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Mapa econômico do Paraná com todos os produtos agrícolas.

A agricultura no Paraná é, historicamente, uma das principais atividades econômicas desse estado brasileiro. Os mais importantes produtos da agricultura paranaense são o trigo, o milho e a soja, riquezas das quais foram obtidos recordes de safra, competindo com os demais estados. O cultivo da soja é o mais novo dos três e foi expandido tanto no norte como no oeste do estado, e depois no sul. A cafeicultura, que é uma das principais atividades agrícolas do estado, caso não desfrute da mesma grandiosidade de antigamente (o Paraná, sozinho, já chegou a produzir 60% do café de todo o mundo), ainda faz com que o Paraná continue sendo um dos maiores produtores da federação brasileira. As plantações mais densas de café revestem a área a oeste de Apucarana. Em segundo lugar, o café é produzido nos terrenos da área zoneada de Bandeirantes, Santa Amélia e Jacarezinho.[1][2]

Celeiro agrícola, cooperativismo e café editar

Em território paranaense, a zona de produção atinge altos índices produtivos e, em sua estrutura fundiária, são predominantes as diminutas fazendas. Seus solos são férteis e sua topografia é conhecida por ser propícia, e isso tornou o Paraná, em algumas dezenas de anos, numa das principais unidades federativas do Brasil em que a agricultura produz muitas frutas, verduras e legumes. O Paraná, denominado de “Celeiro Agrícola”, deu a sua colaboração com mais de um quarto de alimentos e de matéria-prima produzidos no Brasil para a atividade agroindustrial.[3]

 
Grãos de café tostado (natural).

As atividades que as cooperativas agrícolas desenvolvem, são fatores principais para as do setor primário no Paraná. As cooperativas, no Paraná, impulsionaram mais na década de 1960, tendo exercido importância cada vez maior da função nas atividades rurais consolidadas.[3]

Plantam, colhem, armazenam, criam animais, exportam produtos e implantam a agroindústria rural. Ainda, por intermédio de um cooperativismo que atua, elas oferecem assistência técnica e orientam para educar e melhorar a saúde de seus associados.[3]

O café é um dos principais produtos da agricultura no Paraná. É vendido em outros países, e isso dá muito lucro, o que acontece de importante para a economia do Brasil. A cafeicultura requer clima cálido, permeabilidade e profundidade do solo, e seu grande inimigo é a geada.[3]

As mais importantes microrregiões que produzem café são as de Umuarama, de Paranavaí, de Cornélio Procópio, de Ivaiporã, de Campo Mourão, de Jacarezinho, de Londrina e de Ibaiti.[1]

Cereais e leguminosas editar

 
Plantação de milho em Palotina.

O termo “cereais” é a denominação dada a certos vegetais cujas sementes (grãos) podem ser diminuídas à farinha para a nutrição. Os mais importantes cereais plantados no Paraná são: milho, arroz e trigo.[3]

 
As três principais formas comuns de arroz consumido, Arroz Integral, Arroz Vermelho, tailandês Arroz Branco e Preto arroz selvagem.

O milho é uma gramínea de origem sul-americana porque, durante o descobrimento do Novo Mundo por Cristóvão Colombo, já era plantado pelos indígenas. O milho plantado mostra uma grande quantidade de benefícios em cima do trigo: requer pouco solo e pouco clima, oferece os mais diversos produtos e alimenta, ademais, o homem, também sustém os animais.[3] No Paraná, as microrregiões que mais produzem milho são as de Toledo, de Francisco Beltrão, de Cascavel, de Guarapuava, de Pato Branco, de Ponta Grossa, de Foz do Iguaçu e de Capanema.[2]

O arroz é, hoje, o cereal mais consumido no mundo inteiro. Plantado no país inteiro, o que transforma o Brasil numa nação que produz muito arroz no mundo.[3] No Paraná, esta cultura é desenvolvida com maior quantidade de arroz de sequeiro.[3] As principais microrregiões que mais produzem arroz são as de Guarapuava, Cornélio Procópio, Francisco Beltrão, Paranavaí, Campo Mourão, Ponta Grossa, Jacarezinho e Wenceslau Braz.[2]

 
Plantação de trigo em Guarapuava.

