A25 (autoestrada)
Nome: Autoestrada das Beiras Litoral e Alta | ||
Traçado actual: Aveiro - Vilar Formoso (N 332) | ||
Traçado previsto: Aveiro - Vilar Formoso (Fronteira Portugal-Espanha) | ||
Tráfego médio diário: 10 694[1] | Ano: 2017 (Dez.) | |
| ||
Cruza com: | Concessionário: | Regime: |
A 1 , A 17 , A 23 , A 24 , A 29 , A 35 *, IP 2 , IP 3 , N 1, N 16, N 17, N 102, N 109, N 228, N 231, N 234, N 235, N 324, N 328, N 332, N 333 |
Ascendi | Portagens / Gratuito |

A A 25 - Autoestrada das Beiras Litoral e Alta é oficialmente uma autoestrada portuguesa. Atravessa variadas paisagens portuguesas, desde as praias e planícies da Beira Litoral ao agreste planalto beirão e a Espanha, por terrenos dos distritos de Aveiro, Viseu e Guarda. De acordo com o Plano Rodoviário Nacional de 2000, toda a sua extensão corresponde ao Itinerário Principal nº5 ( IP 5 ). Os primeiros troços construídos desta rodovia e os troços projetados quando foi lançada (em 2001), não eram considerados uma autoestrada, mas sim uma via rápida com perfil transversal de autoestrada (similar ao IC19 ou IC32); deste modo, esta estrada estava numerada como IP5 nos troços que na altura já existiam e estava previsto que assim viesse a ser numerada no resto do seu percurso. Contudo, em meados da década de 2000 o IP5 foi reclassificado como autoestrada, recebendo então a numeração A25. Os troços mais recentes abriram já sinalizados como A25.
É uma das principais autoestradas de Portugal, sendo a principal porta rodoviária do país para o resto da Europa. Por ela circulam diariamente milhares de veículos ligeiros e pesados com destino ao estrangeiro. Resulta da duplicação do traçado original do IP5, construído entre 1983 e 1989 pela Junta Autónoma das Estradas, em quase todo o seu percurso, à excepção dos troços Vouzela-Prime, Chãs de Tavares-Fornos de Algodres e Açores-Alvendre, onde foi construída de raiz pela Ascendi em formato de autoestrada, mantendo-se o traçado original do IP5 como alternativa. Entre o nó das autoestradas A24/A25 e o nó do Caçador aproveitou a antiga variante à Estrada Nacional nº2, também construída pela Junta Autónoma das Estradas, que ligava o IP3 ao IP5. Para assegurar a continuidade entre a antiga variante à EN2 e a A25, foi reformulado o nó do Caçador, dando origem a uma polémica e perigosa curva com raio de 180º conhecida como "Bossa do Camelo", num troço onde, apesar de hoje ser taxado com portagens, a velocidade é limitada a 80 km/h e controlada por radar.
Foi concluida em 2006, após anos de reivindicações por parte das entidades locais e associações de transportadores rodoviários. Veio substituir o perfil original 2+1 do IP 5 , uma estrada bastante perigosa e congestionada - sendo até conhecida por «estrada da morte» - tendo sido em grande parte construída sobre a antiga estrada, o que provocou com que a A 25 seja uma das mais sinuosas autoestradas de Portugal, contudo, o objetivo de reduzir a elevada sinistralidade da antiga IP5 foi conseguido.
A maioria das estações de serviço transitou do antigo IP 5 , por estas se encontrarem junto ao traçado duplicado.
As áreas de Aveiro, de Vouzela e de Viseu são as excepções, tendo sido construídas de raíz aquando da transformação em autoestrada. No entanto, as restantes áreas de serviço mantiveram-se inalteradas, com más condições e fracos serviços que contrastam com a importância desta auto-estrada no panorama nacional.
