Usuário(a):Pedro Henrique Batistells/Testes

Museu da Inconfidência
Pedro Henrique Batistells/Testes
Inauguração 11 de agosto de 1944
Website https://museudainconfidencia.museus.gov.br/
Geografia
País  Brasil
Localidade Ouro Preto, Minas Gerais

Museu da Inconfidência é um museu histórico e artístico que ocupa a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica e mais quatro prédios auxiliares na cidade de Ouro Preto, no estado de Minas Gerais. O museu é dedicado à preservação da memória da Inconfidência Mineira e também oferece um painel da sociedade e cultura mineiras no período do ciclo do ouro e dos diamantes no século XVIII, incluindo obras de Manuel da Costa Ataíde e Aleijadinho. Localiza-se na Praça Tiradentes, em frente ao monumento a Joaquim José da Silva Xavier, o mais famoso ativista da Inconfidência.

História editar

Antecedentes: o movimento da Inconfidência Mineira e a construção da figura de Tiradentes (XVIII-XX) editar

Reorganizar o texto em:

Subseção 1: Inconfidência Mineira.

A ideia central da subseção 1 é apresentar informações históricas sobre a Conjuração Mineira (1789) e a figura de Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes, abordando tanto sua participação no movimento anticolonial quanto os processos de construção da sua figura como herói nacional no período da Primeira República (1889-1930).

1-) Abordar os aspectos político-administrativos, sociais e econômicos que antecederam o movimento da Conjuração Mineira: a. A estrutura de cobrança fiscal instalada pela Coroa Portuguesa na região mineradora (Casas de Fundição, impostos); b. A estrutural presença do escravismo para o funcionamento da produção mineradora; c. A Sedição de Vila Rica em 1720; d. Os fatores político-adeministrativos, econômicos e culturais que explicam o planejamento da Conjuração Mineira . e. Breve descrição do desenrolar da Conjuração: da delação de Silvério dos Reis ao enforcamento de Tiradentes. f. Relacionar as circunstâncias de morte e degredo dos inconfidentes no final do século XVIII com a reprodução de uma memória popular regional ao longo do século XIX em torno do acontecimento e da figura de Tiradentes.

Referencias bibliográficas:

FURTADO, José Pito. O manto de Penélope: história, mito e memória da Inconfidência Mineira de 1788-9. Companhia das Letras, 2002.

2-) Desenvolver sobre o processo de transformação de Tiradentes como figura do panteão cívico da República através da institucionalização do dia 21 de abril como feriado nacional e da construção de uma iconografia da sua imagem. Relacionar a construção da imagem republicana de Tiradentes com o próprio processo de legitimação do sistema republicano frente ao imaginário social centralizado em figuras monárquicas.

Referencias bibliográficas:

CARVALHO, José Murilo. Tiradentes: um herói para a República. A formação das almas: o imaginário da República no Brasil. Companhia das Letras, 1990, p.55-75.

OLIVEIRA, Lúcia Lippi. As festas que a República mandou guardar. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol.2, n°4, 1989, p.172-189.

A Inconfidência Mineira ocorreu no ano de 1789, em um contexto de crise da monarquia absolutista portuguesa e da emergência dos pensamentos iluministas. Neste cenário, se destacam também outros movimentos que possuíam um viés anticolonial e de independência, como os casos da Conjuração Baiana e da Conjuração Carioca. Além disso, é importante ressaltar que em período concomitante, ocorria também um enfraquecimento na economia mineradora.

Diante de tal panorama , a Coroa Portuguesa aumentou a pressão sobre a colônia. Dessa forma, a situação acabou por acarretar uma série de motins durante o século XVIII, como a Revolta de Vila Rica, por exemplo. O próprio movimento da Inconfidência, no entanto, foi interrompido antes mesmo de ganhar força. Seus participantes foram presos e exilados no continente africano e apenas um dos integrantes foi sentenciado a morte, Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Em 21 de abril de 1792, no Rio de Janeiro, o alferes foi condenado a forca, tendo seu corpo esquartejado e exposto em pontos estratégicos da Estrada Real. Sua cabeça foi exposta na antiga Vila Rica, onde hoje está localizada a Praça Tirandentes em Ouro Preto.

[1]

Subseção 2: Panteão dos Inconfidentes

A ideia central da Subseção 2 é descrever e analisar a criação do Panteão dos Inconfidentes como um esforço do governo Vargas de se apropriar do movimento e da figura de Tiradentes na construção de uma memória nacional por meio dos museus. Descrever a comissão criada, recordar o motivo de esses inconfidentes estarem na África (Angola e Moçambique), falar da chegada ao Rio de Janeiro e depois o traslado até Ouro Preto. Citar as indefinições quanto ao local onde seria inaugurado o Panteão e como a criação dele se apropriava de elementos religiosos com finalidade cívica e nacional. Por fim, destacar as disputas com o Instituto Histórico e Geográfico de Ouro Preto.

As principais referências bibliográficas são :

LEMOS, Carmem Silvia. Reflexões acerca do processo de repatriamento das ossadas dos inconfidentes degredados para a África. Oficina do Inconfidência; revista de trabalho. Ano 2, n. 1 dez. 2001. Ouro Preto: Museu da Inconfidência, 2001. p. 195-222.

JULIÃO, Letícia. Enredos museais e intrigas da nacionalidade: museus e identidade nacional no Brasil. Tese (doutorado em História). Belo Horizonte: UFMG/FAFICH, 2008.

