Arlete Salles

atriz brasileira de teatro, novelas, televisão e cinema

Arlete Sales Lopes (Paudalho, 17 de junho de 1938[1]) é uma atriz, apresentadora, radialista e comediante brasileira. Ao longo de sua carreira de seis décadas, foi agraciada com várias premiações, incluindo um Prêmio APCA e dois Prêmios Qualidade Brasil e o festejado Troféu Mário Lago por sua contribuição artística.[2]

Arlete Salles
Arlete Salles
Arlete Salles na CCXP em 2019.
Nome completo Arlete Sales Lopes
Nascimento 17 de junho de 1938 (85 anos)
Paudalho, PE
Nacionalidade brasileira
Cônjuge
Ocupação
Período de atividade 1957–presente
Prêmios Lista

Salles iniciou sua carreira artística no rádio atuando como radialista até ingressar na Companhia Barreto Júnior, onde ao lado de diversos atores fez sua estreia no teatro com a peça A Cegonha se Diverte, já sendo premiada como atriz revelação. Em seguida, passou a trabalhar em teleteatros da TV Tupi, iniciando sua carreira na teledramaturgia, onde viria a se consagrar como uma atriz de renome. Sua estreia em telenovelas foi em Sangue e Areia, da TV Globo, em 1968.

No cinema, fez sua estreia em 1963 no filme de drama Terra sem Deus. Também se destacou nos filmes O Sexo das Bonecas (1974), A Extorsão (1975), Irma Vap - O Retorno (2006), Polaróides Urbanas (2008), pelo qual foi indicada ao Prêmio Contigo! de Cinema de melhor atriz coadjuvante, Crô em Família (2018) e Amigas de Sorte (2021). No teatro, protagonizou inúmeras produções, sendo prestigiada pela versatilidade em peças como Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá (1973), A Partilha (1990), A Vida Passa (2001) e Todo Mundo Sabe que Todo Mundo Sabe (2003).

Na televisão, Salles se tornou mais conhecida do grande público por suas atuações em telenovelas, como Selva de Pedra (1972), Cavalo de Aço (1973), Sem Lenço, sem Documento (1977), Tieta (1989), Salsa e Merengue (1996), pela qual foi eleita melhor atriz pelo Prêmio APCA, Porto dos Milagres (2001), A Lua me Disse (2005), Fina Estampa (2011) e Babilônia (2015). Além do mais, ganhou grande repercussão como Copélia no sitcom Toma Lá, Dá Cá (2007-09).

Biografia editar

Início da vida editar

Arlete Sales Lopes em Paudalho, em Pernambuco, Brasil, em 17 de junho de 1938. Ela é filha do sanfoneiro Lourenço Lopes da Silva e da enfermeira Severina Salles Torres.[3] Ainda em sua infância, mudou-se para a capital de seu estado natal, Recife.[3] Quando adolescente, começou a trabalhar como instrumentadora em um consultório odontológico para ajudar na renda de sua família.[4] Em suas horas vagas, Arlete costumava ouvir radionovelas e cultuava o sonho de um dia poder trabalhar atuando.[3]

Aos quinze anos de idade, descobriu que a Rádio Jornal do Comércio, localizada em Recife, estava em busca de novos talentos e decidiu realizar um teste.[3] Embora não tenha sido aprovada como atriz por falta de experiência, sua voz grave lhe garantiu um emprego como locutora. Mesmo assim, encontrou uma maneira de participar de algumas novelas, mas admite que nunca teve a típica voz de jovem apaixonada e nunca viveu uma bela história de amor.[3]

Vida pessoal editar

Em 1958 casou-se com o ator Lúcio Mauro.[5] Com ele teve dois filhos, o ator Alexandre Barbalho e o cineasta Gilberto Salles. Já casada com Lúcio Mauro, ingressou na Companhia Barreto Júnior, onde estreou profissionalmente em espetáculos de comédia.[3] Em 1963, o casal se mudou para o Rio de Janeiro, onde se concentrava as maiores produções artísticas do país, para desenvolver a carreira. O casamento chegou ao fim no final da década de 1970.[3] Também nesse período, Arlete casou-se com o ator Tony Tornado.[6] Em uma entrevista recente, Arlete relembrou que as pessoas usavam a narrativa de que ela se separou de Lúcio Mauro por conta de seu novo relacionamento como uma desculpa para o racismo direcionado a Tony Tornado.[6] Ela afirmou que a diferença não era a cor da pele, mas sim o fato de que "essa mulher" (referindo-se a ela mesma) ter supostamente abandonado maridos e filhos para seguir uma paixão.[6] Atualmente, ela tem dois netos, o ator Pedro Medina e Joana, ambos filhos de Alexandre.[7]

