Conselho de Estado (Portugal)
O Conselho de Estado é o órgão político de consulta do Presidente da República Portuguesa.
Conselho de Estado | |
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Organização | |
Criação | 23 de setembro de 1822 |
País | Portugal |
Sede | Palácio de Belém, Lisboa |
Composição | 18 Conselheiros de Estado |
Designação | 6 por inerência 2 vitalícios (Antigos Presidentes) 5 nomeados pelo Presidente 5 eleitos pelo Parlamento |
Presidente | Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República |
Jurisdição | |
Competência | Órgão consultivo de parecer obrigatório mas não vinculativo sobre algumas decisões do Presidente da República |
Sucessor do medieval Conselho de El-Rei e do renascentista Conselho de Estado, o moderno Conselho de Estado com as suas atribuições atuais, foi criado a 23 de setembro de 1822. Teve ao longo da História diversas composições e distintas competências.[1]
História
editarOrigem
editarNas Cortes de Coimbra de 1385, os procuradores dos concelhos pediram ao rei a criação de um "conselho régio", com quatro representantes dos letrados e outros dez dos três estados do reino (dois membros do clero, quatro da nobreza e quatro do povo, sendo estes cidadãos de Lisboa, Porto, Coimbra e Évora) e de natureza permanente, não dependente de convocação régia.
No entanto, a existência de um órgão colegial consultivo do chefe do Estado português é anterior a 1385. Em meados do século XV, as Ordenações Afonsinas (livro I, título LVIIII), promulgadas no reinado de D. Afonso V, já referiam a figura dos conselheiros do rei e as qualidades e condições necessárias para a ocupação do cargo.
Em 1569, D. Sebastião dá regimento ao Conselho de Estado institucionalizado pelo cardeal D. Henrique em 1562. Em 1582, e no âmbito da União Ibérica, o rei Filipe I de Portugal (Filipe II da Espanha) criou o Conselho de Portugal com sede em Madrid, o qual tinha como objetivo fazer a ligação entre a Coroa Ibérica e o governo do Reino de Portugal. Em paralelo ao Conselho de Portugal em Madrid, foi mantido o Conselho de Estado que continuou a funcionar em Lisboa.
Depois da Restauração da Independência, o rei D. João IV outorgou novo regimento ao Conselho de Estado em 1645. O Conselho de Estado limitava-se a proceder ao exame dos assuntos que lhe eram cometidos pelo Rei, perdendo competências para os outros conselhos e tribunais régios. No século XVIII, o Conselho entra em decadência. Em 1754, não existiam conselheiros, apenas havendo nova nomeação de cinco conselheiros em 1760. Como estes não foram substituídos após a sua morte, em 1792 repete-se a inexistência de membros e, só em 1796, se designam catorze novo[s conselheiros.
Monarquia Constitucional
editarEm 1821, após a Revolução Liberal, no decreto que aprovou as bases da Constituição de 1822, foi criado o primeiro Conselho de Estado como instituição regular, presidido pelo Rei e composto por oito conselheiros propostos pelas Cortes e escolhidos pelo Monarca. A Constituição, no seu capítulo VII, institucionaliza o Conselho, composto por «treze cidadãos de entre as pessoas mais distintas por seus conhecimentos e virtudes». Teria como principais atribuições o aconselhamento do Rei na aprovação ou rejeição das leis, na declaração de guerra e no estabelecimento de tratados com nações estrangeiras e a proposta ao Rei de quem nomear para os os lugares magistratura e os bispados. Em 1823, a Constituição foi revogada, nunca tendo este Conselho chegado a entrar em funções.
A Carta Constitucional de 1826, no seu capítulo VII, determinava que houvesse um Conselho de Estado constituído por conselheiros vitalícios, nomeados pelo Rei e portugueses de origem, que fossem ouvidos em «todos os negócios graves e medidas gerais de pública administração, principalmente sobre a declaração da guerra, ajustes de paz, Negociações com as nações estrangeiras; assim como em todas as ocasiões, em que o rei se proponha exercer qualquer das atribuições próprias do poder moderador» (artigo 110.º).
Em 1833, D. Pedro IV, em nome da rainha D. Maria II, cria o Conselho de Estado por decreto, segundo o disposto na Carta Constitucional, composto por doze conselheiros com o ordenado anual de 2 400$00 réis cada.
Um decreto de 1832 de Mouzinho da Silveira previa a ampliação da competência do Conselho de Estado às matérias administrativas, o que só veio a concretizar-se com uma carta de lei e respetivo regulamento em 1845, suspensos no ano seguinte e restabelecidos em 1848. A Constituição de 1838 não previa a formação de um Conselho de Estado. Com o regresso à Carta Constitucional em 1842, retoma-se o Conselho.
