Copa do Mundo FIFA de 1958

6ª edição internacional do Campeonato Mundial de Futebol realizado na Suécia

A Copa do Mundo FIFA de 1958 foi a sexta edição da Copa do Mundo FIFA de Futebol, que ocorreu de 10 de junho até 29 de junho de 1958. O evento foi sediado na Suécia, tendo partidas realizadas nas cidades de Borås, Eskilstuna, Estocolmo, Gotemburgo, Halmstad, Helsingborg, Malmö, Norrköping, Örebro, Sandviken, Solna, Uddevalla e Västerås. Dezesseis seleções nacionais foram qualificadas para participar desta edição do campeonato, sendo 12 delas europeias (Suécia, Alemanha Ocidental, Áustria, França, Tchecoslováquia, Hungria, União Soviética, Iugoslávia, Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales) e 4 americanas (Brasil, Argentina, Paraguai e México).

Copa do Mundo de 1958
Världsmästerskapet i Fotboll Sverige 1958 (em sueco)
Suécia 1958

Cartaz promocional da Copa do Mundo Fifa de 1958
Dados
Participantes 16
Organização FIFA
Anfitrião Suécia
Período 829 de junho
Gol(o)s 126
Partidas 35
Média 3,6 gol(o)s por partida
Campeão Brasil (1º título)
Vice-campeão Suécia
3.º colocado França
4.º colocado Alemanha Ocidental
Melhor marcador França Just Fontaine – 13 gols
Melhor ataque (fase inicial) França – 11 gols
Melhor defesa (fase inicial) Brasil – nenhum gol
Maior goleada
(diferença)
Tchecoslováquia 6–1 Argentina
OlympiastadionHelsingborg
15 de junho, Grupo 1
Público 919 580
Média 26 273,7 pessoas por partida
Premiações
Melhor jogador
Brasil Didi
Melhor jogador jovem Brasil Pelé
◄◄ Suíça 1954 1962 Chile ►►

Eliminatórias

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Participantes da Copa do Mundo de 1958

As seleções da Irlanda do Norte, País de Gales e União Soviética faziam sua primeira participação na competição. A Copa desse ano contava com equipes razoavelmente favoritas. A Alemanha Ocidental vinha para a copa com uma seleção quase igual àquela campeã em 1954, porém quatro anos mais velha. A Hungria, que havia brilhado na Copa passada, perdeu grande parte de seus jogadores devido à Revolução Húngara de 1956, vindo com uma equipe mais fraca. A União Soviética era cotada como uma das favoritas pelo fato de ter vencido as Olimpíadas de 1956. No início do ano, a Inglaterra, que tinha uma equipe forte, sofreu uma grande perda com o desastre aéreo de Munique. O marcador mais marcante na Copa foi o jogador francês Just Fontaine, que apenas nessa edição, marcou 13 gols, tornando-se o maior goleador de uma única edição em todas as Copas.

Esta Copa do Mundo viu a inscrição e classificação da União Soviética pela primeira vez, e a classificação de todas as nações constituintes do Reino Unido: Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, com os norte-irlandeses ainda conseguindo a façanha de eliminar a Itália, bicampeã em 1934 e 1938, pela primeira vez na história da competição.

Além das Eliminatórias europeias, o País de Gales, que terminou em segundo atrás da Tchecoslováquia, jogou uma repescagem contra Israel depois que os israelenses venceram seu grupo sem precisar jogar devido às desistências de Turquia, Indonésia e Sudão. A FIFA determinou que nenhuma equipe se classificaria para a Copa sem jogar pelo menos uma partida pois muitos times se classificaram em Copas anteriores só por causa da desistência de outros. Gales venceu a repescagem e se classificou.

Na América do Sul, a surpresa foi a eliminação do Uruguai, bicampeão em 1930 e 1950 e semifinalista em 1954, que foi eliminado pelo Paraguai, após sofrer uma goleada em Assunção por 5–0, com três gols de Amarilla.

Em 8 de fevereiro de 1958, Lennart Hyland e Sven Jerring apresentaram os resultados do sorteio onde as equipes classificadas foram divididas em quatro grupos.