O trigo, que é um cereal que exige solo e clima, achou, no Paraná, condições ambientais que favorecem o seu plantio.[3] As microrregiões que mais produzem trigo são as de Toledo, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Goioerê, Cascavel, Ponta Grossa, Londrina e Porecatu.[2] Ainda existem na família das gramíneas demais cereais que são o centeio, a cevada e a aveia. Estas três culturas não requerem solos e são plantados após o trigo ser colhido.[3] As microrregiões que mais produzem centeio, cevada e aveia são as de Guarapuava, Campo Mourão, Apucarana, Cascavel, Prudentópolis, Palmas, Irati e Ponta Grossa.[2] O sorgo é outro cereal difundido na agricultura do Paraná, sendo uma valiosa planta forrageira.[3]

 
Plantação de soja em Guarapuava.

As leguminosas abrangem as plantas que fazem nascer frutos no formato de vagens, onde são encontradas as sementes. As principais leguminosas são o feijão e a soja.[3]

O feijão é um vegetal de plantio simples e acelerado. Ambas as safras anuais são produzidas pelo Brasil: a das águas, cuja época de colheita é entre dezembro e janeiro; a das secas, cuja época de safra é entre março e abril.[3] As microrregiões que mais produzem feijão são as de Francisco Beltrão, Irati, Prudentópolis, Wenceslau Braz, Ponta Grossa, Ivaiporã, Telêmaco Borba e União da Vitória.[2]

A soja, planta de origem asiática (feijão-chinês), foi adaptada com facilidade ao clima subtropical no Brasil. Vegetal dos mais plantados, se expandiu porque é bastante procurado em outros países. No mercado interno a soja é aceita principalmente como matéria-prima na indústria de óleos alimentícios.[3] Os municípios que mais produzem soja são encontrados nas microrregiões de Toledo, Campo Mourão, Cascavel, Goioerê, Guarapuava, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa e Londrina.[2] O tremoço, que é uma leguminosa difundida em território paranaense, oferece grãos próprios para a alimentação após o seu devido tratamento.[3]

Plantas industriais editar

Integram esse grupo, os vegetais plantados de modo a oferecer matéria-prima para a atividade fabril. São eles: algodão, amendoim, rami, mamona, cana-de-açúcar e fumo.[3]

 
Planta de algodão.

O algodão é uma riqueza principal na agricultura do Paraná. O algodão oferece fibras para fabricar tecidos e sementes para produzir óleo e ração animal.[3] Merecem destaque, como produtores de algodão, as microrregiões de Goioerê, Toledo, Umuarama, Cornélio Procópio, Campo Mourão, Ivaiporã, Astorga e Cascavel.[2]

 
Boehmeria nivea.

As condições mais favoráveis de cultivo de amendoim encontram-se na região do arenito Caiuá.[3] O amendoim é uma planta oleaginosa industrialmente valiosa. As microrregiões que mais produzem amendoim são as de Toledo, Umuarama, Cianorte, Francisco Beltrão, Campo Mourão, Pato Branco, Cascavel e Astorga.[2]

O rami é um vegetal têxtil, ou seja, próprio para a produção de roupas, e planta herbácea de origem asiática. Ela foi difundida no Brasil, no começo do século XX. O rami é adaptado a toda categoria de terreno e aos climas tropical e subtropical. O rami oferece fibra valiosa, devido ao aspecto que tem de ser mesclado com facilidade entre o algodão, a seda, a e o linho. Uraí, no Norte Pioneiro, foi primeiro município a plantar rami no Paraná. A plantação cresceu porque a indústria têxtil em São Paulo estava interessada no rami e também devido à destruição dos cafezais do Norte do Paraná pelas geadas.[3] As microrregiões que mais produzem rami são as de Londrina, Assaí, Campo Mourão, Cornélio Procópio, Goioerê, Faxinal, Floraí e Porecatu.[2]

 
Canavial em Rolândia.

