Francisco Dornelles
Francisco Oswaldo Neves Dornelles (Belo Horizonte, 7 de janeiro de 1935) é um economista e político brasileiro. Em razão de sua condição de vice governador do Rio de Janeiro, exerceu o cargo de governador do Rio de Janeiro, entre 28 de março de 2016 e 31 de outubro de 2016 (em decorrência de problemas de saúde do governador)[1] e a partir do dia 29 de novembro de 2018 a 1 de janeiro de 2019 com a prisão preventiva do governador Luiz Fernando Pezão concluído o mandato de Pezão.[2] Por esse motivo Dornelles foi o responsável por passar o cargo de governador a Wilson Witzel.
Francisco é, pelo lado paterno, primo em segundo grau do presidente Getúlio Vargas e sobrinho do militar, governador do Rio Grande do Sul e Ministro da Agricultura Ernesto Dornelles. Pelo lado materno é sobrinho do primeiro-ministro e presidente eleito Tancredo Neves e primo em segundo grau do senador e ex-governador de Minas Gerais Aécio Neves (PSDB).[3] Ainda pelo lado materno, é descendente do capitão-mor e ouvidor da Capitania de São Vicente Amador Bueno e dos bandeirantes Francisco Bueno e Bartolomeu Bueno, o Moço.[4]
BiografiaEditar
Formado em Direito pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro, e em Tributação pela Universidade Harvard, Francisco especializou-se em finanças públicas e tributação com cursos no exterior.
Iniciou a sua carreira como político trabalhando com o seu tio paterno Tancredo Neves na Secretaria de Finanças de Minas Gerais em 1959. Por influência dele atuou junto ao Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Durante o período de Tancredo como primeiro-ministro do país, foi seu secretário particular.[5]
Após a saída de Tancredo do cargo de primeiro-ministro, se afasta da vida partidária e se dedica à carreira acadêmica. A partir de 1972, assume diversos cargos no governo federal da ditadura militar (ARENA).
Foi secretário da Receita Federal em 1979 e em 1985 ministro da Fazenda escolhido pelo presidente eleito indiretamente Tancredo Neves e mantido por José Sarney, que acabaria por assumir a Presidência.
Em 1984, com a articulação da candidatura de Tancredo à presidência da República, se aproxima do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em 1986, se elege deputado federal pelo Partido da Frente Liberal (PFL), onde permanece até 1993, quando retorna ao partido sucedâneo da ARENA - o Partido Democrático Social (PDS) - e suas denominações seguintes (PPR/PPB/PP), sendo entre 2007 e 2013 presidente nacionalmente do partido, já então denominado Partido Progressista, sigla da qual é o atual presidente de honra. Transmitiu a presidência do partido ao também senador Ciro Nogueira[6].
Foi eleito deputado federal pela primeira vez em 1986, tendo sido reeleito por mais quatro vezes seguidas. Disputou a prefeitura do Rio de Janeiro em 1992, tendo obtido o 7º lugar.
Foi também o ministro da Indústria e Comércio e o ministro do Trabalho, no governo Fernando Henrique Cardoso. Em 2006, foi eleito senador pelo Rio de Janeiro, tendo como primeiro suplente Péricles Olivier de Paula.
Governador interino do Estado do Rio de JaneiroEditar
Em março de 2016, em decorrência de problemas de saúde do governador Luiz Fernando de Souza, assumiu interinamente o governo do Rio por sete meses. Afirmou que a crise financeira nas contas publicas estaduais é grave e que, neste momento, não há dinheiro para pagar os servidores bem como que nunca viu uma crise financeira como a atual[1]. Esteve no exercício do cargo de Governador durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, e durante as eleições municipais de 2016.
Em novembro de 2018 voltou a assumir o cargo de governador em exercício em decorrência da prisão do governador Luiz Fernando Pezão, permanecendo nesta condição até a posse de Wilson Witzel, em janeiro de 2019.[7]
Reações aos caos econômicoEditar
Em 17 de junho de 2016, a crise econômica no país, que teve forte impacto no Rio, levou Francisco, como governador, a decretar estado de calamidade pública a 49 dias do início das Jogos Olímpicos de Verão de 2016. Foi a primeira vez na história que o estado tomou medida semelhante na área financeira.[8]
Referências
- ↑ a b «Dornelles admite equívoco em impasse do RJ com Judiciário», Globo, G1, março de 2016.
- ↑ «Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, é preso»
- ↑ «Biografia Francisco Dornelles». Consultado em 24 de junho de 2018
- ↑ Pike, John. «Tancredo Neves». www.globalsecurity.org. Consultado em 25 de junho de 2018
- ↑ «Biografia Francisco Dornelles». Consultado em 24 de junho de 2018
- ↑ Ciro Nogueira é o novo presidente do PP Nacional, Juventude progressista[ligação inativa].
- ↑ «Lava Jato prende o governador Luiz Fernando Pezão»
- ↑ Cristina Boeckel, Daniel Silveira, Henrique Coelho, Káthia Mello (17 de junho de 2016). «Governo do RJ decreta estado de calamidade pública devido à crise». G1. Globo. Consultado em 18 de junho de 2016
Ligações externasEditar
- A página pessoal de Francisco Dornelles
- Câmara dos Deputados - dados do deputado
- Uma notícia recente
- Imagens
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