Em janeiro de 2014, Arlete descobriu um nódulo maligno em um de seus seios e foi diagnosticada com câncer de mama.[8] Ela passou por tratamento de quimioterapia e radioterapia, além de uma cirurgia, e se recuperou da doença em novembro do mesmo ano.[9] Em 2022, revelou ter sido diagnosticada com herpes-zóster, doença crônica infecciosa causada pelo vírus da catapora. A atriz participou da série documental Dor, do Globoplay, contando sua experiência com a doença.[10]

Carreira editar

1957–67: Início da carreira e contratação na TV Tupi editar

Arlete começou sua carreira em 1957, aos quinze anos, como locutora na Rádio Jornal do Commercio, em Recife. Depois de se casar com o ator Lúcio Mauro em 1958, Arlete ingressou na Companhia Barreto Júnior e fez sua estreia profissional na comédia A Cegonha se Diverte, dirigida por Graça Mello.[11] Por esse trabalho, já foi laureada com um prêmio de melhor atriz revelação. Em 1960 foi para os Diários Associados, trabalhando na Rádio Tamandaré e na TV Rádio Clube de Pernambuco. Foi também em 1960, com a abertura da filial da TV Tupi no Recife, que Arlete começou a trabalhar nos teleteatros da emissora. Fez sucesso em suas participações em teleteatros e logo mudou-se para o Rio de Janeiro, ao lado do seu então marido Lúcio Mauro e o amigo José Santa Cruz, já contratada no elenco fixo da TV Tupi. Instalada na cidade carioca, ela passou a trabalhar em diversas produções da emissora. Em 1963, fez sua estreia no cinema no filme Terra sem Deus, de José Carlos Burle, numa participação especial como a amante de um coronel. Entre 1964 e 1966, fez participações recorrentes no Grande Teatro Tupi, onde interpretou diversos personagens. Após esses trabalhos, foi demitida quando da TV Tupi quando a rede de emissoras associadas entrou em declínio. Em seguida, apresentou com Lúcio, o programa humorístico I Love Lúcio, na Rede Bandeirantes.[12]

1968–76: Estreia na TV Globo e consolidação da carreira editar

Em 1968, foi contratada pela TV Globo, onde viria a se consagrar como uma das maiores atrizes brasileira por seus papéis marcantes nas produções da emissora. Salles ficou nacionalmente conhecida, principalmente, por seus papéis engraçados e extravagantes. Ainda assim, a atriz se estabeleceu como uma carreira marcada pela versatilidade, sendo sucesso de crítica tanto na comédia quanto no drama.[13] Sua estreia na emissora se deu na telenovela Sangue e Areia (1968), de Janete Clair, na qual sua personagem era mãe de Myriam Pérsia, apesar de ambas terem a mesma idade na época, 22 anos. Para o papel, Arlete foi obrigada a usar uma maquiagem pesada para aparentar uma idade mais avançada.[3][14]

Em janeiro de 1969, realizou uma participação especial – como Gladys – no último capítulo da novela A Gata de Vison.[15] No entanto, seu primeiro papel de destaque foi em A Ponte dos Suspiros (1969), escrita por Dias Gomes sob o pseudônimo de Stella Calderón, onde interpretou a rainha Impéria. Sua personagem era a antagonista da trama, a qual era ambientada em Veneza no ano de 1500 e protagonizada por Yoná Magalhães e Carlos Alberto.[16] Em Verão Vermelho (1970), novela do horário das dez horas de Dia Gomes, interpretou Selma. A novela foi a primeira produção da teledramaturgia ambientada em Salvador e a reproduzir costumes da cultura baiana.[17] Sua personagem novamente era a vilã da trama e não aceitava o fim do noivado com Carlos (papel de Jardel Filho), o qual se apaixona pela mocinha Adriana (Dina Sfat), fazendo de tudo para infernizar a vida da moça.[18] Em seguida, participou da produção que substituiu Verão Vermelho na grade horária, Assim na Terra como no Céu, no papel de Jurema.[19]

