Givanildo Oliveira
Givanildo José de Oliveira (Olinda, 8 de agosto de 1948) é um técnico e ex-futebolista brasileiro que atuava como volante. Atualmente está sem clube.
Informações pessoais | ||
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Nome completo | Givanildo José de Oliveira | |
Data de nasc. | 8 de agosto de 1948 (72 anos) | |
Local de nasc. | Olinda, Pernambuco, Brasil | |
Nacionalidade | brasileiro | |
Apelido | Rei de Pernambuco Rei do acesso | |
Informações profissionais | ||
Equipa atual | Sem Clube | |
Posição | Ex-volante | |
Função | Técnico | |
Clubes de juventude | ||
1967–1969 | Santa Cruz | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | |
1969–1976 1976–1977 1977–1979 1980 1980–1982 |
Santa Cruz Corinthians Santa Cruz Fluminense Sport | |
Seleção nacional | ||
1976–1977 | Brasil | |
Times/Equipas que treinou | ||
1982 1983–1984 1984 1984–1985 1985–1986 1986–1987 1987–1988 1989–1990 1990–1991 1991–1992 1993 1993 1993–1994 1994–1995 1995 1995–1996 1997–1998 1998–1999 1999 2000–2002 2002–2003 2003 2003–2004 2004 2004 2004 2004–2006 2006 2006 2006 2007 2007 2008–2009 2009 2009 2009–2010 2010 2010 2011 2011–2012 2012 2012–2013 2013 2014–2014 2014–2016 2016 2017 2017 2018 2018–2019 |
CSA Sport Confiança Central ABC CRB Paysandu Santa Cruz CSA Sport Bragantino Ponte Preta Remo Sport Guarani Bahia América Mineiro Santa Cruz América-RN Paysandu Náutico Remo Paysandu Fortaleza Paysandu Remo Santa Cruz Athletico Paranaense Sport Santa Cruz Vitória Brasiliense Vila Nova Mogi Mirim América Mineiro Sport Santa Cruz Ponte Preta Remo América Mineiro Paysandu ABC Paysandu Treze América Mineiro Náutico Ceará Santa Cruz Remo América Mineiro | |
Última atualização: 31 de janeiro de 2021 |
Está no topo da lista de treinadores com mais títulos estaduais na carreira: são 18 troféus estaduais.[1][2] Também conquistou 4 títulos de caratér nacional e duas copas regionais. É o treinador brasileiro com mais títulos estaduais no século XXI (9) e em mais times diferentes (8), empatado, no primeiro caso, apenas com Vanderlei Luxemburgo.[3]
Quando jogador foi pentacampeão pernambucano pelo Santa Cruz, entre 1969 e 1973, jogando como ponta-esquerda[4]; seu talento e sucesso lhe rendeu o apelido de "Rei de Pernambuco". Além disso, é o recordista de partidas pelo Tricolor, com 599 jogos disputados, entre 1969 e 1979.[5] Pelo Sport foi tri-campeão do estado: 1980, 1981 e 1982. Foi campeão Carioca em 1980, pelo Fluminense, e Paulista em 1977, pelo Corinthians, sendo também vice-campeão brasileiro com este último, em 1976.[6] Ao lado do meia-esquerda Quarentinha e do zagueiro Durval possui o recorde de estaduais como jogador: doze. Somando as funções de jogador e futebolista possui 30 títulos estaduais, recorde absoluto.
CarreiraEditar
Como jogadorEditar
Começou no Santa Cruz, pelo qual foi pentacampeão pernambucano (1969–1973) e depois bicampeão (1978–1979). Foi um dos principais jogadores do Corinthians na conquista do Campeonato Paulista de 1977, tendo sido vice-campeão brasileiro com o mesmo em 1976, sendo titular na semi-final contra o Fluminense, partida que ficou marcada pela "invasão corintiana", em pleno Maracanã. Jogou também no próprio Fluminense (campeão carioca em 1980), se transferindo para o Sport, em que foi tricampeão pernambucano (1980–1982). Disputou 13 partidas pela Seleção Brasileira.
Como técnicoEditar
Comandou diversas equipes do norte-nordeste do país, com repetidas passagens por Sport, Santa Cruz e Paysandu.
Realizou, também, grandes trabalhos que renderam muitos acessos em competições brasileiras.[7]
Foi bicampeão paraense em 1993 e 1994, pelo Remo. Estas foram as primeiras conquistas do histórico pentacampeonato conquistado pelo Leão Azul na década de 1990.