Das sementes da mamona é extraído o óleo de rícino, bastante usado na atividade industrial. O óleo de mamona constitui lubrificante de qualidade superior, congela menos; por esse motivo é utilizado em meios de transporte como aviões a jato e foguetes.[3] As microrregiões que mais produzem mamona são Ivaiporã, Umuarama, Pitanga, Goioerê, Cianorte, Faxinal, Campo Mourão e Toledo.[2]

 
Nicotiana tabacum.

A cana-de-açúcar, essa gramínea, de origem hindu, é a primeira lavoura da história do Brasil. A cana-de-açúcar oferece matéria-prima para a industrialização do açúcar, o álcool, a rapadura e demais produtos também.[3] No Paraná, as microrregiões que mais produzem cana-de-açúcar são as de Astorga, Jacarezinho, Cianorte, Cornélio Procópio, Porecatu, Paranavaí, Campo Mourão e Ivaiporã.[2]

As folhas do fumo ou tabaco, devido ao seu preparo, são usadas para a satisfação das necessidades de matéria-prima dos que fabricam cigarros.[3] As microrregiões que mais produzem fumo são as de Prudentópolis, Irati, Rio Negro, São Mateus do Sul, União da Vitória, Capanema, Foz do Iguaçu e Francisco Beltrão.[2]

Podem ser citadas ainda, como plantas industriais: girassol, giesta, hortelã, estévia, canola e acerola. Das sementes do helianto, é extraído um óleo de qualidade superior para culinária, geralmente conhecido como de girassol. Sudoeste e oeste do Paraná são as regiões que mais plantam girassol. A casca dos colmos da giesta oferecem uma fibra dura, usada para fabricar vassouras e cordoalhas. Este vegetal é plantado no Norte do Paraná. A menta, um aroma usado para fornecer sabor aos doces, pasta dental, remédios e demais produtos fabricados, é produzida pela hortelã. O seu plantio é encontrado especialmente no decorrer do vale do rio Ivaí. A estévia, uma planta originária da América do Sul, medra no Norte e oeste do estado. É extraído de suas folhas um adoçante que é trezentas vezes mais adocicado em relação ao açúcar de cana. A canola é uma planta difundida, em tempos recentes no Norte do Paraná. É fabricado de seus grãos um óleo altamente valioso para a alimentação. O plantio da acerola está se espalhando por uma grande diversidade de lugares do Estado. Seus frutos oferecem elevada quantidade de vitaminas.[3]

Tubérculos, raízes, frutas e plantas de horta editar

 
Solanum tuberosum
 
Manihot esculenta

Os tubérculos oferecem massas alimentícias feitas de fécula que vêm do subsolo com seus pés e raízes. No Paraná merecem destaque, por serem valiosos na agricultura: a batata e a mandioca.[3]

A batata, um vegetal de origem sul-americana, sabido e plantado pelos incas, exige terreno suave, aprofundado e pode ser mais livre.[3] As microrregiões que mais produzem batata são as de Curitiba, Lapa, Guarapuava, Rio Negro, Ponta Grossa, São Mateus do Sul, Prudentópolis e Irati.[2]

A mandioca, da mesma forma, é um vegetal de origem sul-americana. Na América do Sul, possivelmente encontra-se também em estado selvagem. Os indígenas foram os mais antigos povos que plantaram a mandioca como alimento e para fazer bebidas que estimulam a mente e o corpo. Há ambas as variedades de mandioca: a mansa (aipim) e a brava. Esta última é inadequada para a nutrição em seu estado natural, porque possui veneno. No entanto, com o devido preparo, oferece a farinha de mandioca.[3] As microrregiões que mais produzem mandioca são as de Toledo, Paranavaí, Cianorte, Francisco Beltrão, Cascavel, Campo Mourão, Foz do Iguaçu e Capanema.[2]

 
Pedaços de laranja.