Em O Homem Que Deve Morrer, escrita por Janete Clair em 1971, viveu Lia. A trama que envolvia drama e fantasia, se iniciava com retardo de 31 anos, quando acontecimentos sobrenaturais ocorreram na fictícia cidade de Porto Azul, em Santa Catarina, envolvendo uma luz misteriosa que diversos moradores da cidade sonharam, incluindo a personagem de Arlete então criança.[20] No ano seguinte, em 1972, chamou atenção do público na pele da interesseira Laura Vilhena na novela de grande sucesso Selva de Pedra, produção escrita por Janete Clair que alcançou o feito de atingir a marca de 100% dos televisores que tinham a aparelhagem de medição de audiência ligados na novela, um recorde histórico.[21] Sua personagem é uma mulher cômica que estava sempre se casando com homens mais velhos e ricos, pois queria sempre se dar bem na vida, mas no fim acaba se casando com seu motorista, personagem de Kadu Moliterno.[3]

Em 1973, interpretou Lenita em Cavalo de Aço, novela de Walther Negrão que sofreu com inúmeros vetos da Censura Federal durante sua exibição.[22] Na trama, sua personagem é a responsável por carregar o mistério que sustenta o enredo da novela, a qual é marcada por vingança. O personagem principal, Rodrigo, interpretado por Tarcísio Meira, volta a sua cidade natal para vingar a morte de seus pais e tomar posse de suas terras, confrontando o poderoso Maximiliano (Ziembinski), personagem que é assinado. A culpa recai sobre o protagonista, mas no fim é revelado que a verdadeira criminosa é Lenita, que não suportava a situação em que Max colocava sua família.[23] Em 1974, foi escalada para o elenco da novela O Rebu, no papel de Lídia.[24] Em 75, voltou a interpretar uma personagem irreverente em Bravo!, novela escrita por Janete Clair e exibida às 19h.[25] Em Bravo!, sua personagem é Myriam Serpa, uma mulher engraçada e alucinada por riqueza.[3] Também em 1975, esteve no filme A Extorsão, dirigido por Flávio Tambellini. Em 1976, fez uma participação especial – como Maria Helena – em O Casarão, Lauro César Muniz, e logo foi escalada para a produção que a substituiria, Duas Vidas, mais uma de suas parcerias com a autora Janete Clair, onde deu vida a Gilda, uma mulher interesseira e oportunista.[26]

1977–86: Protagonismo e saída da TV Globo editar

Em 1977, foi escalada como uma das protagonistas da novela Sem Lenço, sem Documento, de Mário Prata, a qual discutia a relação entre empregadas domésticas e patroas.[27] Ao lado de Isabel Ribeiro, Ilva Niño e Ana Maria Braga, a atriz fez parte do núcleo do quarteto de irmãs pernambucanas que migraram para o Rio de Janeiro para trabalharem como domésticas.[27] Sua personagem é Dorzinha, uma mulher ingênua e sonhadora, que adora fotonovelas e almeja viver um romance igual ao lado de seu namorado, Juvenal (Luiz Orioni).[28] Em A Sucessora (1978), escrita por Manoel Carlos, Arlete interpretou Germana Steen. A atriz mencionou que essa novela foi um marco na história da teledramaturgia brasileira, e que teve a oportunidade de trabalhar novamente com Kadu Moliterno, que fazia o papel de seu marido na trama. Ao Memória Globo, Arlete descreveu sua personagem como uma mulher madura que mantinha um relacionamento com um marido mais jovem, a quem ela controlava de forma tirânica.[3] Finalizando a década de 1970, esteve na segunda versão de Cabocla, como a dançarina espanhola Pepa.[29]

No início da década de 1980, atuou em Água Viva, novela do horário nobre escrita por Gilberto Braga. Em um personagem coadjuvante, ela deu vida a Celeste Lima, esposa de Sérgio papel de Milton Moraes.[30] Em 1981, voltou a trabalhar com Manoel Carlos em Baila Comigo, onde interpretou Dolores Moreira, uma mulher inconstante que vive altos e baixos após ter sido trocada por seu noivo.[31] No mesmo ano foi convidada para uma participação especial na novela Jogo da Vida, mais uma colaboração com Janete Clair em sua carreira, dando vida a Isaura, uma amiga do protagonista Seu Vieira, interpretado por Gianfrancesco Guarnieri.[32] A atriz voltou à televisão em 1983 em Louco Amor, de Gilberto Braga, como Isadora, uma mulher batalhadora que trabalha como costureira para sustentar a casa, mas que carrega uma mágoa do marido, o fotógrafo Alfredo (Fernando Torres), por ele não ter lhe dado uma boa vida e se entregado ao alcoolismo.[33]