Atuou no Santa Cruz, em que mantém a marca histórica de 45 jogos de invencibilidade no Estádio do Arruda.
Givanildo conquistou a temporada de 1997 do Campeonato Brasileiro da Série B, comandando o América-MG.
Conquistou, em 2002, pelo Paysandu, a Tríplice Coroa , constituída pelo Campeonato Paraense, Copa Norte e Copa dos Campeões. Esta última credenciou o Papão à Copa Libertadores da América de 2003, feito inédito até hoje entre times da Região Norte.
Retornou ao América-MG em abril de 2009 para vencer o Campeonato Brasileiro da Série C, o segundo título nacional do América até então.
Foi contratado pelo Sport em novembro de 2009 para tentar levar o clube de volta à Série A do Campeonato Brasileiro.[8][9] Saiu do Leão em 25 de maio de 2010[10], não sem antes levar o time ao título de pentacampeão pernambucano.
Acertou sua quarta ida ao Santa Cruz em 2010[11], para a disputa da Campeonato Brasileiro da Série D.
Foi anunciado novamente como técnico da Ponte Preta, após 17 anos, devido à demissão de Jorginho, para disputar o Campeonato Brasileiro da Série B.
Substituiu Paulo Comelli, no Remo, para o restante do Campeonato Paraense de 2011.
Givanildo foi contratado novamente pelo América-MG em agosto de 2011[12]. O ponto marcante foi o jogo de estreia em que o Coelho bateu o Fluminense por 3 a 0, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro da Série A.[13]
Comandou o Paysandu na Série C[14] , em 2012 e, no dia 2 de junho de 2013, foi anunciado para sua sétima passagem como técnico do Papão.[15] Seu mau desempenho com a equipe provocou sua demissão em 28 de julho de 2013.
Foi contratado pelo Treze Futebol Clube. em 05 de maio de 2014.
Sua quarta passagem pelo América-MG ocorreu em 17 de setembro de 2014.[16] O técnico brilhou ao comandar a reação do time, até então lanterna da série B, após perder 21 pontos no STJD. Sob o comando de Givanildo, o América engrenou na competição e chegou a brigar pelo acesso na última rodada. O bom trabalho garantiu a ele a renovação do vinculo com o Coelho para a temporada 2015.
O seu trabalho no primeiro semestre de 2015 pelo América foi fraco, em grande parte porque a diretoria do Clube impôs a utilização majoritária de jogadores da base americana. Porém, para a disputa do Campeonato Brasileiro da Série B, Givanildo trabalhou com novos jogadores contratados e obteve uma boa sequencia, coroada novamente pelo acesso ao Campeonato Brasileiro da Série A.
A renovação do contrato com o Coelho foi feita para a temporada 2016.[17] As mudanças bastante consideráveis em relação ao time da temporada anterior provocaram grandes dificuldades para obter uma classificação às semifinais do estadual. Entretanto, Givanildo levou o América a vencer o cruzeiro no jogo de ida por 2 a 0, na Arena Independência, segurando um empate sem gols no jogo de volta no Mineirão. Veio a finalíssima em que o time bateu o Atlético por 2 a 1 no jogo de ida, também na Arena Independência e empatou o jogo de volta por 1 a 1, calando os quase 50 mil atleticanos no Mineirão. Givanildo ficou consagrado junto da torcida americana, que, em festa, tomou conta das ruas de Belo Horizonte 15 anos depois do estadual de 2001.
A temporada do Campeonato Brasileiro da Série A prometia ser brilhante também em 2016, no entanto, em cinco jogos, ele obteve dois empates e três derrotas, um inicio irregular que levou o clube a anunciar o desligamento do treinador no dia 2 de junho. Curioso é notar que o seu desempenho como técnico do América-MG entre setembro de 2014 e junho de 2016 foi muito expressivo, com um aproveitamento de 60% dos pontos disputados. Foram 89 partidas, com 43 vitórias, 26 empates e 20 derrotas.
Givanildo Oliveira é considerado o treinador mais vitorioso da história do América-MG, conquistando dois títulos nacionais, o Campeonato Brasileiro da Série B de 1997 e a Série C de 2010, além do título mineiro de 2016.