É concessionada atualmente pela Ascendi (antiga Aenor), estando integrada nas Concessões Rodoviárias da Costa de Prata (de Aveiro até Albergaria) e das Beiras Litoral e Alta (de Albergaria até Vilar Formoso). É atualmente uma auto-estrada com portagem electrónica, desde 8 de dezembro de 2011.
O IP 5Editar
A A 25 , também conhecida pelo Itinerário Principal do qual faz parte integrante em toda a sua extensão, o IP 5 , foi construída inicialmente entre o nó da A1, em Albergaria e a Praia da Barra. Mais tarde, devido aos graves problemas de sinistralidade rodoviária e deficiências na construção, foi prolongada até Vilar Formoso. O IP5 chegou também a ser considerada a estrada mais perigosa de Portugal e a 3ª a nível mundial.
Década de 2000: a redução da sinistralidadeEditar
Além de ter diminuido os tempos de viagem entre Aveiro e Vilar Formoso, tendo para isso, por exemplo, a sua construção optado por alguns troços feitos de raíz (em vez de seguir o traçado do antigo IP 5 ) descongestionando o tráfego através de mais vias de trânsito (algumas zonas desta auto-estrada têm cinco vias de trânsito nos dois sentidos), a A 25 diminuiu os antigos números da sinistralidade rodoviária.
Sentiram-se grandes melhorias nos números da sinistralidade rodoviária:
[2] Tipos de Sinistralidade | IP5 (jan. de 2000 - dez. de 2000) |
A25 (out. de 2006 - set. de 2007) |
Variação |
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Acidentes com vítimas | 134 | 92 | –31% |
Vítimas mortais | 17 | 4 | –76% |
No entanto, em agosto de 2010, a A25 foi testemunha de um grande acidente em cadeia, em Talhadas, o qual provocou a morte de 6 pessoas e mais de 70 feridos.
PercursoEditar
O percurso desta auto-estrada é:
- Barra (Gafanha da Nazaré - Ílhavo)
- Aveiro/ A 17
- Albergaria-a-Velha / A 29
- Albergaria-a-Velha / A 1
- Viseu / A 24
- Guarda / A 23
- Vilar Formoso(Almeida) / Espanha.
Estado dos TroçosEditar
Troço | Estado | Extensão |
---|---|---|
Barra (Ílhavo) – (nó de Albergaria) ( A 1 ) | Em serviço (09/1991) com formato de via rápida com 2 faixas ( IP 5 ) Reclassificado (década de 2000) para A 25 |
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Albergaria-a-Velha ( A 1 ) – Albergaria-a-Velha (IC2) | Em serviço (09/1991) com formato de via rápida com 1 faixa ( IP 5 ) Duplicado (2001) para formato de via rápida com 2 faixas ( IP 5 ) Reclassificado (década de 2000) para A 25 |
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Albergaria-a-Velha - Talhadas | Em serviço (1987) com formato via rápida com 1 faixa ( IP 5 ) Duplicado (12/10/2005) para formato de autoestrada ( A 25 ) |
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Talhadas - Vouzela | Em serviço (década de 1980) como via rápida ( IP 5 ) Duplicado (12/10/2005) para formato de auto-estrada ( A 25 ) |
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Vouzela - Boa Aldeia (Viseu) | Em serviço (12/10/2005) | |
Boa Aldeia - Viseu ( A 24 / IP 3 ) | Em serviço (30/09/2006) | |
Viseu ( A 24 / IP 3 ) - Prime | Em serviço (11/05/2001) como via rápida com 2 faixas ( IP 3 ) Reclassificado (30/09/2006) para A 25 |
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Prime - Mangualde | Em serviço (09/1983) como via rápida ( IP 5 ) Duplicado (30/09/2006) para formato de auto-estrada ( A 25 ) |