A lei de 1845 conservou os doze conselheiros de Estado de 1833, efectivos e vitalícios, e possibilitou a nomeação de conselheiros extraordinários até ao limite de doze, criou o cargo de secretário geral, e admitiu a existência de praticantes, com a designação de ouvidores, limitados a dezoito. As atribuições do Conselho de Estado, até então meramente consultivas, foram ampliadas, passando a poder conhecer em recurso das decisões administrativas em matéria contenciosa, e dos conflitos de jurisdição entre as autoridades administrativas, e entre estas e as judiciais, bem como dos recursos do Tribunal de Contas nos casos de incompetência, transgressão de fórmulas e violação da lei.
O Conselho de Estado era constituído por duas secções - secção administrativa e secção do contencioso administrativo - e quatro comissões: negócios do reino e da guerra; negócios de justiça, eclesiásticos e estrangeiros; negócios da fazenda; e Negócios da Marinha e Ultramar.
Novo decreto de 1870 separou o Conselho de Estado político, criado pela Carta Constitucional, do Conselho de Estado administrativo, que recebeu o nome de Supremo Tribunal Administrativo. O mesmo decreto tornou gratuitas as funções do Conselho de Estado político, fixou o número de conselheiros em doze e estabeleceu a composição e atribuições do Supremo Tribunal Administrativo.
O Conselho de Estado foi declarado extinto na sequência do derrube da Monarquia Constitucional e implantação da República Portuguesa em outubro de 1910.[2][3]
Segunda República
editarA Constituição de 1911 não previa a existência do Conselho de Estado e como tal o mesmo não existiu durante o período da Primeira República. No entanto, em 1931, durante a Ditadura Militar, foi criado um Conselho Político Nacional para funcionar junto do Presidente da República.
O Conselho Político Nacional viria a ser o antecedente do Conselho de Estado restaurado com a Constituição de 1933. A Constituição definia que, junto do Presidente da República, funcionava o Conselho de Estado composto pelos presidentes do Conselho de Ministros, da Assembleia Nacional e da Câmara Corporativa, pelo procurador-geral da República e por cinco homens públicos de superior competência nomeados pelo Chefe de Estado. O Conselho de Estado foi novamente extinto com o início de vigência da Constituição de 1976.[2][3]
Terceira República
editarAo entrar em vigência em 1976, a atual Constituição não previa a existência de um Conselho de Estado, estando as antigas atribuições daquele a cargo do Conselho da Revolução, composto inteiramente por oficiais das Forças Armadas.
O Conselho da Revolução acabaria contudo por ser extinto através da revisão constitucional de 1982, sendo as suas funções repartidas entre dois novos órgãos criados pela revisão: o restaurado Conselho de Estado e o Tribunal Constitucional (algumas outras competências passaram à Assembleia da República).
O Presidente da República atual, Marcelo Rebelo de Sousa, tem convocado reuniões do Conselho de Estado com maior periodicidade que os seus antecessores – regra geral, tem-no feito a cada trimestre. Para além disso, Marcelo convidou pela primeira vez personalidades estrangeiras a participaram em reuniões. Convidou, até meados de 2018, os seguintes representantes de instituições internacionais: por ordem cronológica, Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (juntamente com Carlos Costa, governador do Banco de Portugal), Roberto Azevêdo, diretor-geral da Organização Mundial de Comércio, Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, e António Guterres, secretário-geral da Organização das Nações Unidas e antigo membro do Conselho.[4][5][6][7][8]
Competência
editarCompete ao Conselho de Estado[9]:
- Pronunciar-se obrigatória mas não vinculativamente:
- Sobre a dissolução da Assembleia da República e das Assembleias Legislativas das regiões autónomas dos Açores e da Madeira;
- Sobre a demissão do Governo no caso previsto no n.º 2 do artigo 195.º da Constituição[10];
- Sobre a declaração da guerra e a feitura da paz;
- Aconselhar o Presidente da República no exercício das suas funções, quando este lho solicitar;
- Sobre determinados atos do Presidente da República interino[11].
- Noutros casos previstos na Constituição.
Composição
editarO Conselho de Estado é presidido pelo Presidente da República e integrado por membros por inerência, membros escolhidos pelo Presidente da República e membros eleitos pela Assembleia da República.[12]
- Membros por inerência:
- O Presidente da Assembleia da República;
- O Primeiro-Ministro;
- O Presidente do Tribunal Constitucional;
- O Provedor de Justiça;
- Os presidentes dos governos regionais dos Açores e da Madeira;
- Os antigos presidentes da República eleitos na vigência da Constituição, que não hajam sido destituídos do cargo.
- Membros escolhidos pelo Presidente da República:
- Cinco cidadãos designados pelo Presidente da República pelo período correspondente à duração do seu mandato.
- Membros eleitos pela Assembleia da República:
- Cinco cidadãos eleitos pela Assembleia da República, de harmonia com o princípio da representação proporcional, pelo período correspondente à duração da legislatura.
