Gestão Bruno Covas na prefeitura de São Paulo

Entre 2018 e 2021, a cidade de São Paulo foi governada pelo advogado e economista Bruno Covas, terceiro prefeito eleito pelo Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) na cidade. Neto do ex-prefeito e ex-governador Mário Covas, Bruno foi eleito vice-prefeito na chapa de João Doria em 2016. Com a renúncia de Doria, assumiu o comando do Executivo paulistano em 2018.[1]

Gestão Bruno Covas


{{{alt}}}
Gestão Bruno Covas na prefeitura de São Paulo
Bandeira da cidade de São Paulo
Gestão Bruno Covas na prefeitura de São Paulo
Bruno Covas, como prefeito da cidade de São Paulo em 2018.
Início 6 de abril de 2018
Fim 16 de maio de 2021
Duração 3 anos, 1 mês e 6 dias
Organização e Composição
Tipo Prefeitura
Prefeito Bruno Covas
Vice-prefeito Cargo Vago (2018 - 2020)

Ricardo Nunes (2021)

Partido PSDB
Coligação Todos por São Paulo (PSDB, MDB, PODE, PP, PSC, PL, Cidadania, DEM, PTC, PV, PROS)
Oposição PT, PCdoB, PSOL
Histórico
Eleição Eleição municipal de São Paulo em 2016
e em 2020
Gestão João Doria Gestão Ricardo Nunes

Em 2020 foi reeleito prefeito de São Paulo no segundo turno, com 59,38% os votos válidos. No primeiro turno, Covas venceu em todas as zonas eleitorais da cidade, feito inédito até então.[2]

Com um estilo discreto comparado ao do antecessor, Covas era descrito como um gestor "moderado". Responsável por conduzir a cidade durante a Pandemia de COVID-19 no Brasil, foi um crítico da postura negacionista adotada pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.[3]

Em 16 de maio de 2021, Covas morre com 41 anos, devido à um câncer no aparelho digestivo. Foi o primeiro prefeito paulistano a falecer no exercício no mandato.[4]

Obras editar

 
O novo Vale do Anhangabaú durante a reforma de 2020.

Novo Vale do Anhangabaú editar

Uma das principais obras da gestão Bruno Covas foi a de requalificação urbana do Vale do Anhangabaú. Bruno tirou do papel o projeto de reforma do vale, de autoria da gestão Fernando Haddad (PT), que previa transformar o local, até então degradado, em um ambiente de convivência da cidade, com quiosques e uma fonte interativa.[5]

O projeto, assinado pelo renomado arquiteto dinamarquês Jan Gehl, foi finalizado em 2021 e custou mais de R$ 100 milhões aos cofres municipais. O prefeito justificou o alto custo da obra, dizendo que a recuperação do Centro teria um caráter fundamental para atrair novos investimentos.[6]

Durante as eleições, o projeto foi alvo de críticas dos adversários de Covas, que chegaram a afirmar que a obra teria retirado árvores do local, o que foi desmentido pela Prefeitura. Segundo o Executivo paulistano, as árvores foram apenas remanejadas paras as laterais do próprio vale, para a criação da fonte.[7] O ex-prefeito Haddad, um dos adversários políticos de Covas, saiu em defesa da obra do Anhangabaú, dizendo que o local seria a "Nova Avenida Paulista".[8]

Reforma do Largo do Arouche editar

 
Bruno Covas em 2019.