ALVES, Rafael da Silva. O MUSEU DA INCONFIDÊNCIA: JOGO DE ESPELHOS ENTRE A HISTORIOGRAFIA E A MUSEOGRAFIA. Monografia (TCC em História). Mariana: ICHS/UFOP, 2009. p. 24-40.

Já na segunda metade do século XIX, iniciativas em prol da memória de Tiradentes e dos Inconfidentes, fizeram com que outros monumentos fossem inaugurados. Um exemplo disso foi a Coluna Saldanha Marinho na praça principal de Ouro Preto, em 1867. Ela é assim chamada por referência ao presidente da província de Minas Gerais Joaquim Saldanha Marinho e atualmente se localiza nas imediações da antiga estação ferroviária. Após a Proclamação da República em 1889, os republicanos planejaram a substituição desse monumento, pois o consideravam modesto demais para homenagear os inconfidentes. Em 1894, a Coluna foi substituída pela estátua de Tiradentes, juntamente com o decreto de feriado nacional no dia 21 de abril.[2]

A Inconfidência Mineira serviu como instrumento para a criação da identidade mineira e brasileira associada ao republicanismo, uma da características do movimento. Ao longo da história, a Inconfidência serviu de ferramenta simbólica para pensar situações contemporâneas, como por exemplo na Revolução de 1930, quando os discursos e a figura de Tiradentes passam a ser vistos como percursores da luta antioligárquica [3]

Em 1974, houve a inauguração do Museu Casa dos Contos. O edifício foi construído entre 1782 a 1784, originalmente para residência e Casa dos Contratos do arrematante da Arrecadação Tributária das Entradas e Dízimos, João Rodrigues de Macedo,[4] comerciante e contratador na Capitania de Minas Gerais, que tinha uma das maiores fortunas da colônia no século XVIII. Durante a Inconfidência, o edifício serviu como prisão nobre para os conjurados, como Padre Rolim e Cláudio Manuel da Costa. Em 1973, inaugura-se o Centro de Estudos do Ciclo do Ouro, que consistia em levantar toda a documentação histórica econômica fiscal daquele período. Afastado do centro histórico, encontra-se a Casa dos Inconfidentes que passou a ser museu em 2010, que se firmou por meio da tradição oral como um dos locais que abrigou as reuniões dos principais envolvidos na Inconfidência no século XVIII, sendo eles José Álvares Maciel e Francisco de Paula Freire de Andrade. Atualmente, a Casa dos Inconfidentes além de proporcionar a visita ao museu, oferece oficinas que estabelecem uma relação com a comunidade local.

Subseção 3: O Museu da Inconfidência

 
João Nepomuceno Correia e Castro (atribuição): Imaculada Conceição, século XVIII.

Objetivo da Subseção 3 é apresentar o Museu da Inconfidência nos seguintes aspectos: a- falar da formação do acervo, parte dele sendo formado pelos restos mortais dos inconfidentes e objetos ligados a eles e a outra parte vindo da Arquidiocese de Mariana e do fechamento do Museu São Pedro da Arquidiocese.

Referências: JULIÃO, Letícia. Enredos museais e intrigas da nacionalidade: museus e identidade nacional no Brasil. Tese (doutorado em História). Belo Horizonte: UFMG/FAFICH, 2008.

SCARPATI, R. B. Para a glória da Roma Mineira: Museu Arquidiocesano de Mariana (1926-1964). Dissertação (mestrado em História). Mariana: UFOP/ICHS, 2014. p. 40-54.

b) falar das exposições e dos dois tipos de discurso (duas formas de tratamento do passado) que a expografia apresenta: inconfidência como evento fundador da nacionalidade, culto à pátria e sociedade e cultura mineira do século XVIII e XIX, como ela se desenvolveu nos planos material e intelectual.

Referências: JULIÃO, Letícia. Enredos museais e intrigas da nacionalidade: museus e identidade nacional no Brasil. Tese (doutorado em História). Belo Horizonte: UFMG/FAFICH, 2008.

ALVES, Rafael da Silva. O MUSEU DA INCONFIDÊNCIA: JOGO DE ESPELHOS ENTRE A HISTORIOGRAFIA E A MUSEOGRAFIA. Monografia (TCC em História). Mariana: ICHS/UFOP, 2009. p. 40-58.

COSTA, Janice P. Ensinando a ser cidadão: Memória Nacional, História e Poder no Museu da Inconfidência (1938-1990). Dissertação (Mestrado em História). Belo Horizonte: FAFICH/UFMG, 2005. Caps. 2 e 3.

c) Falar dos públicos do Museu, da questão do desenvolvimento do turismo e da apropriação do patrimônio pela indústria do turismo. Citar os silenciamentos de grupos subalternizados como afrodescendentes nas exposições a partir do texto do Nila Rodrigues Barbosa.

BARBOSA, Nila Rodrigues. Uma questão de raça: representações de negros no Museu de História de Belo Horizonte. Anais do Museu Histórico Nacional, v. 40, p. 221-246, 2008.

BRUSADIN, L. B. O Museu da Inconfidência em Ouro Preto (MG) e sua interface com o turismo, o patrimônio e a comunidade local. Caderno Virtual de turismo. Rio de Janeiro, v. 14, n.3, p.298 - 315, dez. 2014.

