Lista de governadoras do Brasil

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Esta é uma lista de mulheres governadoras de estados do Brasil. Ao longo da história, apenas 13 estados brasileiros já foram governados por mulheres, seja em caráter substitutivo ou em definitivo. A primeira mulher a governar um estado brasileiro foi Janilene Vasconcelos de Melo que substituiu por 42 dias na ausência do então governador de Rondônia, Jorge Teixeira (PDS). A primeira governadora a assumir efetivamente um estado brasileiro foi Iolanda Fleming (PMDB), que assumiu o governo do Acre em 1986 após a renúncia de Nabor Junior, que decidiu ser candidato ao Senado Federal.

Em 1994, Roseana Sarney foi a primeira mulher eleita governadora de um estado brasileiro, o Maranhão. Além disso, também foi a primeira mulher da história a ser reeleita governadora do estado e ao mesmo tempo a única mulher a governar um estado brasileiro em quatro mandatos (2 mandatos: 1994-2002 \ 2 mandatos: 2009-2014). O Rio Grande de Norte é o estado que mais elegeu mulheres no cargo de governadora com 3 governadoras eleitas, tendo reeleito 2 delas. Só 3 das 16 governadoras listadas abaixo foram reeleitas.

Em 2022, Pernambuco elegeu pela primeira vez uma chapa composta por duas mulheres na majoritária.[1][2][3][4][5][4]

Lista de governadoras do Brasil editar

Unidade federativa Governadora Mandato Partido político Nota\Resultado eleitoral
  Acre   Iolanda Fleming 14 de maio de 1986 15 de março de 1987 PMDB Elevada do cargo de vice-governadora do Acre.
  Amapá   Dalva Figueiredo 5 de abril de 2002 1 de janeiro de 2003 PT Elevada do cargo de vice-governadora do Amapá.
  Ceará
 
Izolda Cela 2 de abril de 2022 31 de dezembro de 2022 PDT Elevada do cargo de vice-governadora do Ceará.
  Distrito Federal   Maria de Lourdes Abadia 15 de março de 2006 1 de janeiro de 2007 PSDB Elevada do cargo de vice-governadora de Distrito Federal.
  Maranhão   Roseana Sarney 1 de janeiro de 1995 5 de abril de 2002 PFL   50,61%
(1994)
  66,01%
(1998)
17 de abril de 2009 10 de dezembro de 2014 PMDB   50,08%
(2010)
  Pará   Ana Júlia Carepa 1 de janeiro de 2007 31 de dezembro de 2010 PT   54,93%
(2006)
  Paraná   Cida Borghetti 6 de abril de 2018 31 de dezembro de 2018 PP Elevada do cargo de vice-governadora de Paraná.
  Pernambuco   Raquel Lyra 1 de janeiro de 2023 atual PSDB   58,70%
(2022)
  Piauí   Regina Sousa 1º de abril de 2022 31 de dezembro de 2022 PT Elevada do cargo de vice-governadora do Piauí
  Rio de Janeiro   Benedita da Silva 5 de abril de 2002 1 de janeiro de 2003 PT Elevada do cargo de vice-governadora do Rio de Janeiro.
  Rosinha Garotinho 1 de janeiro de 2003 1 de janeiro de 2007 PSB   51,30%
(2002)
  Rio Grande do Norte   Wilma de Faria 1 de janeiro de 2003 31 de março de 2010 PSB   61,04%
(2002)
  52,38%
(2006)
  Rosalba Ciarlini 1 de janeiro de 2011 1 de janeiro de 2015 DEM   52,46%
(2010)
  Fátima Bezerra 1 de janeiro de 2019 atual PT   57,60%
(2018)
  58,31%
(2022)
  Rio Grande do Sul   Yeda Crusius 1 de janeiro de 2007 31 de dezembro de 2010 PSDB   53,95%
(2006)
  Roraima   Suely Campos 1 de janeiro de 2015 1 de janeiro de 2019 PP   54,85%
(2014)

Lista de vice-governadoras do Brasil editar

Esta é uma lista de mulheres vice-governadoras de unidades federativas do Brasil. No percorrer da história política do Brasil, 16 estados brasileiros já elegeram mulheres para o cargo de vice-governadora de um estado brasileiro. A primeira vice-governadora eleita da história foi Iolanda Fleming (Acre), que também foi a primeira governadora a assumir definitivamente um estado brasileiro após a renúncia do então governador Nabor Júnior. O Distrito Federal é o estado com maior número de vice-governadoras com 5 (cinco) mulheres eleitas. De todas as mulheres eleitas vice-governadoras, 6 (seis) foram elevadas ao cargo de governadora, contudo nenhuma delas foi reeleita para um mandato próprio, seja por questões constitucionais, já que até eleição de 1994 não era permitida a eleição por mandato consecutivo (reeleição), só em 1998 foi permitida a reeleição para mandato consecutivo; seja por derrotas eleitorais. Em 2022, Pernambuco elegeu pela primeira vez uma chapa composta por duas mulheres na majoritária.