Uma das apostas de Covas para a recuperação do Centro de São Paulo foi a revitalização do Largo do Arouche.[9] O projeto, pensando pelo antecessor João Doria, previa a reforma total do largo, que estava degradado e era ponto de prostituição. A ideia era transforma-lo numa espécie de boulevard francês, mas enfrentou forte resistência de coletivos LGBT e associações de moradores da região. Sendo assim, o projeto foi paralizado e teve sua concepção alterada.[9]

Corredor de Ônibus Leste Itaquera editar

Durante a gestão Covas foi inaugurada a primeira fase do corredor de ônibus Leste Itaquera, entre as avenidas Itaquera e Líder, na zona leste.[10]

5 Novos Parques editar

A Prefeitura de São Paulo entregou 3 novos parques durante a gestão Covas: Chuvisco, em Santo Amaro; Nascentes do Ribeirão Colônia, primeiro parque urbano de Parelheiros; e o Nair Belo, em Itaquera.[11][12]

Também deixou adiantadas as obras de 2 parques: Paraisópolis, o primeiro no bairro homônimo; e Augusta, localizado no antigo terreno do Colégio Des Oiseaux.[13]

Educação editar

12 Novos CEUs editar

A gestão de Bruno Covas construiu 12 novos Centros Educacionais Unificados (CEUs), em continuidade ao programa lançado em 2001 pela ex-prefeita Marta Suplicy (PT). As unidades entregues foram: Cidade Tiradentes, José Bonifácio, Parque do Carmo, São Miguel, Tremembé, Vila Alpina, Artur Alvim, Carrão/Tatuapé, Coreto de Taipas, Freguesia do Ó, Parque Novo Mundo e Pinheirinho. Por um projeto de autoria de Covas, os novos CEUs foram nomeados exclusivamente com nomes de personalidades negras, como uma forma de combate ao racismo.[14]

Fila de vaga em creches zerada editar

Em 2020, a gestão Covas afirmou que zerou a fila de espera por vaga em creches na cidade de São Paulo, fato inédito na história da cidade.[15][16][17]

Cartão Merenda editar

Durante a suspensão das aulas devido ao agravamento da Pandemia de COVID-19 no Brasil, a Prefeitura criou o Cartão Merenda, um benefício que garantiu a alimentação a mais de 1 milhão de alunos da rede municipal.[18]

Saúde editar

 
Bruno Covas e João Doria visitam o novo Hospital Municipal de Parelheiros.

8 Novos Hospitais editar

A gestão Bruno Covas construiu 8 novos hospitais municipais, sendo eles: Brasilândia, Brigadeiro, Bela Vista, Parelheiros, Guarapiranga, Capela do Socorro, Santo Amaro e Sorocabana, além da construção do anexo hospitalar no Hospital Municipal do M’Boi Mirim.[19]

Combate à Pandemia editar

 
Decreto de luto oficial em pesar pela mortes decorrentes da Pandemia de Covid-19.

Covas fez uma gestão da crise sanitária na cidade com uma visão pautada pela ciência, em certa medida, destoante do estilo negacionista do então presidente Jair Bolsonaro (sem partido).[20][21] Além de aumentar o número de UTIs na cidade, Covas incentivou o distanciamento social e o uso de máscaras como forma de combate à disseminação do vírus.[22] O prefeito também restringiu a circulação de pessoas na cidade, e seguiu a determinação estadual para o fechamento de comércios e escolas, o que lhe rendeu atritos com setores econômicos.[18]

Em maio de 2020, com o índice de isolamento social diminuindo, a Prefeitura resolveu adotar medidas para reverter o cenário. Foi decretado então o bloqueio parcial de algumas das principais avenidas da cidade, ação que não teve o resultado desejado, pois restringiu o deslocamento de quem precisava utilizar o carro para atividades essenciais, como os profissionais da área de saúde.[23] O bloqueio de avenidas foi suspenso e, em seguida, o prefeito decretou um rodízio de veículos por final da placa, com abrangência em toda a cidade. Esta também foi bastante criticada, por ter feito aumentar a aglomeração de pessoas no transporte público.[23]

Bruno Covas também chegou a viver por 70 dias dentro do Edifício Matarazzo, sede da Prefeitura, para facilitar a tomada de decisões de políticas públicas de urgência relacionadas à pandemia. Nessa época, o prefeito já fazia tratamento contra o câncer.[24]

