Volta a Portugal

competição de ciclismo em Portugal

A Volta a Portugal, também conhecida como Volta a Portugal em Bicicleta, é uma corrida de longa distância, realizada por etapas, em Portugal. A 1ª edição realizou-se em 1927 e é considerada a maior prova do ciclismo português, seguida pela Volta ao Algarve. É uma das competições por etapas mais antigas do mundo.[1]

Volta a Portugal
Generalidades
Desporto
Fundado em
Número de edições
86 (em 2024)Visualizar e editar dados no Wikidata
Periodicidade
anual (jul.)
Tipo / Formato
Local(ais)
Categoria
Web site oficial
Palmarés
Último vencedor
Mais vitórias
ESP David Blanco
(5 vitórias)
Competições atuais
para a competição anterior ver :
Volta a Portugal de 2023

História editar

 
Mapas da Volta 1927–2008[2]

A Volta foi organizada por uma parceria entre os jornais Diário de Notícias e Os Sports que se inspiram no Tour de France, inventado pelo jornal L’Auto em 1903. A Volta aparece a seguir ao Giro d'Italia organizado pela La Gazeta dello Sport em Maio de 1909, e antes da Vuelta a España realizada pelo Informaciones em 1935. Tanto a Volta a Portugal como o Tour de France são corridas de bicicletas que se distinguem de todas as outras pela articulação que os primeiros traçados estabelecem com a linha da fronteira territorial dos respectivos países, seguindo os seus contornos durante algumas décadas. A competição iniciou-se a 26 de abril de 1927 e percorreu o país durante 20 dias, num percurso de 2 000 km repartidos por 18 etapas terminando com uma recepção em apoteose pela população em Lisboa. António Augusto Carvalho sagrou-se o primeiro vencedor naquela que viria a ser chamada de Prova Rainha do ciclismo português.

A primeira Volta de 1927 editar

 
Mapa da Volta 1927[3]

A criação da Volta a Portugal em bicicleta deve-se a Raul Oliveira do jornal Os Sports.[4] O jornalista fez parte da comitiva do Tour de 1919 e organizou a primeira Volta a Lisboa em 1924, quando ainda trabalhava no Diário de Lisboa. Para organizar a primeira Volta, o Diário de Notícias contava já com a experiência da realização de dois eventos: o Grande e Popular Concurso Riquezas de Portugal[5] e o Circuito Hípico de Portugal,[6] ambos levados a cabo em 1925. A Volta a Portugal a cavalo serviu de teste à aceitação popular de um grande evento mediático como foi a disputa entre um militar, que usou três montadas, e um civil, José Tanganho, que ganha a prova usando para o efeito unicamente o seu próprio cavalo[7]. A Volta é criada em 1927, tem o seu Regulamento publicado no jornal Os Sports de 4 de Fevereiro de 1927 e o primeiro itinerário realiza um desenho paralelo à linha da fronteira do continente português. O anúncio da realização da Volta a Portugal provoca nos jornais concorrentes, o Sporting e O Sport de Lisboa, uma reacção de crítica que se estende à UVP por ter dado apoio oficial à realização da prova.[8] A disputa e rivalidade entre os jornais chega a tal ponto que, em 1927, se assiste não a uma volta a Portugal mas a duas voltas, uma realizada em abril pelos jornais Os Sports e pelo Diário de Notícias com o apoio da estrutura federativa e outra, logo a seguir, em maio pelo jornal Sporting do Porto. A realização da primeira Volta a Portugal foi um banco de ensaios em termos económicos, mas os encargos terão sido de tal ordem que, não obstante a popularidade alcançada, os empreendedores só conseguiram repetir o evento quatro anos mais tarde, em 1931. Com a Guerra Civil de Espanha a Volta não se realiza em 1936–37 e, devido à II Guerra Mundial, interrompe de novo entre 1942–45. Em 1953–54 a Volta não se faz por falta de organizador e em 1975 não se realiza devido à revolução vivida após o 25 de Abril de 1974. A Volta, desde que criada, é o maior evento de ciclismo de Portugal.

Os primeiros anos editar

Nos primeiros anos a fronteira foi a grande referência das Voltas das primeiras décadas da Volta[9]. As primeiras voltas procuraram unir todos os locais e, neste esforço, as cidades do interior situadas nesses limites são praticamente todas contempladas pelo desenho da Volta. Entre 1955 e 1965, o desenho da Volta é assimétrico e passa duas vezes pelo litoral entre Lisboa e Porto. A crescente popularidade do ciclismo e o aparecimento de novas pistas como a de Alpiarça, a de Loulé e a de Sangalhos marcam anos de prosperidade para os clubes de ciclismo, maioritariamente situados no litoral a Norte de Lisboa. Os itinerários contêm etapas em circuito feitas em torno destas vilas que acabam em festivais de pista.

