Lubango

capital de Huíla, Angola
(Redirecionado de Sá da Bandeira (Angola))

Lubango é uma cidade e município de Angola, capital da província de Huíla.

Lubango


Panorama

Brasão
Dados gerais
Fundada em 19 de janeiro de 1885 (139 anos)
Orago Nossa Senhora do Monte
Gentílico lubanguense
Província Huíla
Características geográficas
Área 3 147 km²
População 876 339[1][2] hab.
Altitude 1790 m

Lubango está localizado em: Angola
Lubango
Localização de Lubango em Angola
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Projecto Angola  • Portal de Angola

Segundo as projeções populacionais de 2018, elaboradas pelo Instituto Nacional de Estatística, conta com uma população de 876 339 habitantes e área territorial de 3 147 km², sendo o mais populoso município da província, da região sul de Angola e o sexto mais populoso do país, o primeiro fora da província de Luanda.[1]

Desenvolveu-se sobretudo a partir da "colónia de Sá da Bandeira", tomando esse nome entre 1884 e 1975, enquanto o município foi sempre denominado Lubango. Após a independência do país, tanto a cidade como o município tomam definitivamente o nome de Lubango.

A cidade de Lubango forma com os vizinhos Chibia e Humpata a virtual Região Metropolitana do Lubango,[3] uma área de forte conurbação e ligação de serviços urbanos.[4]

Etimologia

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O nome "Lubango" vem da redução do nome do rei tribal (soba) dos muílas que tinha o nome de Calubango (ou Kaluvango), que foi o líder local que recebeu a primeira expedição europeia nas suas terras.[5] A área sob o seu domínio passou a ser denominada Terras do Calubango e, com o tempo, Terras de Lubango.[5]

História

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A cidade de Lubango, antes de ser erguida, estava num território sob influência do soba do Lubango, cuja ombala se localizava no distrito urbano actualmente conhecido como Munhino. Na chegada dos europeus ao sul de Angola, permaneceu por muito tempo como local de passagem para as incursões coloniais rumo às nascentes da bacia do Cunene, não havendo, até fins do século XIX, nenhuma posição fixa colonial.[6]

Rotas coloniais

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O primeiro contato europeu com a região do Lubango ocorreu em 1627, ano em que uma expedição luso-espanhola da cidade de Moçâmedes sobe o planalto da Humpata, na Serra da Chela, de onde era possível ver um vasto vale do domínio do soba Calubango, do País de Humbi-Onene.[7]

Entre meados do século XVII e meados do século XIX, a área do actual município do Lubango era de uso somente como parada referencial na rota mais rápida que ligava Moçâmedes à Caconda, que seguia os cursos dos rios Giraul, Neves, Caculuvar, Calonga, Cunene e Cuunje. Não havia nenhum posto administrativo na área e o interesse pela colonização inexistia.[8]

Missões científico-religiosas

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A primeira tentativa de estabelecer um posto lusitano na área ocorreu em 1866, quando o padre e botânico Carlos Duparquet realiza, com auxiliares, uma expedição até a Serra da Chela, onde tenta estabelecer uma missão científica e evangelizadora, sendo expulso pelos nativos em seguida.[9]

Anos mais tarde, em 1881, padre Duparquet e o padre José Maria Antunes realizam uma nova expedição ao mesmo local, que culmina num acordo com o soba para a fundação de uma missão católica agropastorial junto a actual comuna e distrito urbano lubanguense da Huíla-Lupolo,[9] que no mesmo ano ganha estatuto eclesiástico ao servir como sede para a Missão Sui Iuris do Cunene.[10][8]

Fundação da colónia agrícola

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Porém, os portugueses só viriam planejar uma ocupação efectiva para a região por volta de 1880, no intuito de estabelecer de uma colónia com interessados recrutados no Arquipélago da Madeira,[5] nos termos do decreto de 16 de agosto de 1881. A primeira comissão de madeirenses chegou a Moçâmedes em 19 de novembro de 1884, a bordo do navio Índia, atingindo o Planalto da Huíla a 19 de janeiro de 1885, onde fundaram a colónia de Sá da Bandeira,[6] assim designada em homenagem a Bernardo de Sá Nogueira de Figueiredo, Marquês de Sá da Bandeira.[7]