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Mangualde - Chãs de Tavares | Em serviço (09/1988) como via rápida ( IP 5 ) Duplicado (15/07/2006) para formato de auto-estrada ( A 25 ) |
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Chãs de Tavares - Fornos de Algodres | Em serviço (década de 1980) como via rápida ( IP 5 )
Duplicado (15/07/2006) para formato de autoestrada ( A 25 ) |
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Fornos de Algodres - Celorico da Beira | Em serviço (década de 1980) como via rápida ( IP 5 ) Duplicado (15/07/2006) para formato de auto-estrada ( A 25 ) |
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Celorico da Beira - Açores | Em serviço (10/1989) como via rápida ( IP 5 ) Duplicado (15/07/2006) para formato de auto-estrada ( A 25 ) |
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Açores - Alvendre | Em serviço (15/07/2006) | |
Alvendre - Guarda | Em serviço (10/1989) como via rápida ( IP 5 ) Duplicado (15/07/2006) para formato de auto-estrada ( A 25 ) |
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Guarda - Vilar Formoso | Em serviço (12/1987) como via rápida ( IP 5 ) Duplicado (11/2003) para formato de auto-estrada ( A 25 ) |
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Vilar Formoso - Fuentes de Oñoro (fronteira espanhola) | Obras iniciadas em Maio 2019 Abertura estimada ao tráfego: Agosto 2020 |
PerfilEditar
A auto-estrada A 25 possui um perfil transversal tipo de duas vias por sentido, existindo mais uma nos locais onde a elevada inclinação justifica uma via adicional de ultrapassagem.
Troço | Perfil | Extensão |
---|---|---|
Praia da Barra - Vilar Formoso |
Nós de Ligação e Pórticos de PortagemEditar
Aveiro - Vilar FormosoEditar
Número da Saída | km | Nome da Saída | Estrada que liga |
---|---|---|---|
| | 0 | Praia da Barra | |
1 | 1 | Gafanha da Nazaré zona portuária (oeste) |
R 591 |
1A | 2 | Gafanha da Encarnação | R 591 |
2 | 5 | Gafanha da Nazaré Ílhavo zona portuária (este) |
R 590 |
3 | 8 | Aveiro (centro) - Pirâmides | |
4 | 12 | Aveiro (norte) Esgueira |
N 109 |
Pórtico de Portagem de Esgueira - € 0,50 | |||
5 | 14 | Aveiro (nascente) - estádio Lisboa / Ílhavo |
A 17 |
Pórtico de Portagem de Estádio - € 0,65 | |||
6 | 21 | Angeja / Zona Industrial Salreu |
N 109 |
6A | 24 | Porto Estarreja/O.Azeméis |
A 29 |
Pórtico de Portagem de Angeja - € 0,20 | |||
7 | 25 | Porto / Estarreja/O.Azeméis Lisboa /Águeda/Coimbra |
A 1 |
7 (sentido Viseu) |
25 | Albergaria zona industrial |
N 16 |
Pórtico de Portagem de Albergaria - € 0,50 | |||
8 | 30 | Albergaria / O.Azeméis / Porto Águeda / Coimbra |
N 1 |
9 | 32 | Macinhata do Vouga(Soutelo) Carvoeiro |
M 575 |
Pórtico de Portagem de Talhadas - € 1,20 | |||
10 | 45 | Talhadas Sever do Vouga/Vale de Cambra |
N 328 |
11 | 51 | Reigoso | M 517 |
Pórtico de Portagem de Reigoso - € 0,75 | |||
12 | 57 | Campia Oliveira de Frades Caramulo |
N 333-3 |
13 | 63 | Vouzela São Pedro do Sul |
(N 333) |
14 (sentido Viseu) |
64 | Serra da Penoita | antigo IP 5 |
Pórtico de Portagem de Ventosa - € 0,90 | |||
15 | 71 | Ventosa | |
16 | 76 | Boa Aldeia / Tondela Viseu (norte) |