A introdução das etapas de montanha editar

A partir dos anos 1960 a Volta têm de incluir, em simultâneo, lugares de prática do ciclismo, onde estão os velódromos e as pistas nas quais se realizam os festivais que financiam a prova, e lugares em que as etapas terminem no cimo da montanha para garantir a incerteza do resultado e manter o interesse mediático[13]. Entre 1966 e 1973, a Volta deixa a referência da fronteira e o desenho passa a ter grandes diagonais que passam pelo interior do país, mantendo cidades como Lisboa e Porto nos seus trajectos. A etapa das Penhas da Saúde entra para o percurso em 1968, a da Torre em 1971 e, por último, a da Srª da Graça em 1978. [14]. Após o 25 de Abril a Volta afasta-se dos grandes centros urbanos a Volta e, pela primeira vez, as cidades de Lisboa e Porto ficam fora do circuito. Durante as duas décadas seguintes, já com a organização do Jornal de Notícias a Volta investe mais no Norte do país, com seis Voltas a evitar a travessia do Alentejo mas contemplando a região de Trás-os-Montes.

Últimas décadas editar

Nos anos 80, a Volta foi perdendo projecção internacional, tendo sido ultrapassada pela Vuelta a España (que passou a realizar-se após a Volta a Portugal) e foi reduzida para duas semanas. Actualmente tem apenas 10 etapas devido à classificação atribuída pela União Ciclística Internacional. Com a inclusão da Volta no quadro da competição internacional da UCI, o evento tem agora de obedecer a um Regulamento que, em primeiro lugar, obriga a um dia de descanso por cada dez dias de prova o que condiciona a extensão do itinerário. Entre 1940 e 1980 a competição durava 3 semanas, salvo excepção de alguns anos na década de 70, e actualmente dura dez dias. A organização da Volta é economicamente dependente da capacidade financeira dos municípios que compram as partidas ou as chegadas das etapas e, por isso, as etapas são elaboradas de modo independente umas das outras. Nos primeiros anos no lugar onde acabava uma começava outra no dia seguinte.

Edição Especial de 2020 editar

A edição de 2020 da Volta a Portugal, seria a 82.ª edição da Volta a Portugal, prevista decorrer entre 29 de Julho e 8 de Agosto de 2020. No entanto a prova foi adiada devido à Pandemia de COVID-19 em Portugal. Depois de uma tentativa inicial de realizar a prova ainda em 2020, a 82ª edição foi adiada pela organização para o ano seguinte, 2021. Contudo a Federação Portuguesa de Ciclismo anunciou que irá organizar uma Edição Especial da Volta a Portugal que celebrar-se-á entre 27 de setembro e 5 de outubro de 2020.[15][16]

Produção mediática editar

Em 1957 a televisão vem complementar o acompanhamento efectuados pelas emissoras de rádio e pelos jornais da época. No entanto só em meados da década de 60 a transmissão televisiva da Volta a Portugal em bicicleta ganhou verdadeira dimensão mediática. Durante este período, 3 dos maiores clubes de futebol da actualidade, FC Porto, SL Benfica e Sporting CP possuíam cada um a sua equipa de ciclismo. Dada a popularidade do ciclismo da época, face ao futebol ainda em crescimento, era desta forma que a maior parte dos portugueses observavam pela primeira vez atletas com as cores do seu clube, sendo este um dos principais factores para o crescimento da falange de apoio de estes clubes. Os 3 clubes viriam a abandonar o ciclismo durante a década de 1980, sendo que o SL Benfica regressou por duas vezes: entre 1999 e 2000 e entre 2007 e 2008.[17] F.C. Porto, Sporting e Boavista voltariam a participar em colaboração com outras equipas: o F.C. Porto juntar-se-ia à W52 e o Sporting C.P. ao Tavira.

