Eleição presidencial no Brasil em 1950

eleição para Presidente do Brasil realizada em 1950

A eleição presidencial brasileira de 1950 foi a décima quinta eleição presidencial e a décima terceira direta no Brasil em outubro do mesmo ano.

1945 Brasil 1955
Eleição presidencial no Brasil em 1950
3 de outubro
Candidato Getúlio Vargas Eduardo Gomes Cristiano Machado
Partido PTB UDN PSD
Natural de São Borja, Rio Grande do Sul Petrópolis, Rio de Janeiro Sabará, Minas Gerais
Votos 3 849 040 2 342 384 1 697 193
Porcentagem 48,73% 29,66% 21,49%
  Getúlio Vargas:17 UFs+DF
  Eduardo Gomes:3 UFs
  Cristiano Machado:4 UFs

1945 Brasil 1955
Eleição vice-presidencial no Brasil em 1950
3 de outubro
Candidato Café Filho Odilon Braga Altino Arantes
Partido PSP UDN PSD
Natural de Natal, Rio Grande do Norte Guarani, Minas Gerais Batatais, São Paulo
Votos 2 520 790 2 344 841 1 649 309
Porcentagem 35,76% 33,26% 23,40%
  Café Filho:8 UFs+DF
  Odilon Braga:11 UFs
  Altino Arantes:4 UFs
  Vitorino Freire:1 UF

Dutra apoiou o candidato Cristiano Machado do PSD. A UDN novamente lançou a candidatura do brigadeiro Eduardo Gomes. E Getúlio Vargas veio como candidato pela coligação entre o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e o Partido Social Progressista (PSP). Apesar de não possuir o apoio de grande parte da mídia, Vargas obteve a maioria dos votos.[1]

Até hoje, essa foi a primeira e única eleição amplamente democrática (desde 1945) que o vencedor não ganhou em Minas Gerais.[2]

Contexto histórico editar

Na eleição anterior, em 2 de dezembro de 1945, que sucedeu o período do Estado Novo de Getúlio Vargas, foi eleito o general Eurico Gaspar Dutra (PSD) para Presidente da República. O cargo de vice-presidente havia sido extinguido na época, mas foi restaurado pela Constituição de 1946. Em 19 de setembro de 1946, Nereu Ramos (PSD) foi eleito indiretamente para ocupar o cargo de vice-presidente.[3]

Constituição de 1946 editar

De acordo com a Constituição de 1946, o mandato do presidente vigoraria por cinco anos. Assim, Dutra governara até 31 de janeiro de 1951, passando a faixa presidencial para o eleito nesta eleição.[4] O direito ao voto foi permitido a todos os brasileiros com mais de dezoito anos de ambos os sexos, mas os analfabetos eram proibidos a votar.[5] Foi determinado, também, que a eleição para presidente e vice-presidente ocorreriam de forma separada.

Governo Dutra editar

 Ver artigo principal: Governo Eurico Gaspar Dutra

O grande destaque a ser realizado sobre os anos do governo do presidente Eurico Gaspar Dutra esta relacionado com o início da Guerra Fria. A partir de 1946 e 1947, o quadro da bipolarização do mundo já se evidenciava, e o alto interesse dos Estados Unidos no Brasil transformava o país em um território de alta importância estratégica.[6]

Havia um grande temor sobre o crescimento do comunismo no Brasil, pois o PCB (Partido Comunista Brasileiro) havia conseguido cerca de 9% dos votos na candidatura de Iedo Fiúza e, além disso, a presença dos comunistas entre organizações de trabalhadores era muito forte. Assim, o governo de Dutra alinhou-se com os interesses dos EUA e adotou uma política contrária ao comunismo. O PCB teve a legalidade cassada pelo Superior Tribunal Eleitoral e os sindicatos passaram a sofrer intervenção do governo Federal. Diante desses ataques, o PCB convocou a população à luta armada, contudo não conseguiu vasta adesão e perdeu expressão política.[7]