Membros
editarPosse e mandato
editarOs membros do Conselho de Estado são empossados pelo Presidente da República.
Os membros do Conselho de Estado por inerência mantêm-se em funções enquanto exercerem os respetivos cargos.
O mandato dos membros do Conselho de Estado designados pelo Presidente da República cessa com o mandato do Presidente da República que os tiver designado.
O mandato dos membros do Conselho de Estado eleitos pela Assembleia da República cessa com o termo da legislatura.
Nos dois casos anteriores os membros do Conselho de Estado mantêm-se em funções até à posse dos que os substituírem nos respetivos cargos.[13]
Imunidade
editarOs Conselheiros de Estado gozam de imunidade, como sinal de máxima honra do cargo que ocupam. Assim, um Conselheiro de Estado apenas pode ser presente a juízo com autorização prévia do Conselho, que levante a sua imunidade. Ao contrário da imunidade dos Deputados da Assembleia da República, que é obrigatoriamente levantada quando o crime em causa é punível com pena superior a 3 anos de prisão, a decisão do Conselho de Estado quanto ao levantamento da imunidade de um dos seus membros é livre; em caso de recusa o membro suspeito apenas responde em Tribunal quando deixar de ser Conselheiro de Estado.[14]
Regimento e reuniões
editarCompete ao Conselho elaborar o seu Regimento.[15] As reuniões do Conselho de Estado não são públicas.
Composição atual
editarDesde 19 de junho de 2024:
Presidente do Conselho de Estado | |||||
Retrato | Nome | Estatuto | Cargo | Nascimento | Mandato |
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Marcelo Rebelo de Sousa | Presidente | Presidente da República | Lisboa, 12 de dezembro de 1948 | 2021 – 2026 |
Composição desde 1984
editarDesde 1984, foram conselheiros de Estado por inerência:
- António Ramalho Eanes (1935–) – presidente da República (1984–1986) e antigo presidente da República (1986–);
- Mário Soares (1924–2017) – primeiro-ministro (1984–1985), presidente da República (1986–1996) e antigo presidente da República (1996–2017);
- Jorge Sampaio (1939–2021) – presidente da República (1996–2006) e antigo presidente da República (2006–2021);
- Aníbal Cavaco Silva (1939–) – primeiro-ministro (1985–1995), presidente da República (2006–2016) e antigo presidente da República (2016–);
- Marcelo Rebelo de Sousa (1948–) – presidente da República (2016–);
- Fernando do Amaral (1925–2009) – presidente da Assembleia da República (1984–1987);
- Vítor Crespo (1932–2014) – presidente da Assembleia da República (1987–1991);
- António Barbosa de Melo (1932–2016) – presidente da Assembleia da República (1991–1995);
- António de Almeida Santos (1926–2016) – presidente da Assembleia da República (1995–2002);
- João Bosco Mota Amaral (1943–) – presidente do Governo Regional dos Açores (1976–1995) e presidente da Assembleia da República (2002–2005);
- Jaime Gama (1947–) – presidente da Assembleia da República (2005–2011);
- Assunção Esteves (1956–) – presidente da Assembleia da República (2011–2015);
- Eduardo Ferro Rodrigues (1949–) – presidente da Assembleia da República (2015–2022);
- Augusto Santos Silva (1956–) – presidente da Assembleia da República (2022–2024);
- José Pedro Aguiar-Branco (1957–) – presidente da Assembleia da República (2024–);
- António Guterres (1949–) - primeiro-ministro (1995–2002);
- José Manuel Durão Barroso (1956–) - primeiro-ministro (2002–2004);
- Pedro Santana Lopes (1956–) – primeiro-ministro (2004–2005);
- José Sócrates (1957–) – primeiro-ministro (2005–2011);
- Pedro Passos Coelho (1964–) – primeiro-ministro (2011–2015);
- António Costa (1961–) - primeiro-ministro (2015–2024);
- Luís Montenegro (1973–) - primeiro-ministro (2024–);
- Armando Marques Guedes (1919–2012) – presidente do Tribunal Constitucional (1983–1989);
- José Cardoso da Costa (1938–) – presidente do Tribunal Constitucional (1989–2003);
- Luís Nunes de Almeida (1946–2004) – presidente do Tribunal Constitucional (2003–2004);
- Artur Maurício (1944–2008) – presidente do Tribunal Constitucional (2004–2007);
- Rui Moura Ramos (1950–) – presidente do Tribunal Constitucional (2007–2012);
- Joaquim de Sousa Ribeiro (1946–) – presidente do Tribunal Constitucional (2012–2016);
- Manuel da Costa Andrade (1944–) – presidente do Tribunal Constitucional (2016–2021);
- João Caupers (1951–) – presidente do Tribunal Constitucional (2021–2023);
- José João Abrantes (1957–) – presidente do Tribunal Constitucional (2023–);
- Eudoro Pamplona Corte-Real (1915–1999) – provedor de Justiça (1981–1985);
- Ângelo de Almeida Ribeiro (1921–2000) – provedor de Justiça (1985–1990);
- Mário Raposo (1929–2013) – provedor de Justiça (1990–1991);
- José Menéres Pimentel (1928–2014) – provedor de Justiça (1991–2000);
- Henrique Nascimento Rodrigues (1940–2010) – provedor de Justiça (2000–2009);
- Alfredo José de Sousa (1940–) – enquanto provedor de Justiça (2009–2013);
- José de Faria Costa (1950–) – provedor de Justiça (2013–2017);
- Maria Lúcia Amaral (1957–) – provedora de Justiça (2017–);
- Alberto Romão Madruga da Costa (1940–2014) – presidente do Governo Regional dos Açores (1995–1996);
- Carlos César (1956–) – presidente do Governo Regional dos Açores (1996–2012);
- Vasco Cordeiro (1973–) – presidente do Governo Regional dos Açores (2012–2020);
- José Manuel Bolieiro (1965–) – presidente do Governo Regional dos Açores (2020–);
- Alberto João Jardim (1943–) – presidente do Governo Regional da Madeira (1984–2015);
- Miguel Albuquerque (1961–) – presidente do Governo Regional da Madeira (2015–).