Organização do evento[18] editar

Entidades organizadoras da Volta a Portugal Anos
Diário de Notícias e Sports 1927
Interrupção — Falta de organizador
Diário de Notícias e Sports 1931–35
Interrupção — Guerra Civil de Espanha
Diário de Notícias e Sports 1938–1939
C.A.C.O. (Clube Atlético de Campo de Ourique) 1940–1941
Interrupção — II Guerra Mundial
Diário de Notícias e Mundo Desportivo 1946
Sport Lisboa e Benfica 1947
UVP-FPC 1948–1949
Diário do Norte 1950–1951
Diário do Norte e Norte Desportivo 1952
Interrupção — Falta de organizador
UVP-FPC e Mundo Desportivo 1955
UVP-FPC 1956–1957
Diário Ilustrado 1958–1960
UVP-FPC 1961–1964
Diário de Notícias, Jornal de Notícias e Mundo Desportivo 1965
UVP-FPC 1966–1970
Sonarte/Publirama — G.P. Robialac 1971–1973
UVP-FPC 1974
Interrupção — pós 25 de Abril de 1974
UVP-FPC 1976–1981
Jornal de Notícias 1982–2000
PAD (Produção de Actividades Desportivas) e Unipublic 2001–2002
PAD/João Lagos Sport 2003–2010
PAD 2011–2012
Podium Desde 2013

Heróis da Volta[1] editar

Dada a dureza, popularidade da prova e a superação dos atletas, desde cedo o público escolheu os seus heróis.

José Maria Nicolau (vencedor em 1931 e 1934) e Alfredo Trindade (vencedor em 1932 e 1933) protagonizaram uma das primeiras rivalidades da Volta, fazendo vibrar o país. José Maria Nicolau foi uma das primeiras grandes figuras do SL Benfica enquanto Alfredo Trindade, representou o Sporting CP em 1933 (no ano anterior representou o Rio de Janeiro, emblemático clube do Bairro Alto),

António Barbosa, mais conhecido por Alves Barbosa (herdado do pai, outro ciclista de alto gabarito), foi o mais jovem vencedor da Volta, ao estrear-se em 1950, vencendo também as edições de 1956 e 1958. Ficaram para a história os ínumeros despiques com adversários de classe, como Ribeiro da Silva, Dias dos Santos, Luciano de Sá e Moreira de Sá.

Ribeiro da Silva, outro notável ciclista, natural de Lordelo, venceu as edições de 1955 e 1957, sendo que a sua primeira vitória fica marcada pela agressão por populares ao líder da prova, o seu rival Alves Barbosa, em Lisboa a poucos quilómetros da meta final.

No entanto o maior entre todos os ídolos dos portugueses nesta prova foi sem dúvida Joaquim Agostinho. A forma categória como venceu por três vezes vencedor da Volta (70,71 e 72), aos quais se juntariam os sucessos internacionais, granjearam-lhe assim uma aura ainda mais mágica à sua prestação nesta prova.

Marco Chagas de seu nome, deteve até 2012, o recorde de vitórias na Volta, com 4 triunfos averbados, sendo um símbolo eterno da competição. Esteve perto de conquistar a 5ª vitória mas a desclassificação devido a controlo anti-doping positivo em 79 (para Joaquim Sousa Santos) e afastamento da edição de 84, ganha por Venceslau Fernandes, não o permitiriam.

Joaquim Gomes, o Lisboeta considerado um dos nomes mais importantes do ciclismo Português, que triunfou na prova rainha por duas vezes (1989 e 1993), logrando entre outros êxitos 4 lugares de pódio (2.º class. em 90 e 3.º class. em 88,94 e 97) ; vencedor prémio da montanha (1992) e 10 triunfos em etapas (87 a 2001). Êxitos que levaram a ser considerado como o melhor ciclista português da sua época.

Vítor Gamito, o "Eterno 2º Classificado" (4 vezes em 93, 94, 97 e 99), assumiu o papel de favorito dos portugueses durante a década de 1990. Quebraria o enguiço com a vitória no ano 2000.

Cândido Barbosa, o "Foguetão de Rebordosa" ou o "Ciclista do Povo" merece lugar nesta lista apesar de não ter ganho nenhuma edição. No entanto tem um currículo único na Volta: 25 vitórias em etapas (em 12 edições, vencendo em etapas em 9 edições consequivas) e vencedor por 8 vezes (5 das quais de forma consecutiva) a Camisola Branca (Pontos), estabeleceu um recorde na competição. Vestiu a camisola amarela em oito anos distintos, somando 17 dias como líder da prova. Ganhar a Volta sempre foi um sonho para Cândido Barbosa, que esteve perto de alcançar esse objectivo em 2005, quando terminou a apenas 34,2 segundos do vencedor, Vladimir Efimkin. Em 2006 foi terceiro e em 2007 novamente segundo, depois de ter vestido a camisola amarela cinco dias, só a perdendo no Alto da Torre.[19]

David Blanco, galego (natural da Galiza) com o seu empenho e dedicação tem o recorde de 5 vitórias na Volta (2006, 2008, 2009, 2010 e 2012) e conquistou o seu lugar na história e no coração dos portugueses.