Em Amor com Amor Se Paga (1984), ela foi Silvia, uma mulher moderna que faz parte do núcleo da determinada Grace, papel de Yoná Magalhães.[34] Em 1986, atuou na minissérie Memórias de um Gigolô como Ester. Após o término da minissérie, a atriz não renovou seu contrato com a TV Globo. Ela estava em cartaz no teatro com a peça Felisberto Café. No mesmo ano, foi contratada pela TV Manchete para participar – como Genoveva – da novela Dona Beija. Numa tentativa da emissora se estabelecer no mercado da teledramaturgia, o diretor Herval Rossano foi contratado para a direção da novela. Foi ele o responsável por levar Arlete para a produção, além de diversos outros atores consagrados da Globo, incluindo Maitê Proença no papel-título.[35]

1987–99: Volta à TV Globo e consagração editar

Após o fim de Dona Beija, Arlete encerrou sua rápida passagem pela Manchete e retomou seu contrato com a TV Globo. Entre março e outubro de 1987, esteve em O Outro, de Aguinaldo Silva, na pele da governanta Vilma. Na trama, Vilma nutre uma paixão eterna pelo patrão Paulo Della Santa – o qual é interpretado por Francisco Cuoco –, a quem serve com devoção e resignação, reconhecendo seu papel de criada. Conforme a história avança, é revelado que Vilma teve uma filha com ele.[36] Voltou a contribuir com Aguinaldo em Tieta (1989), novela de grande repercussão protagonizada por Betty Faria no papel-título, onde interpretou a solteirona inquieta Carmosina.[3] A atriz considera esse o seu melhor trabalho na televisão, pois segundo a própria, existia muito da personagem dentro dela pois conheceu muitas mulheres semelhantes quando morava em Recife.[3] Voltou às novelas em 1990 para atuar em Lua Cheia de Amor como Kika Jordão, uma mulher de origem humilde que se deslumbra com a riqueza após mudar sua condição de vida.[37] Foi também em 1990 que passou a interpretar Maria Lúcia na peça A Partilha, escrita por Miguel Falabella, protagonizando ao lado de Natália do Valle, Susana Vieira e Thereza Pfeifer em um quarteto de irmãs. O espetáculo foi um sucesso de público e crítica, ficando em cartaz por muitos anos e sendo apresentado em 12 países.[38]

Dois anos mais tarde, iniciou uma parceria com Aguinaldo Silva em mais duas produções, ambas exibidas no horário nobre da TV Globo. Em 1992, interpretou Umbelina Queiroz em Pedra sobre Pedra, personagem mais conhecida como Francisquinha, a qual é casada com o delegado da cidade fictícia que se ambienta a novela, Queiroz – o qual é interpretado por Nelson Xavier –, no entanto exerce a função do mesmo por considerá-lo doente.[39] No ano seguinte, participou como Margarida de Fera Ferida. Sua personagem é uma mulher humilde, que trabalha como costureira para criar suas duas filhas – Zigfrida (Deborah Evelyn) e Isoldinha (Anna de Aguiar) –, e é a única da cidade que sabe do mistério sobre a origem Flamel (Edson Celulari), seu sobrinho, que intriga a população.[40] Assim como Tieta, essas duas obras fazem parte de um universo criado por Aguinaldo Silva que segue um estilo característico de obras do autor, o qual segue uma trama de realismo fantástico sempre ambientada em uma cidade de interior fictícia.[41]

No ano de 1995, esteve na minissérie Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados e na novela Cara & Coroa, sendo que nesta última interpretou Cacilda, fazendo par romântico com Hugo Carvana.[42] Em 1996, chamou atenção como uma das protagonistas de Salsa e Merengue. Sua personagem, a matriarca Anabel, foi criada especialmente pela dupla de autores Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa para a atriz. Na trama, Anabel é viúva de um cubano e vive a vida organizando festas junto com seus filhos Remédios (Bia Nunnes), Antônio (Alexandre Barillari), Amparo (Thaís de Campos) e Assunção (Gabriela Alves).[43] A interpretação de Salles na novela recebeu a aclamação da crítica e ela recebeu o festejado Prêmio APCA de Melhor Atriz em Televisão.[44]