Politicamente, Dutra afastou-se do varguismo e aliou-se à direitista UDN por meio do Acordo Interpartidário, que não duraria muito, acabando com a breve união entre PSD e UDN.[8] Economicamente, Dutra aderiu aos princípios liberais, reduzindo os investimentos públicos e promovendo o arrocho salarial. O incentivo às importações dilapidou as reservas de moedas estrangeiras e desequilibrou as contas públicas com o crescimento da inflação. Para contrabalançar a economia estatal, Dutra lançou o Plano SALTE, com postulados intervencionistas próximos aos do varguismo.[9] O Plano SALTE consistiu em um programa econômico quinquenal para o desenvolvimento das áreas da saúde, alimentação, energia e transporte. No entanto, muitas metas desse plano não foram atingidas por falta de recursos.[10]

A primeira transmissão de uma emissora de televisão no Brasil tem início comercialmente em 18 de setembro de 1950, quando foi inaugurada a TV Tupi São Paulo (antecessora do SBT São Paulo) em São Paulo, com equipamentos trazidos por Assis Chateaubriand, fundando assim o primeiro canal de televisão do país.[11] Quatro meses depois, em 20 de janeiro de 1951, entra no ar a TV Tupi Rio de Janeiro (antecessora da TV Manchete Rio de Janeiro e da RedeTV! Rio de Janeiro).[11]

Candidaturas editar

Quatro candidaturas à presidência e cinco à vice-presidência foram apresentadas à Justiça Eleitoral e estão apresentadas no quadro abaixo por ordem alfabética dos seus nomes

Presidente Cargo político anterior Vice-presidente (apoiado) Coligação
Candidato Partido Candidato Partido
Cristiano Machado
(Campanha)
  PSD Deputado federal por Minas Gerais
(1946-1951)
Altino Arantes   PSD (PSD, PR, POT, PST)[nota 1]
Eduardo Gomes
(Campanha)
  UDN Sem cargo político anterior Odilon Braga   UDN (UDN, PDC, PL, PRP)
Getúlio Vargas
(Campanha)
  PTB Senador pelo Rio Grande do Sul
(1946-1951)
Café Filho   PSP Frente Populista
(PTB, PSP)[nota 2]
João Mangabeira
(Campanha)
  PSB Deputado federal pela Bahia
(1947-1951)
Alípio Correia Neto   PSB Sem coligação
Sem apoio Vitorino Freire   PST (PST, PTN)

Getúlio Vargas (PTB) editar

A coligação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e do Partido Social Progressista (PSP), sendo o primeiro de centro-esquerda e o segundo de direita, com o PTB sendo trabalhista e o PSP sendo um partido populista de direita, lançou o ex-presidente Getúlio Vargas como candidato a Presidente da República e Café Filho como candidato à vice-presidência. Vargas era pertencente e fundador do PTB, e havia governado o país anteriormente por quinze anos. Ex-presidente, quando ele teve de largar a Presidência em 1945, ele ainda continuou na cena política, sendo eleito em 1945 senador pelo Rio Grande do Sul.[13] Vargas haveria utilizado da propaganda para promoção pessoal na vida política, e assim ele sempre foi representado junto ao povo. Vargas teria sido um presidente trabalhista e que mais coisas teria feito pelos trabalhadores, como por exemplo, a criação de leis trabalhistas. Desta forma, ele era considerado o "pai dos pobres", e o povo o admirava. Outro fator importante além da admiração dele pelo povo, foi o nacionalismo na campanha "o petróleo é nosso", que favoreceu as empresas brasileiras.[14]

Algo, que foi marca da campanha de Vargas em 1950, foi o seu jingle de campanha, que era uma marchinha de carnaval e chamava-se "Retrato do Velho":[15][16]

"Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
Bota o retrato do velho outra vez
Bota no mesmo lugar
O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar
O sorriso do velhinho faz a gente trabalhar
Eu já botei o meu
E tu, não vais botar?
Eu já enfeitei o meu
E tu, vais enfeitar?
O sorriso do velhinho faz a gente se animar
O sorriso do velhinho faz a gente se animar
"
 
Eduardo Gomes em campanha para presidente.

