Eleições legislativas na Itália em 2018

As eleições legislativas na Itália em 2018 ocorreram em 4 de março para eleger todos os 630 assentos da Câmara dos Deputados e todos os 315 assentos eletivos do Senado. O resultado desta eleição determina o próximo primeiro-ministro do país. A eleição aconteceu simultaneamente com as eleições regionais da Lombardia e do Lácio.

Eleições legislativas na Itália em 2018
 

2013 ← Itália → 2022


4 de março de 2018
Todos os 630 assentos da Câmara dos Deputados
Todos os 315 assentos eletivos do Senado
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Partido CDX M5S CSX
Assentos no parlamento C: 265 (Aumento 138)
S: 137 (Aumento 20)
C: 227 (Aumento 114)
S: 112 (Aumento 58)
C: 122 (Baixa 227)
S: 60 (Baixa 65)
Votos C: 12 164 732 Aumento
S: 11 340 602 Aumento
10 743 566 (C) Aumento
9 745 068 (S) Aumento
7 512 243 (C) Baixa
6 960 318 (S) Baixa
Mapa eleitoral da Italia (Câmara dos Deputados).

Primeiro-Ministro da Itália

Os italianos elegem de forma direta seus membros do Parlamento desde 1948. Na última eleição, em 2013, o Partido Democrático conseguiu uma maioria na Câmara dos Deputados, mas não no Senado. Consequentemente, formou uma grande coalizão e, através de Enrico Letta, Matteo Renzi e Paolo Gentiloni, governa o país desde então.

Contexto

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Nas eleições gerais de 2013 nenhuma das três principais alianças – a de centro-direita liderada por Silvio Berlusconi, a de centro-esquerda liderada por Pier Luigi Bersani e o MoVimento 5 Estrelas (M5S) liderado por Beppe Grillo - ganhou uma maioria absoluta no Parlamento.[1][2] Após Bersani fracassar em sua tentativa de formar um governo, Enrico Letta, vice-secretário-geral do Partido Democrático, recebeu do presidente Giorgio Napolitano a tarefa de formar um governo de coalizão.[3] O Gabinete de Letta consistiu, além do seu partido, do O Povo da Liberdade, de Berlusconi, da Escolha Cívica, da União dos Democratas-Cristãos e de Centro, além de outras agremiações.[4][5]

Em novembro de 2013, Berlusconi anunciou a recriação do partido Força Itália, bem como sua ida para a oposição ao governo Letta.[6] O movimento levou a uma ruptura, com um grande número de deputados e senadores liderados pelo ministro do Interior, Angelino Alfano, migrando para o recém-criado Novo Centro-direita, fiel ao governo.[7] Em dezembro, após a eleição de Matteo Renzi como secretário-geral do PD, houve tensões persistentes que culminaram com a renúncia de Letta como primeiro-ministro em fevereiro de 2014.[8][9] Renzi então formou um governo baseado na mesma coalizão (incluindo o NCD), mas apresentando um discurso reformista.[10][11][12]

Renzi recebeu um forte apoio de seu partido, algo reforçado com os bons resultados obtidos pelos democratas nas eleições parlamentares europeias e pela eleição de Sergio Mattarella como presidente da Itália em 2015.[13][14] No poder, Renzi implementou várias reformas, incluindo uma nova lei eleitoral (que mais tarde seria declarada parcialmente inconstitucional pelo Tribunal Constitucional), um relaxamento das leis trabalhistas com a intenção de impulsionar o crescimento econômico, uma profunda reforma da administração pública, a simplificação dos processos civis, o reconhecimento das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo e a abolição de vários impostos menores.[15][16][17]

Como uma das consequências da Guerra Civil da Líbia, o alto nível de imigração ilegal para a Itália teve de ser enfrentado pelo governo. Houve um aumento no número de imigrantes resgatados no mar que eram trazidos para os portos do sul do país, provocando críticas do M5S, FI e Liga Norte (LN), causando também uma diminuição da popularidade de Renzi.[18][19][20] Em dezembro de 2016, uma reforma constitucional proposta pelo governo de Renzi e devidamente aprovada pelo Parlamento foi rejeitada em um referendo constitucional.[21][22] Quase 60% dos eleitores opuseram-se, e Renzi renunciou, sendo substituído pelo ministro das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni.[23][24][25] Em dezembro de 2017, uma pesquisa de opinião conduzida pelo Instituto Piepoli indicou que o índice de confiança em Gentiloni era de 44 por cento, superado apenas pelo presidente Mattarella, com 57 por cento.[26][27]

Processo eleitoral

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Decreto do presidente Sergio Mattarella convocando as eleições de 2018.

