio Macri's long odds». The Economist. ISSN 0013-0613. Consultado em 20 de setembro de 2021
- ↑ a b «Argentinian president Macri vows 'many reforms' after strong election result». The Guardian. 24 de outubro 2017
- ↑ Luciana, Zorzoli (14 de maio de 2019). «The Consequences of Mr Macri». jacobinmag.com (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2021
- ↑ Gedan, Benjamin N. (24 de outubro 2019). «Mauricio Macri Was Bound for Disaster». Foreign Policy (em inglês). Consultado em 20 de setembro de 2021
- ↑ The Editorial Board (9 de dezembro de 2019). «Argentina must preserve anti-corruption legacy». Financial Times (em inglês). Consultado em 6 de junho de 2020
- ↑ «Elecciones nacionales 2019: Estos son los 10 frentes que se presentan»
- ↑ «UNION CIVICA RADICAL -ON-». Poder Judicial de la Nación
- ↑ «Elecciones PASO 2021 Argentina: mapa por regiones de los resultados». 13 de setembro de 2021. Consultado em 3 de outubro de 2021