O Museu da Inconfidência teve sua formulação inicial na decisão de Getúlio Vargas, em 1936, de resgatar os despojos dos líderes da Inconfidência Mineira então sepultados na África, para onde tinham sido degredados. A decisão de criar um museu em Ouro Preto dedicado à Inconfidência Mineira é parte integrante de um movimento mais amplo de construção de uma memória nacional pelo Estado brasileiro, no qual a preservação de monumentos e objetos do período colonial eram fundamentais. Para atingir este objetivo, foi criado um órgão federal responsável pela defesa do patrimônio histórico e artístico brasileiro, o IPHAN.[5][6]

Esse movimento de construção de uma memória nacional no período Vargas objetivava criar nos cidadãos o sentido de pertencimento, de serem parte integrante de uma identidade nacional brasileira. Este processo está bastante documento pela pesquisa histórica feita ao longo do século XXI. Em outras palavras, recuperar o passado brasileiro foi entendido, pelo Estado Novo, como um mecanismo capaz de introjetar na sociedade uma memória coletiva e senso de pertencimento de uma mesma origem histórica, onde uma vasta população poderia se reconhecer em costumes, raças, língua e memórias singulares.[7][8]

Augusto de Lima Júnior foi incumbido da missão de descobrir o local do sepultamento e repatriar os restos mortais dos conjuradores. Antes do fim do ano de 1936, o intelectual mineiro desembarcou no Rio de Janeiro com o resultado de suas buscas. As urnas foram depositadas no Arquivo Histórico Nacional. A antiga Casa da Câmara e Cadeia da cidade de Ouro Preto foi escolhida para abrigar os restos mortais. O edifício serviu como penitenciária até 1937, quando os presos foram transferidos para uma nova penitenciária estadual em Belo Horizonte. Após a transferência, teve início um conjunto de reformas transformar o prédio histórico em museu e local adequado ao Panteão da Inconfidência.[9]

Em 1938, Getúlio Vargas e sua comitiva se dirigiram à Ouro Preto para a entrega oficial das relíquias dos heróis à sua cidade de origem. As reformas do edifício ainda demoravam, e os restos mortais foram provisoriamente depositadas, em um grande cortejo cívico-religioso, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição Matriz de Antônio Dias, onde permaneceram por quatro anos.[5]

O Panteão foi inaugurado com o translado dos restos mortais do grupo, em 21 de abril de 1942, na comemoração do 150º aniversário da decretação da sentença condenatória dos inconfidentes. Também foi instalado em uma sala adjacente, o túmulo de Maria Dorotéia Joaquina de Seixas, conhecida como Marília de Dirceu, musa de Tomás Antônio Gonzaga, e o cenotáfio de Bárbara Heliodora da Silveira, esposa e incentivadora de Alvarenga Peixoto. Entretanto, o museu propriamente dito foi inaugurado somente em 11 de agosto de 1944, no bicentenário de Tomás Antônio Gonzaga, e sua organização foi saudada na época como avançada para o tipo de museologia praticada no Brasil de então.[5]

O Museu da Inconfidência é um dos principais museus históricos brasileiros. No período republicano, o Estado brasileiro criou outros museus com a temática histórica. Entre os mais destacados, encontram-se o Museu do Ipiranga[10] (1895), reformado em 1917 para se tornar efetivamente um museu de história, e o Museu Histórico Nacional (1922). Estes dois museus se relacionam à construção republicana da Independência do Brasil. Outra instituição de temática histórica importante é o Museu Imperial de Petrópolis, criado em 1940. Assim como o Museu da Inconfidência, ele era gerido pelo IPHAN e fazia parte da política do governo Vargas de criação de uma identidade nacional.[11]

Subseção 4:

Objetivos da subseção 4:

a) Apesentar a relação entre a criação do museu e a criação do patrimônio histórico e artístico nacional, destacando o lugar de Ouro Preto e da história colonial nesse processo; b) relacionar esse aspecto dos usos do passado à política cultural do Estado Novo.

REFERNCIAS:

GOMES, Angela de Castro. História e historiadores.

GOMES, Angela Maria de Castro (org.). Capanema: o ministro e seu ministério. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2000.

OLIVEIRA, Lucia Lippi; VELLOSO, Monica Pimenta; GOMES, Angela Maria de Castro. Estado novo: ideologia e poder. Rio de Janeiro: Zahar c1982.

GOMES, Angela Maria de Castro. História & historiadores. Rio de Janeiro, RJ: FGV Ed., [1996].

GOMES, Angela Maria de Castro. A república, a história e o IHGB. Belo Horizonte (MG): Fino Traço, 2012.

A criação de órgãos especializados e instituições públicas, como o Iphan, Museu da Inconfidência e Museu Imperial, foi uma iniciativa do Estado Novo de concentrar e recuperar o passado brasileiro. Esse processo histórico é caracterizado por uma articulação entre poder político e produções de intelectuais nacionais. Onde esses produtores de saberes científicos, artísticos, sociais, históricos e outros, teriam a responsabilidade de traduzir em suas obras a nacionalidade brasileira. Ou seja, cabia a esses especialistas fazer o estudo do passado brasileiro, com intuito de encontrar elos culturais e sociais entre passado e presente da nação. Iniciativas de articulações entre o poder político e intelectuais são uma marca forte do órgão DIP e a segunda geração do movimento modernista.[12][8]

Nesse processo de projetar no passado uma singularidade histórica e nacional, é bastante recorrente o uso de acontecimentos históricos, como a Inconfidência Mineira, para mobilizar o sentimento popular. Exemplo disso é a utilização no Governo Vargas da figura de Tiradentes como um dos representantes históricos do povo brasileiro. O Estado Novo utiliza-se da narrativa de que os inconfidentes lutaram para defender a liberdade dos habitantes da colônia, perante as exigências econômicas de Portugal. Supostamente guiados por um sentimento de fraternidade e nacionalidade, um povo extorquido e desprotegido, que teve que se unir em prol de sua própria proteção. Em outras palavras, a narrativa Estado-novista tentou convencer a população brasileira, através de museus e patrimônios, como o Museu da Inconfidência e a Praça Tiradentes, da existência de uma identidade nacional antes até da independência do Brasil, motivada por um senso de soberania popular.[3][8][12][13]