A competição

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Formato

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Quatro grupos de quatro equipes, mas desta vez todos enfrentavam todos pelo menos uma vez, e se houvesse empate em número de pontos para o terceiro colocado, teria um jogo desempate do qual o vencedor seguiria adiante. Se o desempate ficasse empatado, então a regra do saldo de gols dos jogos do grupo seria utilizada para determinar o classificado. Se ainda assim persistisse a igualdade, haveria sorteio. Se os dois primeiros colocados da chave terminassem empatados, o saldo de gols seria utilizado para definir o primeiro e o segundo. Este regulamento não havia sido concluído até o início da competição e continuou sendo debatido no meio do certame.

Favoritos

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Tomando por base o torneio anterior disputado na Suíça em 1954, a campeã Alemanha Ocidental era favorita, mas perdera 7 jogos amistosos em 10 disputados. Embora tivesse renovado a equipe com os novatos Uwe Seeler e Karl-Heinz Schnellinger, a equipe base era praticamente a mesma que havia derrotado a Hungria na final de Berna, contando com seu capitão Fritz Walter, na época com 38 anos, e em fim de carreira.

A Hungria vinha forte desde que fora derrotada na final de 1954, mas a Revolução Húngara, ocorrida em 1956, onde os tanques soviéticos dominaram Budapeste, fizeram com que seus principais jogadores (Ferenc Puskas, Sándor Kocsis e Zoltán Czibor) fugissem do país, e se refugiassem em clubes da Espanha. Com isso, a Hungria iria para a Suécia com uma equipe que perdera seu brilho, e contava com uma mistura de remanescentes de 1954, como Gyula Grosics, László Budai e József Bozsik e novatos não-testados em competições internacionais, como Máté Fenyvesi, Károly Sándor, Ferenc Szojka e Lajos Tichy.

A União Soviética era uma das grandes favoritas, visto que, em 1956 ganhara a medalha de ouro no Torneio de Futebol, nos Jogos Olímpicos de Melbourne, e contara com toda a base que ganhara àquele torneio. Por sediar o torneio, a Suécia era grande favorita, e contava com atletas experientes, que jogavam na Série A italiana, como Nils Liedholm, Agne Simonsson, Gunnar Gren e Kurt Hamrin.

A Inglaterra tinha um bom time, mas veio enfraquecido, pois, seis meses antes do torneio, perdera Duncan Edwards, Tommy Taylor, e Roger Byrne, num desastre de avião em Munique. Os jogadores eram do Manchester United, equipe tricampeã inglesa, e que era a base da seleção nacional. Com isso, tiveram que refazer os planos para o Mundial, convocando jogadores que jogaram em 1950, como o veterano Tom Finney.

Em entrevista ao jornal O Globo em 24 de março de 1958, o técnico Otto Glória deixou suas impressões: "Assisti as exibições de quase todos os selecionados. Muitos estão em condições de chegar às finais. Além do Brasil e da Argentina, aponto como os melhores os húngaros e ingleses, sem esquecer a Irlanda do Norte, que possui um futebol objetivo, e, sobretudo, desconhecido. Os russos não chegarão às semifinais.".[1]Osvaldo Brandão, que antecedeu Vicente Feola no comando do Brasil, expressou otimismo: "Acredito que o Brasil poderá conquistar a Taça do Mundo. Feola tem competência e tempo para realizar melhor trabalho. Tive apenas oito dias para orientar o scratch. Completo, sem medo de errar, afirmo que Feola pode e deve organizar uma seleção, vários furos, superior à minha. A fase de bons jogadores que atravessamos superará as dificuldades". Brandão demonstrou preocupação com a ausência de Júlio Botelho, "ele é soberano na posição" e afirmou torcer para que a Argentina também pudesse contar com Antonio Angelillo, Humberto Maschio e Omar Sívori que "fortaleceria o bloco sul-americano" sendo possível até mesmo uma final entre os dois vizinhos.[2]

Faltando um mês para a competição, em 18 de maio de 1958, as bolsas de apostas inglesas colocavam a União Soviética com boa vantagem como favorita na proporção de 3.5. O Brasil era o segundo favorito pagando 6.0 e a Argentina em terceiro lugar com 7. [3]

Transmissão e cobertura

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Depois do sucesso de transmitir a Copa anterior de 1954, esse torneio também foi televisionado. O que possibilitou a transmissão da copa foi o lançamento do satélite Sputnik III pelos soviéticos, que aconteceu em maio de 1958. A transmissão televisiva do torneio foi para os países europeus. No total, 11 países europeus aderiram ao consórcio liderado pela Sveriges Radio, estatal de Rádio e TV, que detinha os direitos de transmissão.