Como resultado do referendo constitucional de 2016 e de duas sentenças diferentes do Tribunal Constitucional, as leis eleitorais para as duas casas do Parlamento italiano careciam de uniformidade. Em outubro de 2017, os partidos PD, AP, FI e LN, além de outros menores, concordaram com uma nova legislação eleitoral, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados por 375-215 e pelo Senado por 214-61, com a oposição de parlamentares do MoVimento 5 Estrelas.[28][29][30] O chamado Rosatellum bis é um sistema misto, com 37% dos assentos sendo alocados por maioria simples de votos e 63% pelo método do resto maior, em um único turno de votação.[31][32] Com isso, a escolha dos assentos em ambas as casas do Parlamento foi dividida da seguinte forma:

  • Através do sistema eleitoral de maioria simples, por pluralidade de votos, 232 deputados e 116 senadores;
  • Através do sistema de distritos com representantes múltiplos, por representação proporcional nacional, 386 deputados e 193 senadores;
  • Através de distritos eleitorais em cada região do exterior, 12 deputados e 6 senadores.

Em 28 dezembro de 2017, o presidente Sergio Mattarella dissolveu o Parlamento, convocando novas eleições para 4 de março de 2018.[33] O decreto assinado por Mattarella também estabeleceu em 23 de março a eleição dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.[34] Em seu tradicional discurso de final de ano, em 31 de dezembro, Mattarella pediu aos partidos que apresentassem propostas "realistas e concretas", bem como expressou seu desejo por uma alta participação dos eleitores.[35][36]

Campanha

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Definição das candidaturas e coligações

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Matteo Renzi discursando na convenção do Partido Democrático no Lingotto, em março de 2017.

No início de 2017, em oposição às políticas de Renzi, alguns democratas de esquerda liderados por Pier Luigi Bersani, Massimo D'Alema e Roberto Speranza lançaram, juntamente com dissidentes da Esquerda Italiana, o Movimento Democrático e Progressista (MDP).[37][38][39] Em abril, Renzi foi reeleito secretário-geral do Partido Democrático e, com isso, escolhido o candidato do partido para o cargo de primeiro-ministro, derrotando o ministro da Justiça Andrea Orlando e o Governador da Apúlia Michele Emiliano.[40][41][42]

Em maio de 2017, Matteo Salvini foi reeleito secretário federal da Liga do Norte e lançou sua própria candidatura.[43][44] Sob sua liderança, o partido enfatizou o eurocepticismo, a oposição à imigração e outras políticas populistas. De fato, o objetivo de Salvini foi relançar o LN como um partido "nacional" ou, mesmo, "nacionalista italiano", enfraquecendo qualquer proposta de separatismo do norte. Esta estratégia tornou-se particularmente evidente em dezembro, quando o LN apresentou seu novo logotipo eleitoral, sem a palavra "Nord" (Norte).[45]

O outono registrou alguns desenvolvimentos importantes à esquerda do espectro político: em novembro, o Força Europa, os Radicais Italianos e alguns liberais lançaram uma lista conjunta denominada Mais Europa (+E), liderada pela líder radical de longa data Emma Bonino;[46] em dezembro, o MDP, o SI e Possível anunciaram a criação de uma lista conjunta denominada Livres e Iguais (LeU) sob a liderança de Pietro Grasso, presidente do Senado e ex-promotor anti-máfia;[47] o Partido Socialista, a Federação dos Verdes, a Área Cívica e a Área Progressista formaram uma lista denominada "Juntos" (I; Insieme, em italiano) em apoio ao PD;[48] o Partido da Refundação Comunista, o Partido Comunista, centros sociais, partidos menores, comitês locais e associações criaram uma lista conjunta de extrema-esquerda denominada Poder ao Povo (PaP), sob a liderança da Viola Carofalo.[49]

 
Luigi Di Maio foi escolhido como o candidato a primeiro-ministro do MoVimento 5 Estrelas.