Em 1998, foi convidada para a minissérie Hilda Furacão, uma das produções mais comentada da televisão brasileira, já considerada um clássico.[45] Na trama, protagonizada por Ana Paula Arósio, ela interpreta uma cartomante responsável por trazer revelações que irão mudar a vida da protagonista, a Madame Janete.[46] Ainda em 1998, participou da novela Meu Bem Querer, de Ricardo Linhares, com a autêntica Tonha da Pamonha, e realizou uma participação especial no episódio "Baixaria na Alta Costura" do seriado Sai de Baixo, como Gigi Marcondes. Por fim, encerrando a década de 1990, protagonizou o episódio "Madame Sussu" do seriado Você Decide, no papel-título, e fez uma participação especial em um capítulo da novela Terra Nostra como Irmã Tereza.[47]

2000–09: Prosseguimento da carreira e Toma Lá, Dá Cá editar

No início do novo milênio, em 2000, foi vista em mais dois episódios de Você Decide: "A Viagem" e "Ídolos de Barro". Ainda foi convidada para mais uma participação especial no programa Sai de Baixo, dessa vez no episódio "Vestida Pra Rebolar" como Margot Fontana. Salles recebeu aclamação por sua performance da grande vilã Augusta Eugênia na novela Porto dos Milagres (2001), de Aguinaldo Silva e Ricardo Linhares. Na trama, que se passa na fictícia cidade de Porto dos Milagres, Augusta é considerada a grande dama local, a qual vive sob essa tradição para se manter no poder. Sua personagem ganhou muita repercussão entre o público por seu tom cômico e vilanesco. Tornou-se um dos papéis mais marcantes de Arlete e ela foi premiada duplamente no Prêmio Qualidade Brasil como melhor atriz de televisão, nas edições de São Paulo e Rio de Janeiro, além de ter sido indicada ao Prêmio Contigo! de TV de melhor atriz cômica.[48]

Ainda em 2001, voltou ao teatro novamente no papel de Maria Lúcia – o qual havia interpretado em A Partilha –, na peça A Vida Passa, de Miguel Falabella, uma continuação da primeira peça que mostra os rumos que cada uma das quatro irmãs tomou após os eventos de A Partilha. O espetáculo também trouxe Natália do Valle, Susana Vieira e Thereza Pfeifer reprisando seus respectivos papéis.[49] Em 2002, voltou ao posto de vilã em Sabor da Paixão, de Ana Maria Moretzohn e Denise Sarraceni, como Zenilda Paixão.[50] Nos anos seguinte, limitou sua atuação na televisão a pequenas participações em seriados, como Sítio do Picapau Amarelo (2003), A Diarista (2004) e Sob Nova Direção (2004). Regressou às novelas em 2005, após três anos afastada, para uma participação especial em América, de Glória Perez.

Em 2005, foi escalada para o papel de Ademilde em A Lua me Disse, segunda parceria de Miguel Falabella e Maria Carmem Barbosa em telenovelas. Inicialmente, sua personagem seria destinado para Zezé Polessa, no entanto a atriz foi remanejada para o personagem da grande vilã, sendo substituída por Arlete.[51] Em 2006, fez mais uma participação no seriado Sob Nova Direção no episódio "O Casal do Momento" e foi escalada para a novela Pé na Jaca, substituindo a atriz Nair Bello, que chegou a gravar algumas cenas, porém teve graves problemas de saúde e entrou em coma antes do início da trama.[52] Na trama, deu vida à Gioconda, uma mulher que não hesita em contar suas mentiras e abusar das premonições que diz ter como médium.[52] O ano de 2006 também marcou a volta da atriz aos cinemas após 31 anos afastada. Participou dos filmes de comédia Acredite, um Espírito Baixou em Mim e Irma Vap - O Retorno, além do filme infantil A Ilha do Terrível Rapaterra.

 
Arlete Salles como Copélia em Toma Lá, Dá Cá em 2008. (Foto: Globo)

Em 2007, foi escalada para o elenco do humorístico Toma Lá Dá Cá, no papel de Copélia, que viria a se tornar um dos seus trabalhos de maior destaque na televisão. Inicialmente, havia sido escalada para outra personagem, a síndica que originalmente se chamaria Zara, porém Miguel Falebella (autor da série) achou que a atriz se enquadraria melhor como Copélia, passando o primeiro papel para Stella Miranda, que mudou de nome para Álvara. Sua personagem é uma mulher despachada e livre de qualquer tabu, que pelo seu comportamento pervertido e suas lembranças ninfomaníacas da juventude, horroriza aqueles que param para ouvir o que diz.[53] O papel é bastante lembrado pelo público e constantemente relembrado na internet através dos memes criados a partir de suas falas. A série permaneceu no ar por três temporadas, chegando ao fim em dezembro de 2009.[54] Entre as temporadas da série, Arlete atuou numa participação especial no filme A Casa da Mãe Joana (2008), dirigido por Hugo Carvana. Ao lado de Marília Pêra, Natália do Valle, Otávio Augusto, Neuza Borges e grande elenco, protagonizou a comédia Polaróides Urbanas no cinema, filme de Miguel Falabella adaptado do espetáculo teatral Como Encher um Biquíni Selvagem, de autoria do próprio Falabella.[55] Por esse trabalho, foi indicada ao Prêmio Contigo! de Cinema Nacional de melhor atriz coadjuvante.[56]

