Vibrante simples retroflexa
Vibrante simples retroflexa | |||
---|---|---|---|
ɽ | |||
| |||
IPA | 125 | ||
Codificação | |||
Entidade (decimal) | ɽ
| ||
Unicode (hex) | U+027D | ||
X-SAMPA | r`
| ||
Kirshenbaum | *.
|
A vibrante simples retroflexa é um tipo de som consonantal, usado em algumas línguas faladas. O símbolo no Alfabeto Fonético Internacional que representa este som é ⟨ɽ⟩, e o símbolo X-SAMPA equivalente é r`
.[1]
CaracterísticasEditar
- Sua forma de articulação é tepe ou flepe, o que significa que é produzida com uma única contração dos músculos de forma que um articulador (geralmente a língua) é lançado contra outro.[1]
- Seu local de articulação é retroflexo, o que significa prototipicamente que ele está articulado subapical (com a ponta da língua enrolada para cima), mas de forma mais geral, significa que é pós-alveolar sem ser palatalizado. Ou seja, além da articulação subapical prototípica, o contato da língua pode ser apical (pontiagudo) ou laminal (plano).[1]
- Sua fonação é expressa, o que significa que as cordas vocais vibram durante a articulação. É uma consoante oral, o que significa que o ar só pode escapar pela boca.[1]
- É uma consoante central, o que significa que é produzida direcionando o fluxo de ar ao longo do centro da língua, em vez de para os lados.[1]
- O mecanismo da corrente de ar é pulmonar, o que significa que é articulado empurrando o ar apenas com os pulmões e o diafragma, como na maioria dos sons.[1]
OcorrênciaEditar
Língua | Palavras | AFI | Significado | Notas | |
---|---|---|---|---|---|
Bengali[2] | গাড়ি | [ɡäɽiː] | 'car' | Apical pós-alveolar.[2] | |
Holandês[3][4] | Norte de Brabante[5] | riem | [ɽim] | 'belt' | Uama rara varainte no final de palavras de /r/.[6][7] Realização de /r/ varias consideravelmente nos dialetos. |
Norte da Holanda[5][8] | |||||
Elfdaliano | luv | [ɽʏːv] | 'permission' | ||
Enga | yála | [jɑɽɑ] | 'shame' | ||
Gokana[9] | bele | [bēɽē] | 'we' | Apical pós-alveolar. Alofone de /l/, mediamente entre vogais no morfema, and no fim do morfema antes de uma vogal seguinte na mesma palavra. Pode ser uma vibrante múltipla alveolar ou simplesmente [l] no lugar.[9] | |
Hauçá | bara | [bəɽä] | Servo | Representado na escrita árabe como ⟨ر⟩. | |
Hindustani[10] | Híndi | बड़ा | [bəɽäː] | Grande | Apical pós-alveolar; contrasts unaspirated and aspirated forms.[10] |
Urdu | بڑا | ||||
Japonês[11][12][13] | 心/kokoro | [ko̞ko̞ɾ̠o̞] | Coração | Apical pós-alveolar, pode ser alveolar [ɾ] no lugar.[11][12][13] | |
Nepali[14] | भाड़ा | [bʱäɽä] | Aluguél | Apical pós-alveolar; alofone de depois de palavras /ɖ, ɖʱ/.[15] | |
Norueguês | Dialetos centrais[16] | blad | [bɽɑː] | Folha | Alofone de /l/ e /r/. No oriente urbano muitas vezes alterna para ao alveolar [ɾ], exceto para algumas palavras.[16][17] |
Dialetos orientais[16][17] | |||||
Odia[18] | ଗାଡ଼ି | [ɡäɽiː] | Carro | Apical pós-alveolar; alofone de depois de palavras /ɖ, ɖʱ/.[18] | |
Português | Alguns falantes europeus[19] | falar | [fəˈläɽ] | Falar | Alofone de /ɾ/. |
Caipiras[20][21] | madeira | [mɐˈdeɽə] | Madeira | ||
Alguns falantes sertanejos.[22] | gargalhar | [ɡäɽɡɐˈʎäɽ] | Gargalhar | ||
Punjabi[23] | Gurmukhi | ਘੋੜਾ | [kòːɽɑ̀ː] | Cavalo | |
Shahmukhi | گوڑا | ||||
Shipibo[24] | roro | [ˈɽo̽ɽo̽] | Quebrar | Apical pós-alveolar; possível realização de /r/.[24] | |
Sueco | Alguns dialetos[17] | blad | [bɽɑː(d)] | Folha | Alofone de /l/. |
Warlpiri | jarda | [caɽa] | Sono | Transcreve /ɽ/ como rd. |
Notas e referências
- ↑ a b c d e f Maddieson; Ladefoged, Ian; Peter (1996). The Sounds of World's Languages. [S.l.: s.n.]