Para os países não-europeus, ficava a opção de adquirir os kinescópios dos jogos, filmados em 16 mm (ainda não havia surgido o videoteipe, e os kinescópios eram o melhor meio de gravar conteúdo filmado na época). O consórcio providenciava aos interessados os kinescópios de cada partida a preço de custo, acrescido de apenas 1% de margem de lucro, para custear o trabalho das equipes de filmagem para registro dos jogos. No Brasil, a extinta TV Tupi adquiriu os kinescópios, que, anos mais tarde, puderam ser transformados em videoteipe.

Para a cobertura do Mundial, 2000 jornalistas se credenciaram para cobrir o evento. Dos credenciados, 200 eram jornalistas alemães.

 
Seleção Brasileira de Futebol de 1958

Primeira Fase

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 Ver artigo principal: Brasil na Copa do Mundo FIFA de 1958

No Grupo 1 a Alemanha Ocidental ficou em primeiro lugar. A Irlanda do Norte surpreendeu o mundo ao ficar com a segunda vaga após derrotar a Tchecoslováquia no jogo desempate. A Tchecoslováquia aplicou na Argentina uma super goleada por 6 a 1 e os jogadores foram recebidos em Buenos Aires com uma chuva de pedras e moedas.

No Grupo 2 o destaque foi a França. Com craques como Fontaine e Kopa o time goleou o Paraguai por 7 a 3 e venceu a Escócia por 2 a 1. Com um saldo tão bom a derrota para a Iugoslávia na segunda rodada não fez diferença. Os iugoslavos ficaram com a segunda vaga.

No Grupo 3 a Suécia, dona da casa, passeou. Gales ficou em segundo. Assim esta foi a única copa até hoje em que as quatro seleções britânicas participaram juntas (Escócia, Irlanda do Norte, País de Gales e Inglaterra), só a Inglaterra e a Escócia não se classificaram para as Quartas.

No Grupo 4 Brasil, Inglaterra, Áustria e URSS decidiriam 2 vagas. O Brasil estreou bem com 3 a 0 na Áustria. Após o empate em 0 a 0 contra o time da Inglaterra (o 1º da história das copas), houve rumores de que os jogadores se reuniram com o treinador, Vicente Feola, e pediram a entrada de Mané Garrincha e Pelé no time, fato desmentido em diversas entrevistas e na biografia de Garrincha escrita por Ruy Castro. O real motivo foi que a comissão técnica poupou Garrincha do segundo jogo contra a Inglaterra, pois o zagueiro Slater entrava pesado nos adversários, e Pelé estava se tratando de um machucado. Mas o fato é que o Brasil venceu a URSS por 2-0, com dois gols de Vavá e grande atuação de Garrincha contra seu marcador. A URSS ficou com a outra vaga ao vencer a Inglaterra por 1 a 0 no jogo desempate.

Segunda Fase

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Nas Quartas, o Brasil enfrentou a forte defesa do País de Gales. Nesta partida Pelé brilhou. Ele aplicou um drible curtíssimo em seu marcador ("chapéu") e girou de primeira para marcar o único gol do jogo. A França encarou a Irlanda do Norte em partida de grande atuação de Just Fontaine, que marcou dois dos quatro gols da vitória dos Bleus, por 4x0. Helmut Rahn marcou o único gol da partida entre alemães e iugoslavos, colocando os germânicos na semifinal. Os donos da casa bateram os soviéticos por 2x0.

Na semifinal a Suécia continuou sua escalada ao derrotar a Alemanha Ocidental por 3 a 1 num jogo conturbado, onde os megafones do estádio engrossavam o coro da torcida. Provocações aprendidas pelos suecos no futebol italiano fizeram com que o alemão Erich Juskowiak fizesse uma falta violenta e fosse expulso. O capitão alemão Fritz Walter sofreu uma contusão que encerraria sua carreira após uma falta, e como substituições só puderam ser feitas após a Copa de 1970, o time alemão ficou com dois jogadores a menos.