Unidade federativa Governadora Mandato Partido político Nota\Resultado eleitoral
  Acre   Iolanda Fleming 15 de março de 1983 14 de maio de 1986 PMDB   46,61%
(1982)
  • A primeira mulher eleita vice-governadora de um estado brasileiro
  • Elevada ao cargo de governadora do Acre, sendo a primeira mulher a governar efetivamente uma unidade federativa.
  Nazareth Araújo 1º de janeiro de 2015 1º de janeiro de 2019 PT   51,29%
(2014)
  Mailza Gomes 1º de janeiro de 2023 atual PP   56,75%
(2022)
  Amapá   Dalva Figueiredo 1º de janeiro de 1999 05 de abril de 2002 PT   53,59%
(1998)
Dora Nascimento 1º de janeiro de 2011 1º de janeiro de 2015 PT   53,77%
(2010)
  Ceará   Izolda Cela 1º de janeiro de 2015 1º de abril de 2022 PROS   53,35%
(2014)
PDT   79,96%
(2018)
  Jade Romero 1º de janeiro de 2023 atual MDB   54,02%
(2022)
  Distrito Federal Márcia Kubitschek 1º janeiro de 1991 1º de janeiro de 1995 PRN   55,48%
(1990)
  Arlete Sampaio 1º de janeiro de 1995 1º de janeiro de 1999 PT   53,89%
(1994)
  Maria de Lourdes Abadia 1º de janeiro de 2003 31 de março de 2006 PSDB   50,62%
(2002)
  Ivelise Longhi 19 de abril de 2010 1º de janeiro de 2011 PMDB   13 votos
(2010)
  • A primeira mulher e, até então, única vice-governadora eleita em uma chapa indireta desde redemocratização.
 
Celina Leão 1º de janeiro de 2023 atual PP   50,30%
(2022)
  Espírito Santo Jacqueline Moraes 1º de janeiro de 2019 31 de dezembro de 2022 PSB   55,49%
(2018)
  Mato Grosso Iraci França 1º de janeiro de 2003 1º de janeiro de 2007 PPS   50,68%
(2002)
  Mato Grosso do Sul   Simone Tebet 1º de janeiro de 2011 1º de janeiro de 2015 PMDB   56,00%
(2010)
  Rose Modesto 1º de janeiro de 2015 1º de janeiro de 2019 PSDB   55,34%
(2014)
  Minas Gerais   Júnia Marise 15 de março de 1987 31 de janeiro de 1991 PMDB   47,12%
(1986)
  Pará   Valéria Pires Franco 1º de janeiro de 2003 1º de janeiro de 2007 PFL   51,72%
(2002)
  Hana Ghassan 1º de janeiro de 2023 atual MDB   70,41%
(2022)
  Paraíba Lauremília Lucena 1º de janeiro de 2003 1º de janeiro de 2007 PSDB   51,35%
(2002)
  Lígia Feliciano 1º de janeiro de 2015 31 de dezembro de 2022 PDT   52,61%
(2014)
  58,18%
(2018)
  Paraná   Emília Belinati 1º de janeiro de 1995 31 de dezembro de 2002 PTB   54,85%
(1994)
  52,21%
(1998)
  Cida Borghetti 1º de janeiro de 2015 6 de abril de 2018 PROS   55,67%
(2014)
PP
  Pernambuco   Luciana Santos 1º de janeiro de 2019 31 de dezembro de 2022 PCdoB   50,70%
(2018)
 
Priscila Krause 1º de janeiro de 2023 atual Cidadania   58,70%
(2022)
  Piauí   Margarete Coelho 1º de janeiro de 2015 1º de janeiro de 2019 PP   63,08%
(2014)
  Regina Sousa 1º de janeiro de 2019 31 de março de 2022 PT   55,65%
(2018)
  Rio de Janeiro   Benedita da Silva 1º de janeiro de 1999 6 de abril de 2002 PT   57,98%
(1998)
  Rondônia Odaisa Fernandes 1º de janeiro de 2003 1º de janeiro de 2006 PSDB   59,10%
(2002)
  Santa Catarina   Daniela Reinehr 1º de janeiro de 2019 31 de dezembro de 2022 PSL   71,09%
(2018)
sem partido
PL
  Marilisa Boehm 1º de janeiro de 2023 atual PL   70,69%
(2022)
  Sergipe Marília Mandarino 1º de janeiro de 2003 1º de janeiro de 2007 PFL   55,00%
(2002)
  Eliane Aquino 1º de janeiro de 2019 31 de dezembro de 2022 PT   64,72%
(2018)
  Tocantins Claudia Lelis 1º de janeiro de 2014 22 de março de 2018 PV   51,30%
(2014)

Ver também editar

Notas

Referências

  1. Hammes, Eliane Roseli. «Igualdade de gênero na Constituição Federal: os direitos civis e políticos das mulheres no Brasil» (PDF). Academia. Consultado em 13 de julho de 2022 
  2. Perin, Luana Varaschim; Albernaz, Renata Ovenhausen. «A inserção feminina nos cargos públicos de comando no Brasil atual» (PDF). UFPel. Consultado em 13 de julho de 2022 
  3. FUNAG. «Autonomia econômica e empoderamento da mulher» (PDF). Consultado em 13 de julho de 2022 
  4. a b «Só 6 Estados elegeram mulheres governadoras na história do país». Poder360. Consultado em 13 de julho de 2022 
  5. «Após renúncias por regras eleitorais, Brasil tem 3 governadoras». Nexo Jornal. Consultado em 13 de julho de 2022