- ↑ a b Mazumdar (2000):57
- ↑ Goeman & van de Velde (2001):91, 94–95, 97, 101, 107
- ↑ Verstraten & van de Velde (2001):50–51, 53–55
- ↑ a b Goeman & van de Velde (2001):107
- ↑ Goeman & van de Velde (2001):95, 97, 101, 107
- ↑ Verstraten & van de Velde (2001):50–51, 53–54
- ↑ Verstraten & van de Velde (2001):54
- ↑ a b L.F. Brosnahan. «Outlines of the phonology of the Gokana dialect of Ogoni» (PDF). Consultado em 24 de novembro de 2013. Arquivado do original (PDF) em 3 de abril de 2013
- ↑ a b Tiwari (2004):?
- ↑ a b Okada (1999):118
- ↑ a b Vance (2008):89
- ↑ a b Labrune (2012):92
- ↑ Khatiwada (2009):377
- ↑ Khatiwada (2009):374
- ↑ a b c Heide (2010):3–44
- ↑ a b c Kristoffersen (2000):24
- ↑ a b Masica (1991):107
- ↑ Lista das marcas dialetais e ouros fenómenos de variação (fonética e fonológica) identificados nas amostras do Arquivo Dialetal do CLUP Em Português
- ↑ Em Português Acoustic-phonetic characteristics of the Brazilian Portuguese's retroflex /r/: data from respondents in Pato Branco, Paraná. Irineu da Silva Ferraz. Pages 19–21
- ↑ Em Português Syllable coda /r/ in the "capital" of the paulista hinterland: sociolinguistic analisis. Cândida Mara Britto LEITE. Page 111 (page 2 in the attached PDF)
- ↑ Em Português Rhotic consonants in the speech of three municipalities of Rio de Janeiro: Petrópolis, Itaperuna and Paraty. Pages 22 and 23.
- ↑ Bashir, Elena; J. Conners, Thomas (2019). «3.3.1». A Descriptive Grammar of Hindko, Panjabi, and Saraiki (em inglês). Volume 4 of Mouton-CASL Grammar Series. [S.l.]: Walter de Gruyter GmbH & Co KG. 24 páginas. ISBN 9781614512257.
Retroflex /ṇ/ and /ḷ/ (/ɳ/ and /ɭ/ in IPA) contrast with dental /n/ and /l/ in Lahore Panjabi, although this distinction is weakening with the younger generation of urban speakers. In this grammar we represent the retroflexion of nasals and laterals, while bearing in mind that in the current Panjabi {Shahmukhi} orthography /ṇ/ is represented only sporadically, and /ḷ/ is not represented at all.
- ↑ a b Valenzuela, Márquez Pinedo & Maddieson (2001):282
ReferênciasEditar
- Goeman, Ton; van de Velde, Hans (2001). «Co-occurrence constraints on /r/ and /ɣ/ in Dutch dialects». In: van de Velde, Hans; van Hout, Roeland. 'r-atics. Rapport d'Activités de l'Institut des Langues Vivantes et de Phonétique. Brussels: Etudes & Travaux. pp. 91–112. ISSN 0777-3692
- Heide, Eldar (2010), «Tjukk l – Retroflektert tydeleggjering av kort kvantitet. Om kvalitetskløyvinga av det gamle kvantitetssystemet.», Novus forlag, Maal og Minne (em norueguês), 1
- Khatiwada, Rajesh (2009), «Nepali», Journal of the International Phonetic Association, 39 (3): 337–380, doi:10.1017/s0025100309990181 Parâmetro desconhecido
|doi-access=
ignorado (ajuda) - Kristoffersen, Gjert (2000), The Phonology of Norwegian, ISBN 978-0-19-823765-5, Oxford University Press
- Labrune, Laurence (2012), The Phonology of Japanese, ISBN 978-0-19-954583-4, Oxford, England: Oxford University Press
- Mazumdar, Bijaychandra (2000) [First published 1920], The history of the Bengali language, ISBN 8120614526, New Delhi: Asian Educational Services Verifique o valor de
|url-access=registration
(ajuda) - Okada, Hideo (1999), «Japanese», in: International Phonetic Association, Handbook of the International Phonetic Association: A Guide to the Use of the International Phonetic Alphabet, ISBN 978-0-52163751-0, Cambridge University Press, pp. 117–119
- Tiwari, Bholanath (2004) [First published 1966], Hindī Bhāshā, ISBN 81-225-0017-X, Kitāb Mahal: Kitāb Mahal
- Valenzuela, Pilar M.; Márquez Pinedo, Luis; Maddieson, Ian (2001), «Shipibo», Journal of the International Phonetic Association, 31 (2): 281–285, doi:10.1017/S0025100301002109 Parâmetro desconhecido
|doi-access=
ignorado (ajuda) - Vance, Timothy J. (2008), The Sounds of Japanese, ISBN 978-0-5216-1754-3, Cambridge University Press
- Verstraten, Bart; van de Velde, Hans (2001). «Socio-geographical variation of /r/ in standard Dutch». In: van de Velde, Hans; van Hout, Roeland. 'r-atics. Rapport d'Activités de l'Institut des Langues Vivantes et de Phonétique. Brussels: Etudes & Travaux. pp. 45–61. ISSN 0777-3692
|