Assistência Social editar

Renda Básica Emergencial editar

A partir de 2020, a Prefeitura criou um programa de transferência de renda, complementar ao Auxílio emergencial do Governo Federal.[25] Inicialmente, o benefício previa o repasse de 100 reais mensais à cidadãos de baixa renda inscritos no Cadastro Único, como uma forma de mitigar os impactos econômicos causados pela Pandemia de COVID-19 na cidade.[26]

Cultura editar

Festival Verão Sem Censura editar

No ano de 2020, aconteceu o Festival Verão Sem Censura, um festival com manifestações culturais criticadas pelo Governo Federal, durante a gestão de Jair Bolsonaro.[27][28][29]

Carnaval de Rua editar

Durante a gestão Covas, aconteceu o maior carnaval de rua da história da cidade, com a participação de mais de 500 blocos e 15 milhões de pessoas.[30]

Gestão Administrativa editar

Concessões editar

Covas continuou o programa de concessões de João Doria, e equipamentos como o Parque do Ibirapuera, o Vale do Anhangabaú e o Mercado Municipal de São Paulo foram concedidos à iniciativa privada.[31][32]

Reforma da Previdência Municipal editar

Durante a gestão de Bruno Covas, em 2018, foi sancionada a Reforma da Previdência dos servidores municipais.[33] A reforma aumentou a alíquota de 11% para 14% para os servidores e estabeleceu um sistema de previdência complementar, o SampaPrev, para quem ganha acima do teto de aposentadoria do INSS (R$ 5.645,80).[34] O déficit da Previdência municipal na época era R$ 5,4 bilhões, segundo a Prefeitura.[35]

Controvérsias editar

Repressão ao protesto de servidores na Câmara editar

Durante a votação da Reforma da Previdência Municipal em 2018, servidores organizaram um protesto em frente à Câmara Municipal, e tentaram invadir o prédio. Para dispersar os manifestantes, a Guarda Civil Metropolitana (GCM) usou bombas de gás lacrimogêneo, spray de pimenta e balas de borracha, ferindo manifestantes.[36]

Gratuidade no transporte público editar

No final do ano de 2020, no mês de dezembro, Covas retirou a gratuidade de transporte público destinada a idosos de sessenta e a sessenta e cinco anos no município - lei que existia na legislação da cidade desde 2013.[37] A medida acompanhou a decisão do então governador de São Paulo, João Dória.[38]

Aumento do salário editar

Em 2021, o prefeito autorizou o aumento do seu próprio salário, o que gerou críticas, já que o país estava sob efeito de uma recessão econômica. Covas justificou, dizendo que o aumento de seu salário era a forma de aumentar o teto municipal de salários da Prefeitura, que estava defasado, e assim, evitar perder os servidores para outras carreiras.[39][40]

Pedras no viaduto editar

Em 2021, a Prefeitura instalou pedras debaixo de um viaduto na Mooca, na zona leste da cidade, com o objetivo de afastar a população em situação de rua que ficava no local. Apesar de ser uma prática comum em gestões anteriores na cidade, o caso gerou repercussão negativa após um foto do padre Júlio Lancellotti destruindo as pedras viralizar na internet.[41][42] Após a repercussão, a Prefeitura retirou as pedras do local e exonerou o funcionário que ordenou a sua instalação.[43]

Confusão entre ações de Doria e Covas editar

Por ter assumido o mandato de João Doria, Bruno Covas é erroneamente associado à episódios da Gestão Doria na prefeitura de São Paulo, como o caso da Farinata, também conhecida como ração humana, ou a demolição de hotéis na Cracolândia - em que Covas era vice e não prefeito.[44][45]