 
Panteão dos Inconfidentes

As primeiras peças foram coletadas em várias cidades e vilas da região, especialmente de Mariana, Getúlio Vargas ordenou a doação ao museu do 7º volume dos Autos da Devassa e das traves da forca de Tiradentes que estavam no Rio. Foi adquirida a grande coleção de arte colonial de Vicente Raccioppi e, com o passar dos anos, o acervo foi sendo ampliado com aquisições variadas, incluindo a transferência de grande coleção documental em depósito em outras instituições nacionais e regionais e a grande biblioteca de Tarquínio de Oliveira, com mais de 12 mil volumes e que incluía muitas obras raras.[14]

Subseção 5:

Depois do período inicial, quando a instituição gozou de grande prestígio e publicava um Anuário reputado pela qualidade de seus artigos, a queda de Getúlio transformou o panorama político nacional, e por causa de sua associação com antigo regime, o museu entrou em uma fase de decadência. O quadro de funcionários foi reduzido a um mínimo, o prédio histórico começou a decair sem receber manutenção, o acervo sofreu, o Anuário foi suspenso e todo o segundo andar teve de ser fechado à visitação. A situação só mudaria com a chegada de Delso Renault, enviado pelo IPHAN, realizando a recuperação do prédio, o restauro de numerosas peças de mobiliário, reabriu o segundo piso e instituiu a cobrança de ingressos como forma de obtenção de alguma renda.[14] A administração seguinte conseguiu manter o ritmo ascendente e, hoje, o Museu da Inconfidência voltou a figurar, com destaque, no rol dos museus nacionais, tendo, inclusive, incorporado mais quatro prédios como anexos e modernizado todos os seus equipamentos e sistema museográfico. Em 2013, o museu teve 142,5 mil visitantes.[15]

Depois do período inicial, quando a instituição gozou de grande prestígio e publicava um Anuário reputado pela qualidade de seus artigos, sua história veio a sofrer mudanças em 1945, com o final do Estado Novo. Apesar da manutenção para que o seu funcionamento fosse possível, a instituição se afundou em dificuldades financeiras nos últimos anos de administração do primeiro diretor, o cônego Raimundo da Trindade. Isso aconteceu devido a falta de verbas repassadas pelo Governo Federal.[13]

Subseção 6: as direções do museu de 1944 a 2017

Gestão Cônego Raimundo Trindade editar

O primeiro diretor do Museu foi o Cônego Raimundo Trindade, um importante religioso, historiador e pesquisador Esse evento carrega consigo o reconhecimento do poder político e social da Igreja Católica no governo brasileiro. Essa nomeação veio do desejo de transformar o Museu não apenas num espaço que reúne objetos materiais sobre a Inconfidência Mineira, mas também para expor a história da Igreja Católica em Minas Gerais e o seu papel fundamental na tarefa de civilização do povo brasileiro. [16]

Gestão Orlandino Seitas Fernandes editar

A situação ficou crítica de fato em 1959, quando o museólogo Orlandino Seitas Fernandes tornou-se o novo gestor do museu. O quadro de funcionários foi reduzido a um mínimo, o prédio histórico começou a decair sem receber manutenção e começou a envelhecer. O acervo entrou em processo de degradação, o Anuário foi suspenso e todo o segundo andar teve de ser fechado à visitação. No entanto, mesmo com esse declínio, o diretor conseguiu aumentar o número de visitas, através da estratégia de levar o público escolar para dentro do Museu.[13]

O Museu da Inconfidência tornou-se um espelho da crise geral da sociedade brasileira, que ansiava por mudanças político-sociais. No início da década de 1920, com o progresso dos meios de comunicação e o aumento das massas urbanas, que coincidiu com a criação dos cursos de ciências humanas e sociais, houve uma grande transformação nos setores culturais, que possibilitou a recuperação dos museus e outras instituições. Como o Museu da Inconfidência possuía uma administração mais informal, as mudanças dentro dele foram mais fáceis. As obras de recuperação tiveram início a partir de 1973, com a chegada de Delso Renault, enviado pelo IPHAN do Rio de Janeiro.[13] Ele realizou a recuperação do prédio, o restauro de numerosas peças de mobiliário e do acervo, reabriu o segundo piso e instituiu a cobrança de ingressos como forma de obtenção de alguma renda.

Em 14 de julho de 1974, o escritor Rui Mourão foi nomeado o novo diretor da instituição. Além das reformas físicas feitas, também foi necessário trazer as transformações ocorridas na realidade social e política brasileira, no intuito de atualizar o Museu, restituindo o seu papel no cenário nacional. Também houve a criação de diversos setores técnicos, a instalação de uma melhor infraestrutura e a expansão da área física com a incorporação de três novos anexos. Foi também a partir dessa gestão que se iniciou a contabilização do público estrangeiro, sobretudo franceses, italianos e alemães. No geral, o número de estrangeiros cresce de julho a setembro, devido ao período de férias da Europa.[13]

A administração seguinte conseguiu manter o ritmo ascendente, e hoje o Museu da Inconfidência voltou a figurar com destaque no rol dos museus nacionais, tendo inclusive incorporado mais quatro prédios como anexos e modernizado todos os seus equipamentos e o seu sistema museográfico. Em 2013, o museu teve 142,5 mil visitantes.[15]