Lubango tornou-se uma administração autónoma em 1887[9] e um concelho em 1889,[9] com José Augusto da Câmara Leme, o líder dos madeirenses, nomeado chefe do concelho em 19 de fevereiro de 1890. O concelho recebe o nome de "Lubango", em homenagem ao antigo soba local.[5] Leme também viria ser nomeado comandante militar do concelho do Lubango, com o posto de capitão de 2ª linha, em 19 de outubro de 1890. Nessa altura a colónia era formada por madeirenses[5] e brasileiros, passando a abrigar também parte dos bôeres da Humpata.[7]

A despeito de já criado, foi somente em 1891 que ocorreu a primeira eleição para a Câmara do Lubango, ficando a presidência com João Gonçalves de Azevedo.[9]

Em 1898 a Missão Sui Iuris do Cunene ergue a Missão do Munhino, dentro do povado de Sá da Bandeira, servindo como uma filial aos cuidados dos padres Bonnefoux e Lecomte.[11]

Primeira metade do século XX: capital distrital

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Carros blindados Eland Mk7 sul-africanos em Lubango, por volta de 26 de outubro de 1975, durante a Operação Savana, na Guerra de Independência de Angola.

Em 1900 é feito o primeiro censo das populações dos planaltos da Humpata e Huíla, constatando que, em Sá da Bandeira, há 1575 habitantes — destes, 1248 brancos, dentre portugueses (inclui-se madeirenses) e bôeres.[9]

Em 2 de setembro de 1901 foi criado, por desmembramento do distrito de Moçâmedes, o novo distrito da Huíla, com sede no Lubango, sendo esta povoação, pelo mesmo decreto, elevada à categoria de vila, com o nome de Sá da Bandeira.[7]

Em 1906 a professora Irene Betencourt de Medeiros Portela capitaneia a fundação da Escola Primária de Sá da Bandeira, a primeira instituição de ensino oficial do Estado na localidade (em operações desde 1906, mas oficializada só em 1919); anteriormente o ensino era eminentemente religioso. Abriu-se também o Liceu Diogo Cão (atual Escola Rei Mandume ya Ndemufayo), em 1922, numa altura em que só havia instituição do tipo em Luanda.[12][13]

Lubango é elevada a categoria de cidade em 31 de maio de 1923, quando o Caminho de Ferro de Moçâmedes, depois de vencer o deserto e a serra, atingiu finalmente o planalto, inaugurando-se a estação ferroviária. A ferrovia permitiu uma ligação mais rápida e segura com Moçâmedes, marcando um período de grande prosperidade econômica.[9]

As três décadas seguintes trouxeram grandes progressos na arte e na cultura. Liderados por Leonel Cosme, a capital da Huíla pode desfrutar de uma vivência cultural de amplos horizontes, desde o cinema à pintura, literatura ou música clássica.[12]

Em 1940 é inaugurado o Hospital Geral de Sá da Bandeira (actual Hospital Central do Lubango). Entre 1963 e 1965 o edifício é expandido, e em 1968‐1970 ganha outra remodelação.[14]

Segunda metade do século XX: guerras

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Em 1973 a ainda cidade de Sá da Bandeira festeja o cinquentenário da sua elevação a cidade. Na ocasião, a Câmara Municipal realiza o I Festival Internacional de Música, com a presença de artistas de várias partes do mundo, sob a direcção do pianista Sequeira Costa. Nas celebrações, é erguido o Monumento ao Marquês de Sá da Bandeira.[9]

Inicialmente pouco afetada pela Guerra de Independência de Angola, Lubango viu-se mergulhada em confrontos entre portugueses e guerrilheiros nacionalistas no final da década de 1960 e década de 1970. Em 1975 a região caiu sob domínio completo da UNITA.[15]

Sofrendo intervenção da Força de Defesa da África do Sul durante a Operação Savana, reforçada com o apoio da própria UNITA[15] como consequência da Operação Rena, o Lubango ficou sob influência indireta sul-africana[15] até o final da década de 1980, quando intensos conflitos marcaram a vitória militar do MPLA na província até 1992; neste mesmo ano os combates da guerra civil mais uma vez alcançaram o Lubango.