A corrida portuguesa teve no entanto outros corredores que sem a terem vencido se destacaram, como Américo Raposo, José Azevedo, João Rebelo, Jorge Corvo, Vicente Ridaura, Raul Matias e os sprinters Paulo Pinto, Pedro Silva, João Lourenço, Carlos Santos, Carlos Marta, José Amaro e Alexandre Ruas.

Troféus da Volta a Portugal editar

Etapas importantes editar

 
A etapa do Alto da Senhora da Graça é um dos pontos altos da Volta a Portugal em Bicicleta.

A subida à Torre, na Serra da Estrela, é a subida mais complicada da Volta a Portugal, tendo ao longo dos tempos gerado grandes momentos de ciclismo. Com os seus 1 990 m de altitude, e 23 km de extensão, é sempre um dos grandes momentos da corrida.

A subida ao Alto da Senhora da Graça (ou Monte Farinha), em Mondim de Basto, é também um dos momentos mais belos da Volta a Portugal, já que normalmente encerra uma etapa longa e difícil, obrigando ainda os corredores a subirem o grande muro (perto de 8,5 km com inclinações de elevada percentagem). Durante esse trajeto são muitas as pessoas que acompanham os corredores. Alguns dos mais brilhantes duelos foram travados por Joaquim Gomes-Wladimir Belli-Zenon Jaskula e por Massimiliano Lelli-Joaquim Gomes-Manuel Abreu, entre outros.