A Primeira Exposição Permanente (1944-2006) [ESSES ITENS REQUEREM MAIS PESQUISA - EDITAR DEPOIS] editar

[Inserir informações a respeito da trajetória administrativa e expositiva do Museu ao longo do século XX, abordando principalmente o período da ditadura civil-militar. - Pedro e Vitória]

O Museu da Inconfidência no século XXI: entre o projeto de modernização e a manutenção da narrativa de fundação editar

[Inserir informações sobre as reformas realizadas entre 2005 e 2006, contextualizá-la na longa duração da história do Museu e ressaltar as continuidades mantidas com o projeto de fundação - Pedro e Vitória]

Década de 2020: o Programa de Arte Contemporânea do MdInc editar

[Mencionar que no ano de 2023, exposições permanentes (quais exposições e obras) foram expostas no museu e que isso tem sido um movimento recente de reformulação de gestão administrativa. - Pedro e Vitória]

O prédio histórico editar

Idealização e construção da Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica (1785-1855) editar

 
Detalhe do edifício.
 
Penitenciária de Ouro Preto.

O contexto histórico do surgimento do Museu da Inconfidência compreende o período do modernismo brasileiro, ou seja, a primeira metade do século XX. A instituição de memória foi destinada a rememorar um passado coletivo, o que envolvia a monumentalização dos espaçis associados ao movimento político colonial[17]. Logo, o Museu da Inconfidência, em Ouro Preto, visou construir um acervo que contemplasse ao movimento da Inconfidência, o ciclo da mineração e a arte barroca[18]. Desse modo, a sua narrativa foi constituída e estruturada em ideais nacionalistas influenciadas pelo governo de Vargas, sendo o primeiro museu não litorâneo. O museu também se destaca pela idealização do repatriamento e homenagem aos restos mortais dos protagonistas da Inconfidência mineira. Assim, o Panteão foi inaugurado em 1942 e o museu em 1944, em comemoração ao bicentenário do nascimento do poeta e inconfidente Tomás Antônio Gonzaga, na edificação que anteriormente havia se instalado a antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica[19].

A Casa da Câmara e Cadeia de Ouro Preto é um dos mais importantes remanescentes da arquitetura colonial do barroco tardio no Brasil, erguido pelo governador Luís da Cunha Meneses, com um projeto de José Fernandes Pinto Alpoim na década de 1780, num período em que as riquezas das minas começavam a se esgotar e os desmandos do governador geravam críticas. O projeto original atendia às necessidades deste tipo de edifício, com salas de arsenal, campanário para convocação do povo, um cárcere, uma enfermaria, um oratório, uma cozinha e um açougue, além das salas administrativas. Traços do neoclassicismo que começavam a surgir também são perceptíveis no frontão e na colunata da fachada.[14]

O prédio começou a ser construído em 1785, durante a coordenação do governador Luís da Cunha Menezes. Segundo o decreto de 3 de dezembro, assinado por Benedito Valadares, no ano de 1938, o estado doou o edifício, que atualmente é o Museu da Inconfidência. A construção do prédio da Câmara e da Cadeia demorou alguns anos para, de fato, estar concluída, pois o governador tinha objetivo de ser um edifício grandioso. É importante também destacar que, junto ao prédio, estavam o sino do povo e depois o relógio público, dois elementos importantes na época. A atual praça Tiradentes, antes conhecida como praça de Santa Quitéria, foi um ponto estratégico para a construção do edifício, pois possui a junção entre os dois antigos povoados e o ponto de encontro entre os principais caminhos de entrada e saída da cidade.

O edifício era composto pela cadeia, na área do térreo, e pela Casa de Câmara, no piso superior. Contudo, a Câmara só teria sido instalada ali, no andar superior do prédio, por volta de 1836. Entretanto, em 1863, a Câmara se transferiu para outro imóvel na praça Tiradentes, diante da necessidade de ampliação de vagas para a prisão. Já em 1907, João Pinheiro, em frente ao governo do estado, transformou a cadeia em Penitenciária Estadual, no qual o prédio ficou destinado até 1938, quando foi desativada e transferida para a cidade de Ribeirão das Neves.

Vale ressaltar que, antes da escolha do museu ser na Casa de Câmara e Cadeia, outro local foi cogitado. Este seria a Igreja do Rosário, em Ouro Preto. Este local sagrado seria uma possibilidade, pois o museu estaria ligado a um elemento religioso e seria uma forma de investir na sacralidade dos objetos que contam a história do país, logo, atenderia ao desejo de Vargas em construir uma narrativa simbólica do monumento. Nesse sentido, a escolha do local, estaria relacionado aos aspectos físicos da cidade, os campos sociais, econômicos e políticos, além de ser considerado um museu de cidade[12]. Porém, a Casa de Câmara e Cadeia foi escolhida.

