Lophopyxidaceae
Lophopyxidaceae é uma família monotípica de plantas com flor, pertencente à ordem das Malpighiales, cujo único género é Lophopyxis, por sua vez também um táxon monotípico tendo como única espécie Lophopyxis maingayi, uma liana com gavinhas natural do arquipélago de Sonda, arquipélago Malaio e ilhas Carolinas.[1]
Lophopyxis Lophopyxis maingayi Lophopyxidaceae | |||||||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||||
Lophopyxis maingayi Hook. f. | |||||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||||
Descrição
editarMorfologia
editar'Lophopyxis maingayi' é uma liana dotada de gavinhas ramificadas. Existem gavinhas com mola de relógio disponíveis. As folhas são de filotaxia alternada, simples e com margem foliar serrada. A espécie apresenta estípulas.
Lophopyxis maingayi é uma espécie monóica com flores masculinas e femininas distintas a ocorrem no mesmo espécime. A flores ocorrem em inflorescências axilares do tipo, ramificadas e frouxas, com numerosas flores. As flores são pequenas, pentâmeras, com simetria radial (actinomórficas), funcionalmente unissexuais. As cinco sépalas são muito curtas. As cinco pétalas não se tocam entre si. Nas flores masculinas existem dois verticilos com cinco estames cada, dos quais cinco são reduzidos a estaminódios. As flores femininas contêm estaminódios e os quatro a cinco carpelos são fundidos a um ovário sincárpico, erecto e recoberto por tricomas. Existem dois óvulos em cada lóculo do ovário. Existem quatro ou cinco estigmas sésseis (pois o estilete não é reconhecível).
O fruto é uma noz do tipo sâmara, com cinco asas largas e com consistência semelhante a palha.
Distribuição
editarLophopyxis maingayi está distribuída desde o Arquipélago Malaio até às ilhas de Sonda e às ilhas Carolinas.
Filogenia e sistemática
editarO género Lophopyxis foi proposto em 1887 com a espécie Lophopyxis maingayi por Joseph Dalton Hooker na obra Hooker's Icones Plantarum, 18, fig. 1714. O epíteto específico maingayi é uma homenagem ao médico e botânico britânico Alexander Carroll Maingay (1836–1869). a família Lophopyxidaceae foi proposta por Hans Pfeiffer em 1951 em artigo publicado em Revista Sudamer. Bot. 10: 4. 1951. A proposta é validada por referência a Lophopyxidoideae Engl. que havia sido publicada em H.G.A. Engler & K.A.E. Prantl, Nat. Pflanzenfam. III, 5: 242, 257 em 1893, associada a um diagnóstico do género tipo Lophopyxis Hook.f. (1887).[4]
Filogenia
editarUm estudo de filogenética molecular, realizado em 2012, usou dados resultantes da análise de um número alargado de genes e por essa via obteve uma árvore filogenética com maior resolução que a disponível nos estudos anteriormente realizados.[5] Nesse estudo foram analisados 82 genes de plastídeos de 58 espécies (a problemática família Rafflesiaceae não foi incluída), usando partições identificadas a posteriori pela aplicação de um modelo de mistura com recurso a inferência bayesiana. Esse estudo identificou 12 clados adicionais e 3 clados basais de maior significância.[6][5] A posição da família Lophopyxidaceae no contexto da ordem Malpighiales é a que consta do seguinte cladograma:
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Sistemática
editarAnteriormente o género Lophopyxis esteve colocado na família das Celastraceae, tendo sido deslocado para as Malpighiales por razões filogenéticas. O género constitui o grupo irmão da família Putranjivaceae.
Na sua presente circunscrição taxonómica, a família Lophopyxidaceae inclui apenas:
- Lophopyxis, com apenas uma espécie:
- Lophopyxis maingayi, distribuído na Malésia e ilhas Carolinas.
Ver também
editarReferências
- ↑ a b Angiosperm Phylogeny Group (2009). «An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III». Botanical Journal of the Linnean Society. 161 (2): 105–121. doi:10.1111/j.1095-8339.2009.00996.x
- ↑ T.E. von Post & C.E.O. Kuntze, Lex. Gen. Phan.: 663. 20-30 Nov 1903. Validated by a reference to Lophopyxidoideae Engl. in H.G.A. Engler & K.A.E. Prantl, Nat. Pflanzenfam. III, 5: 242, 257. Mai 1893, associated with diagnoses in German. – T: Lophopyxis Hook.f. (1887).
- ↑ H.G.A. Engler & K.A.E. Prantl, Nat. Pflanzenfam. III, 5: 242, 257. Mai 1893. Validated by diagnoses in German. – T: Lophopyxis Hook.f. (1887).
- ↑ Indices Nominum Supragenericorum Plantarum Vascularium – L.
- ↑ a b Xi, Z.; Ruhfel, B. R.; Schaefer, H.; Amorim, A. M.; Sugumaran, M.; Wurdack, K. J.; Endress, P. K.; Matthews, M. L.; Stevens, P. F.; Mathews, S.; Davis, C. C. (2012). «Phylogenomics and a posteriori data partitioning resolve the Cretaceous angiosperm radiation Malpighiales». Proceedings of the National Academy of Sciences. 109 (43). 17519 páginas. PMC 3491498 . PMID 23045684. doi:10.1073/pnas.1205818109
- ↑ Catalogue of Organisms: Malpighiales: A Glorious Mess of Flowering Plants
Bibliografia
editar- Die Familie der Lophopyxidaceae bei der APWebsite. (Abschnitte Systematik und Beschreibung)
- Die Familie der Lophopyxidaceae bei DELTA von L. Watson und M. J. Dallwitz. (Abschnitt Beschreibung)
- H. Sleumer: Lophopyxidaceae. In: C. G. G. J. van Steenis: Flora Malesiana, Series 1, Volume 7, S. 89–91, Wolters-Noordhoff, Groningen, 1971.