2010–19: Volta às novelas e recuperação do câncer editar

Após o fim de Toma Lá, Dá Cá, participou, em 2010, de episódios das séries S.O.S. Emergência e A Vida Alheia. Em 2011, Arlete voltou a atuar numa telenovela, após cinco anos de ausência, assumindo o papel da taxista Vilma Moreira Prado em Fina Estampa, em mais uma parceria com Aguinaldo Silva.[57] Esteve no elenco do filme Até que a Sorte nos Separe 2 (2013). Nos anos seguintes, a atriz participou de projetos mais curtos, fazendo participações em seriados, como Louco por Elas (2013), A Grande Família (2013) e no reboot de Sai de Baixo (2013), além de ter realizado uma participação na novela teen Malhação Casa Cheia, entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014. Em 2014 esteve em cartaz com a peça O Que o Mordomo Viu, porém foi substituída por Marisa Orth, para a retirada de um tumor, tendo posteriormente voltado já nas últimas sessões da peça em 2015.[58] A atriz foi diagnosticada com câncer de mama no início de 2014, reduzindo seus trabalhos para o tratamento da doença.[9]

Em 2015, voltou às telenovelas sendo convidada para interpretar a religiosa vilã cômica Consuelo Pimenta na novela Babilônia, de Gilberto Braga.[59][60] Nesse ano também fez uma participação especial no episódio "Deu pra Esquecer?" do humorístico Tomara que Caia e trabalhou como dubladora no filme de animação Até que a Sbórnia nos Separe. Em 2016, fez uma participação especial no filme de comédia Mulheres no Poder, no papel da presidente da República. Em 2018, formou com Luis Gustavo um casal de trambiqueiros na série Brasil a Bordo.[61] Na série de Miguel Falabella, eles são Berna e Gonçalo, um casal que lidera a Piorá Linhas Aéreas, empresa que se dedica a práticas ilegais. Eles estão acostumados com o luxo que o negócio lhes proporciona, mas enfrentam dificuldades quando a instabilidade econômica do Brasil afeta negativamente a empresa já fracassada da família.[61]

Atuou em mais uma telenovela em 2018, participando – como Naná – de Segundo Sol, escrita por João Emanuel Carneiro. Na trama, sua personagem é mãe do protagonista e vive um triângulo amoroso com José de Abreu e Francisco Cuoco.[62] Ainda em 2018, atuou no filme Crô em Família como Marinalva, a matriarca da família que tenta aplicar um golpe em Crô. Em 2019, protagonizou com Vera Holtz e Daniel Rangel a série Eu, a Vó e a Boi, série inspirada em uma sequência de tweets que Eduardo Hanzo postou em seu perfil onde contava a história das brigas de sua vó e sua vizinha, chamada por sua vó de "boi".[63] Na série, Arlete interpretou Turandot, a "vó".[64]

2020–presente: Trabalhos recentes editar

Em 2020, com o surgimento da pandemia de COVID-19, participou de alguns projetos gravados de forma remota para evitar o contágio com a doença. Esteve em dois episódios da série Diário de um Confinado, protagonizada por Bruno Mazzeo, no papel de Tia Rita. Interpretou Olga no episódio "Gilda e Lúcia" da série Amor e Sorte e no especial de fim de ano Gilda, Lúcia e o Bode, derivado da série. Em 2021, fez uma participação especial no quarto episódio da 4ª temporada da série dramática Sob Pressão, atuando ao lado de Ary Fontoura como Esmeralda em um episódio que debatia o HIV entre os idosos.[65]

