Eleição municipal de São Gonçalo em 2016

A eleição municipal da cidade brasileira de São Gonçalo em 2016 ocorreu em 2 de outubro[1] para eleger um prefeito, um vice-prefeito, e 27 vereadores para a administração da cidade. Como o candidato mais votado ao Executivo recebeu menos de 50% +1 dos votos, foi realizado um segundo turno em 30 de outubro. As convenções partidárias para a escolha dos candidatos deverão ocorrer entre 20 de julho e 5 de agosto.[2] A propaganda eleitoral gratuita começará a ser exibida em 26 de agosto e terminará em 29 de setembro.[2]

2012 Brasil 2020
Eleição municipal de São Gonçalo em 2016
2 de outubro de 2016 (primeiro turno)[1]
30 de outubro de 2016 (segundo turno)
Candidato Dr. José Luiz Nanci Dejorge Patrício
Partido PPS PRB
Natural de São Gonçalo, RJ São Gonçalo, RJ
Vice Ricardo Pericar (SD) Profº Euália Maciel (PMN)
Votos 221.754 161.699
Porcentagem 53,63% 46,37%

Titular
Neilton Mulim
PR

Segundo a lei eleitoral em vigor, o sistema de dois turnos - caso o candidato mais votado recebesse menos de 50% +1 dos votos - estava disponível apenas em cidades com mais de 200 mil eleitores. Nas cidades onde houve segundo turno, a propaganda eleitoral gratuita voltou a ser exibida em 15 de outubro e terminou em 28 de outubro.[3]

O prefeito titular era Neílton Mulim, do Partido da República, que fora eleito em segundo turno no pleito anterior com 56,78% dos votos, derrotando seu principal oponente, Adolfo Konder do Partido Democrático Trabalhista, que por sua vez deixou a então deputada estadual Graça Matos do PMDB de fora do segundo turno. Mulim estava apto para disputar a reeleição, já que a Constituição permite o cumprimento de dois mandatos consecutivos.

Pela segunda eleição consecutiva o prefeito gonçalense foi escolhido em 2º turno, que foi disputado entre o deputado estadual José Luiz Nanci do PPS e o vereador Dejorge Patrício do PRB. Nanci terminou como o mais votado do primeiro turno, com 20,46% dos votos válidos, enquanto Dejorge obteve 20,24%. Ambos tiraram da disputa o então prefeito Neílton Mulim, que tentava a reeleição e ficou em terceiro com 16,28% dos votos, e o ex-deputado federal e ex-ministro Brizola Neto (PDT), candidato apoiado pela ex-prefeita Aparecida Panisset, que ficou em quarto lugar. Com 53,63% dos votos válidos, correspondente a mais de 221 mil votos, Nanci foi eleito em segundo turno para um mandato de 4 anos a começar no dia 1º de janeiro de 2017 e indo até 1º de janeiro de 2021.

Contexto

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As eleições municipais de 2016 em todo o Brasil serão marcadas pela crise política nos partidos tradicionais, relacionada ao processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.[4] No Rio de Janeiro[5], especificamente, o cenário será marcado pela realização dos Jogos Olímpicos (entre os dias 5 e 21 de agosto de 2016) e Paralímpicos de Verão (entre 7 e 18 de setembro), que deverão ocorrer de maneira simultânea à campanha eleitoral. Além disso, verifica-se uma acentuada crise financeira no estado, o que levou ao atraso no pagamento dos salários de servidores estaduais.[6]

Em 17 de junho de 2016 a crise que atinge o Rio de Janeiro levou o governador em exercício, Francisco Dornelles, a decretar estado de calamidade pública, a 49 dias do início da Olimpíada no RJ. Essa é a primeira vez na história que o estado toma medida semelhante na área financeira.[7]

Até maio de 2016 eram dez as pré-candidaturas, no entanto algumas foram desfeitas em troca de apoio. Serão nove candidatos, número recorde na cidade. A chamada esquerda politica está representada em duas candidaturas para o pleito de 2016 na cidade de São Gonçalo. São elas a de Professor Josemar (PSOL) que já se candidatou a prefeitura nos dois últimos pleitos e a de Dayse Oliveira (PSTU) que concorre pela segunda vez. Da centro-esquerda vem as candidaturas dos vereadores Marlos Costa (PSB) e Diego São Paio (REDE), do ex-secretário municipal Dilson Drumond (PSDB), do deputado estadual José Luiz Nanci (PPS) e do ex-deputado federal e ex-ministro Brizola Neto (PDT). Da centro-direita, as candidaturas do atual prefeito Nelilton Mulim (PR) e do vereador Dejorge Patrício, do PRB.