Aos 31 anos de idade, Luigi Di Maio foi selecionado como candidato a primeiro-ministro e "chefe político" do MoVimento 5 Estrelas, substituindo Beppe Grillo.[50][51][52] No entanto, nos meses seguintes o comediante populista foi acusado pelos críticos de continuar a ser o líder de fato do partido, enquanto um papel cada vez mais importante, embora não oficial, foi assumido por Davide Casaleggio, filho de Gianroberto, um estrategista que fundou o M5S juntamente com o Grillo em 2009 e morreu em 2016.[53][54][55]

No final de dezembro, o centrista Alternativa Popular (AP), que tinha sido um parceiro chave na coalizão com o PD, dividiu-se entre aqueles que queriam voltar a apoiar a centro-direita e aqueles que preferiam apoiar a coalizão de Renzi. Dois grupos de integrantes da AP, um liderado por Maurizio Lupi e outro por Enrico Costa, formaram com a Direção Itália, Escolha Cívica, Aja!, Construção Popular e o Movimento para as Autonomias uma lista conjunta de centro-direita nomeada Nós com a Itália (NcL).[56] A lista foi posteriormente ampliada com a entrada da União dos Democratas-Cristãos e de Centro, a União dos Democratas pela Europa e outros partidos menores.[57] Os membros restantes da AP, do Itália dos Valores, dos Centristas pela Europa, da Democracia Solidária e dos grupos menores uniram forças e criaram a lista Cívica Popular (PC), pró-PD e liderada pela Ministra da Saúde Beatrice Lorenzin.[58]

 
Silvio Berlusconi, líder do Força Itália, em dezembro de 2017.

Embora líder do Força Itália desde sua refundação, em junho de 2013, Silvio Berlusconi, primeiro-ministro por três ocasiões diferentes, não pôde apresentar-se como candidato ao cargo caso sua coligação fosse vitoriosa por estar inelegível devido a uma condenação judicial. Condenado em 2013 por fraude fiscal, Berlusconi ficou inelegível até 2019, admitindo a possibilidade de ser candidato a primeiro-ministro depois deste período.[59][60][61] No final de fevereiro de 2018, Berlusconi indicou que Antonio Tajani, presidente do Parlamento Europeu, seria o candidato do partido a primeiro-ministro.[62] Em 1º de março, Tajani aceitou o convite de Berlusconi, declarando: "Agradeço ao presidente Berlusconi por seu ato de estima para mim. Eu lhe transmiti esta tarde minha disponibilidade para servir à Itália. Agora a decisão compete a nossos cidadãos e ao presidente da República."[63]

Lista de partidos e líderes

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Os seguintes partidos disputaram as eleições gerais de 2018:

Coligação Partido Ideologia principal Líder Notas
Centro-esquerda
Partido Democrático Social-democracia Matteo Renzi [64][65]
Mais Europa Liberalismo Emma Bonino [66]
Juntos Progressismo Giulio Santagata [67]
Lista Cívica Popular Democracia cristã Beatrice Lorenzin [68]
SVP–PATT Regionalismo Philipp Achammer [69]
Centro-direita
Força Itália Conservadorismo liberal Silvio Berlusconi [70][71]
Liga Norte Populismo de direita Matteo Salvini [72][73]
Irmãos de Itália Nacionalismo italiano Giorgia Meloni [74][75]
Nós com a Itália Democracia cristã Raffaele Fitto [76]
MoVimento 5 Estrelas Populismo Luigi Di Maio [77][78]
Livres e Iguais Socialismo democrático Pietro Grasso [79][80]
Poder para o Povo Comunismo Viola Carofalo [81][82]
CasaPound Neofascismo Simone Di Stefano [83][84]
PRIALA Liberalismo Corrado Saponaro [85][86]
O Povo da Família Conservadorismo social Mario Adinolfi [87]
Partido Comunista Comunismo Marco Rizzo [88]
Itália para os Italianos Neofascismo Roberto Fiore [89]
10 Vezes Melhor Liberalismo Andrea Dusi [90]
Lista do Povo pela Constituição Anticorrupção Antonio Ingroia [91]

Propostas

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Logotipos de coligações, candidatos e partidos das eleições gerais na Itália em 2018.