Na outra partida, um grande duelo. A melhor defesa (Brasil) contra o melhor ataque (França). O Brasil faz uma exibição brilhante, com Pelé, Garrincha, Vavá e Didi em um grande dia. Com apenas 1 minuto e meio de jogo o Brasil saiu na frente com gol de Vavá, e grandes atuações do time brasileiro se refletiram no resultado: 5 a 2 Brasil. Segundo Pelé a partida contra a França foi a mais difícil do mundial: " A França era o time que respeitávamos. Não joguei os dois primeiros jogos, o Brasil não foi bem, mas tinha certeza de que, se o Brasil ganhasse da França, seria campeão. Não perderíamos para outra equipe. E o melhor jogo nosso foi com a França. Contra a Suécia, time da casa, não tinha medo. Muita gente acha o jogo com o País de Gales o mais difícil, mas foi difícil porque só se defendiam. Não tivemos perigo. A França era a única que podia nos derrotar".[4]

A França arrasa a Alemanha pelo terceiro lugar em um 6 a 3 histórico com quatro gols de Just Fontaine. Fontaine terminou a Copa com 13 gols e é até hoje o artilheiro com maior número de gols dentro de uma única Copa do Mundo.

 
Vavá e Garrincha no primeiro gol brasileiro na final contra a Suécia. Vavá brilhou na partida, virando o jogo contra a seleção anfitriã e encaminhando a goleada e o primeiro título mundial do Brasil.

A final seria disputada no Estádio Råsunda entre Brasil e Suécia em frente a um público de 50 000 pessoas. O Brasil perde o sorteio e joga de azul, pois ambos os times tinham o uniforme nº 1 em amarelo. "Nós vamos vencer, vamos jogar com a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida" disse o dirigente da delegação brasileira Paulo Machado de Carvalho. Nem o gol sueco que inaugurou o placar aos quatro minutos de jogo abalou a equipe. Didi, o príncipe etíope, certamente uma das peças mais importantes do time brasileiro, pegou a bola e foi calmamente andando com ela debaixo dos braços, lembrando a todos que o Botafogo, base daquela seleção, tinha dado uma goleada na Suécia, de forma que não ia ser a seleção brasileira que ia perder deles. Resultado: Vavá marca gol logo aos nove minutos e vira o jogo ainda no primeiro tempo numa partida excepcional que, mesmo com a derrota sueca por 5 a 2 em casa, foi aplaudida de pé pela torcida anfitriã, ao saudar como campeões do mundo Pelé, Vavá, Garrincha, Zito, Mazzola, Nilton Santos, Didi, Gilmar, Zagallo, entre outros. Assim o Brasil sagrava-se pela primeira vez campeão mundial de futebol.

Locais

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Borås Eskilstuna Gotemburgo Halmstad
Ryavallen Tunavallen Ullevi Örjans Vall
Capacidade: 15.000
Capacidade: 8.000
Capacidade: 52.000
Capacidade: 15.000
       
Helsingborg Malmö
Olympia
Malmö Stadion
Capacidade: 16.000 Capacidade: 26.500
   
Norrköping Örebro
Idrottsparken
Eyravallen
Capacidade: 20.000
Capacidade: 13.000
   
Sandviken Solna Uddevalla Västerås
Jernvallen Estádio Råsunda Rimnersvallen
Arosvallen
Capacidade: 20.000
Diminuido atualmente para 7.000 lugares.
Capacidade: 50.000
Capacidade: 12.000
Capacidade: 10.000
       

Note que algumas partidas trouxeram mais público do que a capacidade alegada dos estádios.