Seu aspecto externo é imponente e de grande elegância, com uma fachada simétrica de dois pisos, com elementos destacados em cantaria, e um corpo construído sobre um pódio elevado. A escadaria da frente, com uma fonte em pedra lavrada, conduz à entrada principal, com duas portas inseridas em um pórtico com colunas jônicas, que se eleva até o pavimento superior, onde é coroado por um frontão triangular com o brasão real em relevo inscrito, e que continua para cima na torre sineira, onde há um relógio. As aberturas são todas semelhantes, com molduras em pedra e arremate em arco, embora no piso superior tenham sacadas com gradis de ferro trabalhado. Acima do conjunto corre uma balaustrada, com estátuas decorativas nas extremidades. Essas estátuas, são: a Justiça, vista no canto à direita da foto acima, representada com espada na mão direita e balança na esquerda; a Coragem, representada com um cálice na mão direita; a Temperança, situada no canto do fundo na Coragem, representada por uma mulher com um freio de animal na mão direita e ao lado desta para o lado da igreja do Carmo, no fundo também; a Força, representada por um homem com uma coluna.[14]

Sede do poder municipal no século XIX editar

Início do século XX: Penitenciaria Estadual editar

A instalação do Museu da Inconfidência editar

Setores editar

Modernamente o Museu da Inconfidência está organizado nos seguintes setores:[14]

Casa de Câmara e Cadeia editar

Com a exposição permanente e o Panteão dos Inconfidentes. [Descrever as salas que compõem os dois pisos do museu, as temáticas abordadas e o roteiro percorrido pelos visitantes. - Pedro e Vitória]

Panteão dos Inconfidentes editar

 
Acervo fotográfico: Vista de Ouro Preto em torno de 1875.
 
Partitura autógrafa do Salve Regina de Lobo de Mesquita.
 
Ex-voto polular com invocação a São Benedito.
 
Atelier de Mestre Ataíde: Santa Maria e São Simão Stock.

Um espaço especial dentro da antiga Casa da Câmara para abrigar os restos mortais dos inconfidentes. [Mencionar quais são os inconfidentes que possuem lápide - Pedro e Vitória] Nem todos os conspiradores ali repousam, pois alguns não puderam ter suas tumbas localizadas, e outros têm sua identificação duvidosa até os dias de hoje, a despeito dos intensos esforços de estudiosos nesse sentido. Estão no Panteão os restos de treze dos vinte e quatro sentenciados pela coroa portuguesa. Uma lápide vazia é o memento dos ausentes, entre os quais está Tiradentes, cujo corpo foi esquartejado e exposto em opróbrio.[14]

A monumentalização da Inconfidência Mineira editar

[Mencionar a exaltação da Inconfidência e da figura de Tiradentes e ressaltar como o panteão constrói uma relação com a nacionalidade brasileira. Abordar as dimensões estéticas e materiais das salas que antecedem e conformam o panteão. - Pedro e Vitória]

Hipólita Jacinta Teixeira de Melo: uma mulher na Inconfidência editar

[Inserir a informação de que neste ano foi realizada uma cerimônia de instalação da lápide de Hipólita de Melo no Panteão, contextualizando essa iniciativa como parte da reformulação do Museu. - Pedro e Vitória]

Anexo I editar

com a reserva técnica, o auditório, uma sala para exposições temporárias e salas de apoio. [Mencionar que nessa instalação funciona temporariamente o Cine Vila Rica e que, no ano de 2023, foi um importante espaço para a realização de eventos, como a Semana de Arte Contemporânea de Ouro Preto. - Pedro e Vitória]

Anexo II editar

Com o setor de museologia, os laboratórios de conservação e restauro e o setor de documentação e pesquisa.

Anexo III editar

a Casa do Pilar, com os arquivos judiciário, histórico e musicológico, e um setor de pesquisa.

Casa da Baronesa editar

onde funciona o Museu-Escola.

Arquivos editar

Arquivo Judiciário editar

Instalado no Anexo III do museu, a Casa do Pilar, preserva as peças judiciais levadas durante o período colonial de Ouro Preto. Dentre elas é particularmente importante o volume 7 dos Autos da Devassa mineira, a que foram acrescidos os traslados da Devassa carioca, os processos de réus eclesiásticos, os processos de réus comuns da justiça local e outros documentos. Em 1995 o conjunto era composto por 5.180 inventários, 1.660 testamentos, 14.350 ações cíveis, 1.570 ações criminais e 388 códices vários, formando um nítido painel da vida judicial e mesmo dos costumes sociais da época da colônia.[14]

Arquivo Histórico editar

Esta seção guarda grande número de documentos relativos à história da cidade e da região, como um relatório de despesas autografado pelo alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes; uma provisão assinada por Tomás Antônio Gonzaga em favor de Alexandre Luiz de Mello; atestados passados por Alvarenga Peixoto e Francisco de Paula Freire de Andrade, recibos assinados pelo Aleijadinho, e um diploma de José Álvares Maciel.[14]

Arquivo Musical editar

Oriundo da grande coleção de partituras coloniais reunidas pelo musicólogo Curt Lange na década de 1940, também guardado na Casa do Pilar. Este material teve, depois de penosamente redescoberto pelo alemão, uma trajetória digna de um filme de aventuras, sendo foco de intrigas políticas, difamação e mesmo durante algum tempo esteve depositado no Instituto Interamericano de Musicologia, em Montevidéu, para onde Lange o enviara temendo que o esforço de suas pesquisas, que hoje são consideradas fundamentais para a história da música brasileira, voltasse a se perder numa época em que a música colonial do Brasil era objeto de descaso. Após longas negociações esta coleção inestimável foi adquirida pelo Museu da Inconfidência, tornando-se uma das referências mais importantes para o estudo da atividade musical nas Minas Gerais durante a colônia, com itens também de outras procedências e do período imperial. Há partituras autógrafas e cópias de composições de Manoel Dias de Oliveira, Lobo de Mesquita, José Meirelles, Carlos Gomes, José Maurício Nunes Garcia e Jesuíno do Monte Carmelo, dentre muitos outros.[14]