Histórico de Campeões editar

  Geral Individual editar

Ed. Ano Vencedor 2º classificado 3º classificado ref
1 1927   Augusto de Carvalho
Carcavelos
  Manuel Nunes Abreu
Leixões SC
  Quirino de Oliveira
Campo de Ourique
De 1928 a 1930 não houve Volta
2 1931   José Maria Nicolau
SL Benfica
  Alfredo Trindade
Rio de Janeiro
  João Francisco
Campo de Ourique
3 1932   Alfredo Trindade
Rio de Janeiro
  José Maria Nicolau
SL Benfica
  Carlos Domingos Leal
SL Benfica
4 1933   Alfredo Trindade
Sporting CP
  Ezequiel Lino
Sporting CP
  César Luís
SL Benfica
5 1934   José Maria Nicolau
SL Benfica
  Ezequiel Lino
Sporting CP
  Aguiar da Cunha
SL Benfica
6 1935   César Luís
Velo Clube — Leões Ferreira do Alentejo
  José Marquez
Campo de Ourique
  Filipe de Melo
Carcavelos
Em 1936 e 1937 não houve Volta
7 1938   José Albuquerque
Campo de Ourique
  Filipe de Melo
Sporting CP
  Joaquim Fernandes
CUF
8 1939   Joaquim Fernandes
CUF
  António Bartolomeu
Belenenses
  Aguiar Martins
Benfica
9 1940   José Albuquerque
Sporting CP
  Aguiar Martins
Benfica
  Amaro Aguiar da Cunha
Benfica
10 1941   Francisco Inácio
Sporting CP
  José Martins
Benfica
  Aniceto Bruno
FC Porto
De 1942 a 1945 não houve Volta devido à Segunda Guerra Mundial
11 1946   José Martins
Iluminante
  Fernando Moreira
FC Porto
  João Rebelo
Benfica
12 1947   José Martins
SL Benfica
  João Rebelo
Benfica
  Império dos Santos
Benfica
13 1948   Fernando Moreira
FC Porto
  Emilio Rodríguez
Sangalhos
  João Rebelo
Benfica
14 1949   Dias dos Santos
FC Porto
  Attilio Lambertini
FC Porto
  Joaquim Sá
FC Porto
15 1950   Dias dos Santos
FC Porto
  Mario Fazzio
Sporting
  Moreira de Sá
FC Porto
16 1951   Alves Barbosa
Sangalhos
  Manolo Rodríguez
Sangalhos
  Emilio Rodríguez
Sangalhos
17 1952   Moreira de Sá
FC Porto
  Emilio Rodríguez
Sangalhos
  Manolo Rodríguez
Sangalhos
Em 1953 e 1954 não houve Volta
18 1955   Ribeiro da Silva
Académico do Porto
  Sousa Santos
FC Porto
  Alves Barbosa
Sangalhos
19 1956   Alves Barbosa
Sangalhos
  José Manuel Ribeiro da Silva
Académico do Porto
  João Marcelino
Benfica
20 1957   Ribeiro da Silva
Académico do Porto
  Sousa Santos
FC Porto
  Agostinho Ferreira
Académico do Porto
21 1958   Alves Barbosa
Sangalhos
  José Carlos Sousa Cardoso
FC Porto
  Aquiles Dos Santos
Sangalhos
22 1959   Carlos Carvalho
FC Porto
  Jorge Corvo
Tavira
  Sousa Santos
Sangalhos
23 1960   Sousa Cardoso
FC Porto
  Antonino Baptista
Sangalhos
  António Gómez del Moral
Licor 43
24 1961   Mário Silva
FC Porto
  Augusto Marcoletti
Ignis
  Alberto Carvalho
Académico do Porto
25 1962   José Pacheco
FC Porto
  Peixoto Alves
Benfica
  Jorge Corvo
Tavira
26 1963   João Roque
Sporting CP
  Jorge Corvo
Tavira
  Peixoto Alves
Benfica
27 1964   Joaquim Leão
FC Porto
  Jorge Corvo
Tavira
  João Roque
Sporting
28 1965   Peixoto Alves
SL Benfica
  João Roque
Sporting
  Mário Silva
FC Porto
29 1966   Francisco Valada
SL Benfica
  Peixoto Alves
Benfica
  Sérgio Páscoa
Tavira
30 1967   Antoine Houbrechts
Flandria
  João Roque
Sporting
  Manuel Correia
Sporting
31 1968   Américo Silva
SL Benfica
  Joaquim Agostinho
Sporting
  Leonel Miranda
Sporting
32 1969   Joaquim Andrade
Sangalhos
  Fernando Mendes
Benfica
  Mario Silva
FC Porto
33 1970   Joaquim Agostinho
Sporting CP
  Firmino Bernardino
Sporting
  José Florêncio
Coelima
34 1971   Joaquim Agostinho
Sporting CP
  Alain Santy
Bic
  Firmino Bernardino
Sporting
35 1972   Joaquim Agostinho
Sporting CP
  José Martins
Coelima
  José-Luis Galdamez
Coelima
36 1973   Jesus Manzaneque
Messias
  Fernando Mendes
Benfica
  José Martins
Coelima
37 1974   Fernando Mendes
SL Benfica
  Dinis Alves
Benfica
  António Martins
Benfica
Em 1975 não houve Volta devido ao PREC
38 1976   Firmino Bernardino
SL Benfica
  António Fernandes
Sangalhos
  Floriano Mendes
Sangalhos
39 1977   Adelino Teixeira
Lousa
  Joaquim Sousa Santos
Bombarralense
  Joaquim Andrade
Coimbrões
40 1978   Belmiro Silva
SC Coimbrões
  Armindo Lucio
Lousa
  Adelino Teixeira
Coelima
41 1979   Joaquim Sousa Santos
FC Porto
  Belmiro Silva
Coimbrões
  Fernando Fernandes
Bombarral
42 1980   Francisco Alves Miranda
Lousa
  Luis Vargues
Campinense
  Belmiro Silva
FC Porto
43 1981   Manuel Zeferino
FC Porto
  Venceslau Fernandes
Rodovil
  Fernando Fernandes
FC Porto
44 1982   Marco Chagas
FC Porto
  Adelino Teixeira
Bombarralense
  Manuel Zeferino
FC Porto
45 1983   Marco Chagas
Mako Jeans
