Usuário(a):Horadrim/Testes16



Página inicial: Testes

Edições completas: Mecânica estatística  • Modelo Hodgkin-Huxley  • Neurociência computacional  • Modelo probabilístico para redes neurais  • Teoria de campo médio  • Modelo FitzHugh–Nagumo  • Processo Lévy  • Cadeias de Markov  • Processo de Poisson  • Galves–Löcherbach model  • Stochastic chains with memory of variable length  • Lesão do plexo braquial  • Somatotopia  • Função densidade  • Modelos de grafos aleatórios exponenciais • Processo de Gram-Schmidt  • Equação de Chapman–Kolmogorov  • Predefinição:Processos estocásticos  • Algoritmo de autovalores  • Transição de fase  • Hipótese do cérebro crítico  • Critical brain hypothesis  • Passeio aleatório  • Plasticidade sináptica  • Potencial pós-sináptico excitatório  • Potencial pós-sináptico inibitório  • Modelo de Morris-Lecar  • Plexo braquial  • Processo gaussiano  • Campo aleatório de Markov  • Eletroencefalografia  • Modelo de Hindmarsh-Rose  • Sistemas de partícula em interação  • Medida de Gibbs  • Nervo escapular dorsal  • Nervo radial  • Nervo peitoral lateral  • Nervo musculocutâneo  • Medida de Dirac  • Nervo torácico longo  • Sigma-álgebra  • Nervo peitoral medial  • Nervo ulnar  • Potencial evocado  • Estimulação magnética transcraniana repetitiva  • Teorema de Donsker  • Desigualdade de Boole  • Codificação neural  • Aprendizado de máquina  • Independência condicional  • Inferência estatística  • Nervo subclávio  • Nervo supraescapular  • Nervo mediano  • Nervo axilar  • Movimento browniano geométrico  • Caminho autoevitante  • Tempo local  • Nervo subescapular superior  • Nervo toracodorsal  • Nervo subscapular inferior  • Caminho (teoria dos grafos)  • Campo aleatório  • Lei do logaritmo iterado

Edições em andamento: Nervo cutâneo medial do braço (N)  • Nervo cutâneo medial do antebraço (N)  • Cérebro estatístico (N)  • Statistician brain  • Distribuição de probabilidade condicional (N)  • Esperança condicional (N)  • Integral de Itō (N)  • Martingale  • Variação quadrática (N)  • Processo Ornstein–Uhlenbeck  • Ruído branco  • Teoria ergódica  • Avalanche neuronal (N)  • Teoria da percolação (N)  • Função totiente de Euler  • Ruído neuronal (N)  • Distribuição de Poisson  • Córtex cerebral  • Estímulo (fisiologia)




Referência: Gram–Schmidt process
Os dois primeiros passos de um processo Gram–Schmidt

Em matemática e análise numérica, o processo de Gram-Schmidt é um método para ortogonalização de um conjunto de vetores em um espaço com produto interno, normalmente o espaço euclidiano Rn. O processo de Gram–Schmidt recebe um conjunto finito, linearmente independente de vetores S = {v1, …, vn} e retorna um conjunto ortonormal S' = {u1, …, un} que gera o mesmo subespaço S inicial.

O método leva o nome de Jørgen Pedersen Gram e Erhard Schmidt, mas pode ser encontrado antes nos trabalhos de Laplace e Cauchy. Em teoria de decomposição do grupo de Lie é generalizado pela decomposição de Iwasawa.[1]

A aplicação do processo de Gram-Schmidt aos vetores de uma coluna matricial completa de classificação produz a fatoração QR (decomposta numa matriz ortogonal e uma matriz triangular).

O processo de Gram-Schmidt editar

 
O processo de Gram-Schmidt modificado sendo executado em três vetores linearmente independentes, não-ortogonais de base R3. Clique na imagem para obter mais detalhes.

Define-se o operador projeção por:

 

no qual   denota o produto interno dos vetores v e u. Esse operador projeta o vetor v ortogonalmente sobre a linha gerada pelo vetor u. Se u=0, define-se  . i.e., o mapa projetado   é o mapa zero, enviando cada vetor ao vetor zero.

O processo de Gram-Schmidt funciona então como denotado abaixo:

 

A sequência u1, ..., uk é o sistema de vetores ortogonais requerido, e o vetores normalizados e1, ..., ek formam um conjunto ortonormal. O cálculo da sequência u1, ..., uk é conhecido como ortogonalização Gram–Schmidt,enquanto o cálculo da sequência e1, ..., ek é conhecido como ortonormalização Gram–Schmidt, à medida que os vetores estão normalizados.

Para verificar se essas fórmulas produzem uma sequência ortogonal, primeiro calcule ‹ u1,u2 ›substituindo a fórmula acima por u2: obtém-se zero. Então proceda para o cálculo de ‹ u1,u3 › novamente substituindo a fórmula por u3: obtém-se mais uma vez zero. A prova geral procede por indução matemática.

Geometricamente, esse método se segue como: para calcularui, projeta-se vi ortogonalmente sobre o subespaço U gerado por u1, ..., ui−1, que é o mesmo que o subespaço gerado por v1, ..., vi−1. O vetor ui então é definido como a diferença entre vi e essa projeção, garantido como ortogonal para todos os vetores no subespaço U.

O processo de Gram-Schmidt também se aplica a uma sequência de conjunto contável linear e independente {vi}i. O resultado é uma sequência ortogonal (ou ortonormal) {ui}i tal para número natural n: a extensão de algébrica v1, ..., vn é a mesma de que u1, ..., un.