Em meados da década de 1990, a UNITA havia sido novamente expulsa da região, ficando a mesma sob domínio do governo angolano até a confirmação definitiva do fim da guerra, em 2002.[16]

Período da reconstrução

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A partir de 2002 a região passa por uma grande transformação econômica com a reconstrução das infraestruturas, no pós-guerra; alguns dos marcos desse período foram a realização do Campeonato Africano das Nações de 2010,[17] a retomada do Caminho de Ferro de Moçâmedes,[16] e a recriação de uma universidade autônoma na cidade.[16]

Geografia

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É limitado a norte pelo município de Quilengues, a leste pelo município de Cacula, a sul pelos municípios de Chibia e Humpata, e a oeste pelo município da Bibala.[18]

O município de Lubango é constituído pela comuna de Lubango (equivalente a própria cidade), e pelas comunas de Arimba, Hoque e Huíla.[19]

Em virtude de sua elevação, Lubango é a segunda cidade mais fria de Angola, sendo a capital mais fria do país.[16][20] Possui um clima oceânico (ou tropical de altitude), tipo Cwb, por consequência da sua própria altitude que o modifica. Durante o dia o clima é moderadamente abafado, mas à noite as temperaturas são consideravelmente mais baixas. Com temperatura média anual de 19°C é uma das cidades com clima mais ameno e temperado de Angola. Anualmente é comum a ocorrência de extremos de 1°C até 30°C. Junho e julho são os meses mais frios, com eventuais geadas e granizos. As chuvas mais intensas ocorrem geralmente entre dezembro e março, os meses mais quentes são setembro, outubro e novembro. Em zonas de alta atitudes como a serra da Leba e serra da Chela as temperaturas podem baixar bruscamente de 7 a 5 graus durante a noite.[21]

Dados climatológicos para Lubango
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Temperatura máxima recorde (°C) 30 30 30 28 30 28 27 30 31 34 38 31
Temperatura máxima média (°C) 25 25 25 25 25 24 24 26 28 28 26 25
Temperatura média (°C) 18 18 18 18 17 15 15 18 20 20 19 18
Temperatura mínima média (°C) 12 12 12 11 9 6 6 10 12 12 12 12
Temperatura mínima recorde (°C) 5 5 2 3 0 −1 −1 0 4 3 5 3
Precipitação (mm) 140 150 160 90 0 0 0 0 0 70 110 160
Fonte: Weatherbase: Historical weather for Sa da Bandeira, Angola Fevereiro 13, 2010
Gráfico climático para Lubango, Huíla, Angola
JFMAMJJASOND
 
 
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24
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12
 
 
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25
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Temperaturas em °CPrecipitações em mm

Fonte: Weatherbase.

Relevo

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Estando aproximadamente a 1.790 metros acima do nível do mar, Lubango é uma das cidades mais elevadas de Angola. Os principais referenciais geográficos de Lubango são a serra da Chela e a serra da Leba (nesta, a fenda da Tundavala), grandes cadeias montanhosas que cercam todo o oeste do município, de onde se registram algumas das maiores elevações da província e do país. Ao leste do território municipal já está o Planalto da Huíla.[22]

Hidrografia

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Os mais importantes cursos d'água do município são os rios Uamapangue, o Hanga-Chanhanga (afluente do Calonga), o Caculuvar e o Munhelo, os dois últimos os maiores responsáveis por ceder água para a cidade do Lubango, muito embora estejam degradados pela poluição e ocupação desordenada de suas margens.[23][24]

Demografia

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Lubango é um município cosmopolita, que abriga povos das mais diversas origens e formações, havendo fortes traços luso-angolanos, angobôeres, do povo étnico-linguístico nhaneca-humbe (destes, principalmente os muílas), de ovimbundos, ambundos, hereros, chócues, ganguelas, dentre outros.[25] A principal língua falada é o português.[26]

Política

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Em matéria de influência política, o Lubango sedia algumas organizações relevantes, como o Instituto de Formação em Gestão Económica e Financeira (IGEF) dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor Leste.[16]

Além disto, Lubango é geminada com a cidade de Santarém,[27] em Portugal.