Biblioteca editar

Com milhares de volumes, onde muitos são obras raras. Destas se destacam as Observações sobre as Enfermidades dos Negros, de Dazille (1808), traduzido por Antônio José de Carvalho; o Aureo Throno Episcopal (1749) que narra a fundação do bispado de Mariana; o Livro de Compromissos da Irmandade de São Miguel e Almas (1722), com iluminuras, e exemplares das edições princeps do Caramuru (1781) de Santa Rita Durão, das Obras (1768) de Cláudio Manuel da Costa e da Marília de Dirceu (1792), de Tomás Antônio Gonzaga, além de dicionários, livros científicos e outros.[14]

Museu-Escola e Ludomuseu editar

[Atualizar essa seção do verbete, mencionando que o setor educativo foi desativado. - Pedro e Vitória]

[MARCELO ABREU: Contar a história do Museu-Escola com base nos trabalhos da Nara Cunha]

Parte do projeto educativo do museu, que inclui oficinas de artes plásticas e teatro, centradas em episódios da Inconfidência e outros momentos marcantes da história local, oferece treinamento para professores e desenvolve atividades temáticas itinerantes pelo interior de Minas Gerais.[14]

Acervo museológico editar

[Detalhar a formação do acervo: quais são as obras que estão expostas no museu, quais são os artistas, como essas peças chegaram até o espaço. Quem são os autores anônimos que possuem obras expostas no museu? Quais são as outras obras expostas para além daquelas mencionadas no verbete que constituem, em sua maioria, representações de figuras imperiais? - Pedro e Vitória] [17/01: REVISOR: RILER BARBOSA]

O Museu da Inconfidência teve seu acervo de objetos formado a partir de alguns elementos importantes, quais sejam: os despojos e restos mortais dos inconfidentes repatriados para o Brasil por meio de ação do governo Vargas e uma doação de um conjunto de objetos e peças vindas do fechamento do Museu Eclesiástico ou Museu São Pedro vinculado à Arquidiocese de Mariana, fruto da doação do arcebispo Dom Helvécio Gomes de Oliveira.[20] [21][22][23]Com grande quantidade de peças artísticas e históricas, com destaque para a estatuária, as pinturas, a ourivesaria, o mobiliário, a iconografia da paisagem urbana em fotografias, desenhos e gravuras, e os objetos de uso doméstico e outros ligados à escravidão.[14] As peças e os objetos ligados à arte são em sua grande maioria dos estilos artísticos conhecidos como Barroco e Rococó. Era parte da política do museu e do próprio IPHAN a exaltação desses estilos artísticos como forma de inserir o Brasil no rol de nações civilizadas por meio da história da arte.

Dentre as esculturas são notáveis: um andor com estátua em madeira policroma da Imaculada Conceição atribuído a Francisco Xavier de Brito; uma Nossa Senhora da Conceição minuciosamente entalhada em calcita e decorada com conchas; um oratório com mecanismo móvel mostrando o Menino Jesus deitado e cercado de anjos; várias figuras de presépio atribuídas ao Aleijadinho; um grande São Jorge processional também atribuído ao Aleijadinho; um oratório com várias figuras em pedra-sabão em cenas da Crucificação e da Natividade; um Cristo flagelado de grande expressividade, um belo anjo tocheiro, e grande número de ex-votos, crucifixos, retábulos e estátuas de anjos e santos diversos.[14]

A ourivesaria é representada por cruzes processionais, ostensórios, cálices de comunhão, navetas, turíbulos, castiçais e coroas em prata e ouro. O mobiliário tem belos exemplares de mesas, arcazes, oratórios, cofres, cômodas, camas e cadeiras dos séculos XVII ao século XIX, como um trono episcopal do bispo de Vila Rica, atribuído ao Aleijadinho, uma cama de dossel estilo Dona Maria I, uma cama eclesiástica que teria pertencido a Santa Rita Durão, cadeirões com encosto de couro lavrado da antiga Câmara de Vila Rica, e uma cadeirinha de arruar com painéis mitológicos pintados.[14]

A pintura tem significativa representação com diversos painéis, bandeiras processionais, ex-votos e telas com retratos de santos e cenas sagradas, incluindo peças de Mestre Ataíde, João Nepomuceno Correia e Castro e vários autores anônimos da região de Ouro Preto. Merecem nota ainda os retratos oficiais de Dom Pedro III, Dona Maria I, Dom João VI infante, Dona Mariana Vitória e Dom Pedro I. Por fim, são preservados no museu uma diversidade de objetos de uso cotidiano como vasos, bacias, gomis, tinteiros, porcelanas, relógios e equipamentos de montaria decorados, e objetos usados pelos escravos.[14]

Digitalização do acervo editar

Um fato importante ocorrido a partir do ano de 2019 é que ocorreu uma migração do conteúdo do acervo do museu do Sistema de Controle do Acervo Museológico do Museu da Inconfidência – SCAM para Windows para a plataforma Tainacan. Essa migração é importante pois permite a pesquisadores e público em geral o acesso aos itens da coleção museológica da instituição de modo on line, no ambiente virtual. [Mencionar que no site do museu é possível, através da plataforma Taicanan, acessar o acervo digitalizado do museu. - Pedro e Vitória]

Controvérsias editar

[Seção que pode ser trabalhada com maior detalhamento as perspectivas críticas tanto de produções historiográficas contemporâneas quanto dos movimentos sociais de Ouro Preto em torno da narrativa museal. - Pedro e Vitória]