  António Pinto
Rodovil
  Belmiro Silva
FC Porto
46 1984   Venceslau Fernandes
Ajacto
  Manuel Zeferino
Sporting
  Manuel Cunha
Ovarense
47 1985   Marco Chagas
Sporting CP
  Eduardo Correia Resende
Sporting
  Venceslau Fernandes
Ajacto
48 1986   Marco Chagas
Sporting CP
  Benedicto Ferreira
Torreense-Sicasal
  António Pinto
Lousa/Trinaranjus
49 1987   Manuel Cunha
Sicasal-Torreense
  Manuel Neves
Boavista
  Fernando Fernandes
Sicasal-Torreense
50 1988   Cayn Theakston
Louletano/Vale do Lobo
  Jorge Silva
Sicasal-Torreense
  Joaquim Gomes
Louletano/Vale do Lobo
51 1989   Joaquim Gomes
Sicasal-Torreense
  Cássio Freitas
Louletano
  António Alves
Boavista
52 1990   Fernando Carvalho
Ruquita/Feirense
  Joaquim Gomes
Sicasal-Acral
  Jorge Silva
Sicasal-Acral
53 1991   Jorge Silva
Sicasal-Acral
  Orlando Rodrigues
Ruquita
  Vicente Ridaura
Royal
54 1992   Cássio Freitas
Recer-Boavista
  Quintino Rodrigues
Feirense
  Manuel Abreu
Tensai
55 1993   Joaquim Gomes
Recer-Boavista
  Vítor Gamito
Sicasal-Acral
  Luis Espinosa
Artiach
56 1994   Orlando Rodrigues
Artiach
  Vítor Gamito
Sicasal-Acral
  Joaquim Gomes
Boavista
57 1995   Orlando Rodrigues
Artiach
  Quintino Rodrigues
Sicasal-Acral
  Delmino Pereira
Boavista
58 1996   Massimiliano Lelli
Saeco
  Vítor Gamito
MX Onda
  Manuel Abreu
Maia
59 1997   Zenon Jaskula
Mapei
  Wladimir Belli
Brescialat
  Joaquim Gomes
LA Aluminios-Pecol-AC Malveira
60 1998   Marco Serpellini
Brescialat
  Orlando Rodrigues
Banesto
  Wladimir Belli
Festina
61 1999   David Plaza
SL Benfica
  Vítor Gamito
Porta da Ravessa
  Melcior Mauri
Benfica
62 2000   Vítor Gamito
Porta da Ravessa
  Claus Moller
Uniao Ciclista da Maia-MSS
  Andrei Zintchenko
LA Aluminios-Pecol-Calbrita
63 2001   Fabian Jeker
Milaneza-MSS
  Andrei Zintchenko
LA Aluminios-Pecol-Calbrita
  Juan Miguel Mercado
iBanesto.com
64 2002   Claus Moller
Milaneza-MSS
  Joan Horrach
Milaneza-MSS
  Rui Sousa
Milaneza-MSS
65 2003   Nuno Ribeiro
LA Aluminios-Pecol-Bombarral
  Claus Moller
Milaneza-MSS
  Rui Lavarinhas
Milaneza-MSS
66 2004   David Bernabéu
Milaneza-Maia
  David Arroyo
LA Aluminios-Pecol-Bombarral
  Nuno Ribeiro
LA Aluminios-Pecol-Bombarral
67 2005   Vladimir Efimkin
Team Barloworld
  Cândido Barbosa
LA Aluminios-Liberty Seguros
  Adolfo García Quesada
Comunidat Valenciana
68 2006   David Blanco
Comunitat Valenciana
  Héctor Guerra
LA Aluminios-Liberty Seguros
  Cândido Barbosa
LA Aluminios-Liberty Seguros
69 2007   Xavier Tondo
LA-MSS
  Cândido Barbosa
Liberty Seguros
  Héctor Guerra
Liberty Seguros
70 2008   David Blanco
Palmeiras Resort-Tavira
  Héctor Guerra
Liberty Seguros
  Rubén Plaza
Benfica
71 2009   David Blanco
Palmeiras Resort-Tavira
  David Bernabeu
Barbot-Siper
  Rubén Plaza
Liberty Seguros
72 2010   David Blanco
Palmeiras Resort-Prio
  David Bernabeu
Barbot-Siper
  Sergio Pardilla
CarmioOro/NGC
73 2011   Ricardo Mestre
Tavira-Prio
  André Cardoso
Tavira-Prio
  Rui Sousa
Barbot-Efapel
74 2012   David Blanco
Efapel-Glassdrive
  Hugo Sabido
LA-Antarte
  Rui Sousa
Efapel-Glassdrive
75 2013   Alejandro Marque
OFM-Quinta da Lixa-Golden Times
  Gustavo Veloso
OFM-Quinta da Lixa-Golden Times
  Rui Sousa
Efapel-Glassdrive
76 2014   Gustavo Veloso
OFM-Quinta da Lixa-Golden Times
  Rui Sousa
Rádio Popular-Onda
  Délio Fernandez
OFM-Quinta da Lixa-Golden Times
77 2015   Gustavo Veloso
W52-Quinta da Lixa
  Joni Brandao
Efapel
  Alejandro Marque
Efapel
78 2016   Rui Vinhas
W52–FC Porto–Porto Canal
  Gustavo Veloso
W52–FC Porto–Porto Canal
  Daniel Silva
Rádio Popular-Boavista
79 2017   Amaro Antunes
W52–FC Porto–Mestre da Cor
  Vicente Garcia de Mateos
Louletano-Hospital de Loulé
 Rinaldo Nocentini
Sporting / Tavira
80 2018   Joni Brandão
Sporting / Tavira
  Vicente García de Mateos
Aviludo–Louletano–Uli
  Edgar Pinto
Vito-Feirense-BlackJack
81 2019   João Rodrigues
W52–FC Porto
  Joni Brandão
Efapel
  Gustavo César Veloso
W52–FC Porto
Esp. 2020   Amaro Antunes
W52–FC Porto
  Gustavo César Veloso
W52–FC Porto
  Frederico Figueiredo
Atum general / Tavira / Maria Nova Hotel
82 2021   Amaro Antunes
W52–FC Porto
[20]
  Mauricio Moreira
Efapel
  Alejandro Marque
Atum General/Tavira/Maria Nova Hotel
83 2022   Mauricio Moreira
Glassdrive-Q8-Anicolor
  Frederico Figueiredo
Glassdrive-Q8-Anicolor
  António Carvalho
Glassdrive-Q8-Anicolor
84 2023   Colin Stüssi
Team Vorarlberg
  Txomin Juaristi
Euskaltel-Euskadi
  António Carvalho
ABTF Betão-Feirense