O programa eleitoral do PD incluiu, entre os principais pontos, a introdução de um salário mínimo por hora de €10, um aumento dos subsídios para os desempregados, um subsídio mensal de €80 para pais de crianças pequenas, uma redução progressiva do impostos de renda e do corporativo,[92][93][94] e uma redução dos fluxos de migrantes através de acordos bilaterais com os países de origem, sugerindo suspender o financiamento da União Europeia para países que se recusaram a recebê-los, como a Hungria e a Polônia.[95] Entre os aliados do PD, o CP propôs a gratuidade da educação infantil, uma isenção fiscal para o bem-estar corporativo e outras medidas de saúde pública, como uma extensão do atendimento domiciliar para os idosos.[96] O Mais Europa advogou pelo relançamento do processo de integração e federação europeias, com o objetivo de formar os Estados Unidos da Europa, e defendeu fortemente a integração social dos migrantes, opondo-se silenciosamente às políticas implementadas pelo ministro do Interior, Marco Minniti, do PD.[97][98] A posição do Mais Europa sobre o processo europeu de integração também foi fortemente apoiada pelo PD.[99]

A principal proposta da coalizão de centro-direita é uma grande reforma tributária baseada na introdução de um imposto fixo.[100] Berlusconi também propôs o cancelamento do imposto sobre a produtividade, o aumento das pensões mínimas para €1.000, a introdução de uma "renda digna" para combater a pobreza, e o lançamento de um "Plano Marshall" para a África para reduzir a imigração ilegal para a Itália.[101] Dentro do FI, existem alguns representantes do Movimento Animalista (MA) liderados por Michela Brambilla, cujo principal foco é, em especial, a proibição das roupas de peles e controles mais rigorosos em circos, cuidados veterinários gratuitos e estabelecimento de uma ouvidoria dos direitos dos animais.[102] Além disso, a Liga do Norte propôs a possibilidade de aposentadoria com 41 anos de contribuições e a regularização da prostituição, tendo como objetivo principal a redução drástica da imigração ilegal, reintroduzindo os controles nas fronteiras, bloqueando as chegadas e repatriando todos os migrantes que não possuam direito de permanecer na Itália.[103][104] A FdI defendeu um subsídio de €400 mensais aos recém nascidos até os seis anos como forma de aumentar o crescimento populacional, e a expansão do uso do exército como medida para combater o crime e uma nova lei sobre autodefesa.[105]

O M5S apresentou um programa cujos principais pontos são: a introdução de uma renda básica, conhecida como "rendimento da cidadania", para combater a pobreza; o corte da dívida pública em 40 por cento em relação ao produto interno bruto em dez anos; a adoção de medidas para aumentar a quantidade de empregos entre os jovens; o aumento dos gastos em medidas de bem-estar familiar de 1,5 a 2,5 por cento do PIB; e uma lei constitucional que obrigaria os parlamentares a renunciar se pretendessem mudar de partido.[106] A aliança Livre e Igual centrou-se no chamado direito a estudar, propondo a abolição das taxas universitárias em determinados casos, além da reintrodução das proteções legais aos trabalhadores que foram retiradas pela Lei do Emprego do governo Renzi, e da luta contra a evasão fiscal, a corrupção e o crime organizado.[107]

Pesquisas de opinião

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O gráfico abaixo revela os resultados das pesquisas eleitorais de intenções de votos realizadas de fevereiro de 2013 até fevereiro de 2018. De acordo com a legislação eleitoral da Itália, a publicação de pesquisas de opinião encontrava-se proibida nas últimas duas semanas da campanha eleitoral.[108]

 
                     PD                      M5S                      FI                      SC                      NCD/AP                      Liga                      SEL/SI                      FdI                      UdC                      MDP                      CP                      LeU                      I                      CP                      NcI

Resultados Oficiais

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Câmara dos Deputados

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(Excluindo o Vale de Aosta e a Emigração)