Curiosidades

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  • Os dirigentes do Brasil esqueceram de mandar para a Fifa a numeração dos jogadores para a disputa da competição. A entidade, então, precisou definir a numeração dos brasileiros. Por obra do acaso, o reserva Pelé recebeu a camisa 10 e eternizou o número logo em seguida.
  • A Irlanda do Norte quase não participou da Copa. Tudo porque a religião anglicana proibia atividades físicas aos domingos. Foi necessário que o clero local autorizasse a participação dos jogadores, que assim viajaram para a Suécia com a consciência tranquila.
  • Diversos países favoritos fracassaram nas eliminatórias. Holanda, Espanha, Uruguai e Itália, por exemplo, ficaram pelo caminho.
  • A Copa de 1958 foi a única que teve a presença de todas as seleções do Reino Unido (Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte).[5]
  • O gol número 500 da história das Copas foi marcado pelo escocês Robert Collins, aos 29 min do segundo tempo do jogo entre sua seleção e o Paraguai. A partida terminou com a vitória dos paraguaios por 3 a 2. Apesar da marca histórica, a Escócia foi mal e deixou a Copa em 14º lugar.
  • Após 3min do início do jogo contra a União Soviética, o Brasil vencia por 1 a 0 e já havia chutado duas bolas na trave - ambas após belas jogadas de Garrincha: primeiro, deixou um rival no chão com sua ginga e chutou forte; depois, driblou dois e tocou para Pelé acertar a trave.
  • Após o primeiro empate sem gols da história das Copas, entre Brasil e Inglaterra, na primeira fase, os jogadores ficaram sem saber o que fazer em campo. Alguns acharam que o árbitro iria levar o jogo para a prorrogação.
  • Pelé se tornou o mais jovem jogador a marcar um gol na Copa do Mundo quando balançou a rede na partida contra País de Gales. Ele tinha 17 anos e 239 dias. Pelé também é o mais jovem jogador a ser campeão do mundo.

Brasil Brasil na Copa

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 Ver artigo principal: Brasil na Copa do Mundo de 1958

Sorteio

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O sorteio foi realizado no Cirkus Studio em Solna (Estocolmo) no dia 8 de Fevereiro de 1958.

Não existe uma fonte que diga o critério de distribuição das equipes, porém uma provável forma seria:

Oeste Europeu Leste Europeu Nações Britânicas América Latina

Fase de grupos

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Grupo 1

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Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   Irlanda do Norte* 5 4 2 1 1 6 6 0
2   Alemanha Ocidental 4 3 1 2 0 7 5 +2
3   Tchecoslováquia* 3 4 1 1 2 9 6 +3
4   Argentina 2 3 1 0 2 5 10 –5
8 de junho Alemanha Ocidental   3 – 1   Argentina Malmö, Malmö Stadion
19:00
Rahn   32',   79'
Seeler   40'
Relatório Corbatta   10' Público: 32 000
Árbitro: Leafe (Inglaterra)
8 de junho
19:00
Irlanda do Norte   1 – 0   Tchecoslováquia Halmstad, Örjans Vall
Árbitro: Seipelt (Áustria)
Público: 26000

Cush   16' Relatório

11 de junho
19:00
Argentina   3 – 1   Irlanda do Norte Halmstad, Örjans Vall
Árbitro: Ahlner (Suécia)
Público: 14000

Corbatta   38' (pen)
Menendez   55'
Avio   59'
Relatório McParland   3'
11 de junho
19:00
Alemanha Ocidental   2 – 2   Tchecoslováquia Helsingborg, Olympiastadion
Árbitro: Ellis (Inglaterra)
Público: 25000

Schafer   59'
Rahn   70'
Relatório Dvořák   24' (pen)
Zikán   43'

15 de junho
19:00
Alemanha Ocidental   2 – 2   Irlanda do Norte Malmö, Malmö Stadion
Árbitro: Campos (Portugal)
Público: 35000

Rahn   20'
Seeler   79'
Relatório McParland   17',   58'
 Ver artigo principal: Desastre da Suécia (1958)
15 de junho
19:00
Tchecoslováquia   6 – 1   Argentina Helsingborg, Olympiastadion
Árbitro: Ellis (Inglaterra)
Público: 20000

Dvořák   8'
Zikán   17',   40'
Feureisl   69'
Hovorka   82',   89'
Relatório Corbatta   65' (pen)
Desempate
17 de junho
19:00
Irlanda do Norte   2 – 1 (pro)   Tchecoslováquia Malmö, Malmö Stadion
Árbitro: Guigue (França)
Público: 26000

McParland   44',   91' Relatório Zikán   19'