Títulos por ciclista editar

Títulos por equipa editar

Equipa Vitórias Individuais Classificação Geral Vitórias Equipas Classificação equipas
  FC Porto 12 1948, 1949, 1950, 1952, 1959, 1960, 1961, 1962, 1964, 1979, 1981, 1982 12 1948, 1949, 1950, 1952, 1955, 1958, 1959, 1964, 1969, 1979, 1980, 1981
  Sporting CP 9 1933, 1940, 1941, 1963, 1970, 1971, 1972, 1985, 1986 13 1933, 1940, 1941, 1961, 1962, 1967, 1968, 1970, 1971, 1972, 1973, 1984, 1985
  SL Benfica 9 1931, 1934, 1947, 1965, 1966, 1968, 1974, 1976, 1999 9 1931, 1932, 1934, 1939, 1947, 1963, 1966, 1974, 1999
  União Ciclista de Sobrado 7 2013, 2014, 2015, 2016, 2017, 2019, 2020 7 2014, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019, 2020
  Clube de Ciclismo de Tavira 5 2008, 2009, 2010, 2011, 2018 2 2009, 2011
  União Ciclista da Maia 4 2001, 2002, 2004, 2007 5 1996, 2002, 2003, 2004, 2007
  Sangalhos 4 1951, 1956, 1958, 1969 2 1951, 1976
  Sicasal 3 1987, 1989, 1991 5 1987, 1990, 1991, 1992, 1995
  Clube Desportivo Fullracing (Barbot–Siper/Efapel–Glassdrive/Glassdrive-Q8–Anicolor) 2 2012, 2022 6 2010, 2012, 2013, 2021, 2022, 2023
  Académico do Porto 2 1955, 1957 2 1956, 1957
  Lousa 2 1977, 1980 2 1978, 1986
  Artiach 2 1994, 1995 2 1993, 1994
  Recer–Boavista 2 1992, 1993 2 1989, 1997
  Águias/LA–Pecol/LA–Liberty/Liberty Seguros 1 2003 5 1977, 2000, 2005, 2006, 2008
  Carcavelos 1 1927 1 1927
  Clube Atlético de Campo de Ourique 1 1938 1 1935
  CUF 1 1939 1 1938
  Iluminante 1 1946 1 1946
  Flandria 1 1967 1 1965
  Porta da Ravessa 1 2000 1 2001
  Louletano–Vale do Lobo 1 1988 1 1988
  Rio de Janeiro 1 1932 0
  Velo Clube "Os Leões" 1 1935 0
  Messias 1 1973 0
  SC Coimbrões 1 1978 0
  Mako Jeans 1 1983 0
  Ajacto 1 1984 0
  Ruquita–Feirense 1 1990 0
  Saeco 1 1996 0
  Mapei 1 1997 0
  Brescialat 1 1998 0
  Team Barloworld 1 2005 0
  Comunidad Valenciana 1 2006 0
  Team Vorarlberg 1 2023 0
  Licor 43 0 1 1960
  Bombarralense 0 1 1982
  Rodovil 0 1 1983
  Festina 0 1 1998

Palmares por países editar

País Vitórias
  Portugal 60
  Espanha 12
  Itália 2
  Suíça 2
  Bélgica 1
  Reino Unido 1
  Brasil 1
  Polónia 1
  Dinamarca 1
  Rússia 1
  Uruguai 1

Geral Colectiva editar

  Prémio Montanha editar

  Prémio Pontos editar

Prémio Metas Volantes editar

Prémio Combinados editar

  Prémio Juventude editar

Prémio Sprints editar

Edição Ano Vencedor Equipa
12 1999 Nelson Vitorino Tavira
11 1998 Peter Petrov Tavira
10 1997 Manuel Liberato Troiamarisco