A fruticultura é uma atividade principal da agricultura. Diversas frutas, especialmente as tropicais, são produzidas pelo Brasil, devido ao clima quente. O Paraná produz mais laranja, banana, maçã, pêssego e uva.[3]

Quanto à laranjeira, nos municípios de Cerro Azul, conhecido pelo apelido de “Capital da Laranja”, e Paranavaí, merecem destaque no Paraná, como as municipalidades que mais produzem frutos da referida planta.[3] As microrregiões que mais produzem laranjas são as de Cerro Azul, Paranavaí, Francisco Beltrão, Capanema, Pato Branco, Cornélio Procópio, Foz do Iguaçu e Toledo.[1]

Os municípios que mais produzem banana, vegetal que só cresce com o calor, são Morretes e Guaratuba.[1] As microrregiões que mais produzem banana são Paranaguá, Francisco Beltrão, Capanema, Cerro Azul, Wenceslau Braz, Toledo, Cornélio Procópio e Ivaiporã.[1]

 
Maçã vermelha.

A maçã é desenvolvida em clima ameno. Seu plantio tem crescido há pouco, com as técnicas produtivas melhoradas.[3] Sobressaem as microrregiões de Guarapuava, Palmas, Lapa, Jaguariaíva, Rio Negro, Londrina, Ponta Grossa e Curitiba.[1]

Os maiores municípios produtores de pêssego localizam-se na parte meridional da Região Metropolitana de Curitiba (Araucária, Contenda e São José dos Pinhais).[1] As microrregiões que mais produzem pêssego são as de Curitiba, Francisco Beltrão, Irati, Lapa, Guarapuava, Rio Negro, Londrina e Pato Branco.[1]

 
Cultivo da cebola em Mauá da Serra.

Com novas espécies introduzidas e aprimoradas, o plantio da uva vem sendo desenvolvido recentemente em terras do PR.[3] Londrina é o município que mais produz uvas das variedades “moscatel” e “Itália”.[1] A uva é mais produzida nas microrregiões de Maringá, Londrina, Assaí, Curitiba, Apucarana, Francisco Beltrão, Capanema e Cornélio Procópio.[1] Demais frutas plantadas no PR são: abacate, abacaxi, ameixa, caqui, figo, limão, mamão, melancia, melão, nectarina, pera e tangerina.[3]

Ademais dos estudos sobre a produção de culturas, legumes e plantas parecidas são produzidas pelo Paraná.[2] Destacam-se por serem economicamente valiosos: a cebola, o alho e o tomate.[3]

As microrregiões que mais produzem cebola são as de Curitiba, Prudentópolis, Irati, Ponta Grossa, Rio Negro, Wenceslau Braz e Jaguariaíva.[2] As microrregiões que mais produzem alho são as de Wenceslau Braz, Jaguariaíva, Maringá, Assaí, Toledo, Curitiba, Ivaiporã e Apucarana.[2] Já, as microrregiões que mais produzem tomate são as de: Curitiba, Wenceslau Braz, Apucarana, Londrina, Assaí, Paranaguá, Cerro Azul e Porecatu.[2]

Ver também editar

Notas

Referências

  1. a b c d e f g h i j «Área destinada à colheita, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura permanente». Produção Agrícola Municipal. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Consultado em 11 de Fevereiro de 2014 
  2. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s «Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária». Produção Agrícola Municipal. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2012. Consultado em 11 de Fevereiro de 2014 
  3. a b c d e f g h i j k l m n o p q r s t u v w x y z aa ab ac ad ae af Wons 1994, pp. 144-153.


Bibliografia editar

  • Wons, Iaroslaw (1994). Geografia do Paraná. Curitiba: Ensino Renovado. 185 páginas 

Ligações externas editar

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