Economia

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Vista de Lubango e das montanhas que a cercam, em 2006. O turismo e o ecoturismo são atividades econômicas de relevo no Lubango.

A agropecuária foi o primeiro sustentáculo econômico de Lubango, sendo o trigo e a pecuária do gado os grandes motores do progresso socioeconômico e de riqueza da região. Quando os transportes passaram a ser mecânicos e as estradas boas vias de acesso, fixou-se o comércio e rapidamente também a indústria.

Desde o final das guerras a economia de Lubango não baseia-se tão fortemente na agropecuária como outrora foi, porém ainda registra-se a produção de cereais, frutas e legumes.[16]

No setor industrial, há um grande parque instalado especializado em curtumes, moagens, metalurgia, produção calçadista, produção alimentícia e de bebidas, de itens cerâmicos, de construção civil, de transformação de madeiras e de embalagens, entre outros.[16]

Desde a recuperação econômica experimentada pelo fim da guerra civil, Lubango tornou-se um grande centro de comércio e serviços, o grande centro atacadista para todo o sul do país.[16] Em matéria de serviços, há grande especialização em serviços burocráticos e administrativos, financeiros, educacionais, de saúde e voltados ao turismo.[16] Existe ainda uma relevante participação nos serviços vinculados à logística ferroviária e rodoviária.[16]

Infraestrutura

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Municipalidade mais bem estruturada da província, Lubango dispõe de uma gama de infraestruturas considerável comparada até mesmo a capital nacional, a cidade de Luanda.

Abastecimento de água

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O abastecimento de água potável na cidade é assegurado pela Empresa Provincial de Águas e Saneamento da Huíla (EPAS), que sustenta o sistema por captações subterrâneas e de rios e, principalmente, da Barragem das Neves,[16] sendo a água bombeada por eletrobombas para os reservatórios.[28] O abastecimento da cidade sofre racionamentos constantes, devido ao regime intermitente de chuvas, seguido de secas prolongadas na região.[29]

Comunicações

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Do ponto de vista de comunicação, os serviços disponíveis são os telefónicos — telefonia fixa e móvel — ofertados pelas operadoras Angola Telecom, Movicel e Unitel;[30] serviços de rádio com frequência da Rádio Huíla (retransmissora da Rádio Nacional de Angola),[31] da Rádio Ecclesia,[32] da Rádio 2000,[32] da Rádio ISPI[32] e da Rádio Mais;[32] televisivo, com repetidores da Televisão Pública de Angola[33] e da TV Zimbo;[34] Correios de Angola, com serviços de correio e telégrafo, e;[35] serviço de internet disponível pelas operadoras ZAP[36] e Multitel.[37] Nas mídias impressas, ainda há o tradicional Jornal de Angola e o jornal regional Ventos do Sul.[38]

Educação e ciência

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Estação do Lubango, do Caminho de Ferro de Moçâmedes, em 2018.

O Lubango foi uma das primeiras cidades do interior a possuir ensino de segundo grau, não só o Liceu Nacional Diogo Cão (atual Escola Rei Mandume ya Ndemufayo), mas também a Escola Industrial e Comercial Artur de Paiva, bem como o Instituto Agrícola do Chivinguiro (Escola de Agronomia). Desde então Lubango passou a ser conhecido como um polo de ensino.[16]

Na educação superior, existe a Universidade Mandume ya Ndemufayo, com suas instituições orgânicas: Faculdade de Direito, Faculdade de Economia, Faculdade de Medicina e Instituto Superior Politécnico da Huíla. Outra instituição pública é o Instituto Superior de Ciências da Educação da Huíla. Em paralelo, existe no Lubango o campus da Universidade Privada de Angola, chamado de Instituto Superior Politécnico da Tundavala, e o Instituto Superior Politécnico Gregório Semedo.[39]

Energia eléctrica

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O fornecimento de energia eléctrica na cidade é garantido pela Central Termelétrica do Lubango,[40][41] pela Central Hidroelétrica de Matala e pelas linhas de transmissão Belém do Huambo — Lubango, que transmite da fonte Central Hidroelétrica do Gove;[40] a eletricidade é distribuída a nível residencial e comercial pela Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE).[42]