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(Resultados provisórios)
Partido Método Uninominal Método Proporcional Total +/-
Votos % Deputados Votos % +/- Deputados
Liga 12 147 611 37,00
49 / 232
5 691 921 17,37  13,28
73 / 385
122 / 617
 104
Força Itália
44 / 232
4 590 774 14,01  7,55
59 / 385
103 / 617
 6
Irmãos de Itália
14 / 232
1 426 564 4,35  2,39
19 / 385
33 / 617
 24
Nós com a Itália
6 / 232
428 298 1,30 Novo
0 / 385
6 / 617
Novo
Centro-direita (Total)
113 / 232
12 565 855 37,03  7,84
151 / 385
264 / 617
 140
MoVimento 5 Estrelas 10 727 567 32,68
94 / 232
10 697 994 32,66  7,10
133 / 385
227 / 617
 119
Partido Democrático 7 502 056 22,85
18 / 232
6 134 727 18,72  6,71
86 / 385
104 / 617
 188
Mais Europa
1 / 232
134 651 0,41 Novo
0 / 385
1 / 617
Novo
Juntos
2 / 232
177 825 0,54 Novo
0 / 385
2 / 617
Novo
Lista Cívica Popular
2 / 232
196 766 0,60 Novo
0 / 385
2 / 617
Novo
SVP-PATT
2 / 232
836 837 2,55  0,02
2 / 385
4 / 617
 1
Centro-esquerda (Total)
25 / 232
7 480 206 22,82  6,73
88 / 385
113 / 617
 227
Livres e Iguais 1 113 969 3,39
0 / 232
1 109 198 3,38 Novo
14 / 385
14 / 617
Novo
Poder para o Povo 372 022 1,13
0 / 232
370 320 1,13 Novo
0 / 385
0 / 617
Novo
Outros (com menos de 1,00%) 962 174 2,95
0 / 232
959 327 2,98
0 / 385
0 / 617
Votos Inválidos 1 091 061 3,22 1 161 416 3,42  0,17
Total 33 916 460 100
232 / 232
33 916 460 100
385 / 385
617 / 617
Eleitorado/Participação 46 505 499 72,93 46 505 499 72,93  2,27
Fonte [109]

Vale de Aosta

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Partido Votos % +/- Deputados +/-
MoVimento 5 Estrelas 15 999 24,10  5,60
1 / 1
 1
Coligação Vale de Aosta 14 429 21,74  3,63
0 / 1
 1
Por Todos, Para Todos 12 118 18,25 Novo
0 / 1
Novo
Liga 11 588 17,45  14,16
0 / 1
 
Força Itália-Irmãos de Itália 5 533 8,33  4,12
0 / 1
 
Resposta Cívica 2 623 3,95 Novo
0 / 1
Novo
Poder para o Povo 1 700 2,56 Novo
0 / 1
Novo
CasaPound 1 205 1,81 Novo
0 / 1
Novo
Partido Valor Humano 1 175 1,77 Novo
0 / 1
Novo
Votos Inválidos 5 573 7,75  1,42
Total 71 947 100
1 / 1
Eleitorado/Participação 99 547 72,27  4,69
Fonte [110]

Emigração

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Partido Votos % +/- Deputados +/-
Partido Democrático 285 429 26,44  2,86
5 / 12
 
Liga-Força Itália-Irmãos de Itália (a) 232 078 21,49  6,66
3 / 12
 2
MoVimento 5 Estrelas 188 933 17,50  7,82
1 / 12
 
Movimento Associativo dos Italianos no Estrangeiro 104 538 9,68  4,65
1 / 12
 1
União Sul-Americana dos Emigrantes Italianos 65 363 6,05  1,58
1 / 12
 
Livres e Iguais 61 714 5,71 Novo
0 / 12
Novo
Mais Europa 60 859 5,63 Novo
1 / 12
Novo
Lista Cívica Popular 30 375 2,81 Novo
0 / 12
Novo
União Tricolor na América Latina 24 939 2,31 Novo
0 / 12
Novo
Nós com a Itália 11 845 1,09 Novo
0 / 12
Novo
Outros (com menos de 1,00%) 13 457 1,23
0 / 12
Votos Inválidos
Total 1 079 530 100
12 / 12
Eleitorado/Participação 4 230 854 25,52  7,07
Fonte [111]
(a) 2 deputados da Liga Norte e 1 deputado da Força Itália

Senado

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(Excluindo o Vale de Aosta e Emigração)