Neste gráfico apresentam-se os membros inerentes do Conselho de Estado pela ordem anterior. De cima para baixo são: Presidente da República; Presidente da Assembleia da República; Primeiro-ministro; Presidente do Tribunal Constitucional; Provedor de Justiça; Presidente do Governo Regional dos Açores; Presidente do Governo Regional da Madeira e os antigos Presidentes da República eleitos. Ficam a faltar os cinco membros nomeados pelo Presidente de República e os cinco membros nomeados pela Assembleia da República.
Ver também
editarLigações exteriores
editar- A reunião magna de Torres Vedras de 1414: um Conselho de Estado?, por Judite A. Gonçalves de Freitas, Publicado in: A Conquista de Ceuta. Conselho. Régio de Torres Vedras, Turres Veteras – XVII, coord. Carlos Guardado da Silva, Lisboa: Edições Colibri, 2015, pp. 53-64.
- Regimento do Conselho de Estado de 1645
Referências
- ↑ Supremo Tribunal Administrativo. «O Conselho de Estado e a sua certidão de nascimento». Arquivado do original em 15 de junho de 2009
- ↑ a b «Conselho de Estado». Associação dos Amigos da Torre do Tombo. Consultado em 28 de maio de 2018
- ↑ a b Garcia, Maria da Glória. «Do Conselho de Estado ao actual Supremo Tribunal Administrativo». Supremo Tribunal Administrativo. Consultado em 28 de maio de 2018. Arquivado do original em 15 de junho de 2009
- ↑ Marujo, Miguel (25 de março de 2016). «Convidados no Conselho de Estado não é inédito. Um estrangeiro sim». Diário de Notícias. Consultado em 28 de maio de 2018
- ↑ Tavares, Rita; Caetano, Edgar (7 de abril de 2016). «Draghi deixa alertas em Belém e conselheiros ainda ficaram a debater mais três horas». Observador. Consultado em 28 de maio de 2018
- ↑ Botelho, Leonete (31 de março de 2017). «Conselho de Estado: Realpolitik deverá vingar sobre "Brexit" e Trump». Público. Consultado em 28 de maio de 2018
- ↑ «Reunião do Conselho de Estado decorre com Juncker como convidado». RTP Notícias. 30 de outubro de 2017. Consultado em 28 de maio de 2018
- ↑ Agência Lusa (28 de maio de 2018). «Reunião do Conselho de Estado com António Guterres começou pelas 10:50». TSF Rádio Notícias. Consultado em 28 de maio de 2018
- ↑ Cf. artigo 145.º da Constituição da República Portuguesa.
- ↑ «O Presidente da República só pode demitir o Governo quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas, ouvido o Conselho de Estado.»
- ↑ Trata-se dos atos previstos nas alíneas b), c), f), m) e p), do artigo 133.º, na alínea a) do artigo 134.º e na alínea a) do artigo 135.º, todos da Constituição.
- ↑ Cf. artigo 142.º da Constituição da República Portuguesa.
- ↑ Cf. artigo 143.º da Constituição da República Portuguesa.
- ↑ Cf. artigos 13.º e 14.º da Lei n.º 31/84, de 6 de setembro.
- ↑ O Regimento do Conselho de Estado foi publicado no 1.º suplemento à 1.ª série do Diário da República de 10 de novembro de 1984, tendo sido objeto de uma alteração publicada na 1.ª série do Diário da República de 26 de abril de 2001.