Saúde

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No âmbito da saúde, a cidade dispõe dos centros de referência Hospital Central do Lubango "Dr. António Agostinho Neto",[21] Hospital Maternidade Irene Neto,[21] Hospital Pediátrico Pioneiro Zeca[21] e Hospital Municipal do Lubango "Ana Paula", além de diversas clínicas e centros de saúde.[43]

Segurança

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O sistema de segurança pública do Lubango é garantido por batalhões da Polícia Provincial da Huíla[44] e da Polícia Militar das Forças Armadas Angolanas,[45] por um destacamento permanente da Polícia Nacional[46] e por um quartel do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.[47]

Embora não tenha papel de força de segurança pública convencional, na cidade está a sede da Região Militar Sul,[48] que congrega a Base Aérea do Lubango da Força Aérea Nacional de Angola, onde está estacionado o 25º Regimento de Aviação de Caça,[49] e o Batalhão de Reparações[48] e a Escola de Inter-Armas do Lubango do Exército Nacional de Angola.[48]

Transportes

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Lubango é interligada ao território nacional por diversos meios, sendo o principal o meio rodoviário. Neste, a principal rodovia é a EN-280, que a liga à Humpata, á sudoeste, e ao Quipungo, ao leste.[50] Outras rodovias importantes são a EN-105, que liga o Lubango à Quilengues, ao nordeste, e à Chibia, ao sul; a EC-290, que circunda a porção sul lubanguense, ligando-a a vila do Jau, no sul, e novamente a Quipungo (leste), e; EC-104, que liga o Lubango à Bibala (norte).[51]

A cidade também é atravessada pelo Caminho de Ferro de Moçâmedes, que escoa a produção local até o porto do Namibe, em Moçâmedes, bem como dá acesso ao Menongue.[16]

Por via aérea, o Lubango dispõe do Aeroporto Internacional da Mukanka.[16]

Cultura e lazer

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Cristo-Rei do Lubango.

Cultura

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Uma das principais manifestações culturais-religiosas do Lubango é a Procissão de Nossa Senhora do Monte, a padroeira católica da cidade. A celebração é uma tradição madeirense realizada desde os primórdios da colonização do Lubango.[5] Sua realização é uma iniciativa da Arquidiocese do Lubango.[52]

Outra manifestação cultural muito popular é o carnaval, tanto o de rua quanto o de campeonato. Em Lubango existem muitos grupos de samba que disputam o campeonato carnavalesco todos os anos.[53]

As principais áreas de atração do município são devidas às belezas naturais, tais como:[54]

Desportos

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O futebol é a prática desportiva mais popular entre os lubanguenses, tanto que na cidade estão as tradicionais equipas Benfica Petróleos do Lubango, Sport Lubango e Benfica, Clube Ferroviário da Huíla e Clube Desportivo da Huíla, este último clube que faz parte da Girabola, principal competição de clubes do país. Dentre os centros de competições, há o Estádio Nacional da Tundavala, um mais modernos estádios de futebol de África. Nele foram realizadas algumas partidas do Campeonato Africano das Nações de 2010.[55] Outro grande centro é o Estádio do Ferroviário da Huíla.[56]

Torneios de judô tem despertado o interesse da população de Lubango.[57] A geografia da cidade também propicia um bom espaço para trilhas, alpinismo e rapel.[58]

Os desportistas distribuem-se por diversas modalidades como o voleibol,[59] basquetebol,[60] atletismo,[61] ténis de mesa,[62] ginástica,[63] ciclismo,[64] boxe[65] e automobilismo.[66]