Ainda em 2021, estrelou com Susana Vieira e Rosi Campos o filme de comédia Amigas de Sorte, de Homero Olivetto, no qual interpretam um trio de amigas que para quebrar a rotina do dia a dia decidem viajar para o Uruguai e se metem em várias confusões.[66] Em 2022, esteve na novela das seis Além da Ilusão, de Alessandra Poggi, onde interpretou Santa, uma viúva que após perder o marido decide aproveitar a vida com a fortuna que recebeu de herança.[67] Em 2023, fez uma participação especial no último capítulo da novela Cara e Coragem, na pele de uma juíza que condena os vilões da trama.[68] No mesmo ano, volta aos cinemas estrelando ao lado de Vera Holtz e Louise Cardoso o premiado drama Tia Virgínia, onde interpreta Vanda, a irmã de Virgínia.[69] Também em dezembro deste mesmo ano, atuou na comédia Minha Irmã e Eu, protagonizado por Ingrid Guimarães e Tatá Werneck como duas irmãs. No filme, Salles interpreta Márcia, a mãe das protagonistas que desaparece durante a comemoração de seu aniversário forçando as filhas a se juntarem novamente após anos de distanciamento.[70]

Arlete vai estrelar a novela Família É Tudo!.[71]

Filmografia editar

Televisão editar

Ano Título Personagem Nota
1964–66 Grande Teatro Tupi Várias personagens
1967 I Love Lúcio Arlete
1968 Sangue e Areia Mercedes
1969 A Gata de Vison Gladys Episódio: "6 de janeiro"
A Ponte dos Suspiros Impéria
1970 Verão Vermelho Selma
Assim na Terra como no Céu Jurema
1971 O Homem Que Deve Morrer Lia Sanches
1972 Selva de Pedra Laura Vilhena
1973 Cavalo de Aço Helenita (Lenita)
1974 O Rebu Lídia Braga
1975 Bravo! Myrian Serpa
1976 O Casarão Maria Helena
Duas Vidas Gilda
1977 Sem Lenço, sem Documento Maria das Dores (Dorzinha)
1978 A Sucessora Germana Steen
1979 Cabocla Pepa Junqueira Caldas (Pepa, la Sevillana)
1980 Água Viva Celeste Lima
1981 Baila Comigo Dolores Moreira
Jogo da Vida Isaura
1983 Louco Amor Isadora (Isa)
1984 Amor com Amor Se Paga Sílvia
1986 Memórias de um Gigolô Ester
Dona Beija Genoveva Felizardo
1987 O Outro Vilma
1989 Tieta Carmosina
1990 Lua Cheia de Amor Maria Quitéria Jordão da Silva (Kika Jordão)
1992 Pedra sobre Pedra Umbelina Queiroz (Delegada Francisquinha)
1993 Fera Ferida Margarida Pestana Weber
1995 Engraçadinha: Seus Amores e Seus Pecados Araci
Cara & Coroa Cacilda Montez
1996 Salsa e Merengue Anabel Muñoz
1998 Hilda Furacão Madame Janete
Meu Bem Querer Tonha da Pamonha
Sai de Baixo Gigi Marcondes Episódio: "Baixaria na Alta Costura"
1999 Você Decide Madame Sussu Episódio: "Madame Sussu"
Terra Nostra Irmã Tereza Episódio: "26 de outubro"
2000 Sai de Baixo Margot Fontana Episódio: "Vestida Pra Rebolar"
2001 Porto dos Milagres Augusta Eugênia Proença de Assumpção
Os Normais Nanci Episódio: "Seguir a Tradição é Normal"
2002 Sabor da Paixão Zenilda Paixão
2003 Sítio do Picapau Amarelo Hermengarda Episódio: "Rapunzel"
2004 A Diarista Nereide Fontinhas Episódio: "Emergente como a Gente"
Sob Nova Direção Dona Leda Episódio: "Disque Belinha"
2005 América Rita Episódio: "14 de março"
A Lua Me Disse Ademilde Goldoni
2006 Sob Nova Direção Dona Leda Episódio: "O Casal do Momento"
Pé na Jaca Gioconda Tamburello
2007–09 Toma Lá, Dá Cá Copélia Rocha
2010 S.O.S. Emergência Madame Zaira Episódio: "Um Caso Cabeludo"
A Vida Alheia Vanusa Lessa Episódio: "Amor de Mãe"
2011 Fina Estampa Vilma Moreira Prado[72]
2013 Louco por Elas Estela Episódio: "Mãe de Giovana vem da Itália"
A Grande Família Leandra[73] Episódio: "Bebel e Sua Moto"
Sai de Baixo Raimunda Episódio: "O Garoto do Adeus"
Malhação Casa Cheia Elvira de Souza[74] Episódios: "6 de dezembro–24 de fevereiro"
2015 Babilônia Consuelo Pimenta
Tomara que Caia Olga Episódio: "Deu pra Esquecer?"
2017 Os Trapalhões Super Mamãe Episódio: "8 de outubro"
Brasil a Bordo Berna Cavalcanti
2018 Segundo Sol Nazira Yunes Falcão (Naná)
2019 Eu, a Vó e a Boi[75] Turandot Gazebo
2020 Diário de Um Confinado Tia Rita[76][77] Episódio: "Chef"
Episódio: "Desconfinado"
Amor e Sorte Olga Episódio: "Lúcia e Gilda"
Gilda, Lúcia e o Bode Especial de fim de ano
2021 Sob Pressão Esmeralda[78] 4ª. Temporada
2022 Além da Ilusão Santa Figueiredo[79]
2023 Cara e Coragem Juíza Hercília Delgado Episódio: "13 de janeiro"
2024 Família é Tudo Frida Mancini[80]
Catarina Mancini[71]