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Partido Método Uninominal Método Proporcional Total +/-
Votos % Senadores Votos % +/- Senadores
Liga 11 323 360 37,49
20 / 115
5 317 019 17,63  13,29
37 / 193
57 / 308
 40
Força Itália
22 / 115
4 352 380 14,43  7,87
33 / 193
55 / 308
 44
Irmãos de Itália
10 / 115
1 286 122 4,26  2,33
7 / 193
17 / 308
 17
Nós com a Itália
5 / 115
361 737 1,19 Novo
0 / 193
5 / 308
Novo
Centro-direita (Total)
57 / 115
11 317 258 37,51  6,79
77 / 193
134 / 308
 17
MoVimento 5 Estrelas 9 729 621 32,22
45 / 115
9 713 763 32,21  8,41
68 / 193
113 / 308
 59
Partido Democrático 6 943 450 22,99
8 / 115
5 768 101 19,12  8,32
43 / 193
51 / 308
 58
Mais Europa
1 / 115
712 844 2,36 Novo
0 / 193
1 / 308
Novo
Juntos
0 / 115
163 028 0,54 Novo
0 / 193
0 / 308
Novo
Lista Cívica Popular
1 / 115
157 205 0,52 Novo
0 / 193
1 / 308
Novo
SVP-PATT
2 / 115
128 282 0,42  0,12
1 / 193
3 / 308
 1
Centro-esquerda (Total)
13 / 115
6 929 460 22,96  8,67
44 / 193
57 / 308
 52
Livres e Iguais 990 500 3,28
1 / 115
987 706 3,27 Novo
4 / 193
5 / 308
Novo
Poder para o Povo 320 210 1,06
0 / 115
319 094 1,05 Novo
0 / 193
0 / 308
Novo
Outros (com menos de 1,00%) 889 601 2,96
0 / 115
887 740 3,00
0 / 193
0 / 308
Votos Inválidos 1 091 061 3,22 1 069 240 3,42  0,15
Total 33 916 460 100
115 / 115
31 224 261 100
193 / 193
308 / 308
Eleitorado/Participação 46 505 499 72,93 46 505 499 72,93  2,18
Fonte [109]

Vale de Aosta

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Partido Votos % +/- Senadores +/-
Coligação Vale de Aosta 15 958 25,76  11,28
1 / 1
 
MoVimento 5 Estrelas 14 398 23,24  2,53
0 / 1
 
Liga 11 004 17,76  13,83
0 / 1
 
Por Todos, Para Todos 9 659 15,59 Novo
0 / 1
Novo
Força Itália-Irmãos de Itália 5 223 8,43 -
0 / 1
-
Resposta Cívica 1 911 3,08 Novo
0 / 1
Novo
Poder para o Povo 1 688 2,72 Novo
0 / 1
Novo
CasaPound 1 207 1,94 Novo
0 / 1
Novo
Partido Valor Humano 890 1,43 Novo
0 / 1
Novo
Votos Inválidos 4 728 7,09  0,27
Total 66 670 100
1 / 1
Eleitorado/Participação 92 087 72,39  4,69
Fonte [110]

Emigração

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Partido Votos % +/- Senadores +/-
Partido Democrático 268 612 27,09  3,60
2 / 6
 2
Liga-Força Itália-Irmãos de Itália (a) 218 553 22,04  6,84
2 / 6
 2
MoVimento 5 Estrelas 174 948 17,64  7,63
0 / 6
 
Movimento Associativo dos Italianos no Estrangeiro 107 879 10,88  2,56
1 / 6
 
União Sul-Americana dos Emigrantes Italianos 65 069 6,56  2,29
1 / 6
 1
Livres e Iguais 55 279 5,57 Novo
0 / 6
Novo
Mais Europa 52 494 5,29 Novo
0 / 6
Novo
Lista Cívica Popular 31 293 3,15 Novo
0 / 6
Novo
Nós com a Itália 10 404 1,04 Novo
0 / 6
Novo
Outros (com menos de 1,00%) 6 680 0,67
0 / 6
Votos Inválidos
Total
6 / 6
Eleitorado/Participação 3 835 780
Fonte [111]
(a) 2 senadores da Força Itália