Assumiu o Náutico no dia 5 de setembro de 2016, na Série B do Campeonato Brasileiro.[18] Após quase conseguir o tão sonhado acesso, deixou o clube no dia 2 de dezembro. Pelo Timbu foram 15 jogos com nove vitórias, dois empates e quatro derrotas.[19]
Foi contratado pelo Ceará em fevereiro de 2017, após a demissão de Gilmar Dal Pozzo do Alvinegro.[20] e foi campeão estadual pela oitava vez no século XXI. empatando em títulos, na época, com Vanderlei Luxemburgo e Maurício Simões.[21]
Sua sexta passagem pelo Santa Cruz, onde é um dos maiores ídolos do clube como jogador e técnico, começou no dia 2 de julho de 2017, mas se encerrou com apenas duas vitórias, três empates e seis derrotas.[22]
Daí, no dia 27 de fevereiro de 2018, o Remo anunciou Givanildo Oliveira para seu quinto comando da equipe, com grandes objetivos no Paraense e na Série C.[23] Com o 45° título Paraense, no início de abril, o técnico pernambucano tornou-se o recordista nacional: 18 títulos estaduais por 10 times em 6 estados diferentes.
Sua quinta passagem pelo América-MG começou no dia 11 de novembro de 2018 para as últimas cinco rodadas da Série A e tentar livrar o time do rebaixamento.[24] A reestreia de Givanildo aconteceu na derrota por 2 a 0 contra o Internacional.[25] As vitórias contra Santos e Bahia, ambos na Arena Independência e derrotas para Palmeiras e Fluminense fora de casa decretaram o rebaixamento do Coelho[26] e um fim malogrado da missão.
Em fevereiro de 2021 chegou a acertar com o América-RJ[1], mas um caso de Covid-19 na família o fez mudar de planos[27]
AcessosEditar
É considerado "O Rei do acesso", por ter comandado várias equipes a subir de divisão:
- Para a Série A com o América-MG (1997)
- Para a Série A com o Paysandu (2001)
- Para a Série A com o Santa Cruz (2005)
- Para a Série A com o Sport (2006)
- Para a Série B com o América-MG (2009)
- Para a Série A com o América-MG (2015)
Estatísticas como técnicoEditar
Equipe | Estatísticas | |||||||
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J | V | E | D | % Vit | ||||
América Mineiro (1997-1998) | 71 | 35 | 21 | 15 | 59,15% | |||
Paysandu (2000-2002) | - | - | - | - | - | |||
Atlético-PR (2006) | 12 | 4 | 2 | 6 | 38,88% | |||
América Mineiro (2009) | 14 | 9 | 2 | 3 | 69,05% | |||
América Mineiro (2011–2012) | 61 | 28 | 13 | 20 | 53,00% | |||
Paysandu (2012) | 6 | 0 | 5 | 1 | 38,88% | |||
ABC (2012–2013) | 28 | 7 | 5 | 6 | 48% | |||
Paysandu (2013) | 9 | 1 | 2 | 6 | 18,51% | |||
Treze (2014) | 16 | 4 | 7 | 5 | 39,58% | |||
América Mineiro (2014-2016) | 89 | 43 | 26 | 20 | 58,05% | |||
Náutico (2016) | 15 | 9 | 2 | 4 | 64,44% | |||
Ceará (2017) | 18 | 9 | 6 | 3 | 61,11% | |||
Santa Cruz (2017) | 11 | 2 | 3 | 6 | 27,27% | |||
Remo (2018) | 14 | 8 | 1 | 5 | 59,52% | |||
América Mineiro (2018–2019) | 23 | 9 | 5 | 9 | 46,38% |
TítulosEditar
Como técnicoEditar
- Clube do Remo
- Ceará
- América-MG
- Campeonato Mineiro: 2016
- Campeonato Brasileiro - Série C: 2009
- Campeonato Brasileiro - Série B: 1997
- Vitória
- Santa Cruz
- Fortaleza
- Paysandu
- Copa Norte: 2002
- Copa dos Campeões: 2002
- Campeonato Brasileiro - Série B: 2001
- Campeonato Paraense: 1987, 1992, 2000, 2001 e 2002
- Sport
- CSA
- CRB
Como jogadorEditar
- Sport
- Fluminense
- Corinthians
- Santa Cruz
Referências
- ↑ a b Thiago Benevenutte (10 de abril de 2018). «Givanildo se isola de novo como maior campeão estadual no século; Mano é tetra». GloboEsporte.com. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ Caballero, Miguel (15 de maio de 2016). «Givanildo Oliveira, o decano dos treinadores da Série A do Brasileiro». O Globo. Consultado em 9 de maio de 2017
- ↑ «Rodolfo Rodrigues - Quem são os técnicos com mais títulos estaduais no século XXI». www.uol.com.br. Consultado em 14 de janeiro de 2021
- ↑ Ivan Drummond (22 de fevereiro de 2019). «O dia em que Givanildo parou Pelé». Superesportes. Consultado em 26 de junho de 2020
- ↑ «Os recordistas de jogos nos grandes clubes do Nordeste, de 300 a 700». Cassio Zirpoli. 14 de outubro de 2019
- ↑ «Givanildo - Que fim levou?». Terceiro Tempo. Consultado em 9 de janeiro de 2021
- ↑ «Givanildo comemora título, mas alerta o torcedor: "A Série C é diferente"». GloboEsporte.com. 8 de abril de 2018. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «Sport anuncia Givanildo Oliveira». GloboEsporte.com. 10 de novembro de 2009. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «Givanildo Oliveira é o novo técnico do Sport». NE10. 10 de novembro de 2009. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «Givanildo Oliveira deixa o comando do Sport e presidente culpa o time». GloboEsporte.com. 26 de maio de 2010. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «Givanildo Oliveira está de volta ao Comando Técnico do Santa Cruz». 20 de julho de 2010. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «Givanildo de Oliveira acerta retorno e é o novo técnico do América-MG». GloboEsporte.com. 1 de agosto de 2011. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ Na reestreia de Givanildo, América reage e goleia o Fluminense por 3 a 0 Superesportes
- ↑ «Paysandu anuncia Givanildo Oliveira como novo treinador». Terra. 7 de agosto de 2012. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ Givanildo Oliveira é o treinador do Papão.