Se o processo de Gram-Schmidt é aplicado a uma sequência linearmente dependente, ele emite 0 vetor em ith etapa, assumindo que vi é a combinação linear de v1, ..., vi−1. Se uma base ortonormal está a ser produzida, então o algoritmo deve testar para zero vetores na saída (output) e descartá-los porque nenhum múltiplo de um vetor zero pode ter um comprimento de valor 1. O número de vetores de saída dados pelo algoritmo será então a dimensão do espaço gerado pelos inputs originais.

Uma variante do processo de Gram-Schmidt utilizando indução transfinita aplicada a uma sequência infinita de vetores (possivelmente incontável)   produz um conjunto de vetores ortonormais   com   de tal modo que qualquer  , o complemento do espaço de   é o mesmo que  . Particularmente, quando aplicado a uma base (algébrica) de um espaço de Hilbert (ou, mais geralmente, uma base de qualquer subespaço denso), produz-se uma base ortonormal (analítica-funcional). Note-se que, no caso geral, muitas vezes a desigualdade estrita   preserva, mesmo que o conjunto inicial for linearmente independente, e o espaço de   não precisa ser um subespaço do espaço de   (pelo contrário, é um subespaço de sua conclusão).

Exemplo editar

Considerado o seguinte conjunto de vetores em R2 (com o produto interno convencional)

 

Então, proceda Gram–Schmidt, a fim de obter um conjunto ortogonal de vetores:

 
 

Verifica-se que os vetores u1 e u2 são de fato ortogonais:

 

notando que, se o produto escalar de dois vetores for 0 , então eles serão ortogonais.

Para vetores diferentes de zero, pode-se normalizar os vetores dividindo seu tamanhos como mostrado acima:: 

 

Estabilidade numérica editar

Quando esse processo é executado em um computador, os vetores   muitas vezes não são muito ortogonais, devido a erros de arredondamento. Para o processo de Gram-Schmidt, tal como descrito acima, (podendo ser referenciado eventualmente como "processo de Gram-Schmidt clássico") tal perda de ortogonalidade é algo particularmente ruim; Portanto, diz-se que o processo (clássico) de Gram-Schmidt é numericamente instável.

O processo de Gram-Schmidt pode ser estabilizado por meio de uma pequena modificação; tal versão do processo é por vezes referida como processo Gram-Schmidt modificado. Tal abordagem dá o mesmo resultado que a fórmula original numa aritmética exata e introduz erros menores na aritmética de finita-precisão. Ao invés de calcular o vetor uk como

 

ele é calculado como

 

Cada passo encontra um vetor   ortogonal a  . Assim   também é ortogonalizado contra quaisquer erros introduzidos no cálculo de  .

Este método é utilizado na animação anterior, quando o vetor intermediário v'3 é usado na ortogonalização do vetor azul v3.

Algoritmo editar

O algoritmo a seguir implementa a ortonormalização Gram-Schmidt estabilizada. Os vetores v1, ..., vk são substituídos por vetores ortonormais que abrangem o mesmo subespaço.

 

O custo desse algoritmo é assintoticamente 2nk2 operações de ponto flutuante, nas quais n é a dimensionalidade dos vetores (Golub & Van Loan 1996, §5.2.8).

Fórmula determinante editar

O resultado do processo de Gram-Schmidt pode ser expresso em uma fórmula não-recursiva usando determinantes.

 
 

na qual D 0=1 e, para j ≥ 1, D j é o determinante Gram

 

Note que a expressão para uk é um determinante "formal", i.e. a matriz contém ambos os escalares e vetores; o significado dessa expressão é definido como sendo o resultado de um cofator de expansão ao longo da linha de vetores.

A fórmula determinante de Gram-Schmidt é computacionalmente mais lenta(exponencialmente mais lenta) do que os algoritmos recursivos descritos acima; é principalmente de interesse teórico.

Alternativas editar

Outros algoritmos de ortogonalização utilizam a transformação de Householder ou a rotação de Givens. Os algoritmos que utilizam a transformação de Householder são mais estáveis que o processo de Gram–Schmidt estabilizado. Por outro lado, o referido processo produz o  th vetor ortogonalizado baseado na interação  th, enquanto a ortogonalização utilizando a reflexão Householder produz todos os vetores apenas no final. Isso torno o processo de Gram–Schmidt aplicável ao método iterativo assim como a iteração Arnoldi.

Outra alternativa é motivada ainda pelo uso da decomposição de Cholesky para invertendo a matriz das equações normais de mínimos quadrados lineares. Tome-se   a estar num posto coluna cheia de uma matriz, cujas colunas precisam ser ortogonalizadas. A matriz   é uma matriz transposta conjugada e definida positiva, de tal modo que possa ser escrita   utlizando a decomposição de Cholesky. A matriz triangular inferior   com entradas diagonais estritamente positivas é inversa. As colunas da matriz   são ortonormais e abrangem o mesmo subespaço como as colunas da matriz original  . O uso explícito do conteúdo   torna o algoritmo instável, espacialmente se o produto do número de condicionamento for elevado. No entanto, esse algoritmo é utilizado na prática e implementado em alguns pacotes de software por conta de sua alta eficiência e simplicidade.

Em mecânica quântica existem vários esquemas de ortogonalização com características mais adequadas para certas aplicações do que os de Gram-Schmidt. No entanto, o Gram-Schmidt continua a ser um algoritmo popular e eficaz, mesmo para os maiores cálculos de estrutura eletrônica.[2]

Referências

  1. Cheney, Ward; Kincaid, David (2009). Linear Algebra: Theory and Applications. Sudbury, Ma: Jones and Bartlett. pp. 544, 558. ISBN 978-0-7637-5020-6 
  2. Hasegawa, et al., First-principles calculations of electron states of a silicon nanowire with 100,000 atoms on the K computer. 2011

Leituras adicionais editar

Ligações externas editar

Categoria:Álgebra linear Categoria:Análise funcional