Teatro Aberto
O Teatro Aberto MHIP é um teatro português situado em Lisboa, na Rua Armando Cortez, na Praça de Espanha.
Teatro Aberto | |
---|---|
Localização | Rua Armando Cortez, Praça de Espanha, Lisboa |
Tipo | Teatro municipal |
Gênero | Teatro independente |
Website | www.teatroaberto.com |
Em 2017, no festejo do quadragésimo aniversário do teatro, recebeu a Ordem da Instituição Pública pelo Presidente da República, sendo a primeira vez que tal ordem é atribuída a uma entidade.[1]
Juntamente com a Sociedade Portuguesa de Autores, organiza anualmente o Grande Prémio de Teatro Português.
Origem Editar
Em meados dos anos 60, Rui Mendes, Morais e Castro, Irene Cruz e João Lourenço decidem criar um grupo de teatro que fosse uma pedrada no charco, em pleno fascismo. Nasce o Grupo 4, um dos pioneiros do teatro independente português.[2] Em 1976 o Grupo 4 inaugurou o Teatro Aberto, na Praça de Espanha. Foi inaugurado com a peça de Brecht O Círculo de Giz Caucasiano. Em 1982 o Novo Grupo tornou-se a companhia residente do Teatro Aberto. Em 2002 o Teatro Aberto mudou-se para outro local na mesma praça.[2]
Direcção Editar
A actual direcção deste teatro é composta por:
- João Lourenço (ator) (encenador)
- Irene Cruz (actriz)
- Francisco Pestana (actor)
- Melim Teixeira (actor)
A direcção artística da área de teatro é da responsabilidade de João Lourenço e a da área da música pertence a João Paulo Santos.
Do seu repertório constam grandes clássicos do teatro universal mas sobretudo peças de teatro contemporâneo: de novos autores da dramaturgia internacional e também de língua portuguesa, além de óperas e concertos.
Para construir este repertório, até à data, o Novo Grupo / Teatro Aberto produziu 76 peças de teatro, 5 óperas e 22 concertos num total de 103 espectáculos apresentados em cerca de 4.700 sessões no Teatro Aberto antigo e nas duas salas do novo Teatro Aberto: Sala Azul e Sala Vermelha.
Estes espectáculos, que foram dirigidos por 17 encenadores, são originais de 69 autores e 23 compositores, tendo contado com a colaboração, nas obras estrangeiras, de 16 tradutores.
Entre os autores e compositores apresentados estão: Dario Fo, Nikolai Erdman, Alexei Arbuzov, Bertolt Brecht, Kurt Weill, Anton Tchekov, Luigi Pirandello, Samuel Beckett, José Saramago, Georges Feydeau, Jim Cartwright, Paul Hindemith, William Shakespeare, Shelagh Delaney, Bernard-Marie Koltès, Benjamin Britten, Bruce Graham, Botho Strauss, Stephen Sondheim, David Mamet, Edvard Grieg, Eurico Carrapatoso, Eugene O'Neill, Jean Anouilh, Fernando DaCosta, Frank Martin, Sam Shepard, Tankred Dorst, Werner Egk, Howard Korder, Henrik Ibsen, Pedro Osório, Nick Grosso, Michael Frayn, Alfred Schnittke, Carole Fréchette, Neil LaBute, Michael Healey, Tom Stoppard.
Estes espectáculos foram interpretados por 322 actores, 84 cantores e 142 músicos.
Os actores foram, entre outros: Mário Viegas, Irene Cruz, Francisco Pestana, Carmen Santos, Anna Paula, Jorge Gonçalves, Manuela Cassola, António Feio, Miguel Guilherme, João Perry, Alexandre de Sousa, Vítor Norte, Orlando Costa, Eunice Muñoz, Rogério Paulo, São José Lapa, Natália Luísa, Canto e Castro, Cristina Carvalhal, Virgílio Castelo, Sandra Faleiro, Nuno Melo,[3] Diogo Infante, Maria Henrique, Alexandra Lencastre, Teresa Roby, Teresa Madruga, Ana Zanatti, Maria João Abreu, Rogério Samora, Ivo Canelas, Joana Seixas, Pedro Penim, Philipe Leroux, Raquel Dias, Sylvie Rocha, Victor d’Andrade, Joana Fartaria, Paulo Oom, Paulo Pires, Joaquim Monchique, João Lagarto, Sofia Aparício, Catarina Furtado, Sofia de Portugal, Tiago Vidigal, Patrícia Bull, Sílvia Balancho, Maria Emília Correia, João Pedro Vaz, Rogério Samora, Margarida Marinho, Ana Nave, António Cordeiro, Luís Alberto, Rui Mendes, Sara Belo, Leonor Seixas, São José Correia, Marco Delgado, Jorge Corrula, Adérito Lopes, Pedro Granger, Afonso Pimentel.
Entre os cantores estão: Ana Ester Neves, Helena Afonso, Helena Vieira, Jorge Vaz de Carvalho, Carlos Guilherme, Mário Redondo, Ana Paula Russo, Mário João Alves, Luís Rodrigues, Marco Alves dos Santos, Carla Simões, José Corvelo, Marina Ferreira, Dora Rodrigues, Ana Serôdio, João Miguel Queiroz.
Nestes espectáculos colaboraram 28 cenógrafos, 27 figurinistas e 10 coreógrafos.
Foi feito Membro Honorário da Ordem da Instrução Pública a 29 de junho de 2016.[4]
Peças Editar
Ver também Editar
Referências
- ↑ http://observador.pt/especiais/joao-lourenco-estou-sempre-aflito-antes-de-um-espetaculo-estrear/
- ↑ a b Jornal de Letras n.º 1199 (14 a 27 de setembro de 2016), pág. 13.
- ↑ «Morreu o ator Nuno Melo». Jornal de Notícias. 9 de Junho de 2015. Consultado em 23 de abril de 2016. Cópia arquivada em 23 de abril de 2016
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Teatro Aberto". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 28 de janeiro de 2018
Ligações externas Editar
- Página oficial
- «Governo desencadeou crise na Cultura diz director do Teatro Aberto». In Jornal Público / Cultura