- ↑ Rafael Arruda (17 de setembro de 2014). «América acerta retorno de Givanildo Oliveira». Superesportes. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «América Mineiro renova contrato com o técnico Givanildo Oliveira». Imirante. 5 de dezembro de 2018. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «Náutico anuncia Givanildo Oliveira como seu novo treinador». LANCE!. 5 de setembro de 2016. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «Givanildo deixa o comando do Náutico após não conseguir o acesso». Gazeta Esportiva. 2 de dezembro de 2016. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «Givanildo Oliveira é anunciado como novo técnico do Ceará para 2017». GloboEsporte.com. 17 de fevereiro de 2017. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «Givanildo vira líder, e Geninho cresce entre maiores campeões estaduais do século». Globo Esporte. 8 de maio de 2017. Consultado em 2 de fevereiro de 2019
- ↑ Daniel Lima (26 de agosto de 2017). «Givanildo não resiste à sequência negativa e é demitido no Santa». Folha de Pernambuco. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ Gustavo Pêna (27 de fevereiro de 2018). «Givanildo Oliveira, de 69 anos, é o novo técnico do Clube do Remo». GloboEsporte.com. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «América-MG anuncia Givanildo Oliveira como novo técnico do clube». GloboEsporte.com. 11 de novembro de 2018. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «Damião e Edenílson brilham, Inter vence e afunda mais o América-MG na estreia de Givanildo». GloboEsporte.com. 15 de novembro de 2018. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ «Sport, América-MG, Vitória e Paraná são rebaixados para a Série B». Confederação Brasileira de Futebol. 2 de dezembro de 2018. Consultado em 15 de outubro de 2019
- ↑ UOL (2 de fevereiro de 2021). «Após casos de covid-19 na família, Givanildo diz que não treinará mais o America». UOL. Consultado em 1 de março de 2021
Ligações externasEditar
- «Givanildo Oliveira». no oGol
- «Givanildo Oliveira». no Transfermarkt
- «Givanildo Oliveira». no Soccerway
- «Givanildo Oliveira». no Sambafoot
- «Givanildo Oliveira». no UOL Esporte
Precedido por Vágner Benazzi Alexandre Gallo |
Técnico do Náutico 2002–2003 2016– |
Sucedido por Heriberto da Cunha Dado Cavalcanti |
Precedido por Mauro Fernandes |
Técnico do Vitória 2007 |
Sucedido por Marco Aurélio |
Precedido por Ademir Fonseca |
Técnico do ABC 2012–2013 |
Sucedido por Paulo Porto |
Precedido por Lecheva |
Técnico do Paysandu 2013 |
Sucedido por Arturzinho |
Precedido por Moacir Júnior Adílson Batista |
Técnico do América Mineiro 2014–2016 2018–2019 |
Sucedido por Sérgio Vieira Maurício Barbieri |
Precedido por Gilmar Dal Pozzo |
Técnico do Ceará 2017 |
Sucedido por Marcelo Chamusca |
Precedido por Vinícius Eutrópio |
Técnico do Santa Cruz 2017 |
Sucedido por Marcelo Martelotte |
Precedido por Ney da Matta |
Técnico do Remo 2018 |
Sucedido por Artur Oliveira |