Resultados por Distrito Eleitoral

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Câmara dos Deputados

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Método Proporcional

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Distrito

Eleitoral

% D % D % D % D % D % D % D % D % D % D D Votantes
M5S PD Liga FI FdI LU +E NCI PaP SVP
Piemonte 1 28,5 4 22,4 4 19,2 3 12,1 2 3,6 - 4,5 1 4,7 - 0,6 - 1,4 - - - 14 1 320 192
Piemonte 2 24,3 3 18,3 3 26,3 4 14,8 2 4,5 1 3,0 1 3,2 - 0,9 - 0,9 - - - 14 1 220 735
Lombardia 1 23,2 6 23,2 7 22,1 6 14,3 4 4,0 1 3,5 1 4,7 - 1,0 - 1,0 - - - 24 2 248 842
Lombardia 2 20,7 3 18,9 3 31,9 5 13,8 2 3,9 1 2,4 - 2,8 - 1,1 - 0,6 - - - 14 1 260 063
Lombardia 3 18,0 3 20,1 4 34,3 5 12,8 2 4,4 1 2,5 - 2,4 - 0,9 - 0,9 - - - 15 1 305 919
Lombardia 4 22,7 3 20,5 3 28,3 3 14,6 2 4,0 - 2,6 - 2,3 - 0,7 - 0,8 - - - 11 945 493
Trentino-Alto Ádige 19,5 1 14,7 - 19,2 2 7,0 - 2,6 - 3,9 - 2,5 - 0,5 - 1,0 - 24,2 2 5 592 33
Veneto 1 25,0 3 17,5 3 31,9 4 10,3 1 3,7 1 2,9 - 2,8 - 0,7 - 0,7 - - - 12 1 153 170
Veneto 2 23,9 5 16,2 4 32,3 7 10,8 2 4,5 1 2,6 - 2,7 - 1,4 - 0,6 - - - 19 1 781 237
Friuli-Veneza Júlia 24,6 2 18,7 2 25,8 2 10,7 1 5,3 1 3,2 - 3,4 - 1,2 - 0,9 - - - 8 713 973
Ligúria 30,1 3 19,7 2 19,9 3 12,7 1 3,8 - 4,4 1 3,4 - 0,9 - 1,4 - - - 10 885 066
Emília-Romanha 27,5 8 26,4 9 19,2 6 9,9 3 3,3 1 4,5 1 3,1 - 0,6 - 1,2 - - - 28 2 604 664
Toscana 24,7 6 29,6 9 17,4 4 9,9 3 4,2 1 4,6 1 2,9 - 0,6 - 2,0 - - - 24 2 200 959
Úmbria 27,5 2 24,8 2 20,2 1 11,2 1 4,9 - 3,0 - 1,9 - 0,5 - 1,3 - - - 6 525 978
Marche 35,6 4 21,3 2 17,3 2 9,9 1 4,9 1 2,9 - 1,9 - 1,0 - 1,1 - - - 10 915 119
Lazio 1 32,3 8 20,5 6 11,8 3 11,7 3 9,0 3 4,0 1 3,9 - 0,7 - 1,8 - - - 24
Lazio 2 34,5 5 15,0 2 16,5 3 16,3 2 6,7 1 2,8 - 1,7 - 1,2 - 1,0 - - - 13
Abruzzo 39,9 4 13,8 2 13,8 2 14,4 1 5,0 - 2,6 - 1,9 - 2,3 - 1,3 - - - 9 786 533
Molise 44,8 - 15,2 - 8,7 - 16,1 - 3,1 - 3,7 1 1,2 - 1,9 - 1,1 - - - 1 182 007
Campânia 1 54,1 11 12,2 3 2,9 1 18,0 4 2,6 - 3,1 1 1,2 - 1,6 - 1,8 - - - 20 1 569 793
Campânia 2 44,5 8 14,2 3 5,8 1 18,4 4 4,4 1 2,8 1 1,5 - 1,8 - 1,2 - - - 18 1 539 573
Apúlia 44,9 12 13,7 4 6,2 2 18,7 6 3,8 1 3,5 1 1,4 - 3,5 - 1,0 - - - 26 2 257 628
Basilicata 44,4 2 16,1 1 6,3 - 12,4 1 3,7 - 6,4 - 1,2 - 3,0 - 1,3 - - - 4 329 087
Calábria 43,4 5 14,3 2 5,6 1 20,1 3 4,6 - 2,8 1 1,0 - 1,9 - 1,1 - - - 12 981 045
Sicília 1 48,2 8 10,6 2 5,2 1 21,1 3 3,6 1 3,2 1 1,2 - 3,0 - 0,8 - - - 16 1 161 710
Sicília 2 49,3 9 12,3 2 5,1 1 20,1 3 3,7 1 2,6 1 1,1 - 1,8 - 0,7 - - - 17 1 353 640
Sardenha 42,5 5 14,8 2 10,8 1 14,8 2 4,0 1 3,1 - 2,0 - 1,4 - 0,9 - - - 11 896 495
Itália 32,7 133 18,7 86 17,4 73 14,0 59 4,4 19 3,4 14 2,6 - 1,3 - 1,1 - 0,4 2 385 33 916 460

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Ligações externas

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