Referências

  1. a b Schmitt, Aurelio. Município de Angola: Censo 2014 e Estimativa de 2018. Revista Conexão Emancipacionista. 3 de fevereiro de 2018.
  2. http://www.citypopulation.de/php/angola-admin.php?adm2id=1501
  3. Francisco Venâncio (20 de junho de 2020). CIDADE DE LUBANGO - Como surgiu a cidade de Lubango e quem são os percursores #HISTÓRIA DE #ANGOLA. Olhar Angolano. Em cena em 06.04. Consultado em 17 de março de 2022 – via YouTube 
  4. The City of Lubango. WP Review. 2017.
  5. a b c d e f Correia, Octaviano. Como se entre o mar e a serra não houvesse distância. Jornal da Madeira. 16 de agosto de 2019.
  6. a b Sul d'Angola; relatório de um govêrno de distrito (1908-1910), p. 292
  7. a b c d Azevedo, José Manuel de. A colonização do Sudoeste Angolano : do deserto do Namibe ao planalto da Huíla - 1849-1900. Salamanca: Universidade de Salamanca, 2014.
  8. a b Dores, Hugo Filipe Gonçalves das. Uma Missão para o Império: Política missionária e o “novo imperialismo” (1885-1926). Lisboa: ULisboa/ISCTE–IUL/UCP/UEv. 2014. pg. 126.
  9. a b c d e f g h Frederico, Célio. Memorial: Sobre a Cidade de Sá da Bandeira. Marcofilia de Angola. 26 de setembro de 2012.
  10. Mission "Sui Iuris" of Cunene. Catholic Hierarchy. 2021.
  11. Cronologia da cidade de Lubango (Sá da Bandeira). Ultraperiferias. 23 de julho de 2008.
  12. a b Pires Laranjeira (1995). Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa, Universidade Aberta, págs. 108-109
  13. Liceu Mandume/Diogo Cão: Lubango (Sá da Bandeira), Huíla, Angola. Património de Influência Portuguesa — HPIP. 2019.
  14. Hospital Regional de Sá da Bandeira. HPIP. 2021.
  15. a b c Memórias das batalhas que levaram à reconquista da cidade do Luena. Jornal de Angola. 29 de novembro de 2014.
  16. a b c d e f g h i j k l m n o Estudo de mercado sobre a província de Huíla. Associação Industrial Portuguesa - Confederação Empresarial. 2015.
  17. a b c d e f Guia do Campeonato Africano das Nações: Lubango. BBC ParaAfrica.com. 12 de janeiro de 2010.
  18. Geohive [1]
  19. Comunas. Ministério da Administração do Território e Reforma do Estado. 2018.
  20. Terceiro Dia - Lubango. Zucatur - Pé na estrada. Março de 2012.
  21. a b c d Chissingui, Márcia Vetchiele de Ascenção Duarte. Implementação dos Sistemas de Informação Geográfica na Área da Saúde no Município do Lubango/Angola. Lisboa: Universidade NOVA de Lisboa. Setembro de 2012.
  22. Kapule, Elvira; Andrade, Pedro Santarém; Dinis, Pedro. Análise de Instabilidades da Serra da Leba. Tundavala: Revista Angolana de Ciências - Geociências para a Sociedade. v. 2 n. 1 (2015).
  23. Isaías, M.; Silva, M. M. V. G.; Gomes, E. M. C.. Variação sazonal e espacial das propriedades físico-químicas da água do Rio Caculuvar (Lubango, Angola). Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 11 de setembro de 2019.
  24. Lubango: Requalificação do rio Mucufi. Voa Português. 14 de fevereiro de 2012.
  25. Perfil da Provincia. Viste Huíla. 2022.
  26. Sarmento, Cristina Montalvão; Guimarães, Pandora; Moura, Sandra. Património histórico do espaço lusófono: ciência, arte e cultura. Lubango: XXVIII Encontro da Associação das Universidades de Língua Portuguesa. 2018
  27. Geminações de Cidades e Vilas. Associação Nacional de Municípios Portugueses 14 de abril de 2014
  28. Huíla: Gestora alerta para o consumo racional de água. Portal Angop. 9 de janeiro de 2021.
  29. Lubango atinge défice de 70% em água. Portal Angop. 31 de dezembro de 2021
  30. Mapa de cobertura 3G / 4G / 5G em Lubango, Angola. nPerf.com. 2022.
  31. RNA/Huíla destaca recuperação profissional de quadros. Portal Angop. 5 de outubro de 2021.