Grupo 2

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Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   França 4 3 2 0 1 11 7 +4
2   Iugoslávia 4 3 1 2 0 7 6 +1
3   Paraguai 3 3 1 1 1 9 12 –3
4   Escócia 1 3 0 1 2 4 6 –2
8 de junho
19:00
França   7 – 3   Paraguai Norrköping, Idrottsparken
Árbitro: Gardeazabal (Espanha)
Público: 16500

Fontaine   25',   30',   67'
Piantoni   52'
Wisniewski   61'
Kopa   70'
Vincent   83'
Relatório Amarilla   20',   44' (pen)
Romero   50'
8 de junho
19:00
Iugoslávia   1 – 1   Escócia Västerås, Arosvallen
Árbitro: Wyssling (Suíça)
Público: 9500

Petaković   13' Relatório Murray   48'

11 de junho
19:00
Iugoslávia   3 – 2   França Västerås, Arosvallen
Árbitro: Griffiths (País de Gales)
Público: 12000

Petaković   16'
Veselinović   65',   87'
Relatório Fontaine   5',   85'
11 de junho
19:00
Paraguai   3 – 2   Escócia Norrköping, Idrottsparken
Árbitro: Orlandini (Itália)
Público: 12000

Aguero   4'
  44'
Parodi   74'
Relatório Mudie   23' (pen)
Collins   76'

15 de junho
19:00
França   2 – 1   Escócia Örebro, Eyravallen
Árbitro: Brozzi (Argentina)
Público: 13500

Kopa   22'
Fontaine   45'
Relatório Baird   66'
15 de junho
19:00
Paraguai   3 – 3   Iugoslávia Eskilstuna, Tunavallen
Árbitro: Macko (Tchecoslováquia)
Público: 12000

Parodi   21'
Agüero   49'
Romero   90'
Relatório Ognjanovic   12'
Veselinović   29'
Rajkov   74'

Grupo 3

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Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   Suécia 5 3 2 1 0 5 1 +4
2   País de Gales 5 4 1 3 0 4 3 +1
3   Hungria 3 4 1 1 2 7 5 +2
4   México 1 3 0 1 2 1 8 –7
8 de junho Suécia   3 – 0   México Estádio Råsunda, Estocolmo
14:00
Simonsson   17',   64'
Liedholm   58' (pen)
Relatório Público: 34 107
Árbitro:  URS Nikolaj Latychev
8 de junho
19:00
Hungria   1 – 1   País de Gales Sandviken, Järnvallen
Árbitro: Codesal (Uruguai)
Público: 20000

Bozsik   4' Relatório J. Charles   26'

11 de junho
19:00
  México 1 – 1   País de Gales Estocolmo, Estádio Råsunda
Árbitro: Lemesic (Iugoslávia)
Público: 25000

Belmonte   69' Relatório I. Allchurch   32'
12 de junho
19:00
Suécia   2 – 1   Hungria Estocolmo, Estádio Råsunda
Árbitro: Mowat (Escócia)
Público: 40000

Hamrin   34',   55' Relatório Tichy   78'

15 de junho
14:00
Suécia   0 – 0   País de Gales Estocolmo, Estádio Råsunda
Árbitro: Van Nuffel (Bélgica)
Público: 35000

Relatório
15 de junho
19:00
Hungria   4 – 0   México Sandviken, Järnvallen
Árbitro: Eriksson (Finlândia)
Público: 13300

Tichy   19',   46'
Sándor   54'
Bencsis   69'
Relatório
Desempate
17 de junho
19:00
País de Gales   2 – 1   Hungria Estocolmo, Estádio Råsunda
Árbitro: Latychev (União Soviética)
Público: 20000

I. Allchurch   55'
Medwin   76'
Relatório Tichy   33'

Grupo 4

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Pos. Seleção Pts J V E D GP GC SG
1   Brasil 5 3 2 1 0 5 0 +5
2   União Soviética 5 4 2 1 1 5 4 +1
3   Inglaterra 3 4 0 3 1 4 5 –1
4   Áustria 1 3 0 1 2 2 7 –5
8 de junho Brasil   3 – 0   Áustria Rimnersvallen, Uddevalla
19:00
Mazzola   38',   89'
Nílton Santos   49'
Relatório Público: 17 788
Árbitro:  FRA Maurice Guigue
8 de junho União Soviética   2 – 2   Inglaterra Nya Ullevi, Gotemburgo
19:00
Simonyan   13'
A. Ivanov   55'
Relatório Kevan   66'
Finney   85' (pen)
Público: 49 348
Árbitro:  HUN István Zsolt