Candidaturas

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Primeiro turno

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Candidatos à prefeito Candidatos à vice Número
Eleitoral
Coligação Tempo de horário eleitoral
  Dr. José Luiz Nanci (PPS) Ricardo Pericar
(SD)
23
Bora Mudar de Verdade
PPS, SD e PSL
34 segundos
Profº Josemar (PSOL) Rosilene Alonso
(PSOL)
50
São Gonçalo Precisa de Uma Revolução!
PSOL e PCB
12 segundos
  Brizola Neto (PDT) Marilene Panisset
(PRP)
12
A Força do Povo
PDT, PRP, PT e PCdoB
1 minuto e 49 segundos
  Marlos Costa (PSB) Ilcéa Borges
(PTB)
40
Certo Para São Gonçalo
PSB, PTB, PPL, PSD e PROS
1 minuto e 59 segundos
Dejorge Patrício (PRB) Eulália Maciel
(PMN)
10
Renova São Gonçalo
PRB, PMN e PRTB
33 segundos
Dr. Dilson Drummond (PSDB) Daniel Inove
(PSC)
45
São Gonçalo Para Todos
PSDB, PSC e PTC
1 minuto e 20 segundos
  Neílton Mulim (PR) Graça Matos
(PMDB)
22
Juntos Para Vencer
PR, PMDB, PP, PHS, PTdoB, PSDC, PEN, PMB, DEM, PV e PTN
3 minutos e 11 segundos
  Diego São Paio (REDE) Fabiana Temperini
(REDE)
18
Partido Não Coligado
10 segundos
  Dayse Oliveira (PSTU) China
(PSTU)
16
6 segundos

2º Turno

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Em 2 de outubro foi realizada a votação em primeiro turno. Como São Gonçalo tem mais de 200 mil eleitores, segundo a lei eleitoral em vigor é adotado o sistema de dois turnos, que é iniciado caso o candidato mais votado receber menos de 50% +1 dos votos.

Candidato a prefeito Candidato a vice Número
eleitoral
Coligação
Dr. José Luiz Nanci
(PPS)
Ricardo Pericar
(SD)
23
Dejorge Patrício
(PRB)
Profº Euália Maciel
(PMN)
10

Transmissão

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A veiculação da propaganda eleitoral gratuita, em bloco e inserções, na televisão, vai ao ar pela TV Record Rio de Janeiro. Pelo rádio, é transmitida pela Rádio Copacabana AM.

Coligações proporcionais

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Coligação Partidos
União Socialista Trabalhista PSB e PTB
Bora Mudar de Verdade São Gonçalo SD e PSL
Unidos Por São Gonçalo PSDB, PSC e PTC
Unidos Por São Gonçalo (PTdoB/PSDC) PTdoB e PSDC
São Gonçalo Precisa de Uma Revolução! PSOL e PCB
PSD/PROS PSD e PROS
A Força do Povo PDT, PT, PCdoB e PRP
Juntos Pra Vencer (PR/PMDB/PHS) PR, PMDB e PHS
Juntos Pra Vencer (DEM/PV) DEM e PV
Sem Coligação PRB, PP, PSTU, PTN, PSD, PRTB, PMN, PMB, PEN e PPL

Debates

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Primeiro turno

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Data Organizador(es) José Luiz Nanci
(PPS)
Neilton Mulim
(PR)
Dejorge Patrício
(PRB)
Brizola Neto
(PDT)
Marlos Costa
(PSB)
Diego São Paio
(REDE)
Dr. Dilson Drumond
(PSDB)
Profº Josemar
(PSOL)
Dayse Oliveira
(PSTU)
16/09/2016 Jornal Extra Não convidado Presente Não convidado Presente Presente Não convidado Presente Não convidado Não convidada
27/09/2016 G1 Não compareceu Presente Presente Não compareceu Presente Não convidado Presente Não convidado Não convidada

Segundo turno

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Data Organizador(es) José Luiz Nanci
(PPS)
Dejorge Patrício
(PRB)
17/10/2016 SBT Rio Presente Presente
20/10/2016 Jornal Extra Presente Presente

Pesquisas de opinião

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Prefeito

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Período da pesquisa Instituto Margem
de erro
Candidato Brancos ou Nulos Nenhum ou Não sabe
José Luiz Nanci (PPS) Neílton Mulim (PR) Dilson Drummond (PSDB) Dejorge Patrício (PRB) Brizola Neto (PDT) Diego São Paio (REDE) Profº Josemar (PSOL) Marlos Costa (PSB) Dayse Oliveira (PSTU)
14 e 16 de agosto de 2016 Instituto Ágora 5% 19,1% 16,3% 14,6% 12,6% 5,6% 4,6% 2,4% 1,5% 0,2% 14% 9%
25 de agosto de 2016 Instituto GPP 5% 12,9% 11,9% 6,9% 10,8% 6,3% 4,6% 1,8% 2,2% 1,0% 21% 19,6%
15 e 16 de setembro de 2016 IBPS 4% 12,8% 11,4% 7,2% 9,6% 13,1% 4,8% 1,7% 3,5% 0,8% 21% 14%
18 de setembro de 2016 RM Mariath 4% 10% 9% 7,5% 14% 16% 5% 0% 3,5% 0% 20% 16%
28 de setembro de 2016 Instituto GPP 5% 12,2% 12,8% 7,7% 10,2% 9,8% 3,6% 1,5% 2,6% 0,3% 22,3% 17%