Prémio Pontos Quentes editar

Edição Ano Vencedor Equipa
2 1992 Stancho Stanchev Tavira
1 1991 Peter Petrov Tavira

Prémio Amadores editar

Edição Ano Vencedor Equipa
1 1943 Serafim Paulo Lisgás

Prémio Fracos editar

Edição Ano Vencedor Equipa
2 1931 António Marques Carcavelos
1 1927 José Joaquim Esteves Carcavelos

Ver também editar

Referências

  1. a b Jornal Record. «A Volta e os seus heróis». Consultado em 4 de janeiro de 2013. Cópia arquivada em 4 de janeiro de 2013 
  2. Santos 2011a, p. 88.
  3. Santos 2011a, p. 102.
  4. , Os Sports de Abril de 1927.
  5. , Diário de Lisboa de 20 de Agosto de 1925.
  6. , Diário de Lisboa de 10 de Outubro de 1925.
  7. Moreira 1980.
  8. , O Sport de Lisboa, 1 de Abril de 1927.
  9. Santos 2011a, p. 87-176.
  10. a b Santos 2011a, p. 132.
  11. Santos 2011a, p. 133.
  12. Santos 2011a.
  13. Santos 2011b.
  14. Júnior 2006.
  15. «82ª Volta a Portugal em 2021, mas teremos "Edição Especial"». ciclismomundialblog.com. Ciclismo Mundial Blog 
  16. «Federação apresenta Volta Especial com oito etapas». abola.pt. A Bola. 12 de agosto de 2020. Consultado em 19 de agosto de 2020 
  17. Citar TV, Portugal a Preto e Branco: A Paixão pela Volta, por Diana Mota, Emanuel Soares e outros, porduzido pela Academia RTP ,disponível em http://www.rtp.pt/play/p886/e83296/portugal-a-preto-e-branco, consultado a 4 de Janeiro de 2012
  18. Santos 2011a, p. 38.
  19. «Biografia de Cãndido Barbosa». Consultado em 4 de janeiro de 2013 
  20. https://www.record.pt/modalidades/ciclismo/detalhe/presidente-da-federacao-portuguesa-de-ciclismo-admite-que-volta-a-portugal-de-2021-pode-ficar-sem-vencedor

Bibliografia editar

  • BARROSO, Miguel. História do Ciclismo em Portugal. Lisboa: CTT, 2001 ISBN 972-9127-69-7
  • GAGO, Cândido Matos. O Ciclismo no Alentejo: Seu Aparecimento e Evolução Desde Finais do séc. XIX pelo XX adentro. Grândola: Câmara Municipal de Grândola, 2002
  • GUIMARÃES, Júlio. Recordação da IV Volta a Portugal em Bicicleta: Verso e Prosa. Lisboa: Livraria Barateira, 1933
  • GUIMARÃES, Júlio. Homenagem aos Corredores: Recordação da 11.ª Volta a Portugal em Bicicleta. Lisboa: Livraria Barateira, 1935
  • JÚNIOR, Guita. História da Volta. Lisboa: EDP; Talento, 2006 ISBN 972-8868-19-7: Colaboração de Eduardo Marçal Grilo e de Alves Barbosa
  • LOPES, Eduardo Cunha. Em Memória de Eduardo Lopes — Glória e Drama de um Campeão de Ciclismo. Bubok, 2014 ISBN 978-84-686-6046-2
  • LOPES, Eduardo Cunha. Américo Raposo — Biografia. CreateSpace, 2018 ISBN 978-1718717671
  • MOREIRA, Abílio Gil. A História do Ciclismo Português: no seu já Século de Existência e o que tem sido a sua Ligação com a Velocipedia Internacional. Alcobaça: ed. aut., 1997
  • REDONDO, Belo. Guia da Volta a Portugal em Bicicleta: História da Volta. Lisboa: Empresa Nacional de Publicidade, 1935
  • SANTOS, Ana. Volta a Portugal em Bicicleta: Territórios, Narrativas e Identidades. Lisboa: Mundos Sociais, 2011a. ISBN 978-989-96783-9-2
  • SANTOS, Ana. «A História da Volta a Portugal em bicicleta», in NEVES, J.; DOMINGOS, N. (ed)Uma História do Desporto em Portugal. Lisboa: Quinodi, Vol II, 2011b, pp. 7–49 ISBN 978-989-554-888-0
  • SANTOS, Ana. «História do ciclismo », in NEVES, J.; DOMINGOS, N. (ed)Uma História do Desporto em Portugal. Lisboa: Quinodi, Vol III, 2011c ISBN 978-989-554-889-7

Ligações externas editar

 
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