  32. a b c d Huíla: Rádio Maranata já em funcionamento no Lubango. Visite Huíla. 2020.
  33. Governador inteira-se do funcionamento dos órgãos de comunicação social. Portal Angop. 17 de junho de 2021.
  34. TV Zimbo reforça liderança como canal preferido dos angolanos. Vanguarda. 7 de fevereiro de 2020.
  35. Correios de Angola recebem diariamente 60 correspondências. Rede de Midiatecas Angola. 2018.
  36. Onde estamos. Zap. 2021.
  37. Multitel: aposta em tecnologia de ponta leva qualidade e segurança ao mercado. Ver Angola. 13 de setembro de 2019.
  38. Ventos do Sul, jornal do grupo Edições Novembro para o sul de Angola, lançado no Lubango. Novo Jornal. 10 de outubro de 2018.
  39. Instituto Superior Polítecnico Gregório Semedo (2013). «Instituto Superior Polítecnico Gregório Semedo». Consultado em 16 de Novembro de 2016 
  40. a b Nova central térmica aumenta a oferta de energia na Huíla. Jornal de Angola. 17 de junho de 2021.
  41. Central de Lubango, Huíla, Angola - Central de Produção Térmica. Win Power. 2012.
  42. ENDE na Huíla ensaia modelo de pagamento. Jornal de Angola. 4 de agosto de 2020.
  43. Matondo, Kama Sandra. Unidades de Saúde do Lubango e Escola Médica face a Gestão do Aprovisionamento. Covilhã: Universidade da Beira Interior. Novembro de 2019.
  44. Anciã de 65 anos degolada depois de acusada de feitiçaria em Angola. Club K. 23 de agosto de 2018.
  45. António, Alfredo Luindula. A Polícia Militar das Forças Armadas Angolanas: Criação, Implementação e Emprego. Academia Militar - Direção de Ensino. 1 de julho de 2013.
  46. Polícia Nacional cria gabinetes de atendimento. Viste Huíla. 2021.
  47. Bombeiros beneficia de obras pela primeira vez em 46 anos. Portal Angop. 16 de novembro de 2021.
  48. a b c Militares na Huíla Votados ao Abandono. Maka Angola. 30 de julho de 2013.
  49. Bases Aéreas e Regimentos. Forca Aérea Angolana. Acessado em: 3/3/2022.
  50. Estudo sobre o estado das rodovias da Huíla. República de Angola - Ministério dos Transportes. 2018
  51. Circulação na região em risco. Jornal de Angola. 19 de janeiro de 2016.
  52. Celebração religiosa regressa às Festas da Nossa Senhora do Monte. Portal Angop. 4 de agosto de 2021.
  53. Carnaval homenageia grupos na Huíla. Portal Angop. 10 de fevereiro de 2021.
  54. Coucelo, Josefina Maria Costa Parreira Cruz - Caracterização de hábitos alimentares na Província da Huíla, Angola: contribuição para a elaboração de um guia alimentar
  55. Estádio da Tundavala pode receber jogos em Outubro. Jornal de Angola. 8 de julho de 2020.
  56. Futebol: Relvado do Estádio do Ferroviário da Huíla estará pronto este mês. Portal Angop. 11 de janeiro de 2021.
  57. Academia Emanuel reforça judo na Huíla. Jornal de Angola. 1 de abril de 2021.
  58. Fenda Tundavala in Huila. Republic of Angola Embassy in the Republic Of Botswana. 2018.
  59. Voleibol: Duplas da Huíla vencem Circuito do Lubango. Portal Angop. 23 de agosto de 2021.
  60. Cidade do Lubango acolhe os nacionais. Jornal de Angols. 6 de janeiro de 2017.
  61. Ateletismo: Lubango acolhe este mês campeonato de corta-mato. Jornal de Angola. 10 de fevereiro de 2021.
  62. Cidade do Lubango palco dos nacionais de ténis de mesa. Jornal de Angola. 18 de janeiro de 2017.
  63. Huíla: Lubango pronto para a disputa da Taça de Angola em Ginástica. Portal de Angola. 27 de novembro de 2014.
  64. Ciclistas começam a pedalar hoje na Huíla. Jornal de Angola. 21 de novembro de 2019
  65. Lubango reúne condições para acolher zonal de boxe. Jornal de Angola. 19 de março de 2017.
  66. Automobilismo: Sandro Dias tricampeão nos “200 km da Huíla”. Portal de Angola. 2 de setembro de 2019.

Ligações externas

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