Resultados

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Prefeito

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Candidato(a) Vice 1º turno
2 de outubro de 2016
2º turno
30 de outubro de 2016
Total Percentagem Total Percentagem
Dr. José Luiz Nanci (PPS) Ricardo Pericar (SD) 82.848 20,46% 221.754 53,63%
Dejorge Patrício (PRB) Profº Euália Maciel (PMN) 81.952 20,24% 161.699 46,37%
Neilton Mulim (PR) Graça Matos (PMDB) 65.992 16,28% Não participarão
Brizola Neto (PDT) Marilene Panisset (PRP) 49.599 12,25%
Marlos Costa (PSB) Ilcéa Borges (PTB) 41.145 10,16%
Diego São Paio (REDE) Fernanda Temperini (REDE) 33.474 8,27%
Dr. Dilson Drumond (PSDB) Daniel Inove (PSC) 31.265 7,72%
Profº Josemar (PSOL) Rosilene Alonso (PSOL) 16.754 4,14%
Dayse Oliveira (PSTU) China Metalúrgico (PSTU) 2.000 0,49%
Total de votos válidos 404.959 75,36%
→ Votos em branco 41.364 7,70% 22.049 4,32%
→ Votos nulos 91.021 16,94% 74.949 14,68%
Total 537.344 78,31% 510.451 74,39%
Abstenções 148.863 21,69% 175.756 25,61%
Total de inscritos 686.207 100% 686.207 100%
  Eleito(a)

Câmara de Vereadores

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Vereadores eleitos
Nome Partido Votos Porcentagem
Salvador Soares PRB 7.369 1,66%
Lecinho PMDB 6.863 1,55%
Diney Marins PSB 6.700 1,51%
Capitão Nelson PTdoB 5.128 1,16%
Dr. Armando Martins PSDB 4.893 1,10%
Gilson do Cefen PR 4.712 1,06%
Sandro Almeida PSDB 4.620 1,04%
Thiago da Marmoraria PMDB 4.590 1,03%
Eduardo Gordo 4.372 0,98%
Vinicius PRB 4.332
Misael da Flordelis PMDB 4.309 0,97%
Iza 4.227 0,95%
Maciel PMN 4.137 0,93%
Alexandre Gomes PSB 3.900 0,88%
Jalmir Junior PRTB 3.689 0,83%
Cacau 3.621 0,82%
Getúlio Brito PTN 3.431 0,77%
Natan PSB 3.325 0,75%
Fael DEM 3.245 0,73%
Paulo Cesar Eu Acredito PTN 2.675 0,60%
Eli da Rosabela PPS 2.422 0,55%
José Carlos Vicente PSL 2.360 0,53%
Lucas Muniz PMN 2.345
Dr. Ricardo Peon PPS 2.308 0,52%
Samuca PMB 2.049 0,46%
Professor Paulo PCdoB 2.021
Bruno Porto PPS 1.909 0,43%

Referências

  1. a b Prazeres, Leandro (9 de julho de 2015). «Câmara aprova novas regras para eleições; veja o que pode mudar». UOL. Consultado em 28 de julho de 2015. Para entrar em vigor nas eleições de 2016, a minirreforma precisa ser sancionada até um ano antes do pleito do ano que vem, que ocorrerá no dia 2 de outubro. 
  2. a b «Eleições 2016: datas e regras». 5 de janeiro de 2016. Consultado em 25 de junho de 2016 
  3. «Calendário eleitoral 2016 - Tribunal Superior Eleitoral» 
  4. Mariana Schreiber (21 de outubro de 2015). «Qual seria o curso de um eventual processo de impeachment?». BBC. Consultado em 6 de dezembro de 2015 
  5. «Autoridades temem que greve e protesto prejudiquem Copa no Rio». O Globo. 13 de maio de 2014 
  6. [1]
  7. Cristina Boeckel, Daniel Silveira, Henrique Coelho, Káthia Mello (17 de junho de 2016). «Governo do RJ decreta estado de calamidade pública devido à crise». G1. Globo. Consultado em 18 de junho de 2016