Juntos por el Cambio
Juntos por el Cambio[19] (em português: Juntos pela Mudança) (às vezes abreviado como JxC ou Juntos na província de Buenos Aires) foi uma coalizão política argentina criada para participar nas eleições nacionais da Argentina de 2019. Foi uma continuação da aliança Mudemos, que ganhou as eleições em 2015. Foi liderada pelo ex-presidente Mauricio Macri, mas depois da derrota nas eleições de 2019, sua liderança tem sido questionada.[20] Os principais partidos políticos integrantes foram a Proposta Republicana, União Cívica Radical, Coalizão Cívica ARI e Peronismo Republicano.
A coalizão competiu nas eleições de 2019 com a chapa integrada pelo então presidente, Mauricio Macri e o senador Miguel Ángelo Pichetto.[21] Macri não conseguiu se reeleger e ficou com 40,28% dos votos, ficando em segundo lugar, atrás da chapa da Frente de Todos, integrada por Alberto Fernández e Cristina Fernández de Kirchner, que ganhou no primeiro turno com 48,24% dos votos.[22] Nas eleições de 2023, a coalizão escolheria a ex-ministra da segurança, Patricia Bullrich para concorrer as eleições presidenciais, na qual ela acabou ficando em terceiro colocado, recebendo 23,83% dos votos válidos. Bullrich acabaria declarando apoio ao candidato do Liberdade Avança, Javier Milei, vitorioso no segundo turno daquela eleição[23].
Após a vitória de Milei no segundo turno, a Coalizão Cívica ARI, liderada por Elisa Carrió, decidiu deixar a aliança.[24] Posteriormente, o bloco Cambio Federal formado por Miguel Ángel Pichetto, Margarita Stolbizer, Emilio Monzó, Ricardo López Murphy e representantes dos governadores de Entre Ríos e Chubut, também rompeu com o Juntos pela Mudança e resolveu ingressar no bloco de Juan Schiaretti no congresso com o Hacemos Coalición Federal, sendo assim a coligação finalmente dissolvida no fim de dezembro de 2023.[25]
História
editarEm maio de 2019, o presidente da UCR, Alfredo Cornejo propôs aumentar a coalizão Cambiemos a outros dirigentes, como Roberto Lavagna, Miguel Ángel Pichetto, Juan Manuel Urtubey e Sérgio Massa.[26] Essa posição foi apoiada pela Convenção Nacional da UCR, que se reuniu no Parque Norte. Umas semanas depois, Pichetto declarou a imprensa que via como impossível integrar uma ampliação da até então aliança governante.[27] Urtubey, do Partido Justicialista, declarou que funcionários do governo nacional haviam lhe oferecido a candidatura à vice-presidente. Em 11 de junho de 2019, Mauricio Macri anunciou no Twitter que Pichetto o acompanharia na chapa presidencial.[28]
Na cidade de Buenos Aires, a UCR não participou de Cambiemos nas eleições de 2015 e 2017, onde fez parte da coalizão social-democrata Evolución Ciudadana apoiando a candidatura de Martín Lousteau.[29] Em 25 abril de 2019, Losteau também pediu uma ampliação de Cambiemos. Em 26 de junho, foi anunciada a incorporação da UCR em Buenos Aires e também do Partido Socialista (ambos faziam parte da coalizão Evolución Ciudadana) ao Juntos por el Cambio.
Por meio de Pichetto, a coalizão incorporou Lucila Crexell, senadora nacional pela província de Neuquén, originalmente do partido Movimiento Popular Neuquino, e o senador Carlos Espínola da província de Corrientes, que fazia parte do Partido Justicialista.[30]
Na Província de Buenos Aires, Juntos por el Cambio incorporou dissidentes do Frente Renovador (FR) e alguns ex-membros do espaço Alternativa Federal, que saíram dias após o anúncio da entrada de Pichetto na fórmula presidencial.
Falcões e Pombas
editarA mídia argentina usa o conceito de "falcões e pombos" (em castelhano: Halcones y Palomas) para diferenciar os membros com posições mais fortes e agressivas contra os moderados da coalizão. Os "falcões" são os com uma política econômica mais liberal e de direita o extrema direita, de tolerância zero contra o crime, enquanto as "pombas" estão associadas a aspectos centristas.[31]
Posicionamentos
editarDe acordo com a mídia, JxC é uma coalizão de centro-direita pois é liderada por Mauricio Macri[32][33][34][35]
Ele alinhou o país com o neoliberalismo e reabriu a Argentina aos mercados internacionais, suspendendo o controle da moeda, reestruturando a dívida externa e sugerindo soluções de livre mercado.[36][37]
O ex-presidente Mauricio Macri disse que buscaria reformas mais abrangentes para a Argentina se sua coalizão governista obtivesse uma vitória retumbante nas eleições legislativas de 2017. Macri disse a repórteres que os argentinos deveriam esperar reformas tributárias, educacionais e trabalhistas, sem fornecer detalhes. O líder vinha promovendo uma agenda de reformas de livre mercado para tentar reformular a economia da Argentina.[37]
Sua presidência foi criticada por não conseguir reformar a economia argentina,[38][39] ao mesmo tempo em que foi elogiado pelo seu legado anticorrupção[40] e abrir o mercado da Argentina para o exterior.
Partidos Integrantes
editarJuntos por el Cambio é integrado pelos seguintes partidos:[41]
Resultados eleitorais
editarEleições presidenciais
editarAno | Chapa | Primárias | Primeiro turno | Resultado | Posição | |||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Presidente | Vice-presidente | votos | % | votos | % | |||
2019 | Mauricio Macri | Miguel Ángel Pichetto | 8 121 689 | 31.80 | 10 811 586 | 40.28 | Não Eleito | 2ª
|
2023 | Patricia Bullrich | Luis Petri | 4 139 566 | 16.81 | 6 379 023 | 23.81 | Não Eleita | 3ª
|
Eleições primárias de 2021
editarNas eleições primárias (PASO), realizadas em 12 de outubro de 2021, que decidem quais candidatos irão concorrer nas eleições legislativas, a coalizão JxC ficou em primeiro lugar, obtendo 40,5% dos votos válidos. A aliança venceu em 16 das 24 províncias.[43]
Eleições legislativas
editarAno | Deputados Eleitos | % | Posição |
---|---|---|---|
2019 | 56 / 130 |
40,36 | 2ª |
2021 | 61 / 127 |
42,75 | 1ª |
2023 | 32 / 130 |
A definir | 3ª |
Ano | Senadores Eleitos | % | Posição |
---|---|---|---|
2019 | 8 / 24 |
39,21 | 2ª |
2021 | 14 / 24 |
46,25 | 1ª |
2023 | 2 / 24 |
A definir | 3ª |
Ver também
editarReferências
- ↑ «Argentiniens doppelte Krise: Düstere Zukunftsaussichten? – DW – 16.08.2023». dw.com (em alemão). Consultado em 30 de outubro de 2023
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- ↑ «Mauricio Macri: "El kirchnerismo y Podemos caen en la irracionalidad"». ELMUNDO (em espanhol). 18 de outubro de 2020. Consultado em 30 de outubro de 2023
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- ↑ «La UCR empuja la ampliación de Cambiemos, pero todavía no inició el diálogo formal con el PRO»
- ↑ «Juan Manuel Urtubey: "Desde el Gobierno me ofrecieron acompañar a Macri"»
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