Silenciamentos na exporgrafia do Museu editar

Críticas dos coletivos negros de Ouro Preto editar

Obras do acervo editar

Ver também editar

 
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Referências

  1. «Página - IPHAN - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional». portal.iphan.gov.br. Consultado em 1 de dezembro de 2023 
  2. FONSECA, Thaís Nívia de Lima. Representações de um passado de ouro: mitos, memória e imaginário da Inconfidência. In: RESENDE, Maria Efigênia Lage de; VILLALTA, Luís Carlos (orgs.). As Minas setecentistas, v. 2. Belo Horizonte: Autêntica, Companhia do Tempo, 2007, p. 649-668.
  3. a b FURTADO, João Pinto. O manto de Penélope: história, mito e memória da Inconfidência Mineira de 1788-9. Companhia das Letras, 2002.
  4. Jóia da coroa. Autor(es), FERRAZ, Eugênio. Edição, Arquivo Público Mineiro. Local de Publicação, Belo Horizonte.
  5. a b c O Museu da Inconfidência. Série Museus Brasileiros. São Paulo: Banco Safra, 1995
  6. Cedro, Marcelo (2013). «Cultura, identidade nacional e práticas museológicas na contemporaneidade: propostas do Museu da Inconfidência em Ouro Preto». Plural - Revista de Ciências Sociais. 20 (2): 37–60. ISSN 2176-8099. doi:10.11606/issn.2176-8099.pcso.2013.76356 
  7. FERREIRA; DELGADO, Jorge; Lucília Almeida Neves (Orgs) (2001). «O Estado Novo: o que trouxe de novo?». O Brasil republicano. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. pp. 108–143 
  8. a b c FIGUEIREDO; VIDAL., Betânia Gonçalves; Daiana Gonçalves. (2023). «Cultura, ciência e política: Olhares sobre a história da criação dos museus no Brasil». Museus dos gabinetes de curiosidades à museologia moderna. Belo Horizonte: Fino Traço. pp. 145–157. ISBN 978-85-8054-113-7 
  9. Lemos, Carmem. «Reflexões acerca do processo de repatriamento das ossadas dos inconfidentes degredados para a África» (PDF). Museu da Inconfidência. Oficina do Inconfidência (1): 205-211. Consultado em 18 de janeiro de 2024.  Verifique data em: |acessodata= (ajuda)
  10. Brefe, Ana Cláudia (1 de janeiro de 2003). «História nacional em São Paulo: o Museu Paulista em 1922». Anais do Museu Paulista: História e cultura material (10(01)): 79-103. Consultado em 18 de janeiro de 2024 
  11. SANTOS, Myriam Sepúlveda dos (2009). Museu Imperial: a construção do Império pela República (PDF). Rio de Janeiro: Lamparina. p. 116. ISBN 978-85-98271-59-0 
  12. a b GOMES, Angela de Castro (1996). História e Historiadores. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas. pp. 125–156. ISBN 978-85-225-1337-6 
  13. a b c d e Brusadin, Leandro Benedini (2013). «O público do Museu da Inconfidência : da legitimação do patrimônio nacional às necessidades de fruição para os turistas.». ISSN 1982-6125. doi:10.7784/rbtur.v7i3.625. Consultado em 20 de janeiro de 2024 
  14. a b c d e f g h i j k l m n o O Museu da Inconfidência. Série Museus Brasileiros. São Paulo: Banco Safra, 1995
  15. a b Museu da Inconfidência completa 70 anos com a proposta de dialogar cada vez mais com a sociedade
  16. Santos, Luiz Claudio Alves dos (2019). «Raimundo Trindade : igreja, política patrimonial e museografia em Minas, décadas de 1920/1950.». Consultado em 15 de dezembro de 2023 
  17. ALVES, RAFAEL DA SILVA (2009). «O MUSEU DA INCONFIDÊNCIA: JOGO DE ESPELHOS ENTRE A HISTORIOGRAFIA E A MUSEOGRAFIA». lph.ichs.ufop.br. Consultado em 1 de dezembro de 2023 
  18. ALVES, RAFAEL DA SILVA (2009). «O MUSEU DA INCONFIDÊNCIA: JOGO DE ESPELHOS ENTRE A HISTORIOGRAFIA E A MUSEOGRAFIA». lph.ichs.ufop.br. Consultado em 1 de dezembro de 2023 
  19. ALVES, RAFAEL DA SILVA (2009). «O MUSEU DA INCONFIDÊNCIA: JOGO DE ESPELHOS ENTRE A HISTORIOGRAFIA E A MUSEOGRAFIA». lph.ichs.ufop.br. Consultado em 1 de dezembro de 2023 
  20. Calheiros, Alex (13 de novembro de 2023). «"Este objeto, o que ele nos fala?" - O tronco». Plataforma de vídeos do Youtube. Consultado em 19 de janeiro de 2024 
  21. PEREIRA, M. Dom Helvécio Gomes de Oliveira, um salesiano no episcopado: artífice da Neocristandade (1888-1952). Tese (doutorado em História). Belo Horizonte: UFMG/FAFICH, 2010.  
  22. SCARPATI, R. B. Para a glória da Roma Mineira: Museu Arquidiocesano de Mariana (1926-1964). Dissertação (Mestrado em História). Mariana: ICHS/UFOP, 2014.  
  23. JULIÃO, L. Enredos museais e intrigas da nacionalidade: museus e identidade nacional no Brasil. Tese (doutorado em História). Belo Horizonte: UFMG/FAFICH, 2008.

Ligações externas editar


 
Brasão de Ouro Preto
Museus de Ouro Preto

Museu Aleijadinho | Museu de Arte Sacra do Pilar | Museu Casa Guignard | Museu Casa dos Contos | Museu da Inconfidência | Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas | Museu do Oratório


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