N 228 antigo IP 5 |
Pórtico de Portagem de Boa Aldeia - € 0,65 | |||
17 | 86 | Coimbra / Fail Vila Real / Castro Daire |
IP 3 A 24 |
18 | 88 | Viseu (sul) Nelas |
N 231 |
Pórtico de Portagem de Barbeita - € 0,65 | |||
19 | 96 | Viseu (norte) Sátão |
antigo IP 5 |
20 | 98 | Viseu (este) Caçador |
N 16 |
Pórtico de Portagem de Fagilde - € 0,50 | |||
21 | 103 | Fagilde | N 16 |
22 | 107 | Mangualde Penalva do Castelo |
N 234 |
Pórtico de Portagem de Mangualde - € 1,10 | |||
23 | 119 | Chãs de Tavares | N 16 |
24 | 128 | Fornos de Algodres Gouveia Aguiar da Beira |
N 16 |
Pórtico de Portagem de Celorico - € 1,35 | |||
25 | 139 | Celorico da Beira (oeste) | N 16 |
26 | 140 | Celorico da Beira (sul) Gouveia / Seia Coimbra |
N 17 N 102 |
Pórtico de Portagem de Ratoeira - € 0,40 | |||
27 | 145 | Ratoeira Celorico da Beira (este) Trancoso |
N 16 |
28 | 147 | Açores Sobral da Serra Porto da Carne |
antigo IP 5 |
28A | 148 | Trancoso Bragança |
IP 2 |
Pórtico de Portagem da Guarda - € 1,55 | |||
29 | 162 | Guarda | |
30 | 164 | Covilhã / Guarda (sul) Pinhel / Guarda (Gare) |
A 23 N 221 |
Pórtico de Portagem de Pínzio - € 1,10 | |||
31 | 179 | Pínzio | M 574 |
32 | 186 | Alto de Leomil Almeida / Castelo Mendo Pinhel / Sabugal |
N 324 |
Pórtico de Portagem de Castelo Bom - € 1,30 | |||
33 | 197 | Vilar Formoso Almeida |
N 332 |
197 | continua direcção Espanha |
IP 5 | |
( Em construção) | Fronteira | ||
Espanha | ( Em construção) A-62 |
Nota: O preço das portagens indicado na tabela corresponde à tarifa paga por um veículo pertencente à classe 1.
Áreas de ServiçoEditar
A maioria das estações de serviço da A 25 transitou do antigo IP 5 , por estas se encontrarem junto ao traçado duplicado. As áreas de Aveiro, de Vouzela e de Viseu são as excepções, tendo sido construídas de raiz aquando da transformação em auto-estrada. No entanto, as restantes áreas de serviço mantiveram-se inalteradas, com más condições e fracos serviços que contrastam com a importância desta auto-estrada no panorama nacional.
Estudos de Impacto AmbientalEditar
- Resumo Não-Técnico do EIA da A 25/IP 5 - Vilar Formoso / Fronteira: [1][ligação inativa]
Críticas à construçãoEditar
"Bossa do Camelo"Editar
Apesar de ter sido construída como autoestrada com a velocidade máxima de 120 km/h, o troço que passa pela zona do Caçador (Viseu) apresenta uma curva de raio apertado (240 graus), popularmente designada por " bossa do camelo", com a velocidade máxima de 80 km/h, controlada por radar[3]. Tal controlo de velocidade levou a que fossem passadas quase 100000 multas entre outubro de 2006 e dezembro de 2011, permitindo ao Estado arrecadar 10 milhões de euros nesse período de 5 anos.[4]
Notas e Referências
- ↑ Relatório de Tráfego na Rede Nacional de Autoestradas – 4.º trimestre de 2017 (PDF) (Relatório). Instituto de Mobilidade e dos Transportes. Fevereiro de 2018. p. 39. Consultado em 18 de Maio de 2018
- ↑ «Tabela retirada do site». Consultado em 4 de novembro de 2008. Arquivado do original em 27 de outubro de 2008
- ↑ «Radar na A25 apanhou 600 na "bossa do camelo"». JN. Consultado em 8 de maio de 2016
- ↑ «Curva da A25 rende 10 milhões em multas». JN. Consultado em 8 de maio de 2016