Cinema editar

Ano Título Personagem
1963 Terra sem Deus Amante do coronel
1972 O Grande Gozador
A Dama das Camélias
1974 O Sexo das Bonecas Gracinha
A Cartomante
1975 A Extorsão Kátia
2006 Acredite, um Espírito Baixou em Mim Yolanda
Irma Vap - O Retorno Vanda
A Ilha do Terrível Rapaterra Dona Tude
2008 A Casa da Mãe Joana Cliente
Polaróides Urbanas Lise Delamare
2013 Até que a Sorte nos Separe 2 Estela Bastos Mendes da Cruz
2014 Até que a Sbórnia nos Separe Alba Delacroix (voz)
2016 Mulheres no Poder Presidenta
2018 Crô em Família Marinalva
2021 Amigas de Sorte Nina
2023 Tia Virgínia Vanda
Minha Irmã e Eu Dona Márcia

Teatro editar

Ano Título Personagem
1958 A Cegonha se Diverte
1969 Pai de Hippie Não Tem Vez
1971 O Camarada Mioussov
1973 Greta Garbo, Quem Diria, Acabou no Irajá Mary
1974 Um Amor Hippie Luciana
1976 A Mulher Integral
A Feira do Adultério
1978 Roda Cor de Rosa
1981 Swing – A Troca de Casais
1983 La Ultima Noche
1985 Felisberto Café
1990-1991 A Partilha Maria Lúcia
2000 A Vida Passa
2003 Todo Mundo Sabe que Todo Mundo Sabe Evangelina
2003-2004 Veneza Rita
2009-2010 Hairspray Velma Von Tussle
2010-2011 Amores, Perdas e meus Vestidos
2012 A Partilha Maria Lúcia
2014-2015 O Que o Mordomo Viu Mirta

Prêmios e indicações editar

Ano Prêmio Categoria Nomeações Resultado
1997 Prêmio APCA de Televisão[81] Melhor Atriz
Salsa e Merengue
Venceu
2001 Prêmio Arte Qualidade Brasil - RJ Melhor Atriz
Porto dos Milagres
Venceu
Prêmio Arte Qualidade Brasil - SP Melhor Atriz Venceu
Prêmio TV Press Melhor Atriz Coadjuvante Venceu
2002 Prêmio Contigo! de TV[48] Melhor Atriz Cômica Indicado
2003 Prêmio Contigo! de TV[82] Melhor vilã
Sabor da Paixão
Indicado
2006 Prêmio Arte Qualidade Brasil[83] Melhor Atriz Teatral Comédia
Acorda Brasil
Indicado
2008 Prêmio Contigo! de Cinema Nacional[56] Melhor Atriz Coadjuvante
Polaróides Urbanas
Indicado
Prêmio Qualidade Brasil[84] Melhor Atriz Cômica
Toma Lá, Dá Cá
Indicado
2009 Prêmio Contigo! de TV[85] Indicado
2018 Festival de Cinema Nacional de Carpina[86] Melhor Atriz
O Crime da Cabra
Venceu
Troféu Mário Lago[87] Prêmio Especial pelo Conjunto da Obra
Homenagem
Venceu
2019 Prêmio CinEuphoria de Cinema Homenagem especial
Conjunto da Obra
Venceu
2024 Festival Sesc Melhores Filmes[88] Melhor Atriz Nacional Pendente

Referências

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Ligações externas editar