Ver também editar

Referências

  1. «Renúncia de Doria encerra estilo inovador e dá lugar a discrição». Diário de Pernambuco. 6 de abril de 2018. Consultado em 17 de maio de 2021 
  2. Zanini, Fábio (16 de novembro de 2020). «Covas vence em todas as zonas eleitorais e pinta mapa de SP de azul pela primeira vez». Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de maio de 2021 
  3. «No discurso da vitória, Bruno Covas critica 'negacionismo'». R7. 30 de novembro de 2020. Consultado em 17 de maio de 2021 
  4. «Bruno Covas é o primeiro prefeito de SP a morrer durante mandato». R7. 16 de maio de 2021. Consultado em 17 de maio de 2021 
  5. Matosso, Camila (28 de julho de 2020). «Painel: Haddad diz que Anhangabaú será 'nova Paulista' e que pessoas reclamam de retirada de grama». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de maio de 2021 
  6. «Reforma do Anhangabaú passa dos R$ 105 milhões». G1. 11 de dezembro de 2020. Consultado em 18 de maio de 2021 
  7. Menon, Isabella (30 de julho de 2020). «Novo Anhangabaú manterá árvores, mas urbanistas apontam outros problemas». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de maio de 2021 
  8. Mattoso, Camila (28 de julho de 2020). «Painel: Haddad diz que Anhangabaú será 'nova Paulista' e que pessoas reclamam de retirada de grama». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de maio de 2021 
  9. a b Lores, Raul (20 de março de 2020). «#SPsonha: a promessa (não cumprida) da renovação do Arouche | São Paulo nas Alturas». Veja São Paulo. Consultado em 18 de maio de 2021 
  10. «Trecho do Corredor Itaquera-Líder começa a operar neste sábado, dia 3». Mobilidade Sampa. 3 de outubro de 2020. Consultado em 18 de maio de 2021 
  11. «Bruno Covas inaugura parque na Zona Leste de São Paulo – Jovem Pan». Jovem Pan. 14 de julho de 2020. Consultado em 18 de maio de 2021 
  12. Lima, Daya (26 de novembro de 2020). «Na Zona Leste: Parque Nair Bello é inaugurado como nova opção de lazer para toda a família». São Paulo para crianças. Consultado em 18 de maio de 2021 
  13. «Parque Augusta e parque Paraisópolis devem ser abertos até o final do primeiro semestre». Globo.com. CBN. Consultado em 18 de maio de 2021 
  14. «Câmara de Vereadores de SP aprova projeto de lei que dá nomes de personalidades negras a 12 CEUs». G1. 27 de outubro de 2020. Consultado em 18 de maio de 2021 
  15. «Prefeitura de São Paulo zera fila de creche pela primeira vez na história». SME Portal Institucional. Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. 17 de dezembro de 2020. Consultado em 18 de maio de 2021 
  16. Palhares, Isabela (17 de dezembro de 2020). «Covas diz ter zerado fila por vaga em creche em São Paulo». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de maio de 2021 
  17. Manfredini, Beatriz (18 de dezembro de 2020). «Bruno Covas diz ter zerado fila da creche em São Paulo». Jovem Pan. Consultado em 18 de maio de 2021 
  18. a b «Covas universaliza cartão merenda e diz que volta às aulas não é política». UOL. 30 de julho de 2020. Consultado em 18 de maio de 2021 
  19. «Capital ganha mais 110 leitos Covid-19 com inauguração do Hospital Brigadeiro». Prefeitura da Cidade de São Paulo. 11 de fevereiro de 2021. Consultado em 18 de maio de 2021 
  20. «No discurso da vitória, Bruno Covas critica 'negacionismo'». R7. 30 de novembro de 2020. Consultado em 18 de maio de 2021 
  21. «Um dia após crítica a 'negacionismo', Covas telefona para Bolsonaro». IstoÉ Dinheiro. 3 de dezembro de 2020. Consultado em 18 de maio de 2021 
  22. Ribeiro, Tayguara (16 de abril de 2020). «Covas recomenda por decreto que população use máscara nas ruas em SP». Agora São Paulo. Consultado em 18 de maio de 2021 