11 de junho Brasil   0 – 0   Inglaterra Nya Ullevi, Gotemburgo
19:00
Relatório Público: 40 895
Árbitro:  GER Albert Dusch
11 de junho União Soviética   2 – 0   Áustria Rimnersvallen, Uddevalla
19:00
Ilyin   15'
V. Ivanov   63'
Relatório Público: 21 239
Árbitro:  DEN Carl Frederik Jørgensen

15 de junho
19:00
Inglaterra   2 – 2   Áustria Borås, Ryavallen
Árbitro: Bronkhorst (Países Baixos)
Público: 16800

Haynes   56'
Kevan   74'
Relatório Koller   15'
Körner   71'
15 de junho Brasil   2 – 0   União Soviética Nya Ullevi, Gotemburgo
19:00
Vavá   3',   77' Relatório Público: 50 928
Árbitro:  FRA Maurice Guigue
Desempate
17 de junho
19:00
União Soviética   1 – 0   Inglaterra Gotemburgo, Estádio Ullevi
Árbitro: Dusch (Alemanha Ocidental)
Público: 23180

Ilyin   68' Relatório

Fase final

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Quartas de final Semifinais Final
                   
19 de junho – Gotemburgo        
   Brasil  1
24 de junho – Estocolmo
   País de Gales  0  
   Brasil  5
19 de junho – Norrköping
     França  2  
   França  4
29 de junho – Estocolmo
   Irlanda do Norte  0  
   Brasil  5
19 de junho – Estocolmo
     Suécia  2
   Suécia  2
24 de junho – Gotemburgo
   União Soviética  0  
   Suécia  3 Terceiro Lugar
19 de junho – Malmö
     Alemanha Ocidental  1  
   Alemanha Ocidental  1    França  6
   Iugoslávia  0      Alemanha Ocidental  3
28 de junho – Gotemburgo

Quartas de Finais

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19 de junho
19:00
França   4 – 0   Irlanda do Norte Norrköping, Idrottsparken
Árbitro: Gardeazabal (Espanha)
Público: 12000

Wisnieski   22'
Fontaine   55',   63'
Piantoni   68'
Relatório

19 de junho
19:00
Suécia   2 – 0   União Soviética Estocolmo, Estádio Råsunda
Árbitro: Leafe (Inglaterra)
Público: 45000

Hamrin   49'
Simonsson   88'
Relatório

19 de junho
19:00
Brasil   1 – 0   País de Gales Gotemburgo, Estádio Ullevi
Árbitro: Seipelt (Áustria)
Público: 25000

Pelé   66' Relatório

19 de junho
19:00
  Alemanha Ocidental 1 – 0   Iugoslávia Malmö, Malmö Stadion
Árbitro: Wyssling (Suíça)
Público: 20000

Rahn   12' Relatório

Semifinais

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24 de junho Brasil   5 – 2   França Estádio Råsunda, Suécia
19:00
Vavá   2'
Didi   39'
Pelé   52',   64',   75'
Relatório Fontaine   9'
Piantoni   83'
Público: 27 100
Árbitro:  WAL Benjamin Griffiths

24 de junho
19:00
Suécia   3 – 1   Alemanha Ocidental Gotemburgo, Estádio Ullevi
Árbitro: Zsolt (Hungria)
Público: 50000

Skoglund   32'
Gren   81'
Hamrin   88'
Relatório Schäfer   24'

Disputa pelo 3º lugar

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28 de junho
17:00
França   6 – 3   Alemanha Ocidental Gotemburgo, Estádio Ullevi
Árbitro: Brozzi (Argentina)
Público: 25000

Fontaine   16',   36',   78',   89'
Kopa   27' (pen)
Douis   50'
Relatório Cieslarczyk   18'
Rahn   52'
Schäfer   84'
 Ver artigo principal: Final da Copa do Mundo FIFA de 1958
29 de junho Brasil   5 – 2   Suécia Estádio Råsunda, Suécia
15:00
Vavá   9',   32'
Pelé   55',   90'
Zagallo   68'
Relatório Liedholm   4'
Simonsson   80'
Público: 49 737
Árbitro:  FRA Maurice Guigue
Brasil
Suécia
 
Pelé, na final da Copa, driblando três jogadores suecos.
 
