J. B. Tanko

cineasta brasileiro, diretor de filmes para cinema e televisão
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Josip Bogoslaw Tanko (Sisak, 21 de abril de 1906Rio de Janeiro, 5 de outubro de 1993) foi um cineasta croata radicado no Brasil após a Segunda Guerra Mundial, onde deu prosseguimento à sua carreira.

J. B. Tanko
Nome completo Josip Bogoslaw Tanko
Nascimento 21 de abril de 1906
Sisak, Croácia-Eslavônia Áustria-Hungria
Morte 5 de outubro de 1993 (87 anos)
Rio de Janeiro, RJ  Brasil
Ocupação Cineasta, Produtor, Roteirista Diretor
Cônjuge Ilse Luise Tanko
Filho(a)(s) Alexander Tanko

Biografia

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Nascido na cidade croata de Sisak, desde a infância foi apaixonado pelo cinema. Começou a trabalhar na Áustria, criando versões iugoslavas de filmes alemães e austríacos. Na década de 1930, trabalhou no Sascha-Filmindustrie AG e no Wlen-Film GMBH, em Viena, e no Tobis Filmkunst, Terra Filmkunst e UFA, em Berlim, chegando a função de assistente de direção. Estava em Berlim durante as olimpíadas de 1936 onde atuou como contratado junto a equipe oficial de filmagens alemã.

A partir de 1937, em Viena, participou das equipes da Wien-Film, criada por Goebbels. No início da Segunda Guerra Mundial, assumiu o Departamento de Cinema Documental do Exército, em Belgrado. Quando a Iugoslávia foi invadida pela Alemanha, filmou o bombardeio de Belgrado. Fugiu para Berlim com o filme, e em 1942 foi trabalhar em Viena a serviço da propaganda alemã. Trabalhou diretamente com a cineasta do reich Leni Riefenstahl, com o diretor karl Hartl e com os nazistas Oswald Lenich e Carl Froelich, respectivamente presidentes do ReichFilmKammer que respondiam a Joseph Goebbels, ministro da propaganda alemã. Com o fim da Segunda Guerra foi submetido ao processo de desnazificação tendo sido constatada a sua não filiação ou apoio a ideologia nazista, por conta do conflito perdeu toda a família, em 1948 decidiu emigrar para o Brasil junto com sua companheira Ilse luise Tanko (falecida na década de 60 no Brasil). Trouxe da Alemanha equipamentos e documentos que conservara sobre sua passagem pela Alemanha Nazista na condição de profissional de cinema, fixou residência na cidade do Rio de Janeiro, contribuindo muito para a profissionalização do cinema brasileiro com sua diversificada experiência. Seu primeiro trabalho foi na Cinelândia Filmes, como assistente de direção e roteirista de Escrava Isaura, adaptação do romance de Bernardo Guimarães.[1]

Trabalhou também na Atlântida Cinematográfica, onde desempenhou vários papéis, chegando a diretor. Realizou alguns dramas e aos poucos foi migrando para as comédias em contraponto a sua personalidade séria e firme.

Nos anos 1950, J. B. Tanko trabalhou com Watson Macedo e com Roberto Farias.[2] Em 1955 passou a trabalhar para Herbert Richers, para o qual dirigiu 18 filmes, dentre os quais uma série de comédias, estreladas por atores como Ankito, Grande Otelo, Zé Trindade e Ronald Golias. Contudo, continuou com os dramas, filmes policiais e infantis.[3]

 
Alexander Tanko, Renato Aragão e Vânia Balvez em 1991, Rio de Janeiro, Brasil

Em 1967, dirigiu Adorável Trapalhão, no qual conheceu Renato Aragão, com o qual estabeleceria sólida parceria. J. B. Tanko viria a dirigir onze filmes de Os Trapalhões. Em 1969, fundou a JBTV - J. B. Tanko Filmes Ltda. e dirigiu diversas comédias para adolescentes. Trabalhando com Os Trapalhões, realizou O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão, uma das maiores bilheterias do cinema brasileiro em todos os tempos (cerca de 6 milhões de espectadores), e também Os Saltimbancos Trapalhões, considerado o melhor filme do grupo.

Produziu e dirigiu filmes como o drama erótico As Borboletas Também Amam, com a atriz Angelina Muniz, e o musical Vamos Cantar Disco, Baby?, com As Melindrosas, à época popular. Em 1983, produziu o filme Perdoa-Me Por Me Traíres, dirigido por Braz Chediak e obra de Nélson Rodrigues.[4]

Quando Dedé Santana, Zacarias e Mussum separaram-se de Renato Aragão, criando a DeMuZa Produções,[5] J. B. Tanko produziu a comédia Atrapalhando a Suate. Aos 81 anos dirigiu o seu último filme: Os Fantasmas Trapalhões.

Morreu aos 87 anos, vítima de infarto, deixando uma enorme contribuição para o cinema brasileiro. Reconhecido por seu talento como diretor e sempre avesso a ser fotografado ou filmado, frequentemente recusava entrevistas principalmente sobre fatos de sua passagem pela Alemanha Nazista. Teve apenas um filho, Alexander Tanko, que também atuou na produção cinematográfica e na produção de comerciais e vinhetas de clips musicais para televisão, Alexander faleceu de forma trágica no dia 12 de julho de 2006, aos 53 anos. Hoje a J B TANKO FILMES está sendo dirigida pelos herdeiros.

Filmografia

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Prêmios

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  • Areias Ardentes (longa-metragem) - Prêmio Saci, 1952, SP, de Melhor Roteiro para J. B. Tanko.[8]
  • Sai de Baixo (longa-metragem) - Prêmio Especial para Tanko, J. B. no Prêmio Especial Governador do Estado de São Paulo, 1956, São Paulo - SP.[9]

Ver também

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Referências