Eduardo Gomes (UDN) editar

Pela coligação da União Democrática Nacional, do Partido de Representação Popular, do Partido Democrata Cristão, e do Partido Libertador, foi lançado o mesmo candidato da eleição anterior, o tenente-brigadeiro Eduardo Gomes da conservadora UDN. Para a vice-presidência foi lançado o mineiro Odilon Braga.

Cristiano Machado (PSD) editar

A coligação do Partido Social Democrático, do Partido Republicano, do Partido Orientador Trabalhista, e do Partido Social Trabalhista, lançou o ex-prefeito de Belo Horizonte Cristiano Machado do centrista PSD e o ex-presidente do Estado de São Paulo Altino Arantes para vice. Muitos membros do PSD apoiaram Vargas em vez de Cristiano Machado, o que gerou a expressão "cristianizar" (lançar um candidato e apoiar outro).

João Mangabeira (PSB) editar

O Partido Socialista Brasileiro não fez coligação, e lançou o socialista democrático baiano João Mangabeira como candidato a presidente e Alípio Correia Neto como candidato a vice-presidente.

Vitorino Freire (PST) editar

O Partido Social Trabalhista formou com o Partido Trabalhista Nacional uma coligação e lançou para a vice-presidência, sem apoiar nenhum candidato à presidência, o senador pelo Maranhão Vitorino Freire.

Resultados editar

Presidência da República editar

Candidato Votação[17][18]
Total %
Getúlio Vargas (PTB) 3 849 040 48,73%
Eduardo Gomes (UDN) 2 342 384 29,66%
Cristiano Machado (PSD) 1 697 193 21,49%
João Mangabeira (PSB) 9 466 0,12%
Total de votos válidos 7 898 083 95,67%
Votos em branco 211 433 2,56%
Votos nulos 145 473 1,76%
Total 8 254 989 100,00%
Estados/Territórios vencidos por Getúlio Vargas
Estados/Territórios vencidos por Eduardo Gomes
Estados/Territórios vencidos por Cristiano Machado
Estado/Território Getúlio Vargas Eduardo Gomes Cristiano Machado João Mangabeira Votos nominais Votos brancos Votos nulos Votos apurados
Acre 4 101 737 4 211 9 049 168 47 9 264
Alagoas 45 909 25 292 22 940 51 94 192 3 666 2 069 99 927
Amapá 812 59 4 188 5 059 87 23 5 169
Amazonas 26 466 12 104 7 067 9 45 646 1 285 1 033 47 964
Bahia 306 899 165 883 108 719 243 581 744 15 916 12 036 609 696
Ceará 107 164 198 473 146 484 105 452 226 13 348 9 890 475 464
Distrito Federal 378 015 169 263 29 642 3 017 579 937 19 415 8 479 607 831
Espírito Santo 60 336 42 098 20 841 94 123 369 3 146 4 050 130 565
Goiás 61 298 55 446 24 106 45 140 895 5 702 4 475 151 072
Guaporé 2 595 412 646 3 653 82 79 3 814
Maranhão 64 160 14 806 70 989 6 149 961 3 954 4 775 158 690
Mato Grosso 35 744 27 397 19 677 23 82 841 2 957 1 396 87 194
Minas Gerais 418 194 441 690 409 402 356 1 269 642 33 259 27 725 1 330 626
Pará 55 978 52 761 78 032 112 186 883 3 914 4 190 194 987
Paraíba 125 463 108 852 20 660 67 255 042 7 868 2 215 265 125
Paraná 169 036 41 353 54 635 182 265 206 6 379 2 889 274 474
Pernambuco 172 565 121 275 94 595 195 388 630 8 875 6 684 404 189
Piauí 25 370 73 547 60 445 6 159 368 3 993 2 942 166 303
Rio Branco 1 845 59 645 2 549 59 76 2 684
Rio de Janeiro 274 588 110 942 36 502 499 422 531 11 264 15 849 449 644
Rio Grande do Norte 86 378 45 731 37 831 34 169 974 4 318 1 575 175 867
Rio Grande do Sul 346 798 147 571 207 613 636 702 618 11 893 4 825 719 336
Santa Catarina 110 398 101 386 59 501 27 271 312 4 357 4 062 279 731
São Paulo 925 493 357 413 153 039 3 650 1 439 595 41 959 21 287 1 502 841
Sergipe 43 435 27 834 24 783 109 96 161 3 569 2 802 102 532
Total 3 849 040 2 342 384 1 697 193 9 466 7 898 083 211 433 145 473 8 254 989

(a) Os resultados referentes a Fernando de Noronha foram incluídos no Distrito Federal

Vice-presidência da República editar

Candidato Votação[17]
Votos %
Café Filho (PSP) 2 520 790 35,76%
Odilon Braga (UDN) 2 344 841 33,26%
Altino Arantes (PSD) 1 649 309 23,40%
Vitorino Freire (PST) 524 079 7,43%
Alípio Correia Neto (PSB) 10 800 0,15%
Total de votos válidos 7 049 719 85,39%
Votos em branco 1 048 778 12,70%
Votos nulos 156 392 1,91%
Total 8 254 989 100,00%
Estados/Territórios vencidos por Café Filho
Estados/Territórios vencidos por Odilon Braga
Estados/Territórios vencidos por Altino Arantes
Estado vencido por Vitorino Freire
Estado/Território Café Filho Odilon Braga Altino Arantes Vitorino Freire Alípio C. Neto Votos nominais Votos brancos Votos nulos Votos apurados
Acre 3 505 615 3 763 415 8 298 919 47 9 264
Alagoas 26 078 28 986 579 23 224 41 78 908 18 700 2 319 99 927
Amapá 343 46 1 512 1 056 2 957 2 191 21 5 169
Amazonas 16 940 12 144 8 189 2 578 3 39 854 7 066 1 044 47 964
Bahia 172 121 195 950 65 436 22 992 215 456 714 140 566 12 416 609 696
Ceará 40 066 205 267 146 879 6 931 160 399 303 65 652 10 509 475 464
Distrito Federal 376 575 166 496 13 949 5 632 1 467 564 119 35 054 8 658 607 831
Espírito Santo 33 565 40 728 13 399 9 286 136 97 114 28 448 5 003 130 565
Goiás 30 742 47 555 14 246 20 064 38 112 645 32 815 5 612 151 072
Guaporé 2 289 337 5 864 3 495 232 87 3 814
Maranhão 57 942 16 233 728 71 773 1 146 677 7 156 4 857 158 690
Mato Grosso 26 398 27 839 11 730 3 402 8 69 377 16 220 1 597 87 194
Minas Gerais 163 801 499 101 518 313 16 030 644 1 197 889 104 889 27 848 1 330 626
Pará 52 147 42 981 80 930 1 434 143 177 635 12 970 4 382 194 987
Paraíba 47 769 103 908 14 773 8 795 28 175 273 87 571 2 281 265 125
Paraná 114 771 48 465 66 194 1 702 172 231 304 39 606 3 564 274 474
Pernambuco 119 837 124 065 57 448 50 856 145 352 351 44 686 7 152 404 189
Piauí 17 821 72 970 9 472 53 894 154 157 8 982 3 164 166 303
Rio Branco 1 799 44 3 671 2 517 88 79 2 684
Rio de Janeiro 198 081 110 997 56 553 9 374 276 375 181 56 875 17 488 449 644
Rio Grande do Norte 89 607 43 513 7 433 22 861 3 163 417 10 567 1 883 175 867
Rio Grande do Sul 220 965 158 479 208 491 1 938 299 590 172 124 714 4 450 719 336
Santa Catarina 21 399 114 223 99 762 2 912 10 238 306 37 388 4 037 279 731
São Paulo 658 601 255 069 225 544 184 428 6 899 1 330 541 147 347 24 953 1 502 841
Sergipe 27 628 28 830 23 978 967 112 81 515 18 076 2 941 102 532
Total 2 520 790 2 344 841 1 649 309 524 079 10 800 7 049 719 1 048 778 156 392 8 254 989

(a) Os resultados referentes a Fernando de Noronha foram incluídos no Distrito Federal.

Notas e referências

Notas

  1. O PST apoiou somente a candidatura de Cristiano Machado à presidência, lançando candidato próprio a vice-presidente.
  2. Apoio informal em alguns estados do PSD.[12]

Referências

  1. Araújo, João Lazardo de; Silva, Salomão Quadros da; Melo, Hildete Pereira de; Lattman-Weltman, Fernando; Corrêa, Villas-Bôas; Leopoldi, Maria Antonieta Parahyba; Oliveira, Adilson de; Silva, Suely Braga da; Abreu, Alzira Alves de (1994). Vargas e a crise dos anos 50. [S.l.: s.n.] 
  2. «Presidente eleito vence em MG e mantém tradição». Valor Econômico. Consultado em 23 de novembro de 2022 
  3. «Nereu Ramos - Biografia - UOL Educação». educacao.uol.com.br. Consultado em 23 de novembro de 2022 
  4. «Constituição de 1946 dos Estados Unidos do Brasil/I - Wikisource». pt.wikisource.org. Consultado em 23 de novembro de 2022 
  5. Júnior, Alfredo Boulos. História, Sociedade e Cidadania. 9º ano. 1ª edição - São Paulo - 2009.
  6. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «DUTRA, EURICO GASPAR». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 23 de novembro de 2022 
  7. Partido Comunista do Brasil.PDF. CPDOC FGV. Acessado em 22 de novembro de 2022.
  8. «O fracasso das "fórmulas" e a candidatura Vargas em 1950 | CPDOC». cpdoc.fgv.br. Consultado em 26 de março de 2021 
  9. Santiago, Emerson. «Plano SALTE - História do Brasil». InfoEscola. Consultado em 23 de novembro de 2022 
  10. O Plano SALTE. Rio de Janeiro: Departamento de Imprensa Nacional. 1950 
  11. a b Izel', 'Adriana (18 de novembro de 2020). «Há 70 anos, a televisão foi inaugurada no Brasil; relembre a história». Diversão e Arte. Consultado em 23 de novembro de 2022 
  12. Brasil, CPDOC-Centro de Pesquisa e Documentação História Contemporânea do. «PARTIDO SOCIAL DEMOCRATICO (PSD-1945-1965)». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 22 de novembro de 2021 
  13. «Senador Getúlio Vargas - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 23 de novembro de 2022 
  14. Piletti, Nelson e Claudino. História & Vida - Brasil: da Independência aos dias de hoje, Vl. 2. Editora Ática. 16ª ed. 1997. Pg. 76, Cap. 10: A hora e a vez da democracia, 3.Getúlio: um governo nacionalista e populista.
  15. Os 8 jingles mais marcantes de campanhas presidenciais no Brasil. Super. Acessado em 13/11/2011
  16. Retrato do Velho - Francisco Alves. (Letras.terra.com.br) Acessado em 13/11/2011.
  17. a b «eleicoespos1945.com». www.eleicoespos1945.com. Consultado em 23 de novembro de 2022 
  18. «Secretaria do Tribunal Superior Eleitoral (página do IBGE)» (PDF). Consultado em 11 de abril de 2020. Cópia arquivada (PDF) em 11 de abril de 2020