A Seleção Sueca vice-campeã. Em pé, da direita para a esquerda, estão Skoglund, Gren, Simonsson, Gustavsson e Liedholm. Agachados, Hamrin, Börjesson, Bergmark, Kalle Svensson, Axbom, Parling e um preparador físico.
 
Jogadores da Seleção Brasileira comemoram o primeiro título mundial.

Premiação

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Copa do Mundo FIFA de 1958
 
BRASIL
Campeão
(1º título)

[6]

Seleção do Campeonato

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Goleiros Defensores Meias Atacantes

  Harry Gregg

  Nílton Santos
  Bellini
  Djalma Santos

  Danny Blanchflower
  Didi
  Gunnar Gren
  Raymond Kopa

  Just Fontaine
  Pelé
  Garrincha

Prêmios Individuais

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Chuteira de Ouro Chuteira de Prata Chuteira de Bronze
 FRA Just Fontaine  BRA Pelé  GER Helmut Rahn
Bola de Ouro Luva de Ouro Melhor jogador jovem
 BRA Didi[8]  NIR Harry Gregg  BRA Pelé

Artilharia

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13 gols (1)
6 gols (2)
5 gols (2)
4 gols (5)
3 gols (3)
2 gols (15)
1 gol (32)

Classificação final

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A classificação final é determinada através da fase em que a seleção alcançou e a sua pontuação, levando em conta os critérios de desempate.

Pos. Seleção Gr Pts J V E D GP GC SG
Final
1   Brasil 4 11 6 5 1 0 16 4 +12
2   Suécia 3 9 6 4 1 1 12 7 +5
Disputa do 3º lugar
3   França 2 8 6 4 0 2 23 15 +8
4   Alemanha Ocidental 1 6 6 2 2 2 12 14 –2
Eliminados nas quartas de final
5   País de Gales 3 5 5 1 3 1 4 4 0
6   União Soviética 4 5 5 2 1 2 5 6 –1
7   Irlanda do Norte 1 5 5 2 1 2 6 10 –4
8   Iugoslávia 2 4 4 1 2 1 7 7 0
Eliminados na fase de grupos
9   Tchecoslováquia 1 3 4 1 1 2 9 6 +3
10   Hungria 3 3 4 1 1 2 7 5 +2
11   Inglaterra 4 3 4 0 3 1 4 5 –1
12   Paraguai 2 3 3 1 1 1 9 12 –3
13   Argentina 1 2 3 1 0 2 5 10 –5
14   Escócia 2 1 3 0 1 2 4 6 –2
15   Áustria 4 1 3 0 1 2 2 7 –5
16   México 3 1 3 0 1 2 1 8 –7

Grupos

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Grupo 1

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Grupo 2

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Grupo 3

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Grupo 4

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Referências

  1. «O otimismo derrotou a seleção de 1950». O Globo. 24 de março de 1958. p. 16. Consultado em 5 de agosto de 2019 
  2. «Colaborem com o Feola». O Globo. 12 de março de 1958. p. 11. Consultado em 5 de agosto de 2019 
  3. «Subiu a cotação do Brasil no mundial». Jornal dos Sports. 18 de maio de 1958. p. 12. Consultado em 5 de agosto de 2019 
  4. «Nasce um rei». Folha. Consultado em 5 de agosto de 2019 
  5. Curiosidades da copa de 1958
  6. RIBEIRO, Péris (1993). Didi, o gênio da "folha seca". Rio de Janeiro: Imago. ISBN 85-312-0321-X 
  7. «FIFA World Cup All-Star Team – Football world Cup All Star Team». Sporting99.com. Consultado em 28 de junho de 2012. Arquivado do original em 30 de junho de 2016 
  8. «World Cup Best Players (Golden Ball)». Topend Sports. Consultado em 23 de junho de 2018 

Ligações externas

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