  23. a b «Defendido pela Saúde, lockdown é questão de tempo em São Paulo». UOL. 15 de maio de 2020. Consultado em 19 de maio de 2021 
  24. «Bruno Covas chegou a morar na Prefeitura durante a pandemia». GQ Globo. 16 de maio de 2021. Consultado em 19 de maio de 2021 
  25. «Auxílio Emergencial de SP deve começar a ser pago na próxima semana, diz Covas». Economia. iG. 18 de março de 2021. Consultado em 18 de maio de 2021 
  26. Teixeira, Lucas (4 de fevereiro de 2021). «Covas envia extensão do auxílio emergencial de R$ 100 por mais três meses». UOL. Consultado em 18 de maio de 2021 
  27. «Festival Verão Sem Censura de SP começa nesta sexta-feira com show de Arnaldo Antunes». G1. 17 de janeiro de 2020. Consultado em 18 de maio de 2021 
  28. «Festival Verão Sem Censura: confira a programação completa». Catraca Livre. 26 de dezembro de 2019. Consultado em 18 de maio de 2021 
  29. Putti, Alexandre (17 de janeiro de 2020). «Com obras barradas por Bolsonaro, Festival Verão Sem Censura estreia em São Paulo». CartaCapital. Consultado em 18 de maio de 2021 
  30. Sant'Anna, Thaís (2 de março de 2020). «São Paulo teve o maior Carnaval de rua da história, diz Prefeitura». UOL. Consultado em 18 de maio de 2021 
  31. Rômany, Ítalo (31 de dezembro de 2020). «Covas cumpriu só 41% das metas prometidas em SP». Folha de S.Paulo. Consultado em 18 de maio de 2021 
  32. Giovanaz, Daniel (13 de novembro de 2020). «Parque Ibirapuera: após concessão, sociedade civil é impedida de fiscalizar gestão». Brasil de Fato. Consultado em 18 de maio de 2021 
  33. «Sampaprev e a reforma da Previdência nacional». Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo. 18 de março de 2019. Consultado em 18 de maio de 2021 
  34. «Entenda a reforma da Previdência Municipal em São Paulo». G1. 28 de dezembro de 2018. Consultado em 18 de maio de 2021 
  35. «Prefeito de SP sanciona reforma da Previdência municipal». G1. 27 de dezembro de 2018. Consultado em 18 de maio de 2021 
  36. «Prefeito de SP sanciona reforma da Previdência municipal». G1. 27 de dezembro de 2018. Consultado em 17 de maio de 2021 
  37. «Doria e Covas suspendem gratuidade de transporte público para idosos de 60 a 65 anos de idade em SP». G1. 23 de dezembro de 2020. Consultado em 17 de maio de 2021 
  38. Bronze, GIovanna (23 de dezembro de 2020). «Doria e Covas revogam gratuidade no transporte para idosos entre 60 e 65 anos». CNN Brasil. Consultado em 17 de maio de 2021 
  39. «Bruno Covas diz que aprovou aumento do próprio salário para não perder servidores». IstoÉ Independente. 29 de dezembro de 2020. Consultado em 21 de maio de 2021 
  40. Boehm, Camila (24 de dezembro de 2020). «Bruno Covas sanciona lei que aumenta seu próprio salário em 46%». Agência Brasil. Consultado em 21 de maio de 2021 
  41. Reis, Vivian (2 de fevereiro de 2021). «Padre Júlio Lancelotti quebra a marretadas pedras instaladas pela Prefeitura sob viadutos de SP». G1. Consultado em 21 de maio de 2021 
  42. Mendes, Moisés (3 de fevereiro de 2021). «A marreta do padre Lancellotti e os que ainda torturam com pedras - Moisés Mendes». Brasil 247. Consultado em 21 de maio de 2021 
  43. «Após críticas, prefeitura de SP retira pedras de viaduto que afastavam moradores de rua». Band. UOL. 2 de fevereiro de 2021. Consultado em 21 de maio de 2021 
  44. Betim, Felipe (18 de outubro de 2017). «João Doria e arcebispo de São Paulo: "Pobre não tem hábito alimentar, pobre tem fome"». El País. Consultado em 21 de maio de 2021 
  45. Verpa, Danilo (21 de maio de 2017). «Doria diz que 'cracolândia acabou', mas usuários de drogas persistem